Os tais caquinhos

Os tais caquinhos Natércia Pontes




Resenhas - Os tais caquinhos


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Fabrício Cardoso 27/03/2024

A teimosia da vida
Um pai doentiamente acumulador e duas filhas sobrevivem em condições insalubres no apartamento 402. O ambiente não impede que o afeto seja tecido entre os três, ainda que sem a lógica do cuidado a partir dos pais. Ali, todos se cuidam e se afastam, ao sabor das intempéries da existência. Abigail joga-se na bebida e no sexo. Berta flerta com confortos burgueses na vizinhança. Lúcia fenece diante do abandono da mulher. Os capítulos em forma de blocos de texto sem parágrafos bebem da estética do amontoamento, sem desorganizar a leitura. É um romance sobre a teimosia da vida diante das adversidades, quando a única opção é continuar existindo. Luís Augusto Fischer descascou esse texto na Folha, mas foi uma leitura que me divertiu. Vale investir um sábado nele.

site: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/04/os-tais-caquinhos-e-um-romance-esvaziado-em-que-tudo-e-irrelevante.shtml
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Stella 18/02/2024

Mais um que prova que a literatura brasileira contemporânea dificilmente decepciona! ?os tais caquinhos? é escrito em forma de diário de uma adolescente, que vive uma vida angustiante, num apartamento que sufoca. a construção dos personagens é brilhante e os títulos de cada trecho são tocantes. lindo!
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Juliana Ascoli 11/01/2024

Não sei bem o que eu esperava desse livro, mas algo me impediu de avaliar com as 5 estrelas. Um pai acumulador, mas amoroso, uma casa suja e cheia de baratas, sem comida e duas adolescentes se criando sozinhas. É, não dá para contar mais sem contar tudo!
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clairee 26/12/2023

Quem vai colar os tais caquinhos?
"Quando terminei de urrar, o ar faltando na garganta seca, os espasmos do meu corpo me jogando contra as paredes do corredor abafado e úmido, Lúcio me encarava com um olhar conspurcado de dor.
Filha, não jogue as minhas coisas fora. Eu imploro. Nelas eu guardo a minha vida inteira."
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isabellebessaa 17/10/2023

Tinha abandonado o livro por pq me causava angústia acompanhar a vida de Abigail. Voltei depois de um tempo e simplesmente o devorei. Acho tão mas tão bonito quando ela diz que vai ser mãe de si mesma... uma saída encontrada diante de tanto abandono. Gostei do final
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Laryssa.Carreiro 16/09/2023

Leve e flexível - os tais caquinhos
Natércia Pontes tem uma escrita que deixa aquela vontade de quero mais e constrói personagens que desenvolvem e tomam uma forma própria, quase reais. Nos pegamos próximas de Lúcio e de seu lar, nos tornamos parte da história e de suas memórias. Gostei especialmente dos aspectos de sujeiras retratados no texto, costume de famílias brasileiras, acompanhando uma personagem interessante e criativa em cenários aconchegantes - quase como se já conhecêssemos.
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Bruna 12/08/2023

Os Tais Caquinhos
Um livro tão curtinho, mas que fala sobre tanta coisa. Tão cheio de solidão.
Gostei demais. Os capítulos são curtos e a leitura é muito fluída. Gosto demais dessa forma de narrativa!
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clara! (taylor's version) 28/07/2023

Impossível não criar ligações com os personagens, um livro que se desenvolve surpreendente e trazendo uma realidade brasileira.
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Roberta.Justel 30/06/2023

Pra começar quem vai colar os tais caquinhos
Um livro sobre família, separações, abandono, as mais diferentes formas de manifestação de sofrimento e duas adolescentes tentando juntar e colar os os tais caquinhos (reencontrar sentidos) junto ao pai acumulador. Um livro brasileiro, de autora nordestina, uma narrativa intensa, aflitiva mas também sensível e interessante? que te prende do início ao fim?
Amei e recomendo.
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Juca 29/03/2023

As coisas não precisam de você
Foi uma leitura razoável. Não senti que foi muito pra frente, achei a história bem ok, mas o estilo da autora é diferente e interessante. Gostei de várias partes, não desgostei de nenhuma em específico (só achei muito nojento), mas também não gostei particularmente do livro como um conjunto. Poderia tanto ter lido quanto não ter lido. Vou esquecer a maior parte em alguns meses. Foi bom pela finura, consegui acostumar a levar um livro físico por aí, tava presa no kindle há tempo demais.
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Gio 05/03/2023

A história é boa, interessante e com personagens cativantes, mas a disposição do livro e forma que é contada deixa a leitura um pouco cansativa e arrastada.
O livro me pegou mesmo só do meio pro fim, custou um tanto, mas num geral gostei pois vale à pena pela imersão nos personagens e o final.
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Lari 30/01/2023

Triste, nojento e poético
A sujeira é a grande protagonista no começo do livro, o que me lembrou muito o filme alemão Zonas Úmidas, de 2013. A partir do meio a sujeira vai cedendo espaço pra uma tristeza disfarçada. No fim achei um livro muito bonito.
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Corrida Literária 24/01/2023

Fome de afeto
No apartamento 202, de uma cidade qualquer, vive uma família que enfrenta várias dificuldades entre elas a fome. Nada se fazia , ou se tinha para comer ali. Salvo, quando os vizinhos ajudavam com doações de ovos, ou o pai com as filhas conseguiam almoçar fiado no restaurante de um amigo. Mas havia, também, a fome do afeto.
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O apartamento era sujo, havia caixas espalhadas por todos os cômodos, o sol mal conseguia entrar no apartamento, imagine as pessoas. Roupas sujas guardadas nas gavetas, mofos, azulejos amarelados, paredes encardidas, poeiras, gorduras e baratas, faziam parte do cenário diário, dessa família disfuncional.
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Para Abigail a solidão tinha sabor era amargo, ela quem mais ficava dentro de casa, convivendo com seu pai acumulador (de coisas e de sentimentos). Ele quase morto de tão vazio de vida. Ela cheia, de medos e ausências.
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Abigail, precisava lidar com o vazio da existência, do corpo, do ser e do ter. Enquanto Berta, ignorava tudo e se distanciava; vivia na casa das amigas em especial de Mariana, onde foi praticamente adotada.
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Abigail vivência toda a passagem de menina para mulher , sozinha. Enquanto adolescente, mergulhou em cada experiência que a adolescência pode oferecer, inclusive as dolorosas.
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Uma família que subexiste o caos físico, emocional , metafórico e existencial e a sua maneira tentam viver em família.
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Um livro rugoso e incomodativo.
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