Meu corpo minha casa

Meu corpo minha casa Rupi Kaur




Resenhas - Meu corpo minha casa


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Alane.Sthefany 25/05/2022

Meu Corpo Minha Casa ? Rupi Kaur
Se você aceitasse que a perfeição é inatingível, de que insegurança você abriria mão ?

Parece que eu estou vendo minha vida acontecer através de uma tela de TV com chuvisco. Eu me sinto tão distante deste mundo. Quase estrangeira neste corpo. Como se tivessem esvaziado todas as lembranças felizes do interior da minha mente.
Fecho os olhos e já não me lembro mais de como é fi car feliz. O peso no peito vai parar dentro da barriga porque sei que preciso levantar de manhã e fingir que não voltei a desaparecer pouco a pouco.
Eu quero esticar o braço e encostar nas coisas. Quero sentir quando as coisas encostam em mim. Eu quero viver.

Eu não sou minhas fases ruins, eu não sou o que me aconteceu - lembrete

Já não tenho nenhuma lembrança de alguns anos que vivi, minha terapeuta fala que a mente apaga o trauma para nos ajudar a seguir em frente, mas todas as experiências que tive estão memorizadas em minha pele, mesmo quando a mente esquece, meu corpo lembra, meu corpo é o mapa de minha vida, meu corpo veste tudo o que viveu, meu corpo aciona o alarme quando sente o perigo chegar e de súbito os demoniozinhos do passado saem do meu corpo num salto e gritam não se esqueça da gente, nunca mais pense em tentar deixar a gente pra trás.

Ou eu romantizo o passado ou perco tempo me preocupando com o futuro, não é à toa que eu não me sinto viva, eu não estou vivendo no único momento que existe - presente

Ter ansiedade é como estar pendurada no topo de um prédio e saber que minha mão está prestes a escorregar

Como eu sou capaz de ser tão cruel comigo mesmo, sabendo que faço o melhor que posso - seja gentil

Eu não sou vítima da minha vida, as experiências a que sobrevivi, revelaram a guerreira que existe em mim

Às vezes eu te amo, quer dizer eu quero te amar, às vezes eu te amo, quer dizer vou ficar um pouco mais, às vezes eu te amo, quer dizer não sei ir embora, às vezes eu te amo quer dizer não tenho aonde ir

Se você for esperar que os outros te façam acreditar que você é o bastante, você vai ficar esperando

E se eu já tiver cruzado com a pessoa certa numa esquina qualquer e se eu já tiver estado com a pessoa certa e estragado tudo ?

Tenho medo de que minha melhor fase já tenha passado e que nada faça diferença daqui em diante

Eu quero dar ao meu pai, uma vida inteira de paz, pela vida inteira que ele passou na estrada para nos dar de comer, eu quero que ele saiba o que é conforto, eu quero que ele veja que o que ele fez bastou

Quando os colegas da escola perguntavam onde minha mãe trabalhava, eu mentia e dizia na fábrica que nem todas as outras mães, eu tinha vergonha de dizer que ela não tinha um ?emprego de verdade?, ainda que ser mãe e dona de casa, significasse que ela passava o dia todo sendo cuidadora, motorista, chef de cozinha, secretária, professora, faxineira, melhor amiga de quatro filhos e que o que era ?emprego de verdade? aos olhos do mundo, não chegava aos pés do que ela fazia - valor

Eu fico tão distraída pensando no lugar aonde quero chegar, que esqueço que o lugar onde estou, já é muito especial

Sinto saudade da época em que amigos e amigas sabiam dos detalhes mais banais da minha vida e eu sabia dos detalhes mais triviais da vida deles, a vida adulta me privou dessa certeza, desse eu e vocês, das voltas no quarteirão, das longas conversas em que perdíamos a noção da hora, quando a gente ganhava e comemorava, quando a gente perdia e comemorava mais ainda, quando éramos tão jovens, agora temos os nossos empregos muito importantes, que ocupam as nossas agendas lotadas, abrimos o calendário só para marcar um café que um de nós sempre acaba cancelando, porque chegar à vida adulta é passar a maior parte do tempo sem conseguir sair de casa de tanto cansaço, eu sinto saudade de saber que pertenço a um grupo que é maior que eu mesma, esse pertencimento tornava a vida mais fácil - saudade dos amigos

Se você tentou e não chegou ao lugar que queria, não deixa de ser crescimento

Se quer ser criativo, você precisa aprender a fazer coisas que não têm motivo, a arte não nasce do trabalho sem intervalo, antes de tudo, você tem que sair lá fora e viver - logo a arte vem

Eu me tornei confiante quando decidi que me divertir era muito mais importante que meu medo de passar vergonha - dançando em público

Estou despertando da noite mais longa da minha vida, não vejo o sol há anos - desperto

Hoje me vi pela primeira vez, quando tirei a poeira do espelho da minha mente e a mulher que me encarou de volta, me tirou o fôlego, afinal quem era aquela criatura tão linda, aquela terráquea extraceleste, eu toquei meu rosto e meu reflexo, toquei a mulher dos meus sonhos, toda sua beleza me sorria nos olhos, meus joelhos se renderam à terra e eu chorei suspirando, pensando que eu tinha passado a vida inteira sendo eu, mas não me vendo, tinha passado décadas morando no meu corpo sem sair nem uma vez e mesmo assim tinha ignorado seus milagres, é curioso como somos capazes de ocupar um espaço sem estar em sintonia com ele, como eu pude demorar tanto para abrir os olhos dos meus olhos, aceitar o coração do meu coração, beijar os meus pés inchados e ouvi-los sussurrando, obrigado, obrigado, obrigado por nos ver

Seu lugar não é no futuro, nem no passado - seu lugar é aqui
Cleber 26/05/2022minha estante
????


tici9 05/01/2023minha estante
Nossa! Texto de tirar o fôlego. Estou sem palavras. Parabéns! ???


Lua 02/02/2023minha estante
mas o livro é bom?




Pam 03/01/2021

Uma montanha-russa de emoções.
Achei linda a construção intensa entre sentimentos mais negativos e, em seguida, positivos. Geram uma sensação calorosa de redenção e esperança.

O livro começa, como já esperado numa obra da Rupi Kaur, fazendo reflexões sobre o estado mental do eu-lírico e sobre feminilidade, porém, algo que pessoalmente me chamou atenção, foi como ela abordou também questões sobre o "Feminismo Branco", mostrando a importância que o movimento em prol das mulheres precisa dar às mulheres não brancas e transgênero.

Além disso, fomos servidos com críticas à pressão por produtividade, algo muito falado em 2020, ano de publicação do livro, devido a quarentena pela pandemia de COVID-19. Acredito que todos nós, independente de gênero, inclusive, fomos pressionados a fazer algo de útil com o nosso tempo, para aqueles que ficaram em casa pois foram afastados de suas atividades. E mesmo aqueles que estavam trabalhando, funcionários essenciais, foram pressionados a impulsionar a sua produtividade. Kaur aborda bem como fica o estado mental de alguém submetido a isso, além de dar um ar de alívio para ser respirado, ao falar sobre como isso é mais uma imposição do capitalismo na sociedade.

Uma ótima coleção de sentimentos vigorosos e violentos, porém com a demonstração de escapatórias ao apresentar momentos de alívio e esperança.
Isadora.Macaria 29/05/2021minha estante
Moça como faz pra ler , é pq sou nova no app


Duda 02/01/2022minha estante
Como faz pra ler


Pam 02/01/2022minha estante
aqui no skoob não dá pra ler, é só marcar a leitura.




Rosangela Max 13/08/2022

Quando a voz se liberta.
?Ninguém pode silenciar uma mulher que nasceu amordaçada.?

É esse o tom que a autora manteve em todo o livro. Tom de desabafo e revolta.
O que gosto da autora é que ela dá um clima específico para cada publicação que ela faz e, sem dúvida, esse é o meu preferido até agora. Li numa tacada só.
Tem muita tristeza, sofrimento e desespero, mas também tem raiva. E é a raiva que a mantém lutando.
Recomendo a leitura.
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AmyLivros 22/09/2023

De todos os livros da Rupi Kaur, acredito que esse seja o que eu menos gostei, provavelmente por ter me identificado menos com esse livro, já que alguns dos poemas são bem pessoais da autora, ou sobre seu país. Ainda assim, muitos dos poemas são incríveis.
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NathyFischer 04/02/2021

Rupi transformou a sua dor em poesia de forma simples e poderosa. O livro é inspirador e questionador abordando temas como amor próprio, depressão, abusos, ansiedade, traumas, superação, feminismo... um turbilhão de emoções.

Meu corpo minha casa é uma coletânea de poesias que ressaltam a importância do amor próprio para conexão entre corpo e mente.
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Aione 02/02/2021

Meu Corpo Minha Casa é a terceira coletânea de poemas de Rupi Kaur, que ficou famosa com a publicação de Outros Jeitos de Usar a Boca. No Brasil, a autora é traduzida por Ana Guadalupe e publicada pela editora Planeta.

Assim como em suas outras obras, Meu Corpo Minha Casa se divide em quatro partes, que englobam textos de uma mesma temática: Mente, Coração, Repouso e Despertar. Apesar da divisão em partes, todos estão conectados por ideias convergentes, que passam por amor próprio e transformação, em uma perspectiva de subjetividade, além do cunho político, em uma perspectiva social.

Aliás, dos livros de Rupi Kaur, esse foi o que mais me soou declaradamente político, embora todos o sejam. A lógica capitalista é abertamente explorada e criticada, sendo intrinsecamente relacionada às questões individuais, como nossa perspectiva de valor próprio sendo atrelada à produtividade, o afastamento das relações pessoais provocado pela cobrança excessiva de trabalho, além do desgaste mental e físico resultantes desse excesso. Em nível comunitário, a autora aborda a exploração da classe trabalhadora, questiona direitos sociais, retrata os preconceitos sofridos por imigrantes e toca na exploração dos recursos naturais ao levantar a importância da conexão com o meio-ambiente, em uma perspectiva que é, também, espiritual.

Os versos de Rupi Kaur são livres e muito próximos da oralidade. Os poemas, no geral, são curtos, por vezes de até quatro versos, e carregam tanto um tom de denúncia, quanto de desabafo e reivindicação. Ao falar de suas dores, a autora nos permite olhar as nossas e abraçar aquelas que não nos dizem respeito. É uma leitura ao mesmo tempo interna e externa, sobre nós e sobre o outro. Acima de tudo, é uma leitura de comunhão, que clama por conexão, seja interpessoal, seja intrapessoal, seja com o planeta em que habitamos.

Embora não tenham sido todos os poemas que me agradaram — alguns me soavam como pensamentos muito soltos ou mesmo lugares-comum —, gosto muito do trabalho de Rupi Kaur, especialmente pelas temáticas tratadas pela autora. Há sensibilidade em sua escrita, além de gentileza em seu tom que nos instiga a abraçar quem somos, a nos permitir crescer em nossas jornadas. Vale dizer que, como nas demais coletâneas, Meu Corpo Minha Casa é também ilustrado pela autora, em ilustrações que complementam muito bem os escritos.

site: https://www.minhavidaliteraria.com.br/2021/02/02/resenha-meu-corpo-minha-casa-rupi-kaur/
Daniel 02/02/2021minha estante
Gostei do comentário sobre o livro. Deu vontade de possuí-lo.




Vênus_Alice 18/11/2023

Meu corpo minha casa
A Rupi sempre muito pontual, lírica e bela nas suas palavras. Sua escrita sempre me pega por ser muito intensa e trazer uma proximidade.
Ela falando sobre a depressão e ansiedade de modo que trazia questões geográficas, sociais, capitalistas me tocou muito. Me senti muito acolhida e tocada, mais uma vez por sua história.


"Se quer ser criativo
você precisa aprender
a fazer coisas que não têm motivo
a arte não nasce
do trabalho sem intervalo
antes de tudo você
tem que sair lá fora e viver"
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Bruna | @bmartinssss 18/03/2021

Mais um livro da autora que é sensível e forte ao mesmo tempo. Recomendo esse livro e os outros dela também.
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Laura.Novelli 28/01/2022

Livro escolhido para o Desafio Literature-se, na categoria de "Poesia de uma cultura bastante diferente da sua".

Não lia poesia desde a época da escola (leia-se 20 anos kkk), gostei muito de retomar com este livro!
Experiência muito interessante, os temas abordados super atuais e necessários.

Me identifiquei principalmente com a primeira parte, em que ela escreve muito sobre ansiedade.

As ilustrações da própria autora enriquecem a obra!
Luana 28/01/2022minha estante
doida p lerrr


Laura.Novelli 28/01/2022minha estante
Não tinha lido nada da autora ainda, gostei!


Luana 28/01/2022minha estante
os outros dois primeiros dela são maravilhosos, em especial o primeiro


Laura.Novelli 28/01/2022minha estante
Bom saber, colocarei na lista!! Obrigada! :)




caspaeletrica 09/01/2023

3/10: Meu Corpo Minha Cafonice
Sinto muito pelo o que Rupi tenha passado, mas não acredito que os temas dos textos tenham sido abordados numa maneira bacana, pareceu até que era uma romantização das problemáticas.

Rupi Kaur sempre foi para mim a salvação em meio às poesias "contemporâneas" atuais, que são constituídas por frases curtas "de efeito" e incitação ao desmatamento, uma vez em que arrancam árvores para lançarem folhas praticamente em branco, tanto em letras impressas quanto em significado. Todavia, Rupi era a única que eu via que conseguia fazer com que esse modelo de poesia funcionassem, nunca me faltando surpresas.

Mas nesse livro, ela cedeu à Variante Amanda Lovelace, e escreveu um livro mais do que cafona.
Max 10/01/2023minha estante
Ótima resenha!


caspaeletrica 10/01/2023minha estante
@Max obrigado!! :) sz


carolinalvescx 10/01/2023minha estante
o título KKKKKKKKKKLKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK


Luana.Mattos 12/01/2023minha estante
KKKKKKK tuas resenhas são muito boas


caspaeletrica 14/01/2023minha estante
@carolinealvescx KKKKKKMENTI?


caspaeletrica 14/01/2023minha estante
@Luana.Mattos KSKSKSKS obrigado luu!! Jsksksks????




Mendonca_mai 13/03/2023

Quotes
"A depressão é silenciosa, ela chega quando você menos escuta e de repente se torna a voz que fala mais alto na sua cabeça."

"Esteja aqui no que o dia de hoje pede -é assim que você valoriza o amanhã."

"Você é um espírito. Um mundo. Um portal. Uma alma. Você nunca está só. Você é órgãos e sangue e carne e músculo. Uma colônia de milagres entrelaçados."

?Você não está sozinha, sozinha estaria se não houvesse as batidas de seu coração e a força de seu pulmão e o impulso de sua respiração, como você estaria sozinha se há uma comunidade dentro de si."
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Carol 23/06/2021

A vida é complexa né?
Amei todos os livros da Rupi Kaur e cada um que eu li acaba se tornando meu favorito.
Li o livro enquanto estava no processo do luto, e acabo sendo meu conforto, a vida tem muitas maneiras de surpreender a gente, e no final acaba que nós colocamos em segundo plano para lidar com a intensidade que a vida é.
Rupi acabou se conhecendo melhor na escrita e com ela que eu me descobri junto?
Marcou tanto que acabei tatuando uma imagem do livro, levarei para sempre o aprendizado que ela proporcionou.
Com ela comecei a ver a poesia de outra forma é mais uma vez digo, esse é meu livro favorito (até ela lançar o próximo)
Rei 23/06/2021minha estante
Que fofinha




resenhasdajulia 14/02/2021

Os poemas da Rupi falam sobre amor, cura, perda, trauma, feminilidade e imigração.

Foi o livro que menos gostei dela mas, ainda assim, foi uma boa leitura!
Beatriz 12/06/2021minha estante
também foi o que eu menos consegui me ver nas palavras dela, mas foi ótimo também!




Feh 14/01/2022

Gostei mt, marquei bastante, no início achei q esse ia ser meu favorito, pro final nenhuma chamou mt minha atenção. Mas bom como tds os outros.
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Laura Helena 10/04/2021

Rupi Kaur: ?body home?
Ler Rupi é sempre uma honra pra mim. A forma como essa mulher incrível transforma seus demônios e traumas em poesia, como consegue gerar identificação no leitor - mesmo quando não passamos pelo que ela escreve -, ou no mínimo empatia.

Cada página é um tapa na cara necessário, uma apresentação de vivências e como devemos encarar o mundo, nossas mudanças e nós mesmos.

Todos os três livros que li (contando com esse), me fizeram refletir e, algumas vezes, até chorar. Amei e leria novamente. Na realidade, leio qualquer coisa que essa mulher escrever. ?
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