Moisés Negro

Moisés Negro Alain Mabanckou




Resenhas - Moisés Negro


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Kira 05/03/2021

"E sobretudo a Pimentinha, que fazia questão de ser um personagem de ficção porque não aguentava mais ser um personagem na vida real..."

Muito bom, seria favoritado se fosse um pouco maior e pudesse ter se aprofundamento mais ainda em todas as questões que se apresentam.
Tem muita coisa acontecendo nesse livro, questões políticas, sociais, transtornos mentais...
Foi muito interessante conhecer sobre a República do Congo e também levemente sobre seu vizinho: A República Democrática do Congo (antigo Zaire).
Às reflexões acerca do colonialismo nos países africanos:
"Quando os Brancos vieram para a África, tínhamos as terras e eles tinham a Bíblia. Eles nos ensinaram a rezar de olhos fechados: assim que os abrimos, os Brancos tinham a terra, e nós a Bíblia."
É um acompanhar de uma vida de sofrimento, esperando que Pimentinha possa finalmente ter um final feliz, mas tudo se torna cada vez mais trágico até o derradeiro fim, no qual o personagem é tomado pela loucura.
"Uma vida de consecutivas perdas e tiranias remetem Moisés para a loucura. E é a voz da insanidade que encerra, a partir de uma prisão, está alegoria sobre o universo da ditadura e da cleptocracia que é confrontado pela esperança de um desiludido personagem. Afinal, este Moisés, este salvador do mundo não salva a si próprio. E desfalece, incapaz de escapar de um lento aprisionamento que se iniciou no asilo da sua infância."

E está incrível frase da revista da TAG que se refere a República do Congo, mas poderia muito se tratar do Brasil:
"Em um país em que o único objetivo de poder é se perpetuar a qualquer custo, mesmo as frestas do sistema não são um lugar seguro".
Angie - @livros_libras 05/03/2021minha estante
Que bacana a tua resenha! Assim que eu ler volto aqui pra comentar com mais coerência.


Kira 05/03/2021minha estante
Espero que tu goste hahaha


Séfora 03/06/2021minha estante
Muito bem dito. O livro toca nessas nuances políticas e sociais, além de esclarecer várias passagens da história do país. Concordo que poderia aprofundar um pouco mais.


Kira 03/06/2021minha estante
Sim, se tivesse se aprofundado mais seria perfeito.




Vivi 17/12/2020

E chego ao fim desse livro com uma escrita tão cativante e intensa. Foi impossível não me sentir ali do ladinho de cada personagens, o desespero numa época tão cruel que foi o poder do socialismo na republica do Congo . Nos anseios e infância, nas fugas e aventuras . O quanto Moisés lutou para conseguir seguir na vida e toda a sua rebeldia que num todo fazia sentido. E o que é ter e lutar em nome da esperança.
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Nina 23/01/2021

Qualquer coisa que se diga sobre o final desse livro de Alain Mabanckou pode conter alto teor ?spoili?stico? hahaha

Ha? um texto que diz que Moise?s, o protagonista, e? o Oliver Twist do Congo e foi bem o que pensei ao iniciar a leitura. Ele e? o?rfa?o, assim como o personagem de Dickens, e a narrativa permeia o bullying sofrido por alguns personagens e as aventuras e desventuras da adolesce?ncia de Moise?s, que traz muitas surpresas para a histo?ria.

Para ale?m disso, o pano de fundo introduz a revoluc?a?o socialista que chega no pai?s, o que causa uma reviravolta na vida dos jovens do orfanato, ate? que Moise?s foge para uma cidade portua?ria e amadurece enquanto descobre um mundo ainda mais cruel.

Moise?s negro foi o meu primeiro contato com a literatura congolesa e a experie?ncia foi super positiva, ate? porque Mabanckou tem um humor a?cido que imprime certa leveza a temas brutais, o que torna a leitura fluida.
ghost cookies 23/01/2021minha estante
"alto teor spoilistico" kkkkkkkkk adorei, vou adotar


Nina 25/01/2021minha estante
Hahahaha sempre bom avisar, ne!




Amy 19/04/2021

Pimentinha
"Chega um dia em que nos olhamos no espelho, não há para onde ir, porque estamos em um beco sem saída."
Uma vida marcada por perdas e tiranias, na qual o personagem não é capaz de salvar a si mesmo por conta das circunstâncias do seu destino.
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Bárbara 12/03/2021

A importância do Sobrenome
Como Moises é ciclico e como é um livro forte.
Além de tudo um relato histórico sobre a ditadura e cleptocracia Congolesa como parte do cotidiano
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Raquel 19/09/2021

A história de Moisés é a mesma história de outros tantos que ficaram a mercê do estado. Tratados como indivíduos rejeitados que não merecem o melhor, buscam a sobrevivência em caminhos árduos. Livro profundo que me fez refletir até sobre os pequenos privilégios diários, que nem nos damos conta.
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Jussara.Oliveira 05/01/2021

Uma leitura comovente
DICA DE LEITURA ??

Começando o ano com uma leitura densa, no entanto necessária.

Moisés é uma criança órfã que mora em um orfanato no Congo. Sozinho, ele sente que precisa sair em busca de suas raízes e encontrar sua identidade.

A jornada do herói foi comparada a David Copperfield e Oliver Twist ambos de Charles Dickens.

O livro aborda temáticas como prostituição, solidão e loucura numa dinâmica que o leitor adentra a submundos carregado mais de empatia à julgamento de valores.

Recomendo para quem está disposto a sair da zona de conforto e se aventurar pelas histórias africanas.

Obs. O livro me fez pensar na obra de Jorge Amado- Capitães da Areia, onde o autor constrói uma bela e comovente história de meninos de rua, vivendo por conta própria e descobrindo a vida sem grandes oportunidades para o desenvolvimento educacional e emocional.

#leiaautoresnegros
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Evy 27/02/2021

"Quem pode dizer o que é felicidade? Você pode, por acaso?"
Este livro foi indicado pelo maravilhoso Mia Couto e traduzido para o português brasileiro pela primeira vez pela TAG livros, e nos apresenta a história de um garoto congolês com um sobrenome ridiculamente grande que nem me atrevo a tentar colocar aqui, mas cuja tradução é "Demos graças a Deus, o Moisés negro nasceu na terra dos ancestrais". Por isso é conhecido por todos como Moisés.

Ele passa um grande período de sua vida em um orfanato de Loango, cidade próxima a Pointe-Noire, segunda maior cidade da República do Congo e uma cidade portuária. Nesse orfanato, Moisés vai conhecer o amor sob a forma de pequenos gestos de uma funcionária a quem ele admira muito, como é possível notar neste trecho:

"Eu passo os olhos por seus cabelos grisalhos que começam a aparecer nas laterais. Seus óculos fundo de garrafa me intimidam, mas mesmo assim eu os admiro; eles me dão a impressão de que Niangui passou a juventude lendo livros escritos em letras menores do que as da Bíblia que destruíram, com o passar do tempo, sua vista. Assim como ela, eu queria ler e ler ainda mais livros"

Sabine Niangue é o mais próximo de uma mãe que Moisés teve e, em um relato que faz ao garoto, nos traz uma forte reflexão:

“Sim, ela queria um filho claro porque isso representava, na época, uma espécie de superioridade, era besta, mas era parte da nossa complexidade em relação aos brancos, tudo o que fosse branco era melhor, tudo o que fosse preto era amaldiçoado, sem futuro, sem amanhã, você ainda está me escutando, meu pequeno Moisés?”

São dela, também, as perguntas que dão título a essa resenha e é uma personagem que me marcou. O livro traz esse traço de contar várias histórias dentro de uma história e vamos conhecer outros personagens, como o diretor e os funcionários do orfanato, a do melhor amigo de Moisés, Bonaventure e outros colegas do orfanato e mais pra frente, outros personagens que ele vai conhecendo ao longo de sua jornada. Dado momento, Moisés escapa do Orfanato junto com dois irmãos gêmeos que o apelidaram de Pimentinha por conta de uma vingança do garoto contra eles que de certa forma os aproximou e então começa uma vida de pequenos delitos na tentativa de sobreviver na cidade.

O pano de fundo da trama é um país que acabou de sofrer um golpe de estado e uma revolução comunista que culmina na fundação de um partido e um novo regime, marxista-leninista, é consolidado. E neste contexto, os relatos do autor, vão pontuando a história do Congo com a vida de seus personagens, histórias que dificilmente conheceríamos se não pelas páginas de um livro. A narrativa do autor é irônica e ácida, traz um certo humor mas contrabalanceado com a realidade dura e vívida de uma sociedade esquecida.

Mais uma vez recordo a maravilhosa palestra de Chimamanda sobre o perigo de uma única história. É preciso conhecer novas culturas, ler novas realidades, nos faz crescer como seres humanos. O final da história é de trazer lágrimas aos olhos e destaco mais uma citação que partiu meu coração:

"Meu amigo Fort la Mort me disse que o adjunto adverbial está lá para completar a ação do verbo de acordo com as circunstâncias. Quer dizer que sem ele o verbo está totalmente perdido, não consegue mais exprimir com precisão a causa, o meio, a comparação, etc... Talvez minha memória não seja mais confiável porque perdi a maior parte de meus adjuntos adverbiais"

Super recomendo a leitura!
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Raissa594 13/01/2021

Moisés Negro
Vi várias pessoas comentando que esse livro é engraçado de alguma forma, mas ele é a representação da desgraça daqueles que vivem a margem da sociedade.
Moisés é um menino congolês que foi deixado a porta de um orfanato de Loango ainda com poucos dias de vida, e é nesse lugar que passa a maior parte do livro.
Se eu fosse resumir esse livro, eu diria que ele fala sobre perdas. Mas ele também fala das tentativas de sobrevivência de alguém que não tem perspectiva de vida.
Apesar do cunho social (algo que sempre me atraí muito), não me prendi muito ao livro, demorei para ler ele. Ele é narrador na primeira pessoa pelo personagem principal de forma memorialista.
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Erika 13/01/2021

Moisés negro
Trazido pela TAG, tendo como curador Mia couto, conhecemos a história de Moisés, um menino órfão que vive desde sempre em um orfanato administrado por um homem mão de ferro, junto com seu melhor amigo Bonaventure, a quem ele sempre protege das crianças mais levadas.
Após algumas perdas das únicas pessoas que realmente se importavam e lhe davam carinho, permanecer no orfanato perde o sentido para ele. Então Moisés aproveita a companhia de dois irmãos gêmeos menores infratores e foge para outro lugar. Tentando achar refúgio e outro destino para si, ele acaba se metendo em confusões, ganhando o apelido de pimentinha e se envolvendo em roubos, prostituição e agressões. E assim vamos acompanhando Moisés da sua infância à velhice, e percebendo como essas lacunas de sua juventude o impacta na sua fase mais madura.
Uma leitura que remete à "capitães de areia" e nos faz lembrar de Jorge Amado.
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Klênyo 15/05/2021

Literatura africana
Ótima leitura, apesar da história triste. Narrativa envolvente. Os africanos cada vez mais presentes entre nós, finalmente. Quanto mais leio autores desse continente mais aprendo sobre a diversidade e particularidade de cada país, tirando de vez a equivocada mania de se referir à África como um todo indivisível.
Mari 15/05/2021minha estante
Olá, boa tarde!
Fiz uma loja de desapego de livros na shopee, e tenho varios tipos de livro, caso tenha interesse da uma olhadinha lá ;)
Caso seja aqui de perto posso entregar em mãos também ????

https://shopee.com.br/teixeiramariana?smtt=0.0.9


Séfora 03/06/2021minha estante
Isso mesmo. Um continente recheado de contrastes e povos ímpares. Lendo vamos conhecer as particularidades de cada país.




EduardoCDias 20/12/2020

Vida no Congo.
Esse livro, do escritor congolês Alain Mabanckou, me surpreendeu. Com uma estrutura de narrativa um tanto diferente, conta a história de Moisés, desde quando é deixado num orfanato, bebê, até sua maturidade, passando por várias experiências, desde morar na rua, até perder seus amigos. Um livro que nos mostra a importância dessas experiências na nossa sanidade mental.
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Gláucia 05/01/2021

Moisés Negro - Alain Mabanckou
Último livro do ano de 2020 da TAG, o ano.
Às vezes um livro é descrito de forma a atrair leitores mas dependendo da forma como é feito pode estragar a leitura. Nesse caso é feita uma comparação com Dickens, o livro é descrito como o Oliver Twist do Congo. A TAG já fez isso esse ano nos apresentando um outro romance com a tetralogia napolitana. O resultado broxante foi o mesmo.
A narrativa é feita em enormes saltos no tempo e num romance tão curto faltou tempo para que eu me afeiçoasse a qualquer personagem. Achei fraco e desconexo com aquele final aspirando a ser impactante ou surpreendente.
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Fer Paimel 31/08/2021

Capitães da areia congolês
Não conhecia esse autor e esse livro. Peguei emprestado com uma amiga que assina a Tag Livros, porque ela amou!
Eu gostei bastante, achei bem escrito, triste e às vezes engraçado.
Não sei o porquê, mas não fiquei especialmente fisgada com o livro? sequer sei citar um relevante defeito, simplesmente não me conectei a ponto de dar nota máxima à leitura.
Ainda assim, amei ler um livro de um autor congolês e ver uma realidade diferente.
Tem muuuuito de Capitães da Areia nesse livro, é incrível. O que é um baita elogio, já que esse é um baita livro para ser comparado!
Foi uma leitura sobre colonialidade, desigualdade social e outras temáticas que estudo na minha pós-graduação em Direito e Vulnerabilidade de um modo mais lírico e sentimental, valeu a pena.
Daniel1841 28/11/2021minha estante
Tive essa mesma impressão de não ser fisgado pelo livro, mesmo sendo excelente. Curioso, né?
Achei as partes finais muito apressadas, mas fora isso, uma baita experiência de leitura.




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