A terceira vida de Grange Copeland

A terceira vida de Grange Copeland Alice Walker




Resenhas - A Terceira Vida de Grange Copeland


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@eu_rafaprado 07/04/2024

Do insta pro Skoob. @eu_rafaprado
A terceira vida de Grange Copeland ? Alice Walker 5 de 5 estrelas
(336 páginas, tempo médio de leitura: 10:00 horas).

O primeiro livro de Alice Walker, autora de ?A Cor Púrpura?, publicado em 1970, a Terceira Vida de Grange Copeland, conta o cotidiano de uma família negra no Sul dos Estados Unidos, por três gerações.

A autora nasceu em 1944 na zona rural de uma pequena cidade no interior da Geórgia.

Devido à segregação racial nos Estados Unidos, os negros não podiam estudar nas mesmas escolas que os brancos. Alice estudou em um colégio para negros e, devido ao seu alto desempenho, recebeu um título concedido nas escolas americanas aos alunos que conseguem as melhores notas, o que lhe garantiu uma vaga na universidade.

Durante sua adolescência, viu a irmã que trabalhava em um necrotério maquiar uma jovem que fora as$a$sinada por seu companheiro com um t1ro no rosto.

Este e os outros fatos vividos em sua infância e juventude levaram Alice a escrever este romance e a publicar essa história aos 26 anos.

No livro, Grange abandona a esposa, os filhos e a amante e parte rumo ao norte dos EUA em busca de uma vida melhor. As consequências de suas atitudes são desastrosas, permeando na vida de seu filho Brownfield e de suas netas.

Muita coisa me chocou nessa história, e é difícil ler este livro pensando apenas na estrutura do romance. Acho que Alice contou muito mais do que a história aqui apresentada, o que ficou claro durante nossa conversa no clube de leitura ?Lendo Mulheres?.

Escrito com linguagem poderosa e precisa, o livro trata de violência - racial, social, familiar, contra a mulher -, mas também da força humana, capaz de mudar uma realidade inóspita por meio do amor e da ação no mundo.

Para a escritora Jarid Arraes, que assina a orelha do livro, "Alice Walker é corajosa. Aborda temas profundamente delicados e tabus dentro da própria comunidade negra. Escreve com a fome de quem precisa contar mais do que a realidade: precisa da crueza, da ferida mais inflamada e difícil de tratar. Esta obra é, em primeiro lugar, literatura para quem não teme a honestidade do espelho, as perguntas dolorosas e o grotesco."

Este livro foi traduzido e publicado pela primeira vez no Brasil pela ?Tag Curadoria? em maio de 2020.

Você já leu Alice Walker? Alice Walker é mulher negra, celebrada escritora, poeta e ativista. Seus livros incluem sete romances, quatro reuniões de contos, quatro livros infantis e volumes de ensaio e poesia. Venceu o Prêmio Pulitzer em Ficção em 1983 e o National Book Award com A cor púrpura, publicado no Brasil pela Editora José Olympio.

Leia mais mulheres, leia Alice Walker.
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Nagela 18/02/2024

Que lição esse livro me passou! Que tapa na cara! É um livro com muitos pontos pesados, mas necessários, me senti lá, chorei! Mas que livro, meus caros!
Cecília 18/02/2024minha estante
Taí, uma leitura para ser apreciada , então !




Evy 12/02/2024

Vontade de chorar! De ódio, mas de tristeza também...
Sabe aquele tipo de livro que você sente ódio? Vontade de jogar na parede ou entrar na história pra socar um personagem? Esse é um exemplo desse tipo de livro. Há anos não sentia tanto ódio numa leitura e tanta vontade de chorar ao mesmo tempo. De ódio, mas de tristeza também...

Conheci a narrativa crua e única de Alice Walker em A Cor Purpura, livro que lhe garantiu um Prêmio Pulitzer e que é simplesmente genial e necessário e agora com a leitura desse, tenho certeza de que me tornei uma fã incondicional de sua voz narrativa.

Nesta obra, a autora desvela o cotidiano de uma família negra no Sul dos Estados Unidos, ao longo de três gerações. Somos apresentados ao trabalhador rural Grange Copeland, oprimido pela estrutura racista que permeia o condado de Baker. Agressivo, distante e pouco interessado em sua família, Grange os abandona, buscando uma vida melhor no Norte.

Desolado com o abandono, seu filho parte em busca de seu destino após o falecimento da mãe. Ele se lança em uma jornada conturbada e dolorosa, criando um caminho tortuoso que não apenas afeta a si mesmo, mas também condena toda uma família a anos de tristeza, dor e solidão, repetindo os erros do pai.

Ao longo das páginas, somos imersos em cenas perturbadoras de violência física e psicológica, que compõem o cenário das experiências íntimas vividas pelos negros dentro de sua própria comunidade e casa, e que muitas vezes se veem presos em um ciclo do qual não conseguem escapar.

Com uma voz única e corajosa, Alice Walker nos traz o mais íntimo da vida dessas personagens e aborda questões profundamente delicadas e tabus dentro da própria comunidade negra. Sua escrita é impregnada pela necessidade de revelar mais do que a simples realidade, ela busca a crueza, o dedo na ferida, o mais difícil de tratar.

Sem condições de colocar em palavras o que as cenas desse livro nos faz sentir e o quanto nos faz refletir sobre tantas questões importantes. Uma obra literária para aqueles que não temem a honestidade do espelho, que enfrentam as perguntas dolorosas e o grotesco com coragem.

Alice Walker não só nos oferece a verdade, mas uma narrativa poderosa que busca abrir reflexões importantes sobre a complexidade das relações humanas e dos desafios enfrentados pelos negros. É uma leitura essencial para quem deseja compreender não apenas a história, mas também a resiliência e a força de um povo que luta diariamente por justiça e igualdade.

Recomendo fortemente! 5 estrelas, favoritado!
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Madame Marisa 31/01/2024

Viceral
Me senti devastada, atravessada por essa história cheia de dor e crueldade. Fora os gatilhos, devido a muitas situações que passei.
Que livro!
Daqueles que a gente termina sem ar...
E com raiva! Muita raiva.
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ToniBooks 28/01/2024

A cor púrpura da invisibilidade
A terceira vida de Grange Copeland, primeiro livro de Alice Walker - vencedora do Pulitzer 1983 pelo livro a cor púrpura -, revela o cotidiano de uma família negra escravizada no Sul dos Estados Unidos do Século IXX.
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SimoneSMM 27/01/2024

A história do livro é boa. Mas a narração é ruim, sem vida. Nos primeiros capítulos, assim como na terça parte final, dá a impressão que a autora só quer preencher páginas com fatos vazios que não parecem ter relação com o centro da narrativa.

A história é sobre a vida de uma família negra, que vive no sul dos EUA num momento posterior à escravização. O foco, à primeira vista, é na relação de trabalho, que continua escravagista, nas quais o que se ganha é sempre menos do que se deve ao patrão, praticamente única alternativa a quem vive ali. A opção seria ir para o desconhecido norte, atraído pelas narrativas sobre ganhar muito dinheiro e sofrer menos racismo. Uma fuga dos brancos do sul, que eram donos das fazendas de algodão, das moradias dos trabalhadores, e de seus corpos.
Depois surge, como decorrência da vida miserável, da fome, da transferência de um fazendeiro branco a outro, da exploração exaustiva, do nascimento de filhos que morrerão na infância ou irão, a partir dos 5 anos, ajudar os pais nas plantações de algodão, do estupro das mulheres - daí surge o esfacelamento da capacidade afetiva, o embrutecimento das relações, a violência, o crime, em personagens que não tiveram relações de carinho, mas ainda não haviam se tornado cruéis. Isto fica demonstrado na exposição de como o personagem Brownfield se torna gradualmente frio e mau, à medida que se sente incapaz de dar vazão e confiar no amor que sente pela família. Quanto mais é esmagado pela realidade infeliz, mais precisa tornar os outros infelizes, como a única coisa capaz de controlar. Já que não consegue ter controle sobre o "bem" que quer oferecer à família, então oferece o ódio, que ele pode, facilmente, materializar nas surras, chingamentos, humilhações, assim se sentindo maior do que é. Não aquele ser impotente diante de tudo o que vive.
No fim, surge uma esperança, antiga, não especificamente para mudar a vida daquelas pessoas naquele momento, mas a capacidade de ver e querer além do que se tem no tempo presente, este tempo onde começa o futuro e onde começa a luta pela mudança.
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Carlos.Junior 12/01/2024

10/10
??A terceira vida de Grange Copeland??, primeiro livro de Alice Walker - vencedora do Prêmio Pulitzer de 1983 pelo livro A cor púrpura -, revela o cotidiano de uma família negra no Sul dos Estados Unidos, por três gerações.
Infelizmente, mesmo sendo um leitor muito chato e tendo uma análise muito criteriosa não há o que falar: Alice Walker SABE escrever e, além disso, produziu uma obra perfeita de primeira. Os personagens introduzidos cada qual tem seu início, desenvolvimento e conclusão. Os problemas enfrentados, sejam eles do dia a dia como fome, frustação e desesperança ou sociais como racismo, misoginia e preconceito são tão bem apresentados, trabalhados e explorados nos subtextos da trama que ficam no imaginário do leitor como algo permanente. Algo tátil, que é possível de sentir na pele a partir das letras, frases e parágrafos usados. Alicew Walker sabe escrever bem, gosta de escrever e é talentosíssima em sua escrita e não há pormenores nisso. É perceptível a quilômetros de distância que há um proposito em cada página colocada, há uma vida, uma pulsão, uma alma de fato de trás de cada capítulo, nada lido no livro é de graça para a continuação ou conexão do roteiro, seu início, meio e fim são bem demarcados e explorados em suas respectivas unidades de tempo e espaço, sem passar por cima de nada e sem esquecer qualquer ponto importante para o decorrer do drama. Excelentíssima e revigorante leitura, de uma qualidade absurda.
Vale muitíssimo a pena ler, recomendo a todos, mas principalmente para mulheres negras, é nítido que seu público-alvo se concentra nesse grupo. O que é justo com o conteúdo da história.
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Júh ^^ 03/01/2024

Doloroso e cruel em essência
Essa leitura foi muito pesada, muito densa, dor em cima de dor, sofrimento pra tudo que é lado. A Alice conseguiu trazer com a escrita dela um retrato da crueldade humana em sua essência, através da visão de alguns personagens vamos traçando o passado sombrio, o presente conflitante e o futuro desesperador. É uma narrativa sem refrescos que vai seguindo uma reta sem fim, com certeza algumas das cenas descritas vão ficar comigo pra sempre. Principalmente a cena do natal, se vc leu vai saber qual é.
Apesar de triste e sofrido foi uma leitura fluida, que me fez refletir sobre muitos temas, principalmente o do racismo claro. Foi uma boa porta de entrada para o trabalho da Alice, fiquei curiosa para ler a Cor Púrpura também.
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PAULA 19/12/2023

Leitura marcada pelo sofrimento dos negros, dominados e escravizados pelos brancos, condenados a uma vida indigna, sofrida e miserável. Esses sofrimentos constantes, sem certeza de dias melhores se enraizam em suas vidas a tal ponto de acharem que qualquer sombra de esperança ou melhoria é motivo para conflitos entre si. É exatamente essa a visão que Brownfield Copeland carrega dentro de si, passando a destratar de forma servera a esposa e as filhas, que alegatanto amar, as impedindo sempre de lutarem por uma vida melhor.
Eu peguei ranço de Brownfield, pois por mais sofrida que a vida seja, se temos alguém do nosso lado disposto a lutar por nós e melhorar a nossa vida, devemos apoiá-la e lutar junto e não fazer de tudo para destruir essa esperança. Por outro lado, fiquei emocionada com a atitude louvável de Grange, pai de Brownfield, com sua neta Ruth. Mesmo com todos os percalços que a vida lhe impos e erros do passado, fez de tudo para ser uma pessoa íntegra e forcener o melhor que pode para sua tão amada neta.
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Biblioteca Álvaro Guerra 18/10/2023

A terceira vida de Grange Copeland, primeiro livro de Alice Walker - vencedora do Prêmio Pulitzer de 1983 pelo livro A cor púrpura -, revela o cotidiano de uma família negra no Sul dos Estados Unidos, por três gerações. Oprimido pela estrutura racista do condado de Baker, o trabalhador rural Grange Copeland abandona família e amante para ganhar a vida no Norte, mas retorna, após passar por experiências transformadoras, decidido a nunca mais conviver com pessoas brancas. Grange refaz sua vida, torna-se fazendeiro, mas tem que lidar com as consequências de suas escolhas no passado. Escrito com linguagem poderosa e precisa, o livro trata de violência - racial, social, familiar, contra a mulher -, mas também da força humana, capaz de mudar uma realidade inóspita por meio do amor e da ação no mundo.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788503013765
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Mariana113 25/06/2023

Leitura necessária!
Que livro difícil de ler! Logo nas primeiras páginas notei que seria uma leitura triste. Contudo, a riqueza da escrita e das informações trazidas, sobre racismo e preconceitos de gênero e sociais, fizeram com que essa experiência fosse maravilhosa, me transportando com clareza para as dificuldades retratadas pelos personagens.
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Lethycia Dias 07/05/2023

Rancor e violência
Quero começar essa avaliação dizendo que esse livro me arrebatou desde as primeiras páginas pelo tanto que é bem escrito! Antes dele, a única obra de ficção de Alice Walker que eu tinha lido foi A cor púrpura, e pela qualidade deste, já esperava por uma história boa, mas me impressionei ainda mais com a qualidade desse livro que foi o primeiro romance da autora.
Aqui, acompanhamos três diferentes gerações de uma família que tem sua vida modificada para sempre quando Grange Copeland, o homem que dá título ao livro decide partir do Sul dos Estados Unidos em direção ao Norte, em busca de uma vida melhor. Seu filho, Brownfield, sofre as consequências de sua partida, até decidir também, na vida adulta, ir embora da fazenda onde cresceu e onde sua mãe e seu pai trabalharam para pessoas brancas por toda a vida em condições precárias. Ele nunca chega ao Norte, parando numa cidade no meio do caminho, onde conhece sua esposa Mem - a quem ele promete o mundo e entrega uma rotina de miséria, humilhações e violência. A última parte da história é narrada pelos olhos da filha deles, Ruth, que sobrevive aos abusos e agressões do pai e é criada pelo avô, enfim de volta à Geórgia, numa relação única e muito bonita.
Essa é uma história de rancor intergeracional e repleta de violência em suas mais diversas formas: do ódio racista ao abuso sexual, da negligência de pais com seus próprios filhos até a violência doméstica. Mostra bastante as dificuldades de pessoas negras de ascenderem socialmente e aspirarem a uma vida melhor num sistema em que tudo é feito para prejudicá-las, e como até os maiores esforços individuais por melhorias ainda não atingem os resultados esperados. Um dos trechos que mais me comoveram foi o relato de Grange sobre sua passagem pelo Norte, visto como um lugar idílico para os negros do Sul - mas ali ele também passa por dificuldades e encontra nas pessoas brancas nortistas a mesma desumanização que estava acostumado a receber de sulistas.
E, acima de tudo, é uma história sobre como a violência se perpetua, porque aqueles que sofrem com violência acabam reproduzindo o que viveram naqueles que são "mais fracos" - como Brownfield faz com a mulher e as filhas. A de Alice Walker no final do livro resume isso com a questionamento "Como pode uma família, uma comunidade, uma raça, uma nação, um mundo, ser saudável e forte se uma metade domina a outra por meio de ameaças, intimidações e atos reais de violência?".
É um livro muito triste e brutalmente violento, mas uma história tão bonita e tocante que com certeza vai se tornar uma das minhas melhores leituras desse ano.

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