Resenhas - Hater

Cláudia 13/02/2012

Livro estranho
A história é contada do ponto de vista de Danny - um funcionário público frustrado, o trabalho dele é chato e os colegas mais ainda, a família cresceu muito rápido - o jovem casal não estava pronto para criar 3 filhos - tanto emocional quanto financeiramente.

A vida de Danny era bem comum até os ataques de ódio sem explicação nas ruas começarem, o legal (até onde isso possa ser considerado legal) é que ele sabe até menos que o leitor sobre esses acontecimentos, pois os capitulos são divididos em dias da semana e entre um e outro - é narrado um ataque de ódio, do ponto de vista de quem ataca - já aviso que são bem violentos, contados em detalhes.

Os Haters - nome dado pela imprensa - são as pessoas que de uma hora para outra ficam violentas e matam qualquer pessoa diferente delas com as próprias mãos ou objetos que estiverem ao alcance. Como os haters começam a se espalhar rapidamente e a princípio ninguém tem uma explicação aceitável para a mudança na natureza dessas pessoas, a vida e as prioridades de todos mudam - o pânico cria o caos. Vamos acompanhar Danny em sua jornada em busca da verdade e tentar nos manter vivos pelo caminho.

O leitor vai viajar por uma realidade bem violenta e desesperadora, e o que é pior - qualquer semelhança com a vida real não é mera coincidência - afinal ficção científica de lado (ou não, depende das suas "crenças") maldade gratuíta a gente vê em todo lugar. Então recomendo para fãs do gênero, para quem aguenta cenas fortes e para quem curte uma obra apocaliptíca.

http://www.concentrofoba.com.br

Seccon 07/05/2011

O ódio consome a sociedade (Hater - Moody, D.)
Opinião: Uma história de terror sensacional.

O PERSONAGEM PRINCIPAL: Danny é um homem comum de meia idade, casado, que tem um trabalho pacato no departamento administrativo de trânsito, na cidade onde mora. Detesta o que faz, tem uma chefe filha da puta, que sempre faz ele parecer um incompetente. Nos seus melhores dias, pensa em como progredir na vida, mudar de trabalho, fazer o que gosta. Mas quando chega em casa, a mulher está constantemente exausta por ter que cuidar de três crianças infernais do casal, e isso muda tudo e sempre o deixa pra baixo.

HISTÓRIA: sem explicações, inicia um surto de assassinatos brutais nas casas, ruas, bares, entre desconhecidos, familiares, casais, melhores amigos, etc. Não existe nenhuma explicação sobre um vírus, ou epidemia. A sociedade passa a viver insegura, sem proteção. Os "Haters", como foram chamados pela mídia, foram pessoas normais que, de uma hora pra outra, sem mais nem menos, passaram a enxergar ódio nos olhos de cada ser humano. Esses olhos causam medo, pavor, e os haters precisam se livrar disso, exterminar a qualquer custo, sem aceitar qualquer diálogo, ou argumento contra a violência.

Diferentemente das histórias de zumbis (Madrugada dos Mortos) e epidemias (Ensaio sobre a cegueira), o surto deixa todos os haters conscientes e bem orientados. Eles não sentem nenhum remorso pela crueldade que cometem. Alguns crimes são até semelhantes com o que ocorre na vida real. O interessante é que, mesmo com a suspeita de infecção de alguma espécie de vírus, os haters se aceitam entre eles, em comunidade.

Danny e sua família vivem o drama de que um deles possa se tornar o próximo Hater, enquanto a situação foge cada vez mais do controle. A história se torna uma horrível e violenta guerra para livrar o ódio do planeta. Mas com quem está o ódio e quem está sendo odiado afinal?


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Rodrigo Seccon.

Mateus 07/08/2011

A violência é algo bem comum nos dias de hoje. De tempos em tempos somos assolados por notícias de crimes bárbaros e assassinatos brutais, capazes de chocar uma geração inteira. Agora imagine viver em um mundo onde a violência é algo corriqueiro, em que 30% da população tem uma vontade insana de matar qualquer pessoa que apareça pela frente. Pois esse é o mundo de Hater.

A história é narrada por Danny McCoyne, um homem frustrado com seu trabalho, sua família e sua vida. Tudo ia bem até o dia em que pessoas normais começam a matar outras pessoas sem nenhum motivo aparente, apenas por se sentirem ameaçadas por elas, movidas pelo medo num ato de autodefesa. Denominadas "haters", essas pessoas se tornam um grande grupo na sociedade, colocando em perigo a vida de todos.

A princípio, Hater se mostra um livro bastante interessante. Os chamados "haters" são um pouco parecidos com zumbis (tudo bem que pensam, falam e raciocinam, mas seu gosto por sangue é parecido com seus amigos putrefatos), o que gera um clima apocalíptico bastante convidativo. Mas no decorrer da história, o autor se perde e acaba findando em algo perto do malfeito, como se ele houvesse se cansado de escrever o livro.

Em nenhum momento do livro é explicado como e onde surgiu o surto de violência entre as pessoas. Este era meu único motivo para continuar a leitura, e terminei a última página extremamente frustrado por isso não ter ocorrido. O autor poderia ter dado qualquer explicação, mesmo a mais estúpida e idiota, mas ele não fez isso. Acabou parecendo que os haters surgiram do nada, simplesmente começaram a matar os outros sem motivo algum. Algo completamente absurdo.

Enfim, o livro promete demais mas não cumpre quase nada. Talvez muitos irão gostar pelo fato de ter bastante ação, sangue e suspense. Sinceramente até pensei em dar três estrelas por causa desses três pontos, mas na minha perspectiva acima deles está a história bem formulada, coisa que este livro não tem de jeito nenhum. Depois da frase "Sei que minha filhinha está em algum lugar, matando por nós", quase abandonei o livro e foi uma tortura terminar. Se houver uma continuação, não quero nem passar perto.

Claudia Cordeiro 18/07/2012

Interessante!
É um livro muito bom, para quem gosta de terror; vai virar filme, com produção de Guillermo del Toro, deve dar um bom filme!! Leitura fácil e história interessante.

Rodrigo 12/07/2017

HATER - ÓDIO MORTAL
Bem interessante. Faz uma analogia poderosa com nossa condição real de convívio em sociedade. Parece previsível, mas tem uma reviravolta impressionante.
Não é o melhor livro, mas traz um insight poderoso.
Primeiro livro de uma trilogia. Traz um potencial gigante pras continuações.
Mais uma dica do blog do Santiago Nazarian.

Lello.Sousa 13/08/2017

Tá e aí?
Li o livro é achei fantástico, me prendeu mas e agora? Não irão lançar toda a trilogia?

Fábio Valeta 01/04/2018

Um daqueles livros que estava na estante já há vários anos. As vezes pensava em lê-lo, mas acabava deixando para depois.

Primeiro de uma série de (por enquanto) quatro livros, mas que apenas o primeiro chegou a ser lançado no Brasil. É bastante similar a várias histórias de apocalipse zumbi, mostrando a rápida desfragmentação da sociedade devido à violência causada por uma parcela da população que, aparentemente enlouquecida, começa a atacar as pessoas à sua volta, sejam elas desconhecidas ou não.

A diferença é justamente que os tais “Haters” como são chamados na história, não são seres irracionais. Sua violência tem um sentido, pelo menos para eles próprios. Esse aspecto até poderia se desenvolver em algo interessante, mas não é o acontece nesse primeiro livro. Por ter sido pensado como o primeiro de uma trilogia (lançada entre os anos de 2006 e 2011 – em 2017 um novo livro da saga foi publicado), muito é deixado de fora, provavelmente para ser desenvolvido nos demais volumes. Volumes estes que não foram e provavelmente não serão publicados no Brasil.

Se tivesse sido lançado no país, eu talvez até fosse atrás do segundo volume. Mas a verdade é que a história não é assim tão interessante. Nesse momento, em que acabei der ler o livro, até tenho curiosidade para saber o que acontece com o protagonista e os membros de sua família. Mas duvido que vá ficar pensando nisso por muito tempo.