Fabi | @ps.leitura 29/07/2020{resenha feita no blog PS Amo Leitura}A Casa Holandesa, publicado primeiramente pelo Clube Intrínsecos e escrito por Ann Patchett, conta uma história após a Segunda Guerra Mundial e com uma única certeza: Danny e Maeve são únicos na vida um do outro.
A Casa Holandesa vai contar a história de Danny e Maeve.
Dois irmãos que só se sentiam confortáveis quando estavam juntos e ao longo de cinco décadas, contaram suas trajetórias e a dificuldade para superar a dor do passado.
Tudo começou após o fim da Segunda Guerra, quando Cyril Conroy, pai de Danny e Maeve, entrou para o ramo imobiliário e conseguiu dinheiro para tirar a família da pobreza. E sua primeira aquisição foi a Casa Holandesa: uma extravagante propriedade no subúrbio da Filadélfia. Porém, o que seria uma surpresa para a esposa, acabou desencadeando diversas emoções e o fim da família.
Mesmo sem entender o porquê a mãe teria ido embora, Maeve e Danny continuam unidos e buscando força em cada um. Porém, quando a madrasta vai morar na casa junto com suas duas filhas, algumas coisas acontecem até que eles são expulsos e se encontram novamente a pobreza.
O vínculo entre eles, ao mesmo tempo que os salvam, também bloqueia o futuro.
Uma história sobre herança, perdão e amor.
Quando eu vi a sinopse desse livro e vi que o mesmo apresentava uma questão sobre após o término da Segunda Guerra, percebi que era o tipo de livro que me conquistaria, pois para quem me acompanha há mais tempo, sabe que é uma temática que eu gosto e muito.
Logo no primeiro capítulo eu já estava envolvida na trama, tentando decifrar tudo o que estava acontecendo. Esse ritmo permaneceu até o fim da primeira parte, onde eu realmente gostei de Maeve e Danny, entendi todos os dilemas e senti todas suas dores.
Porém, a segunda e terceira parte acabaram não me conquistando. Achei que a narrativa demorou para desenrolar e os acontecimentos acabaram não me surpreendendo muito.
O que me fez gostar muito da primeira parte do livro foi a forma como a Ann Patchett apresentou os acontecimentos. Com uma narrativa em terceira pessoa, a autora mostrou o crescimento dos personagens, intercalando entre acontecimentos de quando eram crianças e acontecimentos atuais, quando são adultos.
Isso foi muito importante no começo para que entendesse o que realmente estava acontecendo na vida de Maeve e Danny, assim como o significado da Casa Holandesa. Confesso que gostei em saber qual era a verdadeira essência por trás disso tudo e o porquê a casa causava efeito nas pessoas: para o pai, um troféu; para a mãe, um fardo; para a madrasta, uma ambição concretizada.
Em alguns momentos me senti incomodada com a forma como Maeve lidava com algumas situações, querendo sempre comandar tudo por ser a irmã mais velha. Em outros, eu sentia o empatia por ela e pelo Danny, pois era perceptível como ele tinha um coração enorme e estava sempre disposto em ajudar e cuidar, principalmente da irmã.
Apesar de não ter gostado tanto das duas últimas partes do livro, A Casa Holandesa tem uma proposta interessante, diferente e até mesmo instigante. Mostra como os personagens tiveram que lidar com o turbilhão de sentimentos e emoções desde cedo, assim como todas as escolhas acabaram afetando não apenas o passado, mas também o futuro de cada um.
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