Sô
13/07/2015Gillian Flynn só pode ser uma mulher problemática. Terceiro e último livro que faltava para eu ler dela e não sei como ela consegue tanta inspiração para essas maluquices. Ela não só cria personagens complexos, como entra na cabeça doentia deles, aprofundando mesmo na loucura e pior, tudo acaba fazendo sentido no final.
Libby perdeu sua família da pior forma possível quando ela tinha sete anos. A mãe e suas duas irmãs morreram a machadada, tiros, facada e até estrangulamento (porque “só” machadada não é suficiente, claro). Tudo isso somado a um cenário macabro envolvendo cultos satânicos. Obviamente só ela sobreviveu e o principal suspeito é seu irmão mais velho, Ben, que tinha 17 anos na época. Ela jura ter visto ele com uma arma na mão e ser o causador disso tudo, mas será isso mesmo? Ela começa a se questionar e admite para ela mesma que nem ela sabe direito o que aconteceu há 25 anos.
É aí que entra o The Kill Club, um clube composto por pessoas que adoram essas histórias bizarras. O assassinato da família dela é um dos casos mais famosos e todos questionam se Ben é realmente o culpado. Por isso, eles começam a banca-la financeiramente para que ela reencontre certas pessoas chave na história, como seu pai, seu irmão – que ela nunca tinha ido visitar – entre outros. E junto com ela vamos descobrindo que tudo é bem diferente do que foi apresentando até então.
O mistério é mantido até a última página, mas senti que poderia ser mais curto e ter menos enrolação. Se bem que isso talvez seja um pouco de ansiedade da minha parte como leitora, porque você quer logo saber o que aconteceu e posso dizer que o final satisfaz sim!