Beyond Order

Beyond Order Jordan B. Peterson




Resenhas - Beyond Order


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Fabrício Franco 01/06/2023

Ampliando o repertório
Outro livro do fascistazinho, guru de parte letrada da tradicional família de direita brasileira. Sob uma pátina de pretenso estudo científico, forte repetição de chavões para doutrinação à subserviência ao "status quo".
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Leonardo 22/10/2021

De Fausto à Harry Potter.
Quanto mais o tempo passa, mais o psiquiatra canadense tira de letra as coisas da vida concreta.

Beyond Order não é muito diferente do seu antecessor no que diz respeito ao estilo de escrita e apresentação de suas ideias. O livro é de fato uma continuação, porém melhor construída e muito mais concisa – impressionante por se tratar de um livro de psicologia.

Peterson não mede esforços ao usar metáforas, poesias, citações bíblicas e exemplos clássicos que vão desde J.K. Rowling à Goethe e Dostoevsky, sem perder a profundidade e o compromisso com a realidade.

Enquanto 12 Rules for Life defendeu a articulação da ordem e o caos, o segundo livro focou no papel do indivíduo em busca de responsabilidade e sentido, em oposição ao cinismo doentio e niilismo. Em todas as novas 12 regras esse tópico é abordado de alguma maneira, uma vez que o chamado da responsabilidade está impregnado em todo tipo de situação cotidiana.

Jordan Peterson não decepciona, e já não acredito que seu livro possa ser compreendido desvinculadamente de sua personalidade: Jordan prefere uma realidade incompreensível do que uma ideia já estabelecida.
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Guilherme 15/07/2021

Leitura obrigatória para quem leu o primeiro
Se você leu o antídoto para o caos precisa saber voltar para o caos e dele utilizar-se da melhor maneira possível. É isso que esse livro tenta passar, em total complementação ao seu predecessor, ou seja, depois de domar o caos é preciso saber utiliza-lo.

Mas como? Se você está lendo isso então com certeza já teve sua dose mais do que suficiente de sofrimento e é exatamente isso que o autor passou durante a criação desse livro: vicio em remedi-os, doença seria na família, pandemia, etc. Muitos de nós, no entanto, embora tenhamos parado de olhar para o abismo e parado de ver o pior em todas as coisas (e pessoas) ainda não conseguimos ser otimistas, não conseguimos pensar na vida como algo que vale a pena ser vivida, mas é exatamente olhar para o fundo do poço que nos dá a perspectiva de que coisas boas também existem.

Ora, se esse é o pior então só poderá haver o melhor, sou grato pois vivi e sobrevivi a isso, então serei o melhor possível a partir de hoje.

Parece óbvio, mas não é.
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Beto 02/07/2021

Melhor que seu antecessor?
Soa até meio clichê nos dias atuais, mas sempre que converso com alguém sobre literatura sou obrigado a fazer, no mínimo, uma breve menção a "12 Regras Para a Vida". O segundo livro da carreira de Jordan Peterson, o qual se tornou um best-seller e o alçou ao estrelato é, inegavelmente, um ótimo livro, fugindo do padrão da autoajuda tradicional ao confrontar a realidade de uma forma diferente, sem fugir de embates com o sofrimento, o temor existencial e, como está explicito no próprio nome da obra, o caos.

Diante disso - sem elevar Peterson a um patamar de gênio filosófico, o que seria um claro exagero ao que sua obra realmente representa -, é inegável que o livro sucessório já nasceria com dois estigmas. 1) Ele é mesmo necessário ou foi feito para ganhar muito dinheiro? 2) Ele pode superar seu antecessor? Isso tornou-se ainda mais evidente com os problemas de saúde que afetaram a vida de Jordan e quase o levaram a morte, como ele mesmo descreve de forma emocionante no prefácio de "Beyond Order".

De cara, anuncio que o novo livro de Peterson não teve o impacto que "12 Regras" teve em minha vida - o que é normal, pois em 2018 ela estava uma bagunça -, mas ele é uma obra, nitidamente, mais profunda e densa, com o olhar de alguém que encarou a morte e viu suas regras se provarem diante de seus olhos.

O livro todo foi escrito praticamente durante seu período de tratamento e as respostas de Peterson às regras que ele compõe demonstram isso a cada página. Ele não tentará filosofar sobre o tema para te dar uma resposta racional - ele nunca se propôs a isso nem em sua primeira obra -, porém, usará de exemplos clínicos e da boa e velha "experiência" para indicar um caminho.

Sigo achando que "12 Regras" é mais impactante, mas "Beyond Order" é, indubitavelmente, mais maduro e profundo. Em todos os capítulos, vemos Peterson entrar nos sentimentos mais profundos do indivíduo para que possamos confrontar o nosso próprio "dragão", encarando o sofrimento de frente sem que nos deixemos levar pela arrogância ou nos tornemos amargos em um contínuo ressentimento.

Quando sair a tradução - para aqueles que não querem esperar, o livro possui um inglês bem tranquilo -, não tenho dúvidas que ele se popularizará de novo em nossa terra, pois, como em seu antecessor, Peterson continuamente nos convida a encarar dois pontos que parecem perdidos atualmente: a responsabilidade e o sofrimento.

O caos dói e nunca é desejável sair do ponto onde estamos. Pior ainda se torna quando chegamos ao lugar mais baixo possível, quando parece impossível se movimentar. No entanto, "caímos para aprendermos a nos levantar" - eu sei que é clichê de novo, mas isso não é a realidade? - e, se a modernidade deseja que fiquemos acomodados no buraco, sempre é necessário enaltecer quem tenta nos levar para a maré contrário.

Bem-vindo de volta, Jordan. É bom tê-lo conosco quando tudo parece estar de ponta cabeça.
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