Resenhas - Memórias das Minhas Putas Tristes

Alê 03/01/2021

Surreal
Um livro que aborda uma temática tão nojenta, mas consegue englobar poesia! Realmente só um grande escritor é capaz de tamanha façanha.

rlc.blurryface 20/07/2022

Um flashback de "Lolita"
Lolita foi uma das leituras mais difíceis do ano pra mim, Memória de Minhas Putas Tristes me relembrou a repulsa que eu senti em janeiro, e olhe que eu achei que se tratava de oooutra coisa.

Eu ainda não consigo achar incrível um livro que aborde abuso sexual contra crianças e adolescentes, por mais que eu compreenda a parte crítica. Não é nenhum pouco confortável ler sobre um assunto tão perverso.

Um tópico mais importante do que a história do idoso querendo fazer sexo aos 90 com uma jovem virgem, é:
? jovens (crianças e adolescentes) que vendem seus corpos pela necessidade do sustento.

Aí está um ponto a ser debatido, ainda mais quando lemos cenas de um homem vivido encarando o corpo nu de uma menina com desejos (no-jen-to). Esse tópico é o que gera incômodo; principalmente, quando você pensa que isso é tão real quanto a nossa própria existência.

Trazendo esse desconforto pra nossa realidade, que a gente possa relembrar que, ao nosso redor, isso é mais comum do que deveria, e que é importante encontrar formas de ajudar jovens em situações parecidas, nem que seja entregando informações, encaminhando pra projetos que se utilizem de políticas públicas atentas a essa questão, ou mesmo denunciando. Que esse desconforto cause uma revolta e que essa revolta gere uma ação!

Nana_tsur 30/07/2022

Como eu já tinha lido o livro A Casa das Belas Adormecidas, esse livro acabou não sendo muita novidade para mim já que as duas obras tem semelhanças.

Novamente fiquei com a dúvida se o livro queria debater sobre a solidão na velhice como Kawabata tenta passar através de Eguchi em A casa das Belas Adormecidas, sobre o tempo ou o amor tardio sentido pelo protagonista.

Aqui o protagonista é mais velho que Eguchi e ele também é um personagem não muito agradável.

O livro tem uma narrativa com um tom mais melancólico e que me deixou incomodada, principalmente no modo como as mulheres são tratadas no livro.

Vitória Susin 04/04/2023

Senti nojo do início ao fim.
Bom, primeiramente eu entendo que esse é um livro que muitos gostam e que é de um autor conhecido e "clássico" mas não consegui normalizar uma relação entre uma menina de 14, que aliás tem que estar dopada para ele ir, com um velho de 90 anos e as pessoas ao redor dele normalizarem isso.

A escrita do autor realmente prende mas infelizmente a temática me deixou muito enojada e no fim não se trouxe um ponto em que se mostra como essa relação, se assim podemos chamar, é errada. Existem outros livros sobre a temática que trazem informações, dados e um ponto para se pensar sobre mas esse não é um deles.

Espero que Cem anos de solidão seja melhor.

Luana.Rayalla 10/06/2021

Não gostei
Cheguei até o penúltimo capítulo do livro mas fiquei surpresa porque a narrativa do livro não é boa quanto Do amor e outros demônios

Renata.Santos 13/09/2021

Memorias de minhas putas tristes
Se aos 90 voce decide se aventurar, provar algo que nunca provou mesmo tendo experiencias de vários amore.Esse livro nao e de fácil leitura para muitos o tema e forte e delicado.
Rosa Cabarcas recebe uma ligação inusitada para um comemoração de 90 anos, uma cafetina que tem a tarefa nao tao facil de arrumar o presente ideal ao seu cliente.

Sandra.Daniela 12/04/2022

Polêmico, perturbador
Uma história cheia de controvérsias, difícil pensar que foi um livro escrito nesse século. Pensamento extremamente objetificador da mulher, machista. Foi difícil de gostar.

Wellington.Pimente 27/12/2022

Bom, com ressalvas.
É uma história de um senhor, nonagenário, que depois de ter uma vida libertina por toda sua vida em bordéis, encontra o seu amor na ingenuidade de uma adolescente de 15 anos.
A trama é bem simples e acontece através de três personagens: o velho, a jovem e a prostituta mais velha, Rosa Cabarcas, sendo a escrita do autor Gabriel García Márquez muito fluída e de fácil entendimento para qualquer leitor. Em minha opinião, a história em si, ocorre de forma um tanto lenta e depreciativa em relação as mulheres que vendem seu corpo, mas mostra de forma sutil, a violência e o perigo nesse tipo de vida. Há também capítulos em que se cai na monotonia e na repetição, apesar de ser um romance bem curto, alguns momentos parece que o fim se afasta em vez de se aproximar de um desfecho. O romance enxerguei como uma ode ao sexo por dinheiro e a vida triste dessas mulheres, apesar de que acredito que outros possam discordar e enxergar romantismo na prosa. Um ponto polêmico e que não consigo enxergar com normalidade, a discrepância entre as idades, na abordagem do amor entre o velho homem e uma jovem de menor idade, achei muito imoral e não é possível defender algo do tipo, mesmo que seja em nome do Amor (algo que valorizo por demais), mas dessa forma não, pode-se dizer qualquer coisa menos amor, mas o autor romantiza, em palavras lindas, para normalizar a defesa desse sentimento.

Rod. 19/04/2021

Mais de Gabo ?
Uma leitura fluida, marcante, porém bastante incômoda. Esse livro traz muito mais uma crítica social de quê um romance. Se você achou que esse livro retrata uma história de amor, é preciso que você releia e analise cuidadosamente os acontecimentos presentes no livro.

Rafael V. 20/01/2023

Bom se..
Não tivesse escrito o Amor nos Tempos do Cólera.

Um protagonista de 90 anos como no livro acima, mas que vive o amor tardiamente, o que é pior? Passa a vida apaixonado por alguém e sem a pessoa podendo viver com ela no fim da vida ou se apaixonar somente aos 90 anos?


O título não tem relação com a história, causa uma falsa expectativa.

Renan 11/01/2023

Então..
É um livro pra quem gosta da obra do Gabo. Não é uma história fácil de ler, mas nenhuma do gênero é. Vão de mente aberta.

"Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem da minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra minha a negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que não me desconfiem do quanto pouco me importa o tempo alheio. "