Codinome 02/04/2021
Um pouco sobre "Covid-19: A fraudemia"
Obra bastante atual do médico e escritor Alessandro Loiola: em "Covid-19: a fraudemia", temos uma série de desmistificações a respeito do vírus SARS-CoV-2 (nome técnico do Covid-19) e um olhar para aquilo que o autor chama de equívocos. Equívocos esses assimilados por diversas lideranças importantes, tanto mundiais quanto regionais e, como se diz por aí e que possui muita verdade quando sentenciada, "tudo começa e termina na liderança."
No entanto, o nome líder sendo dado para cada um desses chefes de Estado que cometeram esses equívocos é um tremendo de um elogio, beirando facilmente a uma mentira dita por seus pares e seguidores cegos. Pois o ato de liderar está profundamente ligado a uma atitude que busca soluções claras e um futuro melhor. E todas as ações que criam lockdown, censuram o tratamento precoce e descem decretos para suas populações como se fossem leis, estão de fato distantes da construção de um futuro melhor. Digo mais, essa suposta solução que se dá para o presente é uma remediação para problemas criados pelos próprios chefes de Estado que defenderam essas medidas. Um exemplo é a exigência de um auxílio paternalista como resposta à redução brusca do ritmo de uma economia devido a uma quarentena horizontal (outro equívoco): é cometido um erro (paralisação de grande parte da economia), os chefes de governo sabem que esse tipo de paralisação vai gerar mais desemprego e, em seguida, vão exigir auxílio federal (situação que acompanhamos de perto aqui no Brasil), imaginando que isso curará o problema que eles mesmos criaram.
De fato, o Covid-19 tornou-se a pedra angular do teatro político e da velha mídia que assistimos em 2020 e 2021, criando-se medo e terror na população e não apenas de maneira nacional, mas também mundial, fazendo-nos perceber o quão fundo conseguimos cavar. Aliás, o próprio fato de ser um fenômeno mundial, ou melhor, de nações ricas, dá a falsa impressão à população que não temos como escapar e devemos repetir medidas autoritárias de outros países. Claro que um pouco antes do pensamento de parte dessa população, entra a velha mídia fazendo um excelente trabalho ideológico que já estamos acostumados, em um jornalismo pré-pautado e de narrativa única (com o poder sobrenatural de checar o que é Verdade e o que é Mentira, o que entrará em cena e o que não entrará, o que convém e o que fará as pessoas abrirem os olhos).
Bom, ainda bem que ainda existem os livros. "Covid-19: a fraudemia" joga um pouco de luz sobre esses problemas, acima de tudo, contemporâneos e como conseguiram vender para gente, ao invés de uma solução sanitária, uma agenda com sobrenomes: macropolítica, econômica e, até mesmo, cultural.