Resenhas - Eu disse não

Ellen 07/05/2023

Relacionamento tóxico
De início eu imaginei uma história difícil e pesada de ler, oq realmente foi, mas eu esperava mergulhar em lágrimas e dor. Me vi em meio a uma grande revolta, me senti péssima por ter que ler uma história de uma mulher que teve que passar por tanta coisa, mas tbm me senti horrível por julga-la por permanecer por tanto tempo em um relacionamento tóxico.
A premissa da história é exatamente essa, ela viveu por anos presas em um ciclo de violência doméstica, e foram muitos momentos para que ela visse a situação e percebe-se que não devia continuar ali. Me senti revoltada com a justiça Brasileira, obviamente sei que é exatamente assim como ela é. Vi o livro mais como uma crítica em si com toda essa situação, e de como uma mulher deve perceber os sinais de um relacionamento abusivo do que uma auto biografia, ela passa os fatos por a gnt muito rapidamente, nos fazendo ou não nos sentir "menos pior" do que deveríamos. Difícil recomendar um livro desses, mas faço isso para que toda mulher entenda e perceba qualquer sinal, e saia o mais rápido possível.

erica 30/08/2022

Relacionamento com narcisista
A sinopse diz que o livro relata uma história real sobre um relacionamento que começou com flores e se tornou uma relação abusiva, mas não é bem assim...

Desde a época do namoro o relacionamento já era problemático, idas e vindas e muitas traições da parte dele e o noivado então ele foi horrível com ela e mesmo assim ela casou com ele.

Depois ele foi um marido péssimo, desde o começo do casamento, não tiveram lua de mel porque ele arruinou tudo e mesmo assim ela decidiu ter uma filha com ele, e mesmo ele sendo um pai horrível, agressivo e ausente ela decidiu ter outra filha com ele.

Um homem abusivo pode melhorar se quiser e buscar ajuda pra isso, mas um narcisista nunca vai deixar de ser abusivo, porque o transtorno não tem cura. E a Daniela era doente também, porque sim uma pessoa que não sofre de dependência emocional jamais se sujeitaria a tudo que ela passou. Eram dois doentes precisando de ajuda.

Claudia Cordeiro 06/01/2022

Exatamente o que achei. Ela teve coragem para expôr a história a público, mas crítico sim, JAMAIS deveria ter tido 2 filhas com esse homem. No final.do livro fica mto chata, dando conselhos e falando da vida como se a horrenda experiência que passou com aquele monstro a tivesse tornado dona da verdade. Qdo, na vdd é sério que acha que as filhas não terão sequelas pelo que passaram? Com um pai desses?
Bom, perto dela meus relacionamentos tóxicos foram fichinha. E eu, FELIZMENTE, sou mtooooo mais agressiva e violenta do que ela, acredito que meus ex pagaram e os fiz sofrer tb. Demônio se combate sendo demônio tb. E o cara desse livro, o fato dele estar vivo é a mais perfeita prova do quanto nossa sociedade é retardada e podre, talvez devido à nefasta religião predominante que quer fazer todo mundo engolir goela abaixo na marra de que "toda vida tem valor", aaahhhh vá, pena de morte para esse cara é pouco, tinha que ser em praça pública e sob tortura prolongada, ponto.

Altina 12/09/2021

Que livro em! Por vezes tive que parar pra respirar de tão real que ele é! Quantas histórias dessas existem por aí, quanto sofrimento! Mas vale a pena demais a leitura, custe o que custar, vale a pena, mas continue lendo! Lágrimas e raiva vieram em algumas páginas. Aquele pensamento de "como isso parece comigo", como vou consertar, agir e reagir diante desse problema!? Chorei com a carta que ela fez pra ela. E ri com o anexo; Desopilando o Fígado, com as pérolas que as filhas dela tinham. Realidade pura e cruel, mas que ela conseguiu vencer e ainda está vencendo, pois esse tipo de violência fica cicatrizado.

Lou Marques 29/05/2021

Eu disse não!
Eu disse não, um livro que conta o quanto uma mulher, com estabilidade mental e financeira conseguiu se ver diante de um amor tóxico?
Antes tarde do que nunca né? Mas porque tão tarde assim, se ela sabia que era tóxico, que não era normal tudo aquilo, que era doentio é mesmo assim permanece durante 17 anos?
Será a cegueira do amor? Mas e o amor próprio?
Quando ela cita ? ele queria uma sorvete, e chovia canivetes, e ele me mostrou uma revista dizendo pra eu escolher, e mesmo sabendo que ele não me daria e qual seria a resposta quando eu chegasse da busca ao sorvete, eu fui mesmo assim? Ele diz: não fez mais que sua obrigação! ? e mesmo assim ela vai!?. Mas porque passar por tudo isso se já via e percebia e sabia que aquilo não era normal e que poderia sair daquilo?
Livro de vários porquês?
Mas um livro de superação, de uma mulher forte, que aguentou absurdos e conseguiu dar a volta por cima!
Mas mulheres, aprendam, o Amor não machuca!
????

Ronaldo 28/04/2021

Nessa autobiografia, Daniela relata o convívio de dezessete anos com um marido abusador. Um homem que desde o namoro já mostrava seu lado violento, porém ela não quis ver. Não por ser cega, burra ou gostar de sofrer, mas porque acreditava que uma pessoa podia melhorar, acreditava no casamento, em aceitar as pessoas com seus defeitos, em apostar no melhor de cada um. Muitas vezes somos traídos por nossos próprios bons sentimentos, caindo em armadilhas que ficam cada vez mais difíceis de se escapar conforme os anos passam e os laços ficam mais fortes. Vêm as questões financeiras, as convenções sociais e finalmente os filhos, que tornam vitalícia a conexão com o outro.

Relacionamentos abusivos não são exclusividades das mulheres, mas o abuso que uma mulher sofre de um homem é uma questão diferente, vem de um problema cultural. Vivemos numa sociedade machista (acredito que não seja só no Brasil, mas no mundo todo), onde há cinquenta anos atrás uma mulher era execrada por se divorciar, onde por muito tempo se usou a palavra "largada" para se referir a uma mulher separada, onde o peso do sucesso no casamento cai sobre a mulher, onde muitas mulheres não tem independência financeira. Por isso não se deve julgar uma mulher por permanecer num relacionamento desses. Nós temos a tendência de complicar quando o problema é nosso e simplificar quando o problema é do outro. "Se ela apanha do marido, é só largar", é o que muitos dizem, mas a coisa não é bem assim.

Num texto simples, a autora descreve o relacionamento com um homem que ia da extrema indiferença à extrema violência, sem meio termo. Os poucos momentos felizes foram por esforço dela, apenas. E quando ela decidiu acabar, foi aí que o pior começou. Surras, ameaças de morte, manipulação. Há algumas situações que se fossem fictícias, diríamos que eram forçadas, tamanha a crueldade dessa pessoa.

Leitura importante não só pra mulheres, mas pra qualquer pessoa que viva, testemunhe ou, não queira correr o risco de desempenhar o papel de vilão nessa história

Simone de Cássia 05/04/2021

É sempre chocante ver, ouvir ou saber da violência, seja ela física, mental, afetiva, seja contra homens, mulheres, crianças ou animais... enfim, violência, abuso, é sempre chocante. Mas, o mais chocante é quando a vítima não se percebe assim, quando ela mesma trabalha a favor do opressor e os dois se alimentam e se fartam desse angústia e desse poder. Alguns se dão conta mais rapidamente, outros demoram...outros nem despertam, morrem subjugados e abafados na montanha de horrores. Confesso que, por vezes e vezes deu raiva dessa Dani, da sua cegueira, da sua permissão para o caos...Mas, quem nunca??? Então, que atire a primeira pedra...

Riva 22/03/2021

Nem toda forma de amor é amor!
Relacionamento abusivo existe desde que o mundo é mundo, mas, de uns anos para cá, tem sido repudiado, e a justiça, ainda que lenta e tardia vem tentando mudar isso.
Porém, penso que o ?x? da questão vem antes do relacionamento ser abusivo, pois, da mais culta à mais ignorante das mulheres não entendem que estão vivendo um relacionamento abusivo.
Umas, por acharem que é normal esse relacionamento, já o relacionamento dos seus familiares foram assim; outras, por acreditarem que foi só um arroubo.
Literalmente, essa jovem, vivem um inferno na terra, mas, conseguiu dar a volta por cima.
Não dá para julgar... apenas acolher e esperar que cada uma vítima, no seu tempo, dê um fim neste pesadelo.
É um livro doido, mas escrito com bom humor.
E lembrando, que via de regra, a violência física, que é a mais visível, é a última a acontecer.

Eduarda.Souza 16/02/2021

Aprendi muito com a história da Dani, e caramba ela passou por muita coisa até ela chegar o que ela é. Mas o livro é ótimo!

Guynaciria 02/02/2021

Eu disse não- Daniela Schanen
@vestigio
Nota 9

Essa é a história real da Daniela, contada a partir de lembranças dos mais de 20 anos que passou sob o julgo de um marido abusivo e manipulador.

Depois de diversos boletins de ocorrência, agressões físicas e psicológicas, e algumas ameças de morte, ela conseguiu se libertar, contando para isso com uma estrema força interna e uma vontade de sobreviver para cuidar de suas duas filhas, dando a elas uma vida melhor, longe da rotina de intimidação em que viviam.

Daniela nos apresenta sua história de forma fluida, com uma linguagem simples, até parece que estamos sentados com ela em um café, falando sobre a vida.

O livro é marcado por informações úteis para pessoas que passam ou já passaram por esse tipo de situação. De forma a entender que não estão sozinhas, não são culpadas pelos atos de violência sofridos e que seus companheiros são os verdadeiros responsáveis por sua dor.

A Dani, já tô aqui me sentindo íntima da autora, mas e porque ela abriu o coração para a gente, então não tem como não tratá-la com o respeito e o carinho que merece. Enfim, ela acrescenta em seu livro algumas músicas que marcaram aquele período, além de trazer diversas sugestões de sites, onde podemos buscar mais informações.

Gente, esse livro me tocou de uma forma surpreendente, e eu só tenha a agradecer essa mulher incrível por ter compartilhado um pouco da sua dor com a gente, mas principalmente por ter compartilhado a sua força.

Vocês já leram algum livro que aborda a violência contra a mulher ?