O Morro dos Ventos Uivantes em Capa Dura

O Morro dos Ventos Uivantes em Capa Dura Emily Brontë




Resenhas - Wuthering Heights


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Aline Michele 15/06/2021

O morro que gela a alma
Finalmente eu li O Morro dos Ventos Uivantes, clássico da literatura mundial e para mim uma total decepção.

Ele é muito bem escrito, os personagens são muito bem construídos e isso é evidente em cada página e a Emily Brontë parecia mais uma veterana do que autora de um único livro.

Eu digo isso pela crueza, se não crueldade presente em cada página desse romance. Conforme eu lia, eu pensava: como pode duas pessoas que se amam serem tão cruéis assim?

Os personagens desse livro são problemáticos ao extremo.

Heathcliff é detestável. Tudo bem que ele teve uma infância terrível e foi maltratado, sofreu muito preconceito por conta da cor e de sua origem. Mas ele fez pior com o filho, fez pior com Hareton, fez pior com a Cathy. Foi maldoso até com a Nelly. E maltratava animais. Ele realmente era apaixonado pela Catherine, dava para sentir em cada palavra, em cada gesto. Mas era tudo meio doentio. Possessivo. Não é normal. Me desculpem quem acredita que isso seja lindo, porque na minha visão não é.

Catherine era outra pessoinha doentia. Acho que os dois se amavam tanto e não ficaram juntos por serem tão iguais. Ela era interesseira e só se casou com o Edgar pelo dinheiro e status. Pelo menos para mim. Gostava da sua sinceridade, mas os momentos em que ela dava uma de louca, gritando e sabendo que assim iria conseguir o que queria me irritavam ao extremo.

Edgar foi meio bocó no início e só mais para o meio do livro foi que eu passei realmente a gostar dele. Já a sua irmã Isabella eu tive raiva no começo, foi ingênua será? e dó depois.

E eis que ela (Isabella) dá à luz a Linton, menino insuportável, manipulador, fraco, insensível etc. etc. etc. Ele me irritava com aqueles joguinhos psicológicos que ele fazia com a Cathy. Ele tinha medo do Heathcliff, ok eu também teria, mesmo assim eu não conseguia entender como ele podia ser tão passivo e melindroso em algumas horas e ser tão manipulador em outras.

E a Cathy foi tão ingênua acreditando nele, nas manipulações que ele fazia que me irritava também. Tinha vontade de entrar no livro e falar queridinha acorde, ele está usando você apenas.

Para mim os únicos personagens que se salvam é a Nelly. e Mr. Lokwood. Ela foi uma incrível narradora e sensata na maioria das vezes e ele, apesar de curioso foi inteligente em ir embora daquele lugar tenebroso.

Realmente gosto e opinião cada um tem a sua, porque tem muita gente que ama esse livro e o acha lindo, maravilhoso e outra parte que detesta. Eu faço parte do time que detesta. Nunca vou rele-lo. Para mim existem clássicos melhores, onde as pessoas não são tão cruéis umas com as outras.

Então se você tem a ilusão que o livro é uma história de amor de aquecer o coração não leia. Agora se você já tem uma ideia da complexidade da trama, aproveite.

PS.: Mas eu tenho que frisar que essa autora conseguiu a façanha de tantos anos depois ainda inflamar tantas emoções nas pessoas que leem, criou personagens que poderiam ser estudados e que atravessam gerações. E que pelo fato de ser mulher e ter escrito isso tantos anos atrás, tendo que usar pseudônimo masculino, ela tem que ser aplaudida de pé.

Alexa 24/05/2022minha estante
Eu concordo total com essa tua crítica, exceto pela parte de "muito bem escrito". Achei a narração uma bagunça. Uma hora estamos lendo as palavras de Isabella para Nelly contada pelo Lockwood. É uma grande fofoca.

Nelly muito sensata. Parece as pessoas que assistem filmes e sugerem aos personagens "não vai para aí, não faz isso", que não consegue evitar as imbecilidades que eles fazem, mas sempre está consciente de que vai ser um desastre.

Os personagens secundários fazem você ter pena deles, mas não ao ponto de se apegar a nenhum.

O casamento de Cathy 2 com Linton foi o auge da filhadaputagem de Heathcliff. Homem cruel, covarde.. longe de ser o herói apaixonado e sofrido que, quem defende essa obra, faz parecer.

Não me arrependo de ter lido, mas achei decepcionante para um clássico tão relevante.


Aline Michele 24/05/2022minha estante
Eu detestei! E é tão aclamado, tão falado que eu pensei que seria lindo, mas nossa, foi uma decepção. Eu nunca mais leio




Nathy 29/05/2021

assombroso e encantador
"...E por isso ele nunca saberá o quanto eu o amo. Não é porque ele é bonito, Nelly, mas porque ele é mais eu do que eu própria. Não importa do que são feitas as nossas almas, a dele e a minha são iguais."

bom pra começar...vejo muitas críticas sem fundamento a respeito dessa obra e logicamente respeito afinal possuímos gostos unicos e nada nunca vai agradar a todos MAS acredito que algumas pessoas iniciam a obra na expectativa de um romance e posteriormente acabam se frustrando por não encontrá-lo. o livro não é sobre um romance clichê ou sobre "amor e vingança" como muitos classificam, ele vai muito além disso, mostra a essência e a profundidade humana, mostra o lado violento e os assombros que as paixões podem acalentar na alma humana

há anos eu planejava a leitura desse livro mas não me sentia pronta e algo me dizia que ele me afetaria muito de alguma maneira...
bem chegou o dia em que a finalizei e sinto que palavra nenhuma pode fazer jus ao encantamento e ao assombro (no melhor sentido) que esse livro me trouxe

e de fato a trama me assombrou da melhor maneira possível, não consegui largar nem parar de ler, ha uma intensidade e uma selvageria por trás das ações dos personagens e estes são extremamente bem construídos e acima de tudo são MUITO humanos, dotados de amor e violência resultando em uma combinação (im)perfeita

posso dizer que se tornou o meu livro preferido da vida, ele tem uma atmosfera sombria que pode trazer incomodos, perturbações e fantasmagorias mas esse é justamente um dos pontos que fez com que me apaixonasse tanto pela obra....

enfim isso não é exatamente uma resenha, mais um relato pessoal da minha experiência com essa obra que tanto me marcou e me encantou, tenho certeza que vou ler e reler muitas e muitas vezes

"Queria ser de novo uma menina, meio selvagem, impetuosa e livre; rindo dos problemas em vez de me deixar enlouquecer por eles!"
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Marina.Castro.F 28/08/2020

A vida como ela é
O livro é completamente incrível. O que destaco é que todos os personagens são mostrados com grandes defeitos e qualidades. No livro não há o personagem típico de "mocinho" e nem o de "vilão". A complexidade dos personagens é extremamente verossímil. Um favorito da vida.
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marina.siqueira 11/04/2023

Me deu até vontade de comemorar por eu ter terminado esse livro.
Os personagens são totalmente detestáveis. Odiei os principais, os caodjuvantes, os narradores... TODOS. O único que gostei, mas só depois da metade, foi Edgar. Até Nelly me irritava com sua ingenuidade e passividade.
Os dois principais foram insuportáveis e tudo que senti foi raiva em ler suas interações repletas de ódio com todos os outros personagens do livro.
Como li em inglês, entendi um total de zero frases faladas pelo Joseph ? estava com escrita falada de uma forma bem errada.
No início, parecia que ia ser uma boa história. Porém, depois da metade do livro eu já estava me arrastando porque tudo só ia piorando e piorando.
Esse final de propaganda de margarina misturado com conto de terror não me desceu muito bem, mas é o que temos para hoje.
João 11/04/2023minha estante
Eu tinha vontade de ler esse livro. Resolvi assistir ao filme antes e não gostei, a ponto de não querer dar uma chance à leitura. Rs


marina.siqueira 12/04/2023minha estante
Não achei que vale a pena a leitura mesmo não kk. Vc economizou tempo




danriien 18/03/2024

Nelly, I am Heathcliff!
Passei tanta raiva lendo esse livro e agora que terminei é 5 estrelas e favoritado!!

com toda certeza, não é uma história de amor. muito mais sobre vingança, ódio, remorso, egoísmo?
quase nenhum dos personagens é alguém gostável, mas é o que os tornam tão fascinantes, suas tridimensionalidades, suas nuances de humor e como alguns até aprendem com o tempo.
enfim, um grande livro!
Mandy Befer 18/03/2024minha estante
Cara, eu fico muito mal, quando reclamam dessa obra... A galera perde uma grande obra por pouco... A história da cathy com ele é fascinante, as reviravoltas, a maneira de como sempre estão tão perto, mas tbm tão longe e quando ela morreu.... AAAAAAAAAH EU CHOROOO




Evy 29/08/2020

Essa é a enésima vez que leio O Morro dos Ventos Uivantes e tenho umas três resenhas desse livro aqui no Skoob, mas pela primeira vez fiz a leitura do texto original em inglês e foi uma experiência maravilhosa. Portanto vou me ater as considerações sobre a leitura dessa edição e não tanto sobre a história em si.

Achei que fosse ter muita dificuldade com o inglês, pois fazia muitos anos que não me aventurava a ler nada nesta língua, mas talvez pela familiaridade que tenho com o texto (pelas mil leituras que já fiz, decorei até minhas citações favoritas), a leitura foi fluída e extremamente emocional. Principalmente pela admiração que tenho pela autora por muitos motivos que vou relembrar (mesmo já tendo enaltecido em outras resenhas, por motivos de "nunca é demais falar sobre mulheres maravilhosas com talentos incríveis"): é impossível não ver na escrita rústica de Emily Brönte, principalmente lendo a versão original, sua brilhante inteligência e seu talento raro, extremamente à frente de sua época. Emily transborda em sua escrita, pensamentos complexos e não lineares que fugiam de padrões pré-estabelecidos e denota uma astúcia singular na criação quase perfeita de suas personagens e na violência psicológica dos diálogos e cenas terríveis.

Todos esses são ingredientes que te prendem às paginas de O Morro dos Ventos Uivantes e sinto ao lembrar que Emily morreu aos 30 anos sem sequer saber que seu livro seria consagrado como um dos romances mais importantes da literatura inglesa e mundial. Aliás, é muito triste saber que Emily se foi com a rejeição de seu livro pela sociedade inglesa que não apreciara a mistura de romantismo, realismo cru e trama complexa e nem sequer acreditava que tivesse realmente sido escrito por uma mulher. Para poder publicar em 1847, Emily utilizou um pseudônimo masculino.

Dá pra notar o machismo e preconceito da época, lendo esse depoimento que Constantin Héger deixou sobre Emily, na tentativa de demonstrar sua admiração e que Rodrigo Lacerda traz na apresentação da edição da Zahar:

"Ela devia ter nascido homem – um grande navegador. Sua inteligencia poderosa teria produzido novas esferas de descoberta a partir do conhecimento acumulado pelas antigas; e sua vontade férrea jamais teria se acovardado por qualquer oposição ou dificuldade, nunca teria desistido, a não ser em caso de morte. Tinha cabeça para lógica e uma capacidade de argumentação pouco usual em um homem, que dirá em uma mulher. Contrabalançando esse dom, havia sua teimosa tenacidade, que a tornava impermeável a qualquer contra-argumentação, sempre que seus próprios desejos e senso de justiça estavam em jogo".

Por isso que a leitura desse livro, em seu texto original, me deixou ainda mais orgulhosa da jovem Emily, que aos 25 anos arrasa criando uma obra tão espetacular e tão à frente de seu tempo que chocou a sociedade da época. E além disso ainda me trouxe novas reflexões sobre personagens e passagens como é o caso dessa citação:

"I love him: and that, not because he's handsome, but because he's more myself than I am". ("Eu o amo; E isso, não porque ele é bonito, Nelly, mas porquê ele é mais eu do que eu mesma".)

Quando me deparei com essa citação, a princípio (e como sempre me aconteceu) achei bastante incômoda, me fazendo pensar de novo que Cathy amava mais Heathcliff do que a si mesma. Mas, ao reler a frase e refletir mais profundamente sobre o assunto, e sobre a Cathy em si, percebi que, egoísta e mimada como era, o que ela amava mesmo era ELA mesma. O que amava era ele ser exatamente como ela, mas com uma diferença importantíssima: homem, e portanto, LIVRE!! Ele podia, mais do que ela mesma (pela condição de mulher na sociedade da época) ser mais ELA!! E era ISSO que ela amava...

Não é maravilhoso quando um livro te surpreende a cada nova leitura??
Sempre estará em primeiro lugar na minha lista de favoritos! O livro que desde sempre abriu caminho ao meu coração...
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Thaisliz 13/05/2020

Ódio e vingança
Esse é um daqueles livros que você pode amar ou odiar. Eu entro na lista dos que odiaram, mesmo que o desfecho da história tenha sido agradável e que o livro não seja ruim nem mal escrito, sua leitura foi para mim extremamente cheia de sentimentos odiosos e penosos. Mas essa é uma opinião muito pessoal, que em nada tenta diminuir a grandeza da obra, só demonstrar os efeitos que tiveram sobre mim.
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Kamilla 15/08/2021

Esses prazeres violentos têm fins violentos
Resenha de releitura - 15/05/2021

Já deve ser a minha quinta releitura desse livro ao longo dos anos, é um dos meus romances favoritos, a cada releitura ele mantém essa posição, embora os motivos comecem a apresentar mudanças, até mesmo devido ao amadurecimento com o que eu faço cada releitura.

O romance de Heathcliff e Catherine continua impressionando pela sua intensidade, loucura e violência, não é o tipo de romance que a maioria das pessoas desejariam para si, se realmente se afastam do impacto da leitura e param para analisar mais friamente, mas é um romance que emula o que há de mais violento e incontrolável na própria natureza humana, assim como a própria Wuthering Heithgs.

Atualmente, o que mais me impressiona no livro e o estilo, como Emily Bronte usando apenas duas propriedades como cenário , conseguiu transpor para a história através de cada um deles a dualidade da natureza humana, a realidade das escolhas que a vida oferece a todos, e as inevitáveis consequências de cada uma delas.

Catherine Earnshaw é uma personagem trágica devido a sua incapacidade de escolher entre atender o chamado selvagem da sua natureza, representado por Heathcliff e Wuthering Heights e a sua necessidade de segurança e conforto representados por Edgar Linton e Thrushcross Grange e é através da sua tragédia servindo como fio condutor que Emily Bronte escreve esse tratado que toca em assuntos como direitos femininos, racismo, diferenças de classe, superstições e preconceitos.

A cada releitura encontro mais características que me fazem amar esse livro, e me impressiono com a capacidade criativa de Emily Bronte para escrever uma história tão intensa e provocadora enquanto tudo leva a crer que vivia uma vida isolada e resguardada. É um livro que nunca sairá da minha estante de favoritos pois cada vez que eu releio a história se abre para mim de uma forma diferente, aquele tipo de coisa que apenas outros leitores conseguem entender.
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deb.nassif 21/12/2023

Aflora os sentimentos mais profundos
Durante a leitura tive dúvidas se estava gostando muito ou se conseguiria chegar ao final.
Tudo acontece entre duas casas e, quem conta a história é a governanta Ellen, que parece ser a pessoa mais centrada, tendo vivido todos os dramas (que são muitos) e alegrias (muito poucas).
Ao terminar a leitura, estava me sentindo "exausta" rs
Optei por gostar muito dessa obra, pois além da história, é um livro rico em detalhes.
Ao final, depoimentos da tradutora e de duas doutoras em literatura nos dão informações interessantes sobre a vida de Emily e seus irmãos.
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Anica 17/10/2009

O Morro dos Ventos Uivantes (Emily Brontë)
Eu sei que insisto bastante nisso, mas acho que ao menos no que diz respeito aos clássicos não tem livro ruim, é o leitor que não está no momento certo de ler. Veja o caso de O Morro dos Ventos Uivantes (Wuthering Heights), de Emily Brontë. Quando eu li, tinha lá uns quatorze ou quinze anos, tinha em mãos uma edição “resumida” da série Reencontro da editora Scipione. Estava na praia, o tempo estava ruim então o livro era só o que me restava. Resumo da ópera: achei bem sem graça.

Aí resolvi aproveitar alguns clássicos da Penguin (que firmou acordo com a Companhia das Letras recentemente) e reler o livro. Eu não vou dizer que está entre aqueles que mais amei em toda minha vida, nem que sejam daqueles que mudaram meu mundo, mas foi uma ótima experiência. E tem um valor literário gigante, se for pensar a época na qual foi escrito (final do século XIX) por quem foi escrito (uma mulher) e como retrata o amor entre duas pessoas.

Se bem que eu não acredito que O Morro dos Ventos Uivantes seja uma história de amor, pelo menos não é o que se espera de uma história desse tipo. Parece mais com um retrato da mesquinhez humana, e de como isso pode acabar moldando (ou melhor, desfigurando) o caráter de uma pessoa.

A história começa com Mr. Earnshaw trazendo para o Morro dos Ventos Uivantes uma criança que todos dizem ser um cigano mas ninguém sabe ao certo de onde veio. É Heathcliff, que por receber as atenções do senhor daquele lugar logo desperta os ciúmes das crianças ao redor, especialmente do filho de Earnshaw, Hindley. Heathcliff consegue porém conquistar a atenção de Catherine, irmã de Hindley. Tudo corre relativamente bem quando o benfeitor morre, Heathcliff fica à mercê das maldades de Hindley, o que faz com que ele cresça “selvagem” – e daí vem toda a tragédia do protagonista.

Como alguém sem educação e sem qualquer dinheiro, Heathcliff acaba não sendo uma opção para Catherine, mesmo que essa seja apaixonada por ele. Ela fica noiva de Edgar Linton e nesse momento Heathcliff desaparece do Morro dos Ventos Uivantes, para só retornar quando tinha (misteriosamente) juntado uma boa quantia de dinheiro, o suficiente para colocar em prática sua vingança contra aqueles que o separaram de Cathy.

A questão é que ele fica tão cego por essa vingança, que acaba destruindo a vida de todos aqueles que o cercam. O mal que ele pratica é tanto que em dado momento Catherine (filha de Edgar e Cathy) deixa bem claro para a personagem que o consolo dela é saber que Heathcliff estará sempre só, e que ninguém nunca o amará.

Como disse, não é exatamente o enredo que se espera de uma história de amor – e talvez essa seja uma das tantas qualidades da obras. Gostei também do cuidado de Brontë com a narrativa, colocando uma história dentro de outra história: Mr. Lockwood fica doente após visitar Heathcliff e curioso com o que viu, pede para que Ellen “Nelly” Dean conte sobre aquela figura tão singular. A maior parte de O Morro dos Ventos Uivantes é narrado por Nelly, no final das contas uma das poucas personagens “boas” da história, ou pelo menos livres do egoísmo que as outras apresentam de sobra.

Outra questão é o retrato de Yorkshire. Em alguns momentos ela é tão descritiva que eu, que nunca estive lá, era como se tivesse a imagem estampada na minha memória. Isso para não falar de outros detalhes, como a representação da fala das pessoas mais simples da região (vale lembrar que no Brasil isso só ficou mais “comum” após o modernismo, já no século seguinte).
Rosane 14/02/2012minha estante
Pensar que clássicos são uma maravilha inquestionável, pois só podem ser, já que foram rotulados de clássicos, é uma visão tacanha. Significa assimilar cegamente uma opinião geral e elogiar o livro quer tenha gostado ou não, e mesmo sem ter lido. Há livros de diferentes épocas, autores e gêneros, muitos famosos e muitos obscuros, e dos famosos alguns são bem vistos pelo ranço intelectual e outros não. Diferentes pontos que nada dizem sobre o valor do livro. Engraçado que as mesmas pessoas que idolatram o rótulo "clássico" não teriam dado tanto valor a seus livros queridos quando foram lançados, porque eles não surgiram clássicos.
Ah, e eu adoro O Morro dos Ventos Uivantes.


Anica 14/02/2012minha estante
Fabiana, questão de opinião. Eu sugiro que você dê uma lida em Italo Calvino, "Por que ler os clássicos?". No mais, há formas mais elegantes e menos agressivas de se expor uma opinião para um desconhecido. ;D




Fabi 17/08/2020

Único
Logo de início reconheci que não seria tão comum quanto outros livros. Imaginei diversas coisas e me surpreendi com cada tentativa frustrada de entender o que aconteceria e como seria feito. É um dos únicos livros que terminei sem ter simpatia por todos os personagens, e me sinto tranquila com isso. Foi singular.
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May @maynemet 19/02/2020

Ótimo
Que romance trágico... É incrível como a autora conseguiu descrever tanta maldade e vinganças fazendo com que o leitor, de certa forma, entenda o malfeitor. Por mais infame que sejam as atitudes de Heathcliff acabei por "entende-lo" mesmo sem aprovar suas atitudes. O sofrimento das personagens é marcante e creio que não há pessoa no mundo que não acabe sentindo na pele as humilhações pelas quais passaram Heathcliff e Hareton e, também, o desespero e a angústia vivida pela jovem Catherine. Foi lindo, angustiante e comovente.
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Beatriz Couto 14/04/2023

Nunca vi um livro com tanta gente cruel reunida. É uma experiência esquisita, quase todos os personagens, de alguma forma, tem uma certa maldade, egoísmo que por vezes parecem inerentes, descabidos.
Ainda assim, você se encontra num exercício de empatia, tentando justificar suas ações, mesmo quando elas parecem totalmente incompatíveis. Por que duas pessoas que se amam tanto agem assim, com tanta perversidade??
A fala final do Heathcliff foi muito impactante para mim
Não sei mais o que comentar, certamente vale a pena a leitura
Jeniffer36 14/04/2023minha estante
Eu já ia falar ?parece o morro dos ventos uivantes? até eu ver o título do livro kkkkkkk




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