Esforços olímpicos

Esforços olímpicos Anelise Chen




Resenhas - Esforços Olímpicos


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patiapple 11/03/2024

Caramba, não achei que fosse gostar tanto desse... imagina uma leitura completamente diferente e por ter o tema de esportes fui meio assim pra começar a ler. mas que surpresa boa! que autora criativa e inteligente, amei muito as relações do esporte com a vida, além de todas as reflexões que ela também traz. a narradora é uma pessoa muito fácil de se identificar. amei muito todos os fatos de atletas que a autora trouxe, assisti todos os vídeos mencionados. gostei muito de como ela traz imagens pra leitura também. muito criativa. me senti muito inspirada por atletas desistente.
patiapple 11/03/2024minha estante
imaginei**




Gabi 14/10/2023

É tudo isto
Uma amiga me disse: você precisa ler. A gente se conheceu durante o mestrado. Ela me emprestou num momento perfeito. O livro à primeira vista pode parecer ser sobre esportes, mas é sobre suicídio. Sobreviver na academia, um trabalho de Sísifo. Me lembrou da sensação de ler "The chronology of water" da Lidia Yuknavitch. Agora que terminei digo o mesmo que minha amiga me disse inicialmente: você precisa ler.
Resende 14/10/2023minha estante
Gabi, mostra ele pro Magno =]


Gabi 14/10/2023minha estante
Boa ideia, Nilton!




romulorocha 20/03/2023

Esforços olímpicos, de Anelise Chen - 9/10
Anelise Chen nasceu em Temple City, Califórnia, e é mestre em ficção pela Universidade de Nova York. Seus ensaios e suas resenhas apareceram em The New York Times, NPR, Village Voice, VICE e muitas outras publicações. Recebeu bolsas de estudo do Asian American Writers’ Workshop, Wurlitzer Foundation e Akademie Schloss Solitude, na Alemanha. Atualmente ensina escrita criativa na Universidade de Columbia. Vive em Nova York.

Esforços olímpicos conta a história de Athena Chen, uma imigrante taiwanesa e atleta olímpica de natação que, após sofrer uma lesão, precisa largar a carreira esportiva e agora se dedica à carreira acadêmica. Em seus estudos e pesquisas na área dos esportes, Athena irá reviver inúmeras memórias de sua trajetória como uma atleta imigrante asiática nos Estados Unidos, algumas delas bastante dolorosas, mas estas memórias também irão colidir com sua vida atual. Esforços olímpicos é um retrato dos conflitos existenciais de quem dedica boa parte da sua vida aos esportes e, de repente, se vê tendo que re-significar sua existência por não ter um corpo "atlético" ou "competitivo".

#resenhasdoromulo
#literaturataiwanesa
#esforçosolímpicos
#anelisechen
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J^! 27/01/2023

Corpo são
Reflexão sobre o corpo como máquina/mecanismo/sistema. História permeada de hábitos culturais apresentados de forma muito singela.
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Cris 10/12/2022

A narradora-personagem vai relatar o seu cotidiano, as dificuldades de concluir a sua pesquisa na área esportiva e o suicídio de seu amigo.
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Bela 23/10/2022

Leitura simples e rápida
Esforços Olímpicos é uma história curta, narrada em ?pedaços? como anotações em um diário, o que a torna agradável e interessante de ler.
Para quem se interessa pela filosofia do esporte, esse livro traz reflexões bacanas sobre desistência, vitória e derrota, limites e motivação. Porém, fico com a sensação de que falta algo no livro? gostaria de ver mais da evolução das personagens ou da relação entre elas.
Mas, no geral, é uma leitura simples e rápida.
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Gnossos.Pappadopou 24/06/2022minha estante
Que resenha maravilhosa!




Ellen 05/03/2022

' Para mim o topo parece um lugar solitário. Para campeões, vencer não é uma coisa tão gloriosa. Vencer é ficar vivo; é escapar de um lugar fundo e escuro.' - Trecho do livro
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Krishna 01/03/2022

Pode ser que eu tenha achado que o esporte fosse me salvar do cinismo
"O semblante do maratonista no trecho final do trajeto. Às vezes na rua ou no metrô vejo fisionomias que parecem igualmente atormentadas. O que me leva a pensar quantos dias, ou anos, ou décadas, ainda vai durar a maratona dessa pessoa."

Viver requer esforços olímpicos. Muitas vezes não sabemos onde vai dar a próxima linha de chegada. Mas com vigor, damos braçadas ou trotamos adiante, rumo ao desconhecido. Fomos ensinados a isso - a glória da conquista, do incessante, inesgotável. Mas que também pode ser inumana. Até que chega uma maratona, uma corrida específica, em que nossas forças se esgotam. As pernas que não respondem mais aos estímulos do cérebro. Descobrimos então que desistir é uma opção dentro de esporte. O que pode ser encarado como um sinal de fragilidade. Às vezes é a decisão mais sábia. Esse livro é, entre muitas coisas, sobre sabedoria.
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Nic 28/11/2021

Reflexões sobre o esporte.
Em um ano de olimpíada em que a atleta Simone Biles trouxe a tona a saúde mental este livro nos consegue trazer bastante reflexões. O livro é muito bom até a metade, depois dá uma esfriada e fica um pouco mais chato, mas isto de forma alguma invalida a leitura.
O livro traz inúmeras indagações e reflexões sobre o mundo do esporte, principalmente para o atleta, reflexões sobre o que move um atleta em busca do resultado, sobre derrotas, vitórias, a autora consegue trazer também inúmeros exemplos muito curiosos sobre a vida de atletas de ponta, como estes lidavam com o esporte e com os desafios... Em meio a isto tudo, tem também a história da autora que faz com que o livro seja meio autobiográfico, ela acabou de perder um grande amigo que se suicidou e em meio a isto tudo encontra-se paralisada sem conseguir avançar em sua tese de doutorado que fala justamente sobre o mundo dos esportes e dos atletas.
Um livro que vale a pena ser lido, principalmente para quem curte esportes, ou quem é ou já foi atleta em algum momento da vida.
"Do ponto de vista da saúde, render-se muitas vezes é uma opção inteligente. Quem corre eventualmente é aconselhado a parar quando acontece uma inflamação no músculo da perna ou quando o quadril começa a doer. No entanto, espera-se de um campeão que ele "dê tudo de si" e "lute até o fim". Em contrapartida, qualquer esportista que "não se empenhe de coração" não está "lutando pela vida". O conflito entre as ressonâncias simbólicas dessas expressões é evidente: por um lado, desistir representa a morte. Por outro, não desistir representa órgãos internos estourados". (Pág 41)
"É horrível, e ao mesmo tempo fascinante, essa luta entre um propósito e um corpo absolutamente exausto" (Pág 69).
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Jessiane.Kelly 19/10/2021

Fracassar pode ser bom
A história parte de uma narradora em primeira pessoa que está com dificuldades de terminar sua tese. Ex-nadadora, ela vai construindo um trajeto narrativo não muito linear sobre esse universo esportivo, misturando aspectos do seu próprio passado e do seu processo de escrita acadêmica. Juntamente a isso, uma pessoa bem próxima a ela se suicida. Mas tal acontecimento vai aparecendo de forma secundária, como aquele evento de fundo do qual a personagem ainda não está preparada para lidar.

O que mais me surpreendeu na obra foi o destaque que a autora deu, a partir da vida de várias histórias de atletas, para as desistências, os erros não perdoados e o fracasso. Para ilustrar esses temas, ela utiliza elementos audiovisuais durante a narrativa, com imagens e links de vídeos de YouTube. O que traz um ritmo muito fluído (e muito contemporâneo) para a história.

É difícil dissociar a relação que essa temática possui com o modelo econômico que estamos inseridos, do qual os pares sucesso-fracasso são modelados por ideais de vida neoliberal. No livro, as implicações econômicas também aparecem. A família da personagem principal imigra para os Estados Unidos em busca do “sonho americano”, mas acabam vivendo de um jeito diferente do que aspiravam. Logo, aquilo que é considerado ser uma pessoa “bem-sucedida” pode estar bem longe do que aquela pessoa realmente é e precisa. O não alcance de tais ideais pode tornar-se um caminho para olhar para dentro. Como diria Helena Vieira, o fracasso é uma chance de reinvenção de si.

Foi dessa forma que o livro me fez olhar de forma mais empática para os erros atléticos deste último final de semana. Apesar do destaque ficar para quem ascendeu ao pódio, a vida das pessoas que ficaram em quarto ou em último irão continuar. Talvez elas desistam, talvez elas se preparem para a próxima olimpíada ou talvez elas passem anos escrevendo uma tese sobre isso.

“Qual seria a sensação do fracasso? Seria como morrer. Mas parece que você está bem.”
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Leila 02/08/2021

Esforços olímpicos
Na semana em que tanto se discutiu sobre saúde mental no esporte, resolvi tirar da minha lista um livro sobre o tema. Um livro um pouco biográfico, um pouco ficcional onde a autora escreve sobre um período da vida apresentado em formas de fragmentos, de lembranças que se misturam ao passado, ao presente e se conectam nas ações e decisões tomadas. Num ritmo rápido e sufocante, mas com temas profundos, a autora apresenta questionamentos e relatos sobre tentar entender o que torna o atleta um ser que não conhece a palavra "desistir" e apresenta o lado obscuro da resistência a dores absurdas e situações que superam o que o corpo humano pode aguentar. Tudo isso argumentando e usando exemplos práticos, históricos e reais, incluindo até um caso brasileiro ainda pouco discutido aqui.

O que resta aos atletas que atingem seus objetivos? De tão malucos que somos por resultados, muitas vezes deixamos de ver as pessoas por trás deles. O livro é para refletir e não esquecer. Muito atual e necessário.

"Se praticar esporte é "perder-se em intensidade concentrada", como disse certa vez o nadador Pablo Morales, então assistir a um esporte é perder-se na intensidade concentrada da intensidade concentrada de outra pessoa."

"Se o esporte não é mais que um sacrifício ritual de energia despendida, uma oferenda para mitigar alguma dor autoinfligida, então talvez a obsessão moderna pelo esporte seja uma resposta terapêutica a algum medo oculto que nos coloca em movimento."

"Para mim o topo parece um lugar solitário. Para campeões, vencer não é uma coisa tão gloriosa. Vencer é ficar vivo; escapar de um lugar fundo e escuro. Campeões têm de fazer isso diariamente"
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Maria.Laura 05/06/2021

Reflexões sobre os limites humanos
Anelise Chen em Esforços Olímpicos faz uma análise original sobre um tema muito difícil, a desistência. A partir da morte de uma pessoa próxima, Chen passa a viver o luto e refletir sobre suas dificuldades de viver a vida e cumprir metas - ela precisa terminar sua tese da faculdade que já passou da data limite mas se vê incapaz de escrever.

Tendo sido uma atleta durante a juventude, ela estava acostumada a vitória e em algum momento ela perde isso, se sentindo como uma impostora em sua própria vida. Ao tenta escrever sua tese como tema sobre esportes, ela analisa derrotas e casos de desistência de atletas, casos pouco comentados afinal a sociedade gosta apenas dos vitoriosos.

O texto nos tira de uma zona de conforto ao tratar de assuntos profundos como o luto e a derrota. A forma como é escrito, em curtos parágrafos, também quebra com o formato normal da narrativa, dando mais originalidade ao livro.
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Luana 07/05/2021

Em uma pegada de autoficção, Anelise Chen escreve sobre um período difícil de sua vida em um formato diferente de tudo o que já li.

Chen é uma pesquisadora que está terminando seu projeto de monografia, sua família é de Taiwan e durante a sua infância e adolescência ela foi uma atleta promissora na natação. Porém ela perde uma pessoa importante de maneira traumática, piorando muito sua saúde mental e atrapalhando seu trabalho.

Por conta de sua ligação com o esporte desde criança, seu projeto de pesquisa é sobre esse assunto. O interessante do livro são as comparações e a transição do que acontece na sua vida com os relatos e buscas que ela faz para tentar entender o que torna os atletas uma máquina de não desistência. Como eles conseguem aguentar dores absurdas, exposição a situações muito além do que o corpo humano seria capaz de suportar e mesmo assim eles se colocam nessa posição por vontade própria, sem desistir. E por que ela, que um dia foi uma atleta, hoje não consegue mais sair desse lugar de impostora da própria vida?

Esforços Olímpicos tem um ritmo rápido, mas com temas difíceis. A dinâmica da escrita é como se a autora estivesse fazendo pequenos comentários sobre os acontecimentos do seu dia, portanto os parágrafos são espaçados e o texto não possui a continuidade que é comum nas narrativas.
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