Os magos

Os magos Lev Grossman




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thexanny 19/09/2023

Os magos
Todos nós já lemos algum livro onde ficamos tão obcecados pela história que queríamos entrar para aquele universo e, se fosse nos dado a oportunidade, nos não pensaríamos nem duas vezes antes de deixar tudo para trás e viver aquela fantasia. Quentin, o nosso afortunado, tem essa oportunidade. Ele está totalmente depressivo em relação a sua realidade, com um amigo superior e a garota que ele gosta mais longe do que nunca. Quando ele recebe um envelope, após a quase entrevista de emprego, ele vai para essa escola chamada Brakebills fazer uma prova, sem nem saber sobre o que se trata. O que acontece é: ele está em uma escola para magos. E, a partir daí, a drama vai se desenvolvendo.
Uma das minhas primeiras decepções ao longo do livro foi a INSUPORTÁVEL personalidade de Quentin, no começo até que ele era tolerável, mas depois não há como negar. Ele se mostra um adolescente preguiçoso, rabugento, egoísta e fofoqueiro. De todos os personagens, ele foi o que eu menos simpatizei. Outras questões que não me agradaram tanto no livro é o modo como o autor tratou a magia, eu não sou a mais conhecedora de fantasia e não li os principais livros do gênero, mas quando se trata de magia, eu prefiro quando o autor deixa fluir do que dar explicações técnicas ou teorizar demais a magia. Até porque a própria palavra diz "magia" é algo mágico, os detalhes técnicos e facilidade e, ao mesmo tempo, dificuldade de aprender (logo falarei mais sobre essa questão) me afastaram da história. Além de que o mundo que o autor diz ser mágico parece faltar magia, o autor fez os piores personagens para se aventurar naquele mundo. Com exceção de uma pessoa do grupinho principal, todos os outros personagens eram bobos (do pior jeito possível), irresponsáveis, imaturos, inconsequentes e muitos chatos. Eu lia algumas cenas e pensava "cadê a fantasia?". O meu problema não foi a magia se passar no mundo real, muitos autores fazem isso e arrasam. O problema é que não parecia magia, parecia uma matéria que você aprende.
Não tenho certeza se isso será explicado nos próximos livros, apesar de crer que não. Mas ninguém naquela escola compreendeu o motivo pelo qual uma pessoa passou na prova e outra não. O próprio monitor na hora da formatura diz não saber porque eles foram escolhidos (e, com base em suas personalidades, não era nada relacionado a uma inteligência fora da média, uma sofisticação ou dom. Todos lá são entediantemente normais). Então você fica: o que impede do cara da esquina aprender magia? Eles entram na escola sem saber nada, sem ter nenhuma inclinação para magia e vão nas aulas e fazem exercícios até aprender, como se fosse matemática ou qualquer outra matéria. Eles não mostram aquela peculiaridade que vemos em personagens de fantasias, aquelas virtudes como os elfos, por exemplo, tem em Tolkien. Como eu disse, eles são muito entediantes. Não parecia uma história de magia, parecia um livro de adolescentes que são muito burros.
Outra questão: eu já havia lidos livros onde há o mundo real, tal como conhecemos e o mundo fantásticos (aqui a escola), mas eu nunca tinha parado para me perguntar qual mundo era mais verdadeiro. A beleza do mundo fantástico era sempre mais notável, assim como as suas criaturas e a natureza em si; mas qual é o mais verdadeiro? Foi uma pergunta que realmente mexeu comigo.
Após a formatura de Quentin, ele observa as pessoas normais com suas vidas e pensa em como elas são incompletas por não terem conhecimento da magia e tudo o mais. No entanto, algumas páginas atrás ele estava falando em como se sentia infeliz e sem rumo, algo que mesmo com a magia não mudou desde sua vida no Brooklyn como alguém normal. Mais para o final do livro, ele fala em como a vida sem magia parece ser melhor, pois, no fim, a magia traz mais destruição do que harmonia. Eu percebi essa desmistificação da visão de Quentin sobre algo que ele achou ser perfeito. Há até um momento que um dos personagens que é cristão diz que a magia foi criada por Deus, mas a pergunta permanece: por quê? E, de novo, o que impediria todos os seres humanos aprenderem a magia?
A delimitação do mundo mágico também não ficou tão clara para mim, não sei como explicar sem dar exemplos, então vamos lá com um bem genérico: em Harry Potter os alunos vão para a escola de Hogwarts, mas quem tem pais bruxos mora nas cidades desse mundo mágico. Em “os magos” o único lugar que magos parecem se encontrar é na faculdade/escola, tem uma personagem que seus pais são magos e mesmo assim ela mora no mundo real e não parece ter contato com outros magos, além dos da escola. Mais tarde no livro os personagens vão descobrir um lugar mágico, mas eu não acho que aquilo conta já que eles são os únicos magos a saberem da existência daquele lugar. Pelo que entendi, há trabalhos que os magos podem fazer, mas eles continuam sendo no mundo real. Então minha pergunta volta: eles aprendem magia, eles moram no mundo real, eles não peculiaridades que essencialmente os tornem especial, então por que caralhos eles foram escolhidos e outras pessoas não?
São perguntas que eu me fiz durante a leitura e fizeram ela valer mais a pena. No geral, não achei nada de mais e não gostei tanto da fantasia devido a todos os motivos que falei, os personagens acho que não preciso humilhar mais e é isso.

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