Luxúria

Luxúria Raven Leilani




Resenhas -


138 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Renata (@renatac.arruda) 23/11/2021

O livro do momento é diferente dos romances hypados atuais. Ele não trata dos problemas de jovens adultos de classe média e alta e nem está preocupado em denunciar o racismo ou ensinar alguma coisa. Como muito bem observado por Alexandra Schwartz na @newyorkermag:

?A circulação nas redes sociais de listas de leituras antirracistas tendem a posicionar os livros de autores negros como o brócolis da literatura americana, para serem consumidos por leitores brancos como forma de nutrição, não divertimento. Parece um truque delicioso que Luxúria tenha surgido desse contexto. Imagine buscar uma lição e, em vez disso, encontrar a solitária e confusa Edie, sem qualificação para ensinar ninguém, menos ainda a si mesma?.

Assim, quando aborda o racismo, a autora é sarcástica e cínica, deixando claro como mesmo quem se considera mais progressista não deixa de fetichizar, estereotipar e tratar diferente a sua protagonista que, por sua vez, desafia a narrativa da vítima: sai com todos os homens da empresa, gosta de ser tratada com violência e até tem talento, mas não o bastante (?o que é pior do que ser ruim?).

Fruto de uma família desajustada, Edie precisa se virar para sobreviver. É demitida por má conduta sexual e, não tendo a quem recorrer, vai trabalhar como entregadora em um app e termina sendo despejada. Enquanto isso, vai a encontros com Eric, um homem branco que acaba de abrir seu casamento e que funciona como uma problemática figura paterna pra ela.

No entanto, é quando conhece Rebecca, esposa de Eric, e vai morar com eles que a virada do enredo acontece. Edie não é maltratada e nem entra em um tórrido relacionamento a três. O que ocorre é que, enquanto deveria servir como a referência negra para Akila, filha adotiva do casal, ela cria um ambivalente laço com Rebecca.

É na observação desta mulher, cujas motivações nunca entendemos muito bem, que Edie começa a ser capaz de enxergar a si mesma e, de fato, se tornar adulta. O vazio em sua vida, porém, não vai ser resolvido facilmente. O gozo prometido não chega.

Luxúria é um livro sobre ser jovem, solitária, não se encaixar em lugar algum e mesmo assim seguir adiante. Acho que nada é mais contemporâneo do que isso.
Beatriz 20/05/2022minha estante
Nossa, amei sua resenha! Perfeitas colocações.


LavynnyaLoureiro 15/03/2023minha estante
Perfeita a resenha! Arrasou!


Renata (@renatac.arruda) 04/04/2023minha estante
Muito obrigada!!




Mestizo 04/11/2022

Resenha SINCERONA
Gente vai com calma se você quiser ler sério .
É um livro chato a autora se perde um pouco entre diálogos e no meio do livro quer ficar dando detalhes da cena que não acrescenta e absolutamente nada na história.
Bom resumindo aborda racismo, aborto e depressão se você tiver a fim de ler uma coisa bucólica que não leva a nenhuma dimensão vai em frente.
Cassia_kk 19/02/2023minha estante
Concordo, livro chato. A falta de diálogos decentes entre os personagens é problemático d+


duda 16/03/2023minha estante
mestizo do céu, o livro é muito maçante as partes mais legais é ambientada no cenário da akila mas
acho interessante a maneira da autora escrever e me deixou curiosa justamente por ser personagens humanizados que erram durante o livro todo que fazem as escolhas erradas e a maneira como mostra o racismo nos detalhes a maneira que atinge as gerações achei bem construído isso? gostei mas não a ponto de se tornar um favorito


Mestizo 04/10/2023minha estante
Sim Duda concordo mais sei lá eu esperava mais RS




Eliane406 01/01/2024

A ancestralidade
? A história de como esse livro chegou até mim é um pouco longa, deixo para outro dia.A sinopse me deixou interessada na história da Edie.
É uma narrativa que você não quer largar até saber qual será o desfecho, mas, qual é o desfecho de nossas vidas, sempre estamos nos encaminhando, fazendo planos e transpondo os obstáculos do cotidiano, e para a mulher negra esses obstáculos partem de bases estruturais de uma sociedade insipiente.

?A narrativa é verdadeira, dura, obscura e real, não há eufemismos, é a vida que acontece enquanto há o racismo, o machismo, a misoginia, ser mulher, a pressão por sucesso social, amor, angústia, solidão e coragem. A sexualidade e trabalho, e como conciliar com seus traumas, em busca de alegria e intimidade e um espaço na sociedade para pagar as contas em dia.
? A sexualidade da mulher por incrível que pareça em pleno 2022 ainda é tabu, a mulher ainda é a presa do conservadorismo fundamentalista inútil, e isso leva a vários tipos de transtornos, em um mundo utópico viveríamos livremente em harmonia e com dignidade, enquanto isso é uma esperença temos que lidar com a violência estrutural verbal e física dessa sociedade ilógica.

??"Penso nos meus pais, não só porque sinto saudade deles, mas porque às vezes você vê uma pessoa negra de mais de cinquenta anos andando na rua e sabe que essa pessoa já aguentou muita merda. Você sabe que essa pessoa é mestre da suola consciência, do gerenciamento da fúria, discreto sob a rígida vigilância e a violência casual do mundo externo. Você sabe que essa pessoa estava sangrando e agradeceu, e, apesar das baratas edo mingau instantâneo e do hematoma no rosto, você ainda tem mais sorte do que essa pessoa jamais teve, tanto que perder um subemprego no mercado editorial não é só uma besteira, é um ultraje."
comentários(0)comente



Jessica 31/05/2023

"He wants me to be myself like a leopard might be herself in a city zoo. Inert, waiting to be fed. Not out in the wild, with tendon in her teeth."

"I'm good, but not good enough, which is worse than simply being bad."
comentários(0)comente



tbathat 15/09/2022

Eu estava muito curiosa mas um tanto receosa em começar... Achando que seria algo mto heteronormativo.

Simplesmente fui tragada pra dentro disso e só parei quando acabou, e ainda assim, fiquei me sentindo órfã.

A principal é uma personagem fascinante mas também muito esquisita, traz mil sensações.
comentários(0)comente



Monique | @moniqueeoslivros 01/02/2022

Luster
{Leitura 05/2022 - ?? Estados Unidos}
Luxúria - Raven Leilani

Um casamento aberto de 13 anos, e uma mulher linda de 23 que chega pra fazer parte dessa estrutura familiar um tanto quanto peculiar. Junta-se a isso a filha do casal, adotada há dois anos, que não sabe como fazer parte disso tudo e tem medo de perder a família que conquistou.

Luxúria é um livro sobre relações, sobre sexo, sobre aceitação e poderes sobre o seu próprio corpo. Talvez seja aí que o título mais se imponha: no eu dominando seus desejos e tendo poder sobre eles.

Mas, quando você aí do outro lado for ler esse livro, preste atenção em uma coisa: ele é construído com três mulheres fortes girando em torno de um homem medíocre e decadente. Ao redor de Eric, há Rebecca, a esposa; Edie, a namorada; e Akila, a filha. Eric é o ponto de encontro desses três pilares, mas eles funcionam todos muito bem sem ele.

Luxúria mostra o racismo estrutural da nossa sociedade, mostra o machismo velado que surge espontâneo e cruel, e mostra também três mulheres se conhecendo melhor e lutando contra isso tudo, cada uma à sua maneira.

Rebecca é legista, e faz da morte a sua vida. Edie é uma editora de livros que perde o emprego e não sabe muito bem o que fazer da vida, além de pintar quadros. E Akila é uma adolescente negra num bairro majoritariamente branco. E as rotinas dessas três mulheres serão compartilhadas na mesma casa.

Uma história de dor, sofrimento, preconceitos, mas também de prazer, de autoconhecimento e de poder de decisão. Complexa e bonita, assim como a vida da grande maioria de nós.
JurúMontalvao 01/02/2022minha estante
Interessante




Paulo 24/01/2022

Leitura agradável de um roteiro surpreendente
Uma autora que escreve de forma fácil e leitura agradável. Com enredo que, de certa forma, surpreende.

"Sempre há alguma forma de documentar como conseguimos sobreviver, ou, em alguns casos, como não sobrevivemos. Por isso tentei reproduzir algo insondável." (from "Luxúria" by Raven Leilani, Ana Guadalupe)
Valeu a pena a leitura.
comentários(0)comente



laura faccio 26/01/2023

eu li o livro sem saber direito do que se tratava, mas gostei muito!
a autora não faz com que o fato da personagem ser negra seja sua única característica e aborda o racismo de formas que chegam ao sarcasmo.
além disso, não sabemos direito quais as intenções de Rebecca e conseguimos sentir a solidão e o vazio constantes na vida de Edie? coisas que na minha opinião deixaram a leitura ainda melhor!

um livro curto e fluído, leria de novo com certeza
comentários(0)comente



Montenegro 31/01/2022

Ousado e atual
Ousado porque relata sobre como usamos uns aos outros, socialmente, economicamente e intimamente. A atualidade fica por conta do desenvolvimento artístico da protagonista negra que sonha em se tornar uma pintora, mas se vê presa às dificuldades de sobreviver em Nova York por meio de uma série de trabalhos precarizados.
comentários(0)comente



Helder 28/12/2021

Festa estranha, com gente esquisita
Luxuria de Raven Leilani é um achado.
Não acho que seja o livro do ano, mas com certeza é uma obra extremamente complexa e moderna, sem ficar esfregando esta modernidade na cara de quem está lendo.
As relações existentes neste livro são extremamente complexas e acabam mexendo com o leitor.
Eddie é uma garota de 25 anos. Negra, pobre e perdida na vida.
Ela trabalha numa editora infantil onde ganha pouco, mas já dormiu com quase todos os funcionários.
Ela conheceu Eric pela internet. Ele tem o dobro de sua idade, é branco, casado, com uma filha e classe média.
Eric tem um casamento aberto com Rebecca. Uma personagem que até agora estou tentando decifrar.
Um dia Rebecca conhece Eddie, e ao saber que esta perdeu o emprego e não tem para onde ir, chama-a para morar na sua casa, com ela, Eric seu marido e Akila, a filha adotada do casal, que por um acaso é negra.
E assim a autora subverte ou extrai diversos preconceitos que estão inseridos no leitor.
Quando Eddie passa a morar naquela casa, passamos a ser enredados em relações que nos parecem completamente improváveis, mas é assim que a autora vai nos mostrando de maneira sutil diversos preconceitos institucionalizados em nossas raízes, e sem levantar bandeiras.
A obra tem um clima constante de tensão e é difícil para o leitor não julgar os personagens de acordo com seus próprios preconceitos.
Edie parece só tomar atitudes erradas. Às vezes é extremamente liberal. Outras é completamente submissa, e isso não se refere somente a sexo.
NO fundo, Eddie teve uma vida tão sofrida e solitária, que ela se considera invisível. Como raça, classe e gênero, se é que isso é possível.
O livro tem cenas sensacionais que mexem com o leitor ao criar relações que nunca esperamos que possam acontecer.
É difícil entender o que Rebecca vê em Eddie, mas é muito legal ver a relação que vai sendo criada entre Akila, a menina negra adotada por um casal branco e a jovem Eddie, que simplesmente consegue enxergar o mundo da pequena garota negra vivendo num rico subúrbio veladamente racista.
Infelizmente para a história , e felizmente para os leitores, a autora não busca soluções fáceis e está aqui para mostrar a vida real, mesmo que isso doa.
E é incrível como consegue fazer isso em tão poucas páginas.
E a vida não é fofa e cor-de-rosa.
Festa estranha, com gente esquisita! Eu acho que queria um final mais feliz. Torço realmente para que alguém enxergue Edie. Sei que lá dentro tem coisa boa. Ela só não consegue parar de se sabotar
comentários(0)comente



giu 28/06/2022

não tem nem o que falar
o livro inteiro é aquela sensação de tu estar assistindo a sua amiga meio doida se botando em situações cada vez piores e você fica meio "amiga pelo amor de deus" e ela só continua indo mais e mais pro fundo???? enfim

a melhor frase desse livro é "tudo, até o amor, é uma violência" pq acho que qualquer um traumatizado a ponto de não saber lidar com demonstrações de afeto vai sentir essa aqui na alma
Elise 28/06/2022minha estante
5 estrelas??? Quero ler


giu 28/06/2022minha estante
CINCO ESTRELAS




Stella F.. 07/03/2022

Relação a três
Luxúria – Raven Leilani – Companhia das Letras

Eddie, de 20 e poucos anos, trabalha em uma editora como coordenadora editorial do selo de literatura infantil, e sabemos que está ali por um programa de inclusão de negros em seu staff. Ela já se envolveu com várias pessoas no trabalho, e no momento está se relacionando com Eric, via internet, um homem casado e que tem um casamento aberto. Resolvem se encontrar pela primeira vez, e não é tão bom quanto no virtual em um primeiro momento.

Ela vive em um apartamento precário, paga financiamento estudantil, e adoraria viver somente da pintura, que faz quando se sente inspirada. Aos poucos a vamos conhecendo, e somos apresentados a seu pai (ex-combatente), mãe (drogada) e a sua pobreza, seu primeiro aborto. Mas ela vai nos passando essas informações enquanto está vivendo algumas situações que a fazem lembrar de sua vida pregressa.

No trabalho, ela tem uma colega negra que entrou pelo mesmo processo que ela, mas que ela considera “colaboradora dos brancos”. Até tentou ser amiga, mas são mais rivais. “Nós duas estudamos na escola do Dobro de Qualidade pela Metade do Mérito, mas pelo jeito ela ainda acha que vale a pena pagar esse preço para entrar no clube. Até hoje ela se ajeita toda, esperando que a escolham. E vão escolher. Porque é uma arte – ser negra, perseverante e inofensiva. Ela é tudo isso e fica constrangida porque eu não sou. (posição 278)

E Eddie acaba sendo despedida e vai correr atrás, sendo entregadora de aplicativo. Trabalha muito e seus encontros com Eric são esporádicos e tem regras impostas por sua mulher, Rebecca. Enquanto isso, tenta enviar currículos, fazer entrevistas, e no final bate na porta da casa de Eric e sua mulher, a acolhe temporariamente. Eddie descobre que o casal tem uma filha adotiva, Akila, negra.

“Não foi isso. Ele falou com ela de um jeito que pareceu, mais específico”, eu digo, e não existe nenhuma outra palavra para o que estou tentando expressar, nem um jeito eficaz de explicar as violências que não são evidentes. É uma cilada retórica. Uma redução que acontece com tanta frequência que se torna comum. Quase comum demais para que se empregue a palavra que começa com R, já que com um certo grupo de Gente Branca do Bem essa acusação acaba ofuscando o próprio ato. Racismo!” (posição 1515)

De algum jeito começam a conviver, não se tornam amigas, mas é uma relação estranha, e de algum jeito, acreditam que por ser negra, ela poderia ajudar com a filha, adotada, negra e adolescente. Akila é retraída, mas aos poucos tornam-se “amigas”, jogam videogames, vão a festivais de cosplay e Eddie elogia seus escritos, que pegou escondido para ler. E sempre aparece nas coisas de Eddie um dinheiro, uma quantia diferente a cada mês, que ela não sabe quem a está bancando, mas ela aceita. E essa convivência vai transformar as duas mulheres, que começam a pensar nas suas próprias vidas e de alguma maneira uma vai aprender com a outra. Até que Eddie tem um aborto e chega a hora de ir embora.

“Depois seguimos o dia lado a lado, e sinto que sou uma exceção, como se houvesse um órgão vestigial que compartilhamos e que é, mais do que qualquer outra coisa, uma segunda língua, nossa linguagem furtiva e crua e só articulada quando estamos a sós, essa sensação que toma conta de ambas, de que estamos construindo alguma coisa onde só havia vidro. Há momentos em que a sensação é horrível, como se isso só fosse possível porque existe uma data de validade.” (posição 2817)

Não foi um livro que amei, ainda estou meio em dúvida. Estranhei a crueza inicial e a grande ironia da protagonista. Depois me acostumei e o livro fluiu, apesar de algumas passagens serem bem americanas e eu não ter conhecimento suficiente de games, quadrinhos e seriados. Sei que é pano de fundo e no final não afeta a totalidade. A história da realidade negra é bastante forte e foi a parte que mais gostei. A parte do envolvimento sexual da protagonista achei excessiva e ainda não elaborei o envolvimento dela com um homem bem mais velho, Eric. Substituto do pai? Me identifiquei com a parte da música: senha Deep Purple, música do King Crimson e discos de vinil.
comentários(0)comente



Marcianeysa 23/01/2024

Livro não funcionou pra mim.
Achei a linguagem entediante e muitas vezes sem pé nem cabeça. Não me prendeu.
Tiago 21/02/2024minha estante
Não vale 4 estrelas rs




vi lupielo 05/03/2022

UM INCRÍVEL ROMANCE DE ESTRÉIA
Apesar de não haver grandes acontecimentos esse é com certeza um romance complexo, que por vezes desafia o bom senso, a relação de todos os personagens não é nada ortodoxa, e sem dúvida alguma desconfortável para todos, nem um deles se sente a vontade com o tipo de relação que levam, mas apesar desse desconforto tangível eles não fazem muito para mudar a forma que vivem.

Acima de tudo Luxúria é um livro que trata de gênero, raça e classe, e o que mais me agradou nesse livro foi a escrita, esse é um livro muito bem escrito, tudo que a autora se propôs a trazer para esse romance ela trouxe de forma primorosa.
comentários(0)comente



Tati 13/06/2023

Aquém do esperado
Uma menina muito confusa e prolixa. O livro é um turbilhão de informações e deixa o leitor perdido para acompanhar.
comentários(0)comente



138 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR