Trilogia de Copenhagen

Trilogia de Copenhagen Tove Ditlevsen




Resenhas -


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Alexandra 26/02/2024

Sensibilidade e emoção
Escrita delicada e sensível, com enredo que apresenta um ritmo próprio e coerente com a história de vida da autora. Daquelas leituras que emocionam de verdade. Gostei muito!
Carolina.Gomes 02/03/2024minha estante
Já quero




Giovana762 23/02/2024

Sobre narrar a vida
Eu devo confessar que livros sobre o cotidiano, diários e confessionais me conquistam. Não a toa sou leitora assídua de Elena Ferrante e Annie Ernaux. O que mais me encantou na escrita de Tove, foi acompanhá-la sem rodeios ou tentativas de florear as situações. De modo que, em sua narrativa as pessoas são como elas são, com suas faces boas, ruins, cruéis e até mesmo contraditórias. Além disso, podemos acompanhar a história oficial por meio da história privada de pessoas que estavam vivendo o momento, sem saber como os rumos da sociedade poderiam ser moldados por acordos políticos, embates econômicos e resistências populares. O sonho de ser mulher-poeta se realizou, mas todos os problemas de Tove não foram resolvidos com isto, novos surgiram porque assim é a vida.
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livrosmortificados 08/02/2024

"A mulher do marinheiro, na foto da parede continuava saudosa à espera do marido, mas minha mãe e eu não precisavamos de homens ou meninos em nosso mundo. Nossa estranha felicidade, infinitamente frágil, só desabrochava quando estávamos sozinhas uma com a outra; e depois que saí da primeira infância, nunca mais voltou por inteiro, a não ser em raros lampejos ocasionais, que se tornaram ainda mais caros para mim agora que minha mãe morreu e não há mais ninguem para contar sua verdadeira historia"

O primeiro capitulo do livro acaba assim,
e acho que esse trecho transmite muito bem o que o livro nos passa, os sentimentos, a densidade. Tove nos conta sua historia, repartida em tres fases, de uma forma poetica todavia nua e crua, sem romantizar nada, é um texto extremamente corajoso, principalmente pela ultima parte.

Meu livro favorito da trilogia é o Infância, me vi em Tove, tanto na necessidade de escrever, tanto na ideia de ter o crescimento e a fase adulta como uma fuga, e essa angustia constante.

Alem da vida, dos relacionamentos e a historia de Tove, podemos ver a questão politica e social do país (ja que a historia se passa durante a ascenção do nazismo)
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Mariana 07/04/2024

Corajoso!
Esse livro me revirou por dentro! Lia sem conseguir acreditar que aqueles relatos eram reais, que a escritora teve a coragem de escancarar a sua vida para o mundo.

Nessa trilogia corajosamente autobiográfica, Tove Ditlevsen narra, em primeira pessoa, suas experiências, desde a infância, num bairro humilde de Copenhagen, até a fase adulta, quando virou uma escritora conhecida.

Desde criança, o sonho de Tove era ser uma poeta. Escrever e publicar seus escritos tornou-se uma obsessão, uma verdadeira força motriz que era maior do que qualquer outra motivação.

Nesses três volumes (originalmente são livros avulsos) você vai encontrar muitos dos temas abordados por Elena Ferrante e Annie Ernaux. Assim como a vencedora do Nobel, a escritora dinamarquesa transformou a própria experiência em linguagem.

A autora nos nos conta, com uma franqueza crua, sem qualquer tipo de pudor ou pedido de indulgência, sobre seus desejos e aspirações, conquistas, atitudes vis e egoístas e as experiências mais traumáticas por ela vivenciadas.

Eu fiquei completamente embasbacada com o que li, doida para conhecer mais sobre Tove e entender se ela nos entrega tudo, numa crueza chocante, para que a julguemos como quisermos, como uma forma de se punir ou se simplesmente era fria ao ponto de realmente não se constranger com as suas palavras.

Muito me impressionou o fato de que a escritora nasceu em 1917 e essa obra foi publicada na década de 50 (salvo engano!), período em que temas como perda da infância, iniciação sexual, aborto, divórcio e carreira feminina eram completamente reprimidos pela sociedade.

Não vou adentrar em nenhuma passagem específica da história para não estragar a experiência literária de ninguém e também porque ainda não consegui digerir tudo o que li.

Deixo aqui o meu super agradecimento à Companhia das Letras por ter me enviado essa preciosidade, ao tempo que torço para que publiquem a obra inteira de Tove Ditlevsen, essa mulher disruptiva que não pede redenção.

Que livro! Leiam!

Comento sobre as minhas leituras no @55paginas! :)

https://www.instagram.com/55paginas?igsh=b3MyYTd3ZmxhN3Q5&utm_source=qr
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Giovanna1599 26/01/2024

Um dos melhores livros que já li, nao consigo dizer o suficiente
estou com minha mana tove ditlevsen
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cinnamongirl612 09/01/2024

Lindo, poético e de uma tristeza angustiante.
"A última primavera de minha infância é fria e ventosa. Tem sabor de pó e cheiro de partidas dolorosas e de mudança. (...) Tudo o que se faz nesse período se inscreve profunda e indelevelmente em mim, e é como se eu fosse me lembrar mesmo das observações mais triviais pelo resto da minha vida."

Impossível não se afetar com a escrita de Tove nesse romance autobiográfico. A forma sensível, poética e melancólica com que descrever o mundo ao seu redor enquanto narra tantos fatos de sua vida é única, linda e triste.

* Só fica o alerta de gatilho, pois a Tove narra em alguns trechos sobre sua dependência em medicamentos e sobre os abusos que sofreu de seu marido.
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Ina 09/01/2024

O primeiro livro favorito do ano.
A Trilogia de Copenhagen é um romance de formação sobre a vida da poeta mais respeitada na Dinamarca. Acompanhamos a sua infância dura na pobreza, a sua luta na adolescência para conseguir ser poeta e por fim, a sua vida adulta brutal, onde ela trava a sua dependência química. A escrita da autora é tocante demais, é como se o leitor estivesse sentido tudo na pele o que ela passou. Leiam!
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Mariana.Patrus 24/05/2024

Corajoso e trágico
Duro, duríssimo! Especialmente a terceira parte, ?dependência? (adorei descobrir que em dinamarquês o título desse terceiro livro é ?gift?, que significa ao mesmo tempo ?tóxico? e ?casada?. Em português perdemos essa sutileza). De fato, é inevitável lembrar da Tetralogia Napolitana e da Annie Ernaux, acho que se encontram por narrar a condição feminina no século XX, por fazer isso de forma direta e por colocar a literatura no centro das vidas dessas mulheres. O relato da toxicodependência é brutal e cortante. Foi difícil terminar, fiquei muito tocada pela tragédia da vida dela, mas no fim fica a admiração por suas honestidade e coragem.
Max 25/05/2024minha estante
Ótima, resenha Mariana! ?




Pedro 10/02/2024

A trajetória de Tove é insana e brutal. A escritora não faz meandros e mostra sua "realidade" de forma direta e totalmente crua, não existe espaço para sutilezas aqui. Em vários momentos ela me fez rir e em muitos outros sentir grande angústia e medo, aprecio essa gama de emoções que um livro pode causar em nós. A Trilogia de Copenhagen me impactou e é certo que entrou para a lista dos meus livros favoritos por expor a complexidade do ser humano!
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Eduardo Vainer 17/03/2024

Que talento em descrever de uma maneira tão franca sua vivência, fragilidades, sofrimentos. Uma livro soberbo. A última parte me deixou condoído.
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Patricia Pietro 14/04/2024

"Pela manhã havia esperança". O livro começa com a Tove narrando, de uma forma muito bonita, um momento a sós com a mãe dela, na mesa do café, quando ela ainda era criança. Julgando só pelo trecho inicial achei que poderia se tornar um favorito. Mas, infelizmente, o livro ficou bem aquém das minhas expectativas.

Gostei muito da estética narrativa do primeiro e do segundo volume. É o que mais se destaca, porque não há muitos momentos significativos. Mas ela narra os poucos que tem de uma forma muito bem trabalhada e agradável de ler.

Já o terceiro volume contrasta com os dois primeiros. Acontecem muitas coisas (ruins, em sua maioria) e a narrativa é mais simples, mas um pouco angustiante. Essa parte eu li mais rápido, porque queria saber logo como tudo iria terminar.

Mas, como um todo, é um livro meio sem graça. Não tem nada de mais nele. Apesar de ter gostado bastante da escrita da Tove, ela viveu uma vida comum. São vários os capítulos em que ela narra coisas absolutamente cotidianas. A infância pobre, o trabalho desde muito nova como empregada e em escritórios, as saídas noturnas com a amiga, os relacionamentos fracassados.

Além disso, não acho que ela seja uma personalidade inspiradora. Ela era egoísta e se desfazia das pessoas quando não precisava mais delas. Traía os maridos com naturalidade, cuidava bem pouco dos filhos, sendo a babá a figura materna deles. Com uma guerra mundial acontecendo, sua maior preocupação era se seu livro de poemas ainda seria publicado pela editora. Apesar de tudo, talvez eu ainda leia alguma obra de ficção dela futuramente, pois sua escrita é realmente muito bonita.
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Let Carvalho 27/04/2024

Foi incrível acompanhar a vida da Tove. Ri muito e tmb sofri ao ver as coisas que ela passou na sua jornada.
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Luache 16/05/2024

Trilogia
Três livros em um. Três que poderiam virar um. Um bom, um dispensável e o terceiro que concentra toda a história de uma vida morna, em que as emoções não têm emoção, em que os sentimentos parecem viver presos. E tudo isso em uma história verídica, com uma pessoa de verdade, que, no livro, é uma personagem tão estranha, que nunca cheguei a compreender de verdade. A infância pobre na Dinamarca, a adolescência da menina feia que casa cedo com um cara muito mais velho, e se relaciona com vários (sem me parecer gostar de nenhum), e a dependência de um homem e do que ele lhe proporciona, talvez a única emoção real, o único deleite que ela, de fato, experimentou na vida.
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