A análise da cadela procriadora e outros contos

A análise da cadela procriadora e outros contos Márcia Arantes




Resenhas - A análise da cadela procriadora e outros contos


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Brunna Brasil 05/01/2022

Antologia Imperdível!
Guerra Fria, o primeiro conto, já me surpreendeu de cara pela situação inusitada. Nele temos um casal que, anos atrás, para evitar o divórcio, faz um acordo: não podem reclamar de qualquer atitude do parceiro e, caso um deles quebre o contrato, o outro tem o direito de dar um tiro em sua cabeça.

É claro que esse acordo, ao longo do tempo, acaba se tornando uma tortura psicológica para ambos. O desenrolar dessa história me deixou colada ao conto até o final.


Plac Plac Plac é uma história que a princípio, ao descobrir o sentido de seu título, você dá uma risadinha, sem esperar que o texto vai pesar logo depois, pendendo para algo nada engraçado.

Aqui temos uma família em que o quarto do filho fica bem ao lado do dos pais, e portanto quando o garoto começa a "se descobrir" (se é que vocês me entendem), a mãe se sente constrangida e o padrasto passa a fazer bullying com o adolescente, forçando-o a achar maneiras de ter seu passatempo sem fazer barulho.

O padrasto do garoto é aquele tipo que faria qualquer perder a cabeça, sabe? O tipo de personagem que faz você simpatizar imediatamente com o pobre do enteado que tem que conviver com ele.


O Homem de Espuma é um dos mais inventivos, na minha opinião. Ele nos apresenta a um ser feito de espuma que, para migrar para o nosso mundo, precisa de alguém que 'se envolva' com ele.

Esta, no caso, é Adriana, uma mulher comum, mas muito criativa. Sua imaginação, no entanto, não faz ideia de que uma simples espuma pode na verdade ser muito complexa.


A Análise da Cadela Procriadora, além de ser o conto que dá nome ao livro, é um dos melhores contos do livro, sem sombra de dúvidas.

Um psiquiatra e uma de suas pacientes são os protagonistas desse relato. A paciente é uma mulher deprimida após a morte do filho, da qual se julga culpada. Opsiquiatra acredita no risco de tentativa de suicídio, e por isso está atento aos sinais, já que não consegue tirar muito da mulher através do diálogo.

A paciente enfim deixa uma pista: escreve um conto aparentemente sem relação consigo, mas que é lido com cuidado pelo especialista. Á medida que vamos acompanhando a narrativa, fica um ar de dúvida no ar. Como aquele relato ficcional pode se correlacionar com o caso real?

Só no final descobrimos, junto ao psiquiatra, as ligações metafóricas entre um e outro. Fiquei perplexa ao me dar conta e do que isso poderia significar para o final do conto.


Todo Mundo Quer Ver Pedobear Se Foder. Um dos contos mais impactantes. Aqui vamos acompanhar o sequestro de um pedófilo sendo transmitido pela internet, assim como as torturas que irá sofrer.

Algo salientado no conto é como o sofrimento pode se tornar entretenimento. As pessoas que acompanham a live não estão de fato se importando com a violência sofrida pela garota. Chegam mesmo a fazer piada disso. Elas só 'querem ver pedobear se foder' mesmo.

O leitor precisa ter estômago para ler esse conto, mas vale muito a pena, principalmente pelo plot final.


E u Te Amo, Lui é o conto que encerra a antologia, mas com certeza não menos necessário.
Uma jovem acaba de saber da morte de seu amado, e encara a tela do celular implorando para que ele volte à vida. Tanto ao Céu quanto ao Inferno.

Será que alguém ouvirá? E a que preço? É o que o conto nos entrega - e muito bem!


Como consideração final, queria dizer que cada conto aqui me surpreendeu não só pela premissa mas também pelo desfecho. Além disso, o estilo narrativo da autora Márcia Arantes é outro ponto a ser elogiado: fluido, ágil, impactante não só pelos acontecimentos quanto pela escolha de palavras.

Uma das minhas melhores leituras de 2021 e um livro que entrou para a lista de antologias favoritas da vida.

site: viliescrevi.medium.com
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JucAlia.Hora 23/01/2021

Não tem como falar muito deste livro sem dar spoiler, amei, vamos encontrar temas variados mais o proincipal na minha cabeça é familia, terror mais leve
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@livretoencantado 18/02/2022

Perturbador, Crítico e Eletrizante!
Venhamos e convenhamos que a leitura dessa coletânea é insanamente intensa, impactante, angustiante e, acima de tudo, repleta do que poderia muito bem ser real mesclado com a ficção. Cada conto gerado pela mente alucinante da autora, mas que nem todos irão achar fáceis de ler.

Possui gatilhos para pessoas sensíveis e lida com acontecimentos do nosso cotidiano de maneira nua e crua, eletrizante e direta, nada de romantizar por aqui.

Uma leitura distinta de qualquer outra que lembro ter lido, onde o tratamento de determinados assuntos como eles realmente são se torna um alerta.

A escrita da Márcia é realmente sem rodeios, diz a que chega já no primeiro conto e daí por diante é soco no estômago e explosão de cabeça!

São assuntos que causam certo desconforto e que nem todos sabem a melhor maneira para expressar tudo através da escrita e, sinceramente, a autora soube fazê-lo com uma maestria impecável e sinistra.

Algumas histórias são mais perturbadoras do que outras, levando em conta a narração de cada detalhe em sua forma mais aterradora de ser, aqui veremos cenas sanguinárias e tortura.

Os contos "Todos querem ver o pedobear se f@d#er", o conto que dá nome ao título da coletânea e ?Eu Te Amo, Lui? foram os que mais me deixaram  zureta.

É um conto mais impactante do que outro! Meu psicológico já não é o mesmo do início da leitura. Altas reflexões. Essa é a proposta do livro ao meu ver, é para incomodar mesmo.

Posso dizer com convicção que o livro aborda o terror "real" e algumas atitudes enojadoras e banais que o ser humano é capaz de praticar e suas consequências, noutros casos a empatia é extrema, e é através de uma escrita transgressora e viciante, nos deixando com análises viscerais frente aos olhos que a autora nos tira dos eixos e põe a nossa sanidade pra jogo.
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Jeferson.Gomes 01/02/2024

PARECE DR0G@S, MAS É SÓ TRISTEZA!
O contrato é uma corrida até o cofre, um disparo nem um pouco nobre.

A m@sturb@ç@0 se acomoda no cômodo da puberdade, gotejando a fricção, escorrendo pela ação. O plac plac plac não é uma opção.

A espuma indica buracos, pensamento melado por um lava-jato. Os lábios umedecidos seguem inconclusivos.

A preocupação a faz olhar para baixo como um cachorro, útero ferido, filhotes produzidos. A procriação abusa da condição.

A vingança usa máscara, a justiça, uma criança. Os comentários violam o relato, mutilam o abstrato, se excitam com o corpo no chão.

A genit@li@ não é a única saída, dedos cortados servem a visita. O tr@seir0 está recheado, obstrução de uma penetração.

Ela quer ser devorada, o tendão escapa, carne rasgada. A mordida no pescoço altera a fala, pedindo por mais desgraças. Seu homem atende a obsessão.


site: https://www.instagram.com/meuslivros.minhaleitura/
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Juliana.Magaldi 12/01/2021

Rascante!
Terminei de ler a “Análise da Cadela Procriadora e outros contos” da Márcia Arantes e estou ofegante, com os olhos estatelados mirando o teto! Só não estou gritando, como ela previu no encerramento, ‘credo, Márcia! Porque você fez isso comigo”, porque amei o livro! É um soco no estômago e em outras partes também, e isso faz dele excelente.
Conheci a autora em função do Projeto Instabooks Unidos Pela Literatura Brasileira que ela inaugura com chave de ouro. Não fazia ideia do que encontraria e o prefácio de Gustavo Paiva já me conquistou com sua aspereza. Só que eu achei que ele tinha se equivocado porque prometeu que os contos começariam mais palatáveis e depois azedariam. O primeiro conto “Guerra Fria” já é um tiro nos miolos. Ao continuar a leitura percebi que aquele era o mais ligth.
Não consigo dizer qual dos contos me conquistou mais. “Eu te amo, Lui” possui uma representação da entrega doentia da mulher que me deixou embasbacada. Por outro lado “O homem de Espuma” é cinematográfico, fiquei visualizando um curta ou uma HQ. “A análise da cadela procriadora” é narrativamente impactante. Agora o que mais me revirou foi “Pedobear”.
Enfim é um livro rascante, violento, ácido! Belissimamente escrito e que estará na minha estante assim que os envios da pré-venda forem feitos!
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Gabriel Alencar 30/06/2021

Não curti
O lance é o seguinte. Imagine que você não gosta de beterraba, mas faz degustação de sorvetes pra dizer se são bons ou ruins. Aí aparece pra você um sorvete de beterraba. Por mais que você goste e entenda de sorvete, sua análise será influenciada pelo fato de não gostar daquele sabor. Acho que este é o meu caso com o livro.

Pra começar, devo admitir que existe coragem da autora em investir nesse gênero de escrita. Eu tive dificuldade pra definir o que é. Tem uma agressividade constante no texto. Não é só uma abordagem mais direta ou seca, não, é o intuito quase de agredir o leitor. Foi só então que eu vi que a própria autora define seu estilo como "ficção transgressiva com uma pitada de gore". Então eu disse: "Ahh, pronto, tá explicado." E digo mais: excelente definição.


Mas, pra mim, ela passa do limite. Algumas coisas chegam num ponto em que eu me pergunto: pra que eu vou perder meu tempo lendo uma coisa dessa? Ou pior: pra que alguém vai escrever algo assim? A troco de quê? Prefiro reservar meu tempo pra coisas que me façam crescer. Já tenho agonias e dores o suficiente na vida real. Não defendo o escapismo, mas não é parte do meu gosto dedicar tempo a essas coisas tão absurdas.

E digo isto porque a verdade é que a violência e o gore não se sustentam. A mente humana tem a terrível capacidade de se acostumar com o horrendo em pouco tempo. Então quando se chega no final, o que era pra ser horrível, se torna cansativo. O leitor dá de ombros para os horrores da história e fica entediado, esperando o fim chegar.

Tá, mas antes então vamos falar da diagramação. No começo eu achei chiquérrimo aquelas páginas pretas. Do meio pro fim, já não achei prático. Que elas funcionassem como uma separação entre os contos, sei lá, ficaria legal. Agora começar cada conto com elas foi de matar, porque isso quebra demais o ritmo da leitura (e piora ainda mais quando se lê à noite). A gente tem que inverter a cor da letra e fica preso nisso por duas páginas antes de conseguir começar a ler com tranquilidade.

Quando a gente vai diagramar, precisa optar sempre pelo que torna mais agradável ao leitor. O texto é do autor, beleza; mas a leitura não. A leitura é minha. Por isso ela precisa ser o mais agradável possível. Manter a constância é muito importante.

Isso se traduz também nas divisórias nos textos. Entendo a opção de selecionar uma pra cada conto, mas isso torna o livro menos homogêneo. Em vez de funcionar como uma antologia de ponta a ponta, funciona mais como um "juntado" de contos. Isto não é algo ruim em si, mas do meu ponto de vista uma boa antologia precisa ter uma boa coesão interna.

Ainda nesse tópico, não entendi de jeito nenhum o porquê daquele espaço a mais no final de cada parágrafo. Pra ser honesto isso não incomodou, mas na hora que folheei o livro foi a primeira coisa que me saltou aos olhos.

Também não entendi a escolha pelo tamanho do livro, acho que ficou grande demais pra pouco texto (apenas seis contos compõem a obra). Se tivesse ficado no tradicional 14x21 penso que teria sido melhor. Ainda nos aspectos físicos, não gosto de capa com laminação brilho (fica marca de dedo, reflete na luz, etc) e achei curtas as orelhas do livro; mas esses dois últimos eu admito que é frescura.

Bom, passando para o conteúdo, o livro, de modo geral, cumpre a função mais básica que eu espero em qualquer coisa que leio: ele me faz mergulhar na história. Acho que este é o principal mérito de um bom texto. Eu preciso ser capaz de mergulhar sem ver o que está na superfície da história, por mais que fique óbvio.

Mas, como falei, isso foi "de modo geral". Existem alguns pontos que me fizeram olhar para fora do que estava escrito e atrapalharam um pouco minha imersão. Refiro-me a algumas coisas na diagramação que me chamaram a atenção e um ou outro desenrolar de trama que me fez pensar: "Ah, já sei o que vai acontecer no final".

O conto que dá nome ao livro, sinceramente, não me convenceu nadinha com aquele relato da mulher. Uma pessoa submetida a extremo cansaço, trauma mental e ainda vai escrever historinha? Desculpa, só em filme e livro mesmo. Passa uma visão errada de como funciona um tratamento. Essa é uma etapa já mais avançada da coisa. Não me convence que uma pessoa catatônica vá fazer aquilo, especialmente se considerarmos o conteúdo do que ela escreve – extremamente próximo à sua realidade.

Em vez de trazer uma visão mais próxima de um assunto tão pouco discutido, fantasia-se sobre ele. Não somente isso, mas o relato da mulher catatônica (além de super bem construído para alguém que claramente não estava em plenitude das capacidades mentais) não se difere em quase nada do relato da psicóloga em questão de estilo. Ou seja, não parece que é outra pessoa escrevendo.

Além disso, a personagem é uma baita ultra gênia da literatura. Escrevendo um conto do modo como escreveu em poucos minutos. Novamente, a linha do que poderia se aproveitar com um tema tão sensível vai ficando cada vez mais longe. O conto tem o mesmo erro de premissa do primeiro: ele já diz o que vai acontecer e não tem reviravolta, simplesmente acontece e o leitor diz: Tá, mas isso eu já sabia, e agora?

Os dois últimos contos são só uma desculpa para o gore. Não tem praticamente plot nenhum, as páginas são gastas só com descrições do gore e muito pouco ou quase nada de história/enredo. Ambos começam com uma tentativa pífia de terror, vão pro gore gratuito e terminam sem nada. As premissas são interessantes, mas mal trabalhadas. Os contos não reverberam, não contribuem e sequer impactam – isso porque, como já falei, a mente humana se acostuma. O que era pra ser horrendo, torna-se cansativo, quase corriqueiro, depois que a gente já leu o que estava nas páginas anteriores.
"O inferno caíra dentro de seu coração e pressionava seus músculos para fora, querendo romper ossos, carne e pele para expandir seu reino de dor." (p. 91)
Pra finalizar, não vou negar que encontrei alguns trechos bem escritos, como este citado acima. Há uns momentos que mostram certa maturidade na apresentação e desenvolvimento do texto. Aliás, se você ver bem essa resenha, vai notar que praticamente não cito essas questões. Meus maiores problemas estão mesmo com o gênero e o conteúdo, que são como beterraba pra mim.

Ali nas últimas páginas, a explicação que a autora fez sobre os contos no final foi desnecessária. É interessante para o autor se justificar e explicar o que fez – mas quem deveria fazer isso em primeiro lugar é a sua obra, não ele mesmo. A obra precisa ter sustância por ela mesmo, sem precisar de uma ajudinha do escritor no fim.

Tendo dito isto, eu sinceramente não recomendo o livro. Vá gastar seu tempo com outra coisa, meu filho. Não caia no chamado do abismo. Esse poço sem fundo só serve pra nos puxar pra baixo e muito pouco contribua para o que realmente importa: a vida.

site: https://escritoraoacaso.blogspot.com/2021/04/resenha-analise-da-cadela-procriadora-e.html
Alexandre 20/02/2022minha estante
Você curtiu tão pouco pelas suas palavras vi VÁRIOS pontos positivos que com certeza já valem a leitura. Uma leitura incômoda, assumidamente pesada e cruel, faz a gente crescer também. :)




@admiravel_leitura 23/02/2022

Chocante e maravilhoso!
Se tem uma coisa que essa coletânea consegue fazer, é chocar o leitor.

Aqui temos 6 contos que vão além do clássico “loucura humana”. Contos que refletem dores e anseios adormecidos e o quanto eles podem ser tenebrosos se forem externados dê um jeito “radical”.

As narrativas são fortes, isso é inegável. Pesadas e repleta de gore, mas ainda assim, são contos que mostram como a mente humana é frágil e passível das mais cruéis soluções.

Porque aqui todas as narrativas externam o horror que reside dentro de cada um de nós, refletindo a nossa natureza bestial.

No geral, recomendo para quem gosta daquele horror gore.

site: https://admiravelleitura.wordpress.com/
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Jaime.Azevedo 21/05/2023

Muito mais do que o gore
O gore absoluto e a violência extrema podem até tentar, mas não disfarçam o punch literário de "A análise da cadela procriadora e outros contos", livro de Márcia Arantes.

As seis histórias que compõem o livro trafegam entre o insólito (como um monstro invasor feito de espuma) e o cotidiano com criatividade, um texto rápido e afiado, ritmo e a vocação para o chocante que flui com naturalidade. Eu explico: é comum entre os autores contemporâneos o hábito de fazer tanta força para chocar o leitor que a gente acaba percebendo a intenção desesperada e o efeito se perde como um truque ruim de salão (hipocrisia minha reclamar de textos chocantes, mas o mundo é um lugar estranho).

De choque em choque nada gratuitos a única coisa que realmente salta aos olhos é essa intenção de revirar as tripas metafóricas do leitor (aqui e ali também as reais dos mais sensíveis), de tentar dizer alguma coisa muito incômoda e terrível sobre a gente mesmo da pior forma possível - para conseguir assim o máximo de efeito.

site: https://instagram.com/jaimehazevedo
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David.Costa 12/01/2021

Livro chocante e perfeito, não podia ser melhor.
Fiquei boqueaberto durante a leitura, já esperava o terror, mas fui surpreendido. Um conto mais aterrorizante que o outro, e no final, não conseguia pensar em outra coisa. Recomendo ler pela manhã, pelo bem do seu soninho gostoso.
PARABÉNS À AUTORA!
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Joelcida 15/01/2021

Perturbador
Resenha: Coletânea de Analise da cadela procriadora e outros contos ??

? Temos ao todo seis contos que são altamente envolventes e perturbadores.

? A escrita da autora te prende em cada início de uma história não deixando você sair sem saber o final. Além de conseguir transmitir tantos sentimentos durante a narrativa.

? São contos que vão fazer você pensar como a mente humana trabalha, como isso afeta nossas decisões e tudo ao nosso realidade. Você vai sentir nojo as vezes, vai se surpreender, vai torcer pelo melhor e vai ter certeza que vai dar merda!

? Leiam por que alguns contos são pura imaginação mas outros são até capazes de serem reais de tão verossímeis.

?Contos preferidos: Guerra Fria e Eu te amo, Lui

INDICADO PARA MAIORES DE 18

Ps: EBOOK Disponível na Amazon e livro físico pela editora Building Dreams 
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Rickson.Ramos 19/03/2021

Impactante
?A Análise da Cadela Procriadora? é uma antologia de contos da autora nacional Márcia Arantes, abordando de forma subversiva os mais variados temas tidos como ?tabus?.

As cenas descritas vão desde canibalismo até um monstro cósmico de espuma tarado ? sua complexidade nunca se limita à cena em si. Todos os contos carregam sua parcela de terror e gore, juntamente com mensagens ocultas nas entrelinhas e críticas muito contundentes e atuais? sendo a autora muito competente ao inseri-las dentro do contexto dos contos.

Alguns me marcaram para além da leitura. Ficando algumas cenas presas no meu imaginário até muito tempo depois de ter acabado a antologia. Dentre os contos destaco o ?Todo mundo quer ver pedobear se f@d#r?, no qual um pedófilo é sequestrado e torturado em uma transmissão ao vivo, evidenciando e expondo a vontade sórdida de parcela dos espectadores de vê-lo sofrer. Eles mostram ser tão podres quanto o pedófilo, não querendo sua punição como forma de justiça ou compaixão pela vítima, mas por sentirem prazer nisso.

É um conteúdo para as pessoas acostumadas com cenas carregadas de sangue e tripas. Cuidado se você tem estômago fraco, pois a Márcia não pega leve. 
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Andre L Braga 18/05/2021

Leitura necessária!
Neste livro de contos, Ma?rcia traz tre?s histo?rias anteriormente publicadas na Amazon - Guerra Fria, Plac Plac Plac e O Homem de Espuma, todas resenhadas aqui no meu IG - e mais tre?s contos ine?ditos: A Ana?lise da Cadela Procriadora, que da? ti?tulo ao livro; Todo Mundo Quer Ver PedoBear Se Foder, uma histo?ria com este?tica cinematogra?fica, que me lembrou - a este?tica, na?o a trama - o primeiro e, indubitavelmente, o melhor episo?dio de Black Mirror de todas as temporadas; e Eu Te Amo, Lui, onde Ma?rcia trabalhou uma meta?fora e trouxe uma constatac?a?o interessante: o inferno na?o e? um lugar, mas uma noti?cia.

Meu favorito? Ana?lise. Minha surpresa? Lui. Minha imersa?o gra?fica? PedoBear. Minha cri?tica? Ma?rcia Arantes, tinha mesmo que por um Doberman na histo?ria? Morro de medo de Doberman! ?

Larguem o WhatsApp da fami?lia e leiam Ana?lise. Os conflitos sa?o iguais, mas pelo menos voce? na?o se indispo?e com seu tio negacionista ou com sua tia futriqueira.
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Ellen.Reys 07/04/2021

Pertubador
A análise da cadela procriadora é um dos contos que compõe essa coletânea peculiar. É, como dito na sinopse, uma coletânea cheia de gatilhos, os de estômago sensível estão avisados, nem tentem ler, os demais corram e leiam o quanto antes.

São seis contos, que vão abordar temas perturbadores, não é simplesmente um livro de terror/gore, gêneros pré-definidos não se encaixam aqui, e essa singularidade provavelmente deve despertar emoções e sentimentos bem opostos, ou se ama ou se odeia. Eu amei, de com força.

O primeiro conto é, na falta de uma expressão melhor, um retrato fiel de um casal que se resigna em prol do bem estar material a um acordo absurdo, inacreditável até, e que o rompe da forma mais sinistra, surreal e sangrenta possível. Espero que tenha continuação esse.

Os demais seguem linhas e tramas totalmente diferentes, mas tendo em comum a capacidade de chocar pelo que tentamos tanto esconder, ou não admitir, a maldade, crueldade, obsessão e tudo de ruim que você possa imaginar e que o ser humano possa fazer, mesmo que alguns finjam não saber bem do que se trata.

São contos diretos, sem enrolação, até mesmo O homem de espuma, um conto delirante sobre um monstro cósmico (?) e uma relação erótica com uma mulher, não é um conto hot, bem longe disso aliás.

O conto que dá nome ao livro, é angustiante quando se percebe o rumo do mesmo, tem aquela sensação de saber que vai dar merda e não se poder fazer nada.

O conto “Todo mundo quer ver pedobear se f@d#r”, é para os de estômago forte, é literalmente visceral e é sobre um assunto tão pesado e desconfortável quanto o desenrolar do conto, tortura, obsessão, justiça com as próprias mãos e pedofilia e uma transmissão online.

Leiam, é um livro muitíssimo bem escrito, os contos são frutos da imaginação da autora, mas poderiam ser reais, vão dar nojo, causar surpresa, desconforto mas são tão verossímeis, e infelizmente não são piores que muitas histórias reais que ouvimos por aí, ou outras que não queremos saber.

Enfim, me empolguei real com o livro, ia esperar o físico chegar pra fazer foto e tals, mas pra que? Foi uma leitura que me deixou olhando pro teto pensando em como eu não tinha lido antes, mas que ainda bem que li.

Antes, mais uma vez aviso, Márcia não pega leve, e espero que continue assim. As escritoras nacionais estão muito bem representadas!
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TineC 28/12/2021

Impactada
Narrativas tão inusitadas que fica impossível adivinhar o final. O clichê passa a léguas de distância. Nada é previsível. Vai do fantástico com um Homem de Espuma à realidade cruel de crimes bárbaros e vinganças sanguinárias.

O meu preferido foi o da Cadela que foi de uma profundidade psicológica excelente. Um deleite para a psicóloga que sempre encontra deslizes em narrativas que envolvem sessões de terapia. A análise do simbólico ficou perfeita. O personagem psicólogo é extremamente verossímil.
Do meio para o fim o turbilhão de emoções, a ânsia de saber o que tudo aquilo significa e qual o desfecho para chegar ao final do conto total e completamente impactada. Minha senhora... QUE CONTO!

O conto Eu te amo, Lui é uma parábola gore do que acontece em um relacionamento abusivo. Recomendado apenas para quem tem coração e estômago forte.
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Cyntia 27/02/2022

Explodam as cabeças!
A Análise da Cadela Procriadora e Outros Contos é uma bomba prestes a explodir a sua cabeça. A antologia visceral e transgressora, como tudo o que brota da mente da autora, contém seis contos que se desenvolvem passeando por tramas cruéis e sanguinolentas, capazes de revirar o estômago mais resistente em poucas linhas.

A genialidade das narrativas aqui, reside na abordagem de motes cotidianos e na capacidade da autora de escaloná-los à autênticos banhos de sangue. Afinal, que circunstância pestilenta, aterradora, se pode achar pelo simples manuseio de um balde com água e sabão?
Leia O Homem de Espuma, e a inocência da sua lavagem de roupa estará permanentemente comprometida.
Picuinhas de casal, fúria hormonal adolescente, experiências de luto, são pontos condensados em histórias que só posso classificar como atrozes, horripilantes, vivas.
Cada conto desse livro, cada página, tomam posse de todos os segundos da atenção do leitor, mesmo dos que ele utilizar para fechar os olhos, tentando minimizar a afetação diante de tanta atrocidade.

Afim de uma leitura pesada, perturbadora?
Encontrou.

Caso eu costumasse dar estrelas, certamente A Análise da Cadela Procriadora e Outros Contos receberia todas as cinco.
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