Rastejando até Belém

Rastejando até Belém Joan Didion




Resenhas - Rastejando até Belém


19 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Amanda 24/01/2021

Para quem gosta da autora...
Joan Didion retratou sua juventude, os costumes e crenças de uma forma única. Os ensaios do livro são reflexos palpáveis de um país que foi sacudido com as mudanças culturais e sociais, uma leitura deliciosa para quem já conhece a autora.
vera 11/02/2021minha estante
Ela é maravilhosa e escreve lindamente. Pena que em português haja tão poucos livros dela :(




Aléxia 01/05/2022

Era uma vez na Califórnia
Como demorei tanto tempo pra chegar na Joan Didion? Se Gay Talese, Truman Capote, Hunter Thompson a gente lê desde o 1º ano da faculdade de jornalismo, como passei anos sem saber dela? (talvez a resposta seja simples: porque faltavam traduções em português)

Tenho amado ler ensaios. É um tipo de narrativa fragmentada e analítica que faz sentido em uma época de tantas mudanças pessoais, em que a atenção é tão dispersa. Isso reverberou muito na minha experiência com esse livro.

Na 1ª parte, os ensaios têm uma energia muito específica de Califórnia em 1967. Pessoas esquisitas ou pessoas teoricamente normais que se levam muito a sério e acreditam demais na sua importância pra sociedade quando tudo não passa de um delírio coletivo. Imagino um cenário Era uma vez em Hollywood: hippies, crianças crescendo ao ar livre, sociedade feliz com sua democracia imaculada enquanto financia ditaduras.

O meio do livro, com os ensaios pessoais, são tão inigualáveis que qualquer coisa que eu escreva fica aquém do sentimento que eles passam.

Por fim, os ensaios finais têm uma ideia de inevitabilidade do tempo, de lugares que concentram o presente no passado.

Por acaso lendo ao mesmo tempo três livros que em algum momento passam pela Califórnia dos anos 60, me pergunto como acessar esse mundo tendo bagagem e contexto tão distintos. Enquanto lia ia colocando algumas músicas que ela citava, mas é uma atmosfera que me parece tão única que é simplesmente inacessível. Parecia que todo mundo sabia que a existência dessa época seria efêmera.
Krishna 25/02/2023minha estante
Uau, adorei sua resenha! Comecei agora e tô ansiosa pra ler a parte dois do livro. É meu primeiro contato com a autora e eu estou maravilhada com a escrita.




rafaellafurlan 17/01/2022

super interessante
a joan realmente tem o dom de contar histórias. a sua escrita é realista e humana, impossível não se identificar com seus pensamentos, mesmo sendo de um outro país, de uma outra realidade e de uma outra epoca!! (anos 60)

a única coisa que me incomodou foi o jeito de escrever de alguns capítulos, como o do havaí, que só descreviam acontecimentos históricos, como em um livro didático mesmo. os textos ficam muito mais fluídos quando ela interpela com os pensamentos dela.

e achei interessante que no texto dela sobre o movimento hippie, deu a entender que eles eram mais drogados e perdidos do que ativistas políticos.
comentários(0)comente



Beatriz.Varela 09/01/2022

Um ótimo primeiro contato com Didion!
Rastejando até Belém foi meu primeiro contato com a escritora, e superou minhas expectativas. O conteúdo de alguns dos ensaios é bem específico do tempo e época ? Costa oeste dos Estados Unidos nos anos 60, em geral ? mas mesmo nesses casos é super interessante o que conseguimos aprender sobre a autora através de suas descrições. Meus ensaios preferidos foram justamente os em que entendemos quem é Didion e um pouco de sua história. Recomendo assistir o documentário da Netflix após finalizar a leitura!
comentários(0)comente



aninha 13/03/2022

altos e baixos
foi a decisão certa esperar pra ler essa coletânea depois de ter lido um livro mais pessoal de didion, porque foi possível entender mais sobre as experiências dela na califórnia e as constantes no período que ela viveu.

no geral, teve alguns ensaios que gostei mais do que outros, especialmente os pessoais, mas nenhum que quebrasse definitivamente o ritmo de leitura. no geral, gostei mais de blue nights, mas ainda assim foi uma leitura interessante.
comentários(0)comente



Nara 03/05/2022

Uma leitura pra vida!!
Tenho falado de forma obsessiva sobre esse livro e Joan Didion..

Me peguei lendo trechos do ensaio Sonhadores do sonho dourado:
"Esta é uma história de amor e morte na terra do ouro, e começa no campo."

"das meninas para quem a grande promessa de vida se resume a um vestido de noiva branco de cauda curta e a dar à luz uma Kimberly ou uma Sherry ou uma Debbi e depois divorciar-se em Tijuana e retomar o curso de cabelereira."Éramos jovens e inconsequentes", dizem sem arrependimento, e olham para o futuro. O futuro sempre parece atraente na terra de ouro, porque ninguém se lembra do passado."

"o que poderia levar uma mulher assim a sentar-se numa rua chamada Bella Vista, olhar através da sua nova janela panorâmica para o sol vazio da Califórnia e planejar como iria queimar o marido vivo dentro de um Volkswagen."

Eu poderia inserir diversas notas que fiz a cada ensaio, amei todos.

O livro está em um lugar de muito afeto, pois a leitura me acompanhou durante todo o processo dessas últimas férias.. Nos ônibus, metrôs, nas percepções que eu fazia da vida à minha volta, da retomada de andanças pela cidade.. Nas filas de consulados, de sp à rj.. Nos momentos de tensão que anteciparam a entrevista do visto. E sem caso pensado, indo comigo até o destino final, que também era a cidade tema do último ensaio: Nova York.

Para além do prazer que é ler sobre eventos reais, Didion nos desperta com percepção aguçada, nenhum gesto escapa. A cidade é uma personagem, um composto das gentes que por lá vivenciaram. E o sentido da vida se dá na forma com que nós mesmos elaboramos sobre ela. 

Existe uma fluidez fruto de um ritmo analógico e, uma capacidade quase sinestésica que mescla passado com o presente e, faz do futuro sempre essa promessa de só se tornar uma parte ainda mais caótica do passado. E com cheiros, cores e gosto de estações quentes.. Incêndios por todos os lados.

De que algo muito poderoso acontece com a escrita e a memória pode não passar de uma grande invenção pessoal e, no entanto, ser completamente honesta, transparente, direta e absurda. Sobre a realidade ser a única ameaça que paira no ar.
comentários(0)comente



Nathalia 24/10/2021

Os ensaios pessoais são definitivamente os meus favoritos, especialmente ?Sobre ter uma caderno?.
As histórias que a Joan conta te fazem esquecer que esse livro é de não-ficção, a paixão dela por Sacramento, Honolulu, NY e Los Angeles é fascinante e excitante, te faz querer ir aos lugares e entender ver pessoalmente cada ponto que ela fala.
comentários(0)comente



L. B. Böer 26/07/2023

Esse foi o primeiro livro de ensaios que já li e também o meu primeiro contato com Didion, e confesso que me encantei.
Houveram ensaios que não gostei, principalmente na terceira parte, mas muitos me tocaram profundamente (a exemplo de ?O Caderno?, meu favorito, e ?Sobre o Amor Próprio?).
Esse livro me recordou muito a discografia da Lana Del Rey, e consegui associar muitas de suas canções, principalmente as dos primeiro álbuns, aos textos de Didion, afinal o ?american way of life? é um personagem constante nos trabalhos dessas duas artistas.
Didion me fascinou com sua escrita e sua forma de enxergar e pensar o mundo (principalmente o mundo americano), e com certeza lerei suas outras obras.
comentários(0)comente



Juliana 20/04/2024

"lembre-se do que era ser eu: esse é sempre o ponto principal."
Se tornou um dos meus favoritos da vida! gosto muito, muito de tudo aqui. me peguei chorando (às vezes só lacrimejando) em muitos ensaios, principalmente: sobre ir para casa e adeus a tudo isso. e acredito que meu ensaio favorito dela até agora é "sobre ter um caderno".

coisas que eu e a joan temos em comum:
- sofremos de enxaqueca
- somos mt sentimentais pra qualquer porcaria sem sentido pra outras pessoas
@tatabookshow 20/04/2024minha estante
quero ?




Danielle.Nardez 27/02/2021

Muito bom
É possível conhecer a história da sociedade americana dos anos 60 pela perspectiva da autora e de seus afiados instintos.
Inspirador e reflexivo, esse livro reúne 20 textos da autora que foram publicados em periódicos americanos entre os anos 60 e 70.
Gostei de todos os textos , mas certamente separei alguns deles pra reler muitas vezes.
comentários(0)comente



Romulo 12/12/2021

Livro legal
Livro é legal. Retrata bem os anos 60 e a Califórnia, utilizando as memórias da própria autora como jornalista ou como personagem.
comentários(0)comente



@li.varal 24/12/2021

Rastejando até Belém
#JoanDidion
?21.03.2021 a 31.03.2021
?05h34min, 240 p.
@todavialivros

Gostei. Alguns ensaios são um pouco cansativos, mas Joan Didion escreve muito bem. Lembrei de Truman Capote e outros autores do jornalismo literário. Em geral, gostei mais dos ensaios pessoais (considerações sobre amor próprio, moralidade). Destaque também para o texto sobre Nova York.

?Nos esquecemos muito cedo das coisas que pensávamos que nunca esqueceríamos? (1687)

?Tudo volta? (1707)

?O autoengano continua sendo o engano mais difícil, a despeito da maioria das nossas platitudes? (1725)

?Os escritores estão sempre traindo alguém? (77)

?Nossa criação vem de uma ética segundo a qual os outros, quaisquer outros, todos os outros por definição são mais interessantes do que nós mesmos, que fomos ensinados a ficar retraidos, a praticamente nos apagar? (1632)
comentários(0)comente



kaunescau 06/04/2022

"a inocência termina quando arrancam da pessoa a ilusão de que ela gosta de si mesma."

Esse foi meu primeiro livro de Didion, talvez eu não devesse ter começado por esse, por ser mais pessoal e eu nunca ter lido nada dela antes, mas me despertou a curiosidade.

Não me arrependo, muito pelo contrário, apesar de alguns contos serem meio arrastados ao meu ver, de todos pude tirar algum proveito, pois ela escreve muito bem, e nos envolve mesmo falando sobre amenidades.

Mas obviamente os textos que eu mais gostei foram os pessoais, onde ela nos mostra seus sentimentos profundos e sua s reflexões sobre a vida, como ela viveu, como ela se viu sendo ingênua e forte ao mesmo tempo, nos mostrando que não existe uma vida perfeita, mas sim escolhas que nos fazem seguir em frente.
comentários(0)comente



juliana 31/01/2023

talvez devesse ser óbvio mas eu não esperava que fosse um livro tão carregado de referências a cultura norte-americana, infelizmente você acaba perdendo bastante do livro por isso. a escrita da joan é muito boa e gostosa de ler, a mistura de jornalismo e prosa é muito natural, mas ela de fato está sempre trazendo referências bem específicas da cultura norte-americana, então pra brasileiros pode ser difícil de acompanhar em alguns pontos porque ela só cita e não dá um contexto em volta.

ainda assim, a escrita dela compensa. nos ensaios mais pessoais dela, em que ela traz mais referências da própria vida, foi onde senti que consegui me conectar de verdade com o livro. "sobre ter um caderno", "sobre o amor próprio" e "adeus a tudo isso" em específico são fenomenais, só esses 3 já valem por toda a leitura.
comentários(0)comente



19 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR