Os trabalhadores do mar

Os trabalhadores do mar Victor Hugo




Resenhas - Os trabalhadores do mar


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Thiago.AugustoCG 22/05/2021

O ignorante pode achar, só o sábio inventa. Um clássico de Victor Hugo, demorei pra consegui ler mas consegui kkkk
nestor.luersen 25/05/2021minha estante
Parabéns! Logo vou ler também.




Everton Gonçalves 16/01/2021

Como se sabe esta obra compõe uma espécie de trilogia na obra de Victor Hugo, que trata das principais necessidades do ser humano. A primeira necessidade é a religião trabalhada na obra “Notre Dame de Paris”, a segunda é a política, a questão social, trabalhada em “Os miseráveis”, e a terceira é a natureza, foco de “Os trabalhadores do mar”. Esta última obra é menos conhecida, mas não menos importante. A primeira tradução desta obra para o português foi feita pelo por Machado de Assis, o que também é bem interessante para nós.
A obra é magnífica na escrita e no enredo. Fácil de ler e profunda em algumas reflexões. O romance ou drama entre Gilliatt e Déruchette ocupa toda a obra, mas na verdade é como um pano de fundo para trabalhar os grandes temas da natureza com sua força e a atuação do ser humano também com sua força, ora em contrastes ora em complementos.
O livro consta de 3 partes, cada uma focando em uma personagem: a primeira traz o Sr. Clubin, a segunda Gilliatt, e a terceira Déruchette. Cada parte é dividida em vários capítulos pequenos, o que torna a leitura fácil e não cansativa, pois pelo menos para mim, capítulos muito grandes são mais cansativos.
Em toda a obra, Victor Hugo vai trazendo reflexões bem profundas em meio às narrativas dos acontecimentos. Entre um fato ou outro, ou mesmo no meio de um fato, surgem frases que nos levam a algo bem maior. Destaco alguns trechos que gostei muito na segunda parte, envolvendo nosso herói Gilliatt em sua batalha por sobreviver e ao mesmo tempo recuperar a máquina a vapor que estava considerada perdida por todos da pequena cidade de Guernsey.
Nesta edição que eu li, na página 358, temos a seguinte frase: “Utilizar o obstáculo é um grande passo para o triunfo.” É assim que Gilliatt encara os grandes desafios que ele vê diante de si, fazendo com que aquilo que parecia impossível, se tornasse algo praticável. A cada dificuldade, ele aproveita o infortúnio, usando as pedras com degraus de subida e nunca como abatimento.
Nas páginas 389 e 390, temos: “O olho do homem é feito de modo que se lhe vê por ele a virtude. A nossa pupila diz que quantidade de homem há dentro de nós. Afirmamo-nos pela luz que fica debaixo da sobrancelha. As pequenas consciências piscam o olho, as grandes lançam raios. Se não há nada que brilha debaixo das pálpebras, é que nada há que pense no cérebro, é que nada há que ame no coração. Quem ama quer e aquele que quer relampeja e cintila. A resolução enche os olhos de fogo; admirável fogo que se compõe da combustão de pensamentos tímidos.” Diz um velho ditado que os olhos são a janela da alma. É um pouco sobre isso que a citação reflete. O amor, e o desejo sincero por algo enche de vigor o ser humano, e o leva a lutar contra toda barreira ou tempestade, com perseverança e até teimosia.
Sobre a perseverança temos na página 390: “Os teimosos são os sublimes. Quem é apenas bravo tem só um assomo, quem é apenas valente tem só um temperamento, quem é apenas corajoso tem só uma virtude; o obstinado na verdade tem a grandeza. Quase todos os segredos dos grandes corações estão nesta palavra: perseverando. A perseverança está para a coragem como a roda para a alavanca; é a renovação perpétua do ponto de apoio. (...) Não deixar discutir a consciência, nem desarmar a vontade, é assim que se obtém o sofrimento e o triunfo. Na ordem dos fatos morais o cair não exclui o pairar. Da queda sai a ascensão. Os medíocres deixam-se perder pelo obstáculo especioso; não assim os fortes, perecer é o talvez dos fortes, conquistar é a certeza deles. (...) O desdém das objeções razoáveis cria a sublime vitória vencida que se chama o martírio.” A citação fala por si mesma, pois de fato a superando com persistência os obstáculos que se alcança as vitórias; não existe vitória que não passe por renúncias, dores e até sofrimentos. O problema não é cair, cair faz parte da caminhada, o problema é desistir do caminho por causa das quedas e tropeços.
E ele vai mais além na reflexão, página 391: “A perda das forças não esgota a vontade. Crer é apenas a segunda potência; a primeira é querer; as montanhas proverbiais que a fé transporta nada valem ao lado do que a vontade produz. O que Gilliatt perdia em vigor reavia em tenacidade. A diminuição do homem físico debaixo da ação repelente daquela natureza selvagem produzia o engrandecimento do homem moral. Gilliatt não sentia a fadiga, ou para melhor dizer, não consentia nela. O consentimento da alma recusado ao desfalecimento do corpo é uma força imensa. (...) Vontade embriagada. O homem pode embriagar-se com a própria alma. Essa embriaguez chama-se heroísmo.” E na página 393, completa: “Onde não vai o pé, vai olhar, onde o olhar para, pode continuar o espírito.” E ainda na página 396: “Qualquer que seja o pensamento e a vontade, qualquer que seja a resistência interior, olhar a sombra não é olhar, é contemplar.” Em nossa sociedade, cheia de tantas facilidades e até grandes oportunidades, muitas vezes carecemos da motivação e da persistência. Como tudo parece muito fácil, as pessoas desistem de lutar diante do primeiro obstáculo. O que nos é de fato precioso, está dentro e devemos buscar constantemente. Não podemos consentir que a sociedade nos subjugue e nos impeça de sonhar.
Para concluir, temos na página 540: “Nada perturba tanto espírito como curvar-se ao peso do ignoto. O homem é paciente dos acontecimentos. A vida é um perpétuo sucesso, imposto ao homem. O homem não sabe de que lado virá a brusca descida do acaso. As catástrofes e as felicidades entram e saem como personagens inesperadas. Tem a sua fé, a sua órbita, a sua gravitação fora do homem. A virtude não traz felicidade, o crime não traz a desgraça, a consciência tem uma lógica, a sorte tem outra, nenhuma coincidência. Vivemos de atropelo. A consciência é a linha reta, a vida é o turbilhão. O turbilhão atira à cabeça do homem caos negros e céus azuis. A sorte não tem a arte das transições. Às vezes a vida anda tão depressa que o homem mal distingue o intervalo de uma peripécia a outra e o laço de ontem e hoje.” Como Victor Hugo trabalha a natureza e sua força, esta última reflexão nos abre ao fato de que algumas coisas não dependem de nós simplesmente acontecem. São questões que se apresentam diante de nós, felicidades ou catástrofes. Isso não nos faz sujeitos passivos diante dos fatos, mas ao contrário exigem de nós um posicionamento. A questão nunca é o que se impõe a nós, mas o que fazemos com isso. Nós somos os protagonistas da nossa história, mesmo quando acontecem imprevistos ou surgem obstáculos, cabe a nós superá-los.
Obra Magnífica!
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Marília 12/12/2020

Que livrao
Quando vi que eram 70 páginas de introdução fiquei espantada. Gostei do livro embora tenha achado muito descritivo e não tenha gostado do final.
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Raca 21/04/2021

Foi um livro muito difícil para mim em questão de entender e conseguir acompanhar bem a história, creio que mais notas de rodapé seria bom, espero que o livro seja mais proveitoso numa releitura
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Tai Citele 11/10/2021

Foi difícil acompanhar a narrativa. Apesar de ser um enredo muito interessante, há sempre pausas para que o autor comece a descrever e delongar por assuntos alheios, que por mais que tenha conexão com a história principal, acaba quebrando a narrativa com tanta descrição detalhada. Contudo, gostei muito da construção do personagem principal, o Gilliat, e me surpreendi com o final.
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Nanna 16/02/2021

10/10
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