Resenhas - As areias da ampulheta

Nanda Muniz 14/07/2022

Sou fã da Lua há muito tempo.
Eu me sinto honrada por ter uma obra desta poetisa incrível nas mãos.
Sobre o livro, é incrível a leveza com que ela expõe os sentimentos mais profundos que temos. Sem dúvida é uma leitura cativante, envolvente. O triste é quando acaba. rs

Isabela | @readingwithbells 26/02/2021

"Os poemas de Lua Costa deixam claro que estão expondo dor, medo, tensão, mas não atordoam, devido à maestria da autora em manejá-los com leveza. Cheias de rimas, as estrofes têm aquele desejado potencial de se fixar na memória. Além disso, as reflexões sobre vazio, silêncio e espaço ativam lembranças e nos estimulam a pensar sobre o cotidiano comum, por vezes arrastado, mas sempre inédito. Afinal, todo dia é um dia novo. Lua Costa tem sua poesia como a areia que marca o tempo na ampulheta, fincando cada fase, cada inspiração e cada descoberta criativa em sua trajetória como escritora."
Dividido em quatro partes, sendo elas, Segundos, Minutos, Horas e Dias, os poemas de Lua Costa nos traz reflexões sobre o amor, humanidade, saudade, escolhas, dor, tempo, entre outros temas. Ao ler "As Areias da Ampulheta", nos sentimos em casa. Lua Costa transborda conforto e emoção em suas palavras.
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"Eu tinha tanto tempo
ainda ontem.
Eu nem sei quato já passou
ainda hoje.
Eu nem sei quanto terei
para amanhã.
Areia de deserto,
não podemos segurar.
Entre os dedos,
nem sequer a vemos
escapar."

Galhardo 25/02/2021

Lua Costa não brincou de escrever! A poeta se propôs a adentrar no campo do tempo que gosto de chamar de lírico e demonstrou grande maturidade em sua escrita. "As areias da ampulheta" fala das dores que o tempo causa e da dores que acompanham o tempo e a cada poesia recebemos mais de Lua, mais das dores, mais de nós mesmos. Realmente uma obra sensível, forte e maravilhosa. Recomendo a leitura!

Yara Fers 03/02/2021

Versos granulados
Os poemas de Lua Costa no livro As areias da ampulheta parecem deslizar sobre nós, começando pelos mais leves, que vão apenas nos tocando com seus pequenos grãos, até chegar aos versos mais profundos, de areias movediças nas quais submergimos e é difícil voltar.

E esses versos granulados de densidades diferentes pretendem refletir sobre o tempo, principalmente, mas também sobre todas as dores e descobertas que ele carrega.

E essa areia fluida, que nos carrega em correntezas do início ao fim dos versos, por muitos momentos se parece mais com água do que com a solidez da terra. Ou talvez eu a veja assim pois ela assim me encontrou, e me perdi em dunas oceânicas.