O clube dos anjos

O clube dos anjos Luis Fernando Verissimo




Resenhas - O Clube dos Anjos


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shirouapples 09/04/2024

Não sei nem o que falar
Achei muito bom, adoro as citações shakespearianas e as filosofias e pensamentos envolvendo o pecado, o vício, a morte, a arte, e a humanidade no geral que esse livro apresenta. Gostei muito do estilo de escrita e da construção dos personagens. É de uma coleção e eu definitivamente vou ler os outros livros!
Posso até ler esse de novo, parece ser aquele tipo de história que você só entende por inteiro quando lê mais de uma vez (ou eu que precisaria ler dnv pra entender mesmo)
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CinMeireles 29/03/2024

Em O Clube dos Anjos somos apresentados ao “Clube do Picadinho”, um grupo de amigos que, após décadas se reunindo mensalmente para grandes e luxuosos jantares, entrou em declínio com a morte do mentor do grupo. Quando um misterioso cozinheiro aparece, a emoção e o prazer dos jantares é reavivada... A custo da vida dos participantes.

Mais conhecido por seus contos e crônicas, Fernando Veríssimo é igualmente talentoso em seus romances, como podemos atestar em O Clube dos Anjos. Partindo de uma situação trivial, o autor vai inserindo pequenos elementos que, aos poucos, conseguem levar a trama a uma situação de absurdo e surrealismo.

A história é uma mistura de comédia com mistério - mas o mistério não está nos assassinatos em si, e sim nas motivações - tanto do assassino quanto das próprias vítimas. Qual é, afinal, o preço de sua vida, e pelo que valeria a pena abrir mão dela?

O humor de Veríssimo é sutil, irônico, sarcástico e, muitas vezes, beira o surreal. Equilibra-se entre o tolo e o genial com maestria. Sua habilidade narrativa é primorosa, tornando a leitura agradável e viciante - assim como os personagens, ficamos desejando sempre mais e mais.

site: https://www.instagram.com/p/C5E9gReLPeQ/
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Dara65 29/02/2024

Daniel, chega!
Todos sabemos a premissa: escrever sobre os pecados. Aos 12 anos eu pensava: Daniel e seus crápulas fazendo tudo ser sobre comida. Felizmente me enganei. Aos 25 anos, isso é sobre tudo menos a fome. Ou melhor, não é sobre a gula, e sim, sobre a fome. De tudo. O clube do picadinho é em seu âmago, sobre obcecados em comportamentos. Se a comida era aquele tesão que não acabava, então a experiência de morte por um ritual com banquetes era a forma perfeita de demonstrar o apetite insaciável pela experiência. Sabemos o fim desde o começo e ao fim podemos nos perguntar porque eles se deixavam morrer... E como Daniel, ficamos ansiando por mais e mais, cada vez mais sem querer que a história termine.
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Sabrina758 25/02/2024

Nessa narrativa que, logo nas primeiras páginas, não nos esconde o seu final trágico ? mas não totalmente óbvio ? vai se construindo nas metáforas, referências e reflexões. Um livro carregado de figuras de linguagem e que aborda, escancaradamente, o pecado da gula; mas não só pela comida, como a fome de poder.

É um livro que fala muito sobre a culinária, artes, bem como sobre a vida, a ganância e corrupção da elite, e sua sede por status. Impossível passar mais de uma página sem fazer uma marcação. Por mais que os personagens sejam asquerosos e as motivações por trás do grupo e da manutenção daquelas "amizades", ficamos intrigados e curiosos pra saber até onde aquilo vai, do quanto eles estão dispostos.

Foi uma leitura surpreendente e eu fiquei muito grata por ter assistido o vídeo de uma querida o indicando, ou muito dificilmente teria lido este. Me deixou completamente obcecada e eu só agradecia o tempo todo pelo privilégio que é ter uma literatura tão rica quanto a nossa.
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Choquei.amo-te 18/02/2024

Leitura bem fluída e simples, a escrita do autor é mb boa, realmente te prende, mas acho que a história por ser relativamente curta, carece de um aprofundamento melhor nos personagens, no geral é um livro interessante e que compensa a leitura
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raqueelbastos 15/02/2024

Achei uma leitura extremamente curiosa do começo ao fim, e quando cheguei ao fim, queria mais!

Dá para tirar algumas reflexões durante a leitura e, principalmente fazer relação com o nosso próprio consumismo/gula.

Minha primeira leitura do Luis Fernando Veríssimo e com certeza não será a última!
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Lucena7 31/01/2024

Leitura muito gostosa e rápida. Um livro muito legal de se ler, ele te prende, mas o final eu esperava mais
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erbook 30/01/2024

A fome é um cocheiro sem ouvidos
“O homem é o único animal que sempre quer mais do que precisa. O homem é o homem porque quer mais”. Esse pensamento de Verissimo, sintetiza o pecado do excesso: a gula, tema principal de “O clube dos anjos”. Desde a Grécia antiga, a temperança é uma virtude louvável, mas os “anjinhos” do clube passam ao largo desse valor moral.

Essa obra é o terceiro volume da série “Plenos pecados”, lançado pela editora Objetiva em 1998. A editora convidou sete grandes nomes da literatura para escreverem a respeito de cada pecado capital. Dessa coleção, li também “A casa dos budas ditosos”, do saudoso João Ubaldo Ribeiro, que tratou do pecado da luxúria. Gostei de ambos os livros, cada um com seu estilo peculiar de escrita.

Abel, Tiago, Saulo, Samuel, Pedro, Paulo, Daniel, Marcos, João e André (que entrou no lugar do falecido Ramos), homens de meia-idade, formam a confraria gourmet intitulada “clube do picadinho”, em homenagem ao picadinho do bar do Alberi, onde frequentavam na adolescência. A alusão aos nomes bíblicos é compreensível, na medida em que todos pecam nos excessos gastronômicos, incidindo no teológico pecado capital da gula. Verissimo vai além e aborda outros temas existenciais relevantes nesta curta novela.

Logo na primeira página, o narrador Daniel informa que só sobraram ele e o cozinheiro Lucídio, após todas as misteriosas e repentinas mortes ocorridas supostamente em decorrência dos jantares maravilhosos que cada confrade oferecia aos amigos. O ritual era um jantar por mês. Apesar desse “spoiler” do próprio autor, a leitura é instigante e o final surpreende e apresenta importante dilema ético existencial.

Lívia, namorada de Daniel, exprime com crueza sua visão em relação ao grupo de amigos: “Um bando de fracassados e inúteis que nunca fizeram nada na vida a não ser se empanturrar e desgraçar a vida dos outros”. Depois de 21 anos de confraria, comendo e bebendo do melhor que a culinária pode oferecer, o clube foi arrefecendo e se desanimando, especialmente após a morte do Ramos. Nesse momento, Daniel conhece Lucídio num encontro supostamente casual na importadora de vinhos. Após ficar fascinado com a história do chef Lucídio a respeito de um clube secreto de gastronomia no Japão, onde se comiam o peixe fugu cru, sabendo do risco real de morte, Daniel não se contenta e o convida a realizar o jantar para o “clube do picadinho”, dando início a uma espécie de “roleta russa gastronômica” ou um “corredor da morte”, no qual o condenado teria direito à última refeição.

A leitura é saborosíssima, com direito a diálogos shakespearianos do Rei Lear.

Por fim, sugiro que também assistam ao filme “O clube dos anjos”, do diretor Angelo Defanti (2022), disponível no canal Tele Cine.
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deboradonascimento 28/01/2024

O PECADO E O SEU SALÁRIO
Romanos 6:23

"O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor."

Não sei ao certo se Veríssimo é um conhecedor da palavra de Deus, mas esse romance é sobre isso: o pecado e o salário dele.

"Por que estamos nos deixando envenenar?"

A gente gosta do que é errado, a gente gosta... É muito bom na hora, o ato em si, o prazer causado, uma sensação muito boa. A gente sabe que é errado, mas é tão bom, não é?! E depois? Peso na convivência? Um simples "perdão, Senhor! Não farei mais" resolve? Não! O salário do pecado é a morte, já afirmara Paulo aos romanos que vivam como nós.

Tá errado?
Tá!
Mas só mais um pouquinho...

Por que estamos nos deixando envenenar?
Porque somos descontrolados, não podemos ter um momentinho de prazer que queremos mais. A gente até tenta dizer não, mas não conseguimos. E Veríssimo joga isso na nossa cara nesse romance.

Dez amigos, dez pecadores, nove mortes, um ficou pra contar a história...
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Sarah 17/01/2024

À fome!
Luis Fernando Veríssima relata a história de dez amigos, unidos pelos fracassos pessoais e pelo prazer por boas comidas, o Clube do Picadinho.
É uma leitura rápida, interessante, que nos faz refletir sobre a vida e sobre a morte. Para quem não tem mais perspectivas sobre a vida, seria melhor controlar as circunstâncias de nossa morte e nos deliciar no processo?

"Não é todo dia que se quer ver um pastoso Van Gogh ou ouvir uma crocante fuga de Bach, ou amar uma suculenta mulher, mas todos os dias se quer comer, a fome é o desejo reincidente, pois a visão acaba, a audição acaba mas a fome continua [...]" 
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Lethiciia 07/01/2024

Ah os excessos!
Não poderia haver um título melhor, um dos livros que a gente tem vontade de devorar mais e mais e mais e quando acaba parece que foi pouco. GENIAL!
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Neptocat 10/12/2023

Um dos melhores livros que li esse ano
Honestamente, já fazia tanto tempo que eu não ficava obcecada assim por uma história de mistério, eu fiquei abismada com todos os fatores desse livro, e uma escrita gostosa de ler, uma história que não fica entediante no meio, o tempo todo eu queria ler mais e mais, e nem é um livro tão grande assim? indico muito pra quem gosta de mistério ou do autor
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Kami34 25/11/2023

O clube dos anjos
Só li pq uma amiga leu e gostou muito e ficou falando pra mim ler. mas claramente não faz meu tipo de livro. mesmo se fizesse, não achei lá essas coisas. claro, aborda assunto importante, mas não foi um livro que me cativou tanto. a leitura é fluída e rápida, mas achei ele fraquinho
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Maciel.Heliton 05/09/2023

Uma leitura para despertar.
Comecei lendo corriqueiramente. À julgar pela numeração de páginas, considerei um trabalho rápido para devorá-lo, mas me surpreendi. No meio do livro, quando já havia deglutido porcamente as informações até ali, de uma forma inesperada o tom de Mito passou a ser meu filtro. E já em algumas linhas percebi que teria de lê-lo novamente desde o início. Considerando que todos os personagens são um só - como o próprio autor descreve no início - eis sua lenta auto destruição representadas por personagens que carregam metafóricamente suas condições humanas ou vítimas. Seja sua vaidade, sua ganância, sua "namorada chata nutricionista e psicóloga " ou Lucídio, a morte espreita que nunca mostra os dentes, o livro pode contar sobre a avaliação dessas características do próprio autor e como elas morreram uma a uma ao atingir seus excessos, se perdendo em sua própria fome e conscientemente se entregam aos seus fins. Mesmo relutantes. Fica mais fácil para algumas morrerem conforme compreendem que esse é seu destino, que já não cabem mais ali e que a morte faz mais jus do que sua existência. Daniel - o único sobrevivente - é o excesso gordo e desajeitado sobrevivente do autor, aquele que poderia ser morto também, mas que sobrevive para contar a história ao lado do Spector, e que também garante a vida de um escritor falante, de muitas palavras, de Veríssimo, que precisa do dinheiro. Daniel é o que sobrou do próprio Veríssimo, é o guloso permitido e alimentado por ele, aquele necessário que possibilitou esse grandiosíssimo escritor transbordar até os dias de hoje, me fazendo refletir sobre meus próprios lutos necessários. Uma obra que satisfaz.
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DéboraMP 30/08/2023

O clube dos anjos
Minha segunda leitura de Luis Fernando Verissimo. A primeira foi 'Comédias para ler na escola', há muuuuito tempo, na época do vestibular.

A escrita do autor é leve, fácil de ler e o livro é super rápido.

Nessa história, dez amigos se reúnem uma vez por mês para desfrutar de jantares e dos prazeres da gula.

Em determinado ano, o grupo sofre certa ruptura após uma briga durante o jantar de Natal. O grupo também é abalado pela morte de Ramos, o membro do clube responsável por torná-lo algo mais formal e refinado.

O livro começa com Daniel, um dos membros do clube, contando como conheceu Lucídio e como os jantares do grupo são retomados e conduzidos após a briga de Natal e a morte de Ramos. Cada jantar terminado leva consigo um dos participantes.

A história é legal, segue um ritmo bom e tem um final que fica meio previsível a certa altura, mas que não deixa de ser interessante.
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