One Step Closer

One Step Closer Jeff Blue




Resenhas - One Step Closer


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Kotó 08/03/2021

Just then.
A verdade é que cada um tem a sua verdade, e Jeff Blue conta o seu lado da história.

Antes de aprofundar mais no conteúdo da história, preciso fazer um adendo: particularmente acho impossível que tudo tenha acontecido exatamente como Blue descreve. Como uma possível comprovação disso, eu mal consigo lembrar dos diálogos que eu tive nessa semana, quanto mais repetir exatamente o que foi conversado há 20 anos.

Os excessivos "just then" também me fazem duvidar que uma situação tenha acontecido em seguida da outra. Porém, é justo o recurso literário pra unir diversos acontecimentos em um só capítulo.

Agora, dito isso, na essência, o livro fala sobre uma realidade que não enxergamos: como é estressante o bastidor da indústria da música. Justo a música, que é algo que muda vidas. Alguns podem contestar a veracidade de um fato, ou bradar "epa, não foi bem assim!" ou "não foi você quem fez isso!", mas, na essência, tudo aconteceu: o estresse, a carga emocional pesadíssima, o peso de ser derrotado seguidas vezes. E como esse mundo pode ser cruel, mesmo que você não queira ser cruel.

Em várias entrevistas os integrantes do LP falaram sobre esse sentimento, mas aqui você consegue entrar neste sentimento e raciocinar sobre todos os motivos.

Por outro lado, é espetacular saber como as demos do Hybrid Theory foram evoluindo (recomendo escutá-las durante as descrições que Blue faz das músicas), como Brad foi atrás pra fazer a banda assinar um acordo, como a Xero era criticada e recusada pelas gravadoras, como Mark foi demitido, como Chester entrou na banda e como Mike era um líder, mas um líder que também se frustrou. Há tanta coisa pessoal que você quase acha que é um romance.

Aliás, há um espaço cativo para Chester. Como era um outsider e como, no começo, a sintonia com a banda era 100%, mas entre perfis da banda ainda era cheia de estática. Blue não entra a fundo em muitos episódios, mas um especificamente mostra como foi difícil para Chester viver com a depressão.

O livro também me faz entender um pouco o lado da gravadora, e não só da banda. Lembro que em meados dos nos 2000 o Linkin Park até chegou a incentivar a pirataria de suas músicas como forma de retaliação à Warner. Fui entender um pouco depois de ver o documentário "Artifact", do 30 Seconds to Mars (que tem Chester como um dos entrevistados). Porém, com o livro, o ponto de vista da gravadora também é colocado sob os holofotes. E você consegue entender os pedidos da Warner (concordar é outra coisa).

O importante aqui é, pra quem é fã de Linkin Park (ou apenas curioso pra saber como uma banda estourava no início dos anos 2000), valorizar as palavras de Blue. Não há como negar que essas memórias valem ouro para nós - fãs de uma das maiores bandas que já existiu -, que podemos nadar por um mundo que não era antes permitido a nós.
Gabriel Seixas 08/03/2021minha estante
Ouvi outro dia o podcast Radiofobia Classics do Linkin, realmente a qualidade da banda e a diferença que o Chester fez é impressionante. Biografias de bandas é massa demais mesmo, gostei da resenha, ainda mais de uma que a gente cresceu ouvindo :)




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