Periféricos

Periféricos William Gibson




Resenhas - Periféricos


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Well 11/12/2022

Cyberpunk incrível. Gibson é gênio.
Uma ou até a melhor leitura que fiz até o momento do ano.

A narrativa é em dois núcleos, em dois tempos diferentes. O primeiro é onde séria o presente, que é o mais próximo do que conhecemos, seguimos Flynne uma jovem garota que vive em um mundo onde a política e a economia estão quebrando, com empregos disponíveis relacionados ao trabalho em restaurantes locais, fabricação de drogas, impressões 3D ilegais, jogando videogame por dinheiro entre outras coisas.

E é em um desses videogames que a história começa. Burton, irmão de Flynne, trabalhava em um jogo de realidade virtual, em que atuava como um drone afastando paparazzis de pessoas famosas. Em certa ocasião, ele pede que Flynne o substitua, e ela acaba presenciando um assassinato, durante a partida, que mudará não apenas a sua vida, mas também, toda sua concepção da realidade.

E então conhecemos Wilf Netherton que vive no futuro, mas não o futuro de Flynne. Em um mundo cheio de tecnologia extrapolada, corpos alugados chamados de periféricos e quase sem vida humana. Depois de um evento chamado Sorte Grande, boa parte do mundo foi despovoado.

Nesse futuro em Londres, de alguma forma acidental, descobriu-se uma forma de transmitir dados de um lado para o outro no tempo, assim, quando Flynne presenciou um assassinato no jogo, se tratava de um assassinato real de uma cliente de Wilf, uma vez que eles estavam interligados no tempo através de dados.

Entretanto se eu falar mais alguma coisa sobre a trama estragaria a surpresa. Só digo uma coisa, apenas leia este livro. O Periférico recompensa aqueles que respiram fundo e mergulham fundo, sem saber nada, sem esperar nada.

Embora as primeiras páginas seja de uma leitura difícil, habitual de Gibson, no decorrer da trama ficamos completamente submersos na história. Os mundos de Periféricos não são nada novo, no que diz respeito a futuros imagináveis na cultura pop, porém a forma como Gibson prevê o futuro, através do texto, é absurdamente atual e condizente com tudo que somos hoje. Isso torna a história ainda mais fascinante.

Não conheço todos os livros que tem elementos de viagem no tempo, mas o usado nesse, rua cheia muito original. Ela é concebida de uma forma plausível, levando em conta avanços tecnológicos.

Gibson, fez um trabalho incrível com este livro. Oferecendo novamente aquele futuro tátil, onde se pode sentir, na pele, as sensações de andar pelas ruas futurísticas criadas pelo autor. Gibson cria um futuro assombrado pelo passado o que significa, é claro, assombrado pelo nosso presente, lidando com contínuos agora em mundos afetados por mundos, que desagua em uma história que, além de entreter e divertir, nos faz refletir sobre as escolhas que fazemos hoje poderem interferir no futuro e forçar outros a viverem sob a consequência dos nossos erros.

Este livro apesar de ser uma trilogia, ele possui o final fechado.

Agora só me resta aguardar a editora Aleph pelo lançamento do Volume 2. Que acredito que deve apresentar o leitor novos personagens... Como é normal nas trilogia do Gibson.
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Ro Tonks 18/01/2023

Confuso
A ideia é ótima e o fundo do enredo bem criativo, mas achei a escrita bem confusa. Os detalhes do futuro e da viagem no tempo são bem estruturadas, mas o enredo em si se pesa em algo bem supérfluo. Cyberpunk talvez não seja o tipo de livro para mim.
Mateuzinhz 18/01/2023minha estante
Oi pode curtir minha última postagem pfvr




Janaina 28/01/2023

Tinha tudo para ser bom, mas?
Começo dizendo que esse livro foi uma decepção.

A premissa apresentada pelo autor é maravilhosa e poderia ter rendido um livro fantástico, não fosse a forma confusa e mal explicada que o autor escreve.

A leitura é maçante e me peguei em muitos momentos tendo que reler os parágrafos para ver se eu tinha perdido alguma coisa, pois o autor joga termos e acontecimentos no livro que não tem nenhuma explicação prévia ou posterior. A exemplo disso, vemos ele citar um personagem logo no começo da história e só por volta de 55% do livro explicar que o mesmo não tinha nenhuma perna e apenas um dos braços.

Outra coisa que me incomodou o tempo inteiro foi o livro ser recheado de frases ?não sabemos como acontece?? ?não encontramos explicação para tal?. Como alguém se propõe a escrever uma obra e simplesmente não pensar em uma forma de explicar os acontecimentos? Achei desrespeitoso com o leitor.

O mundo criado é fantástico, o clima e a ambientação nos deixam desejosos pela história e suas explicações, porém ela não chega em momento algum, nem mesmo no final que foi corrido e sem nexo.

Alguém consegue explicar a justificativa da utilização do ?cubo vermelho??

Para leitores de ficção científica de outros autores este livro deve trazer uma sensação de frustração muito grande.

Ao que parece a série de mesmo nome feita pela Amazon suplanta em muito a obra escrita. Inclusive muitas pessoas recorrem à mesma, na tentativa de entender alguma coisa da história.

Não posso deixar de citar a falta de credibilidade que a história passa ao afirmar em cada página que tudo em que os olhos tocam é comprado para a personagem principal e os seus?

Dei 2 estrelas somente pela premissa e pela ambientação criada de um mundo futurístico

Não recomendo a leitura
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Renan Barcelos 13/01/2021

Uma resenhícula
**Mais abaixo tem link de um vídeo com mais comentários, se gostar se inscreve no canal :)**

Seguindo meu desafio de ler 100 páginas por dia, terminei Periféricos, novo lançamento da Editora Aleph do autor William Gibson, o autor de Neuromancer.

Gostei bastante da leitura e, como sempre, Gibson se mostra bastante inventivo, seguindo seu estilo de escrita costumeiro, que leva o leitor pela percepção dos personagens acerca de seu mundo, trazendo novas tecnologias, situações econômicas e sociais. Isso significa que, assim como em Neuromancer, o autor apresenta muito, mas explica pouco, e fica ao cargo da atenção do leitor e de uma exposição feita a conta-gotas entender as várias terminologias e conceitos da obra. Muita gente detesta, eu gosto bastante, porque é bem centrado em como os personagens delem sentem e entendem sua realidade.

Diferente de Neuromancer, não temos aqui um futuro, mas sim dois, com uma trama envolvendo viagem no tempo. Mais ou menos.

Em 2070, a personagem Flynne faz um trabalho em um suposto jogo digital. Coisa simples, conectar na realidade virtual e afastar drones paparazzis que ficariam tentando filmar um prédio. Nesse trabalho, ela testemunha um assassinato horrendo, e logo começa a suspeitar que não era um jogo. A grana era alta demais para um jogo sem pé nem cabeça como aquele.

Na verdade, Flynne estava trabalhando para uma empresa do futuro, de 2170, que consegue se conectar com uma versão do passado através da troca de informações. Os habitantes de lá não podem se transportar fisicamente, mas conseguem fazer ligações, enviar mensagens e todo tipo de operação digital. Incluindo o uso de Periféricos, androides que o pessoal do futuro utiliza para se conectar e controlá-los a distância, como se fosse um avatar no mundo físico. A pessoa pode estar no brasil e controlar um avatar na china para um encontro de negócios.

Com isso, Flynne acaba precisando transitar entre seu presente e o futuro (usando um Periférico) para ajudar na investigação do assassinato que testemunhou. Enquanto isso, o pessoal do futuro precisa prover Flynne e seus amigos com recursos cada vez maiores para validarem toda essa operação e impedirem que os culpados influenciem o passado para garantir o assassinato da garota.

Esse é o ponto alto do livro, a forma como o núcleo de personagens precisa afetar o passado para garantir a segurança de Flynne, usando seus recursos e conhecimento para gerar uma riqueza vasta em poucos dias, subornar políticos, comprar empresa, trazendo toda uma mudança para a região suburbana empobrecida da jovem. Em poucos dias, a vida da personagem muda, e com isso de todo o seu condado, enquanto a economia mundial periga quebrar devido a todas movimentações financeiras de seus aliados e inimigos.

Os personagens coadjuvantes do livro também são ótimos, como de costume, Gibson consegue caracterizar os personagens e deixá-los bastante carismáticos sem gastar tempo com muitas descrições ou explicações, construindo eles principalmente em cima de diálogos e ações.

No entanto, é preciso dizer que toda a questão do "assassinato" no fim das contas parece mais uma desculpa para ele abordar o que realmente quer, que são as trocas entre os dois períodos. Apesar dessa trama de mistério mover as peças da história e trazer vários personagens ao palco, ela em si acaba parecendo bastante secundária a, e sua resolução no final do livro é um misto de apressada e pouco explorada. Não tive problema com isso, já que a intenção do livro parecia estar em outro campo, mas tem gente que vai com certeza ficar puto, afinal, são 520 páginas.

site: https://www.youtube.com/watch?v=SmW67XtCXRE
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Fernando Lafaiete 16/04/2021

Periféricos | William Gibson
*******************************NÃO contém spoiler*******************************
Resenha postada originalmente em: https://www.mundodasresenhas.com.br/

AUTOR: WILLIAM GIBSON

EDITORA ALEPH / IDIOMA: PORTUGUÊS / GÊNERO: FICÇÃO-CIENTÍFICA / 520 PÁGINAS

O que você faria se fosse testemunha de um assassinato ocorrido em uma realidade virtual que parece ser um resquício do futuro? Pois é exatamente diante desta situação que Flynne, uma azarada garota se vê ao substituir o irmão como segurança virtual em um misterioso jogo; e se tornar da noite pro dia a testemunha de um suposto crime. Situada em um mundo em que a impressão de itens em modo 3D são possíveis para serem utilizados como objetivos comuns do dia-a-dia, a jovem se vê diante de uma perigosa trama de intrigas, mentiras e suposições, onde o passado, o presente, o futuro e um suposto futuro, irão se entrelaçar, dando vida a uma corrida contra o tempo onde a solução do que presenciou não parece ser a única e necessária preocupação de todos.

Indo e vindo através de duas linhas temporais e focada em dois grupos distintos de personagens, a narrativa de Periféricos do autor William Gibson - escritor também de Neuromancer, a obra que serviu de inspiração para o clássico dos cinemas Matrix - apresenta uma intrincada trama que nos leva a um emaranhado de caminhos em que nem tudo parece ser o que demonstra ser. Com bastante audácia, Gibson entrega um extenso portfólio de personagens que interegem de forma dinâmica, levando a trama adiante - entre idas e vindas temporais - se aproveitando de elementos clássicos e intrínsecos ao gênero.

Indo de encontro ao conto clássico Mozart in Mirrorshades dos escritores Lewis Shiner e Bruce Sterling - o qual o próprio autor cita em seus agradecimentos - Periféricos se desenvolve de maneira a agradar quase que de forma certeira aos fãs tanto do autor quanto das temáticas em si. O que por si só me parece ser realmente o caso, tendo em vista as boas avaliações que vem recebendo de quem já o leu. Mas se eu o indico ou não, sinceramente? Não sei dizer.

MINHAS IMPRESSÕES:

Em se tratando de um autor conceituado e bastante temido por um grande grupo de leitores - devido a sua comentada complexidade narrativa - Periféricos me surpreendeu pela fluidez e facilidade de assimilação em relação a forma em que a tudo é narrado e apresentado ao leitor. Apesar ter me sentido perdido nos primeiros 20% da leitura, não tive uma experiência truncada, desafiadora ou desconfortável.

Os capítulos curtos colaboraram e muito para que as páginas voassem, não cansando ou transformando a leitura em algo enfadonho; o que ocorreria se o texto fosse formado de grandes blocos de capítulos. As explicações entregues também não são das mais difíceis, apesar de causaram estranheza em um primeiro momento. As grandes questões que me atrapalharam foram outras e não as que sustentaram ao longo dos anos e ainda sustentam a fama do autor.

Logo no início da leitura senti uma certa frieza na escrita. Tirando os últimos 10% do livro, não me senti de forma alguma conectado aos personagens e aos mundos apresentados. Os personagens não me causaram empatia e não entregam carisma. Apesar de humanos, parecem em sua maioria e em grande parte da trama como seres nulos de sentimentos ou de qualquer outros aspectos que os classificariam como seres não robóticos.

As ambientações apesar de interessantes, também deixam a desejar. O autor cita em vários momentos elementos acerca das avançadas telecnologias e estruturas sociais e políticas, mas não se aprofunda em nada. Tudo instiga e desanima nas mesmas proporções, fazendo com que eu me sentisse limitado como leitor, já que não me era possível ter um vislumbre amplo, seja ambiental ou situacional.

A parte investigativa é mais um dos elementos que pra mim ficaram aquém do esperado. Comparado com outras obras que misturam o investigativo com a ficção especulativa, como a série dos Robôs de Isaac Asimov e Encarcerados de John Scalzi, classifico Periféricos como um livro muito árido. Entretanto, engana-se quem pensa que o destetei ou terminei a leitura não desejando ler mais nada do autor. Apesar de milhares de ressalvas e escassez de elogios, permaneci durante boa parte do livro investido na leitura. Os últimos capítulos são muito bons, e a ideia do romance como um todo é bacaca, conseguindo me deixar no mínimo curioso para conferir outras obras do referido autor, em especial, aquela que muitos enaltecem e outros tanto nem conseguem passar das primeiras páginas, a temida Neuromancer.

CONSIDERAÇÃO FINAL:

Apesar dos diversos elementos já conhecidos dos leitores, Periféricos transmite uma sensação esquisita de algo inovador, mesmo que não o seja de fato. Para quem está iniciando ou pretende iniciar a leitura do gênero, eu certamente não o indico. Pra quem lê o gênero e gosta, confesso que fico em dúvida. O que posso dizer é: leia por sua conta em risco e tire suas próprias conclusões. Melhor conselho do que este, no momento não me sinto preparado para dar.
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bieussauro 27/10/2022

Periféricos
William Gibson reitera nessa obra sua capacidade criativa e pensamento diverso quando se trata da abordagem futurística na ficção científica.
Kleilson.Torquatto 27/10/2022minha estante
É o livro que deu origem a série do Prime? ??


bieussauro 01/11/2022minha estante
é sim, ele mesmo




André Figueiredo 23/10/2022

Boas ideias e escrita ruim
Gibson brilha novamente ao imaginar o futuro: com traços de cyberpunk nas consequências de nossas ações hoje sobre a natureza, na mudança do sistema de governo por conta dos poderosos cada vez mais poderosos, numa sociedade super monitorada, onde meta dados e inteligência artificial dão semi onisciência a agentes do sistema, o amanhã de Gibson tem algo de deslumbrante e aterrador.

Entretanto, aí também reside um dos vários problemas do livro: ele não vai a fundo em nada. Se é verdade que pouco importa dissecar certos elementos, outros acabam ficando um tanto sem pé nem cabeça. Pior: ele vai jogando termos sem explicá-los sem dó nem piedade. O que, suponho, é uma escolha estilística, torna a leitura confusa e incompleta, impedindo que o leitor entenda várias passagens em sua totalidade. Somente lá pela página 117 ele se digna, pela primeira vez, a esclarecer o conceito de algo.

No ramo das ideias de ficção científica os fãs do gênero podem se deliciar com os periféricos e uma história contada em dois futuros, fora outros detalhes que não quero falar para não estragar a experiência de leitura. Há furos? Há. Num lugar onde usam nano robôs a ponto de dispositivos parecerem mágicos, uma pessoa entrar num elevador e ter que apertar um botão para dizer o andar é de doer.

Os cidadãos “imprimindo” dispositivos num futuro próximo, a forma de comunicação “embutida” nas pessoas no futuro mais distante e uma série de outros detalhes futurísticos é o que me fizeram prosseguir até o final e renovar minha admiração por William Gibson como autor de ficção científica.

Mas os elogios param por aqui, por que a prosa do escritor americano e sua construção de história decepcionam. Parece que aqui ele regrediu a um estágio de competência entre Neuromancer e Count Zero.

Até por volta da página 90, por exemplo, a história não engrena e a escrita é entrecortada e soluçante. Como se faltasse polimento. Como se fosse a última versão a poder ser chamada de rascunho. Ao longo de toda a obra sobram descrições dispensáveis e faltam outras essenciais, o que empobrece a construção de mundo e o clima no qual o leitor deveria mergulhar. Não há beleza na escrita em nenhum momento.

O pano de fundo da história se arrasta vagarosamente, enquanto o ponto central não anda. Só lá pela página 178 me senti empolgado pela primeira vez e mesmo assim esta empolgação andou me abandonando até o término do livro.

A cena de conclusão é procrastinada à exaustão e envolve um plano tosco que não faz sentido os envolvidos o terem arquitetado.

Quanto aos personagens, alguns são bem interessantes, mas no geral não são desenvolvidos e seu mundo interior não é explorado. A deficiência de Connor e sua relação com o periférico, o alcolismo de Netherton, os possíveis interesses amorosos de Flynne são ganchos bacanas que não são aproveitados.

Estranhíssimo inclusive como Flynne é a protagonista que não protagonisa. A maior parte do tempo está perdida, necessitando que outros lhe expliquem o que está acontecendo. É uma personagem que se presta a conduzir o olhar do leitor sobre o que está acontecendo em vez dela mesma fazer a trama acontecer.

Por fim, ainda se percebe um problema de falta de revisão. Se este problema vem do original ou do trabalho de tradução para o português, não tenho como saber, mas para ficar apenas em um exemplo, na página 148 há um parágrafo de oito linhas onde a palavra “ele” se repete nove vezes.

Tenho como norma pessoal abandonar livros ruins após umas cem ou duzentas páginas. Se concluí este é por que há qualidades que me mantiveram lendo. Mas infelizmente não foi uma experiência muito agradável.
heitor 15/11/2022minha estante
Fizeram a série bem fiel ao livro então, pq eu parei pra assistir e senti basicamente isso que tu falou sobre o livro


Igor.Camilo 05/01/2023minha estante
Tive essa sensação tentando ler a trilogia Sprawl. Achei a escrita péssima.


Douglas Brilhante 14/02/2023minha estante
Eu entrei aqui só para saber se era somente eu que estava me sentindo assim. 100 páginas e quase nada. Nam. Vou terminar pq eu odeio não terminar. Mas foram 100 páginas sem pé, nem cabeça e com um braço no lugar do pescoço. Totalmente louco. Nota 2.0 até agora.




Rosana 27/01/2023

Livro difícil mas excelente
Gostei do livro, mas para mim foi uma leitura difícil. Fazia muito tempo que não lia esse tipo de ficção e ainda o autor de trata como um ser pensante kkk isso é, não mastiga e te dá na boquinha. Precisava ler e ir juntando as informações, vários personagens para guardar nomes de funções. Ligação presente e futuro, super tecnologia e ainda um crime no futuro presenciado por alguém do passado. Se você assistir a série no prime vídeo pode ajudar um pouco. Mas gostei bastante. Favoritei para janeiro.
Rosana 12/02/2023minha estante
Quem gostou pensamentos Nômades em Série no YouTube ajuda a entender


Douglas Brilhante 14/02/2023minha estante
Olha. Eu não vou desistir pq.. mas eu comecei ontem, faz 100 páginas e nada é introdutório. Tudo parte do pressuposto que vc já conhece. Achando um saco :/


Rosana 14/02/2023minha estante
Oi Douglas, vai no YouTube canal Pensamentos Nômades em Série e assiste o vídeo Letras em Cenas. E depois volta para o livro




Leo Vieira 21/01/2021

Periféricos (William Gibson)
William Gibson é um dos mais importantes escritores de ficção científica de todos os tempos. Suas obras deram origem o gênero cyberpunk, influenciaram a cultura pop e o mundo todo, em geral. Em seu novo livro, Periféricos, Gibson retorna à ficção científica com triunfo, nos levando novamente ao futuro, em uma história original de mundos em colisão e viagens no tempo acidentais e interligadas.

A narrativa funciona em dois núcleos, em dois futuros diferentes. No primeiro futuro, o mais próximo do que conhecemos, seguimos Flynne uma jovem garota que vive em um mundo onde a política e a economia estão quebrando, com empregos disponíveis relacionados ao trabalho em restaurantes locais, fabricação de drogas, impressões 3D ilegais, jogando videogame por dinheiro entre outras coisas.

E é em um desses videogames que a história começa. Burton, irmão de Flynne, trabalhava em um jogo de realidade virtual, em que atuava como um drone afastando paparazzis de pessoas famosas. Em certa ocasião, ele pede que Flynne o substitua, quando sua irmã acaba presenciando um assassinato, durante a partida, que mudará não apenas a sua vida, mas também, toda sua concepção da realidade.

E então conhecemos Wilf Netherton que vive num futuro mais distante, em um mundo cheio de tecnologia extrapolada, corpos alugados chamados ?periféricos? e quase sem vida humana. Depois de um evento chamado ?Sorte Grande? , boa parte do mundo foi despovoado.

Nesse futuro em Londres, de alguma forma acidental, descobriu-se uma forma de transmitir dados de um lado para o outro no tempo, assim, quando Flynne presenciou um assassinato no ?jogo?, se tratava de um assassinato real de uma cliente de Wilf, uma vez que eles estavam interligados no tempo através de dados.

Dizer mais alguma coisa sobre a trama estragaria muito. Eu provavelmente já disse muito mais do que deveria, então esqueça tudo imediatamente e apenas leia este livro. O Periférico recompensa aqueles que respiram fundo e mergulham fundo ? sem saber nada, sem esperar nada.

Embora as primeiras páginas seja de uma leitura difícil, habitual de Gibson, no decorrer da trama ficamos completamente submersos na história. Os mundos de Periféricos não são nada novo, no que diz respeito a futuros imagináveis na cultura pop, porém a forma como Gibson prevê o futuro, através do texto, é absurdamente atual e condizente com tudo que somos hoje. Isso torna a história ainda mais fascinante.

Além da originalidade da viagem no tempo imposta nessa ficção, ela é concebida de uma forma plausível, levando em conta avanços tecnológicos, e fantástica por ir além do que jamais imaginamos antes.

Periféricos é o melhor trabalho de Gibson, desde suas primeiras obras. Aqui ele nos oferece novamente aquele futuro tátil, onde se pode sentir, na pele, as sensações de andar pelas ruas futurísticas criadas pelo autor. Gibson cria um futuro assombrado pelo passado o que significa, é claro, assombrado pelo nosso presente, lidando com contínuos agora em mundos afetados por mundos, que desagua em uma história que, além de entreter e divertir, nos faz refletir sobre as escolhas que fazemos hoje poderem interferir no futuro e forçar outros a viverem sob a consequência dos nossos erros.

Vale citar que a nova edição da editora Aleph está com tradução meticulosamente bem feita, possibilitando que a leitura seja ainda mais imersiva.
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Marcio.Barbosa 04/10/2022

Quase me perco... Mas...
Até a página 50 eu tava meio perdido, até a página 80 comecei a me achar e aí o livro fluiu como água. Mas uma obra prima e complicado do universo Cyberpunk, muito bem caprichada. Gostei muito como já era de se esperar.
Marcio.Barbosa 05/10/2022minha estante
E que surpresa maravilhosa que tive agora. O tomando Periféricos vai estrear como série na Amazon Prime.




Maisa @porqueleio 13/08/2023

Resenha / Periféricos /@porqueleio
Flynne mora com o irmão, Burton, e a mãe numa área rural dos Estados Unidos, atolados em uma recessão econômica. Burton é um veterano de guerra, que atua em um jogo de realidade virtual. Um dia, pede a irmã que o substitua, já que a ela é habilidosa. Flynne presencia um ‘assassinato’ durante o jogo, se assusta e sai rapidamente, percebendo que alguém viu seu avatar. Bom, é só um jogo, não é mesmo?

Em uma trama paralela, conheceremos Wilf Netherton, que vive numa Londres tecnológica, e entre outras esquisitices tem os chamados ‘periféricos’, corpos sem consciência que podem ser alugados. De alguma forma Wilf tem conhecimento do assassinato que foi presenciado por Flynne, e é assim que os dois núcleos passarão a se integrar.

O livro mistura à toda tecnologia e escassez de recursos, uma boa investigação, e ainda viagens no tempo – não necessariamente como concebemos esse conceito – além de personagens curiosos e bem cinzentos. Dois mundos que colidem.

Em capítulos curtos e agitados, Gibson liga os dois núcleos. Flynne descobre que as pessoas que ela vê no mundo de Wilf são placebos tecnológicos com a finalidade de trazer certa realidade para esse mundo pós apocalíptico – uma Westworld para narcisistas e oligarcas que comandam a cidade.

Comentar mais alguma coisa poderia estragar a sua experiência. Mas reafirmo que os primeiros capítulos me deixaram com a sensação de luta constante para prosseguir e tentar encontrar vislumbres de entendimento. É difícil, e o autor não está preocupado em te explicar – é quase que um passo de fé. Persevere e poderá vislumbrar a sua genialidade. Em vários momentos, duvidei da minha inteligência...

O autor é tão genial que a bagunça do enredo até passa despercebida, com arcos que se encerram sem muita profundidade, mas com tantas discussões que até se torna um passeio glorioso. Não é para os fracos – e talvez mesmo os fortes não saiam inteiros.
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giovana 26/05/2021

interessante
o gibson usa muito neologismos (sempre) e a escrita dele é rápida e cheia de informação. eu curto, mas requer mais atenção assim, não da pra divagar. a premissa desse aqui é muito interessante, com os ?multiversos? e no final a ideia de que o ser humano é bom sim, afinal pra que ajudar um passado que nem é o seu? um ato completamente altruísta.
a ideia dos periféricos achei mt louca tmb. tipo, se tu se apaixona por uma pessoa q não pode estar fisicamente presente cntg, tu ta se apaixonando pela pessoa realmente? querendo ou não o físico faz parte da pessoa em si. talvez os periféricos sejam uma ?versão? da pessoa.
é isso ai. la pelo final fica meio enrolado assim. e o clímax é tipo 2 páginas mas isso não incomoda muito não. faz parte da escrita do gibson. tem mt mais além da ação que ele descreve, mas fica bem implícito.
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Osmar Weyh 21/10/2022

Bora ver a série
Agora sim liberado para assistir a série, o que espero que tenha mais ação que o livro. Adoro ficção científica, mas esse livro demora para acontecer algo, fica muito mais no plano político e econômico, pouquíssimas cenas de ação e um final quase que adivinhável. Não que a protagonista iria sofrer algo, mas ficamos esperando algo e acontece tão pouco. Bom, livro lido, agora ver se a série faz mudar essa minha opinião sobre o livro.
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Gustota 28/08/2023

Muito potencial, mas tedioso
Periféricos é o retorno de William Gibson ao sci-fi estilo cyberpunk e ganhou grande destaque pela série da Amazon Prime e por ter de alguma forma antecipado em 2014 a pandemia de 2020. Mas no geral, não posso dizer que é o melhor e mais satisfatório livro dele, embora tenha inúmeros caminhos geniais que ficaram secundários enquanto uma história meio noir de detetive mais desinteressante ficou em primeiro plano.
Acompanhamos no início um futuro próximo em que dois irmãos vivem com sua mãe doente numa cidadezinha caipira e fundamentalista do Christian Belt americano. Flynne Fisher e seu irmão ex-fuzileiro Burt Fisher vivem de estipêndios governamentais e da grana que ganham com jogos online de realidade aumentada. Porém um serviço de teste de um aparelho novo imprimido de forma 3D a pedido de uma misteriosa empresa colombiana, a Milagros Colidron, coloca os dois em uma complexa trama envolvendo um futuro distante. Num futuro pós pandemia e quase extinção de toda humanidade, Wilf Netherton, um agente de relações públicas operando em Londres a serviço de uma família de oligarcas russos precisa cooptar Flynne para ajudar a resolver um mistério de seu tempo. Descobrimos a partir daí que existe o conceito de "toco", uma forma do futuro acessar de forma informacional o passado. Esse passado não representa o presente deles, mas uma versão dele que irá virar outra coisa. Então há dezenas de tocos e grupos multimilionários explorando esses passados para diversos fins, benignos e malignos.
O que decepciona no livro, na minha opinião, é que há um universo incrível de exploração de viagem temporal, seres pós-humanos, uso de andróides que podem ser incorporados de forma cognitiva (os "periféricos" do título), mas há pouca exploração disso e desenvolvimento dos personagens. Tanto o núcleo de Wilf quanto o núcleo de Flynne são tutorados pela personagem Lowbeer que é praticamente um Batman, sempre com preparo pra todas as situações. Então nenhum dos núcleos dos mocinhos parece passar por qualquer risco ou sufoco nas situações em que se envolvem. A investigação detetivesca do futuro é bem entediante, os antagonistas não possuem qualquer desenvolvimento, sendo tratados apenas no começo e no finalzinho do livro. O núcleo caipirão e fundamentalista de Flynne, que eu achei o mais interessante, também sofre com a desinteressante trama do caudilho local, o Corbell Pyckett que vê os irmãos se dando bem sem saber a origem dos seus recursos e resolve ferrar com eles. Sabemos desde o início que ele não tem qualquer chance e não apresenta qualquer risco, o que de fato é o que acontece.
Também há um traço característico do autor que é não explicar o plot, mas ir jogando de forma pouco didática conceitos e personagens. Isso geralmente funciona, mas nesse livro foi um custo imenso entender o que estava acontecendo e é praticamente impossível pegar certos conceitos sem anotar. O evento mais central do livro, a tal da "sorte grande" que foi a conjunção de cataclismas climáticos, pandêmicos e econômicos que dizimou a população só é explicada lá pela segunda metade e de forma confusa e pouco satisfatória de como ocorreu.
Enfim, há um world building muito rico e as poucas pistas que recebemos do incrível futuro de Periféricos acabam sendo muito mais interessantes que a chatíssima trama de conspiração multitemporal que ele apresenta.
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Raphael Santos 31/08/2021

Thriller Policial Futurista Incrível
Gostei imensamente da leitura e, como sempre, Gibson se mostra bastante inventivo, seguindo seu estilo de escrever, que nós leva a conhecer os personagens, seu mundo, novas tecnologias, situações econômicas e sociais. Sem explicação em excesso, os conceitos e tecnologias ficam a critério da imaginação do leitor, o que pode afastar leitores mais "preguiçosos".

Assim como em Neuromancer, um excelente livro para amantes de cyberpunk e ficção científica.
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