Resenhas - O destruidor de almas

Marcos 28/06/2021

Tressa Norne e o submundo de Erlik
Para mim as ideias do autor referente a história são muito boas, mas ao passar para o livro deixou a desejar. Mesmo sendo um dos autores que serviu para inspirar grandes obras como as de Lovecraft isso não quer dizer que a história devesse ser perfeita, é claro que tem elementos muito bons e que até me prenderam a leitura.
Tressa Norne ou Tressa de vários nomes kkk saída da China traumatizada em direção aos EUA. Se colocando a todo tempo entre Deus e Erlik ( governador dos demônios e do submundo) e que vive se arrependendo de usar a magia negra aprendida no templo satânico para combater o mal que vem da perseguição dos 8 enviados do demo. No meio dessa bagunça aparecem homens que investigam a tempos o plano satânico de Erlik e seus capangas para dominar a humanidade através de poderes psíquicos. Esses homens são do serviço secreto dos EUA e um deles (Victor Cleves) é selecionado para "proteger" de perto a madame, mas é aí que entra o romance forçado e fraco da história. Contudo, admito que não consegui criar uma conexão emocional com os personagens. Percebi também que o "bem" é representado pelos EUA #Cliche, o Mal representado pelos poderes ocultos asiáticos e do comunismo soviético. É notório também dizer que o autor utilizou de comportamentos e visões dos personagens para refletir as crenças comuns daquela época como o cristianismo universal.

O que mais me incomodou na história foi o fato de Tressa parecer ser forte nas lutas e logo depois voltar a ser a moça fraca e frágil que teve a alma roubada pela seita maligna.
Na verdade Tressa poderia muito bem ter ficado parada tomando um cafezinho no hotel com seu amado, pois os iazidis sempre vinham em direção a ela para tentar derrota-la antes que pudessem então seguir com seus planos malignos. Eu acredito que era só lutar psicologicamente com o mal bem ali no aconchego da cama dela. Se deu ao trabalho atoa, tadinha.

Ao todo é um bom livro para se distrair. Há muitas coisas para se descobrir com livro, então se gosta de ficção estranha, magia, perseguição, romance e o bem contra o mal. Eu recomendo.

Thiago662 22/02/2021

O Destruidor de Almas
Confesso que o desenvolvimento foi um pouco decepcionante!

O destruidor de almas apresenta doses de fantasia, romance, conspiração internacional, mitologia... tudo marcado pelo contexto revolucionário dos anos de 1920, pós-Primeira Guerra Mundial e ascensão do socialismo soviético.

A premissa era muito boa, mas acabou desandando num clichê bem famoso e que talvez começasse apenas a ser construído no momento de publicação do livro (1920): o dos Estados Unidos como grandes salvadores da humanidade.

Tressa Norne ou Keuque Mongol, garota estadunidense que passou alguns anos sequestrada na cidade de Yian, na China, foi iniciada como sacerdotisa do demônio Erlik. Libertada pelos japoneses após o fim da guerra, retorna aos Estados Unidos onde passa a lutar contra os feiticeiros a serviço dos seus antigos sequestradores.

Chambers apresenta os feiticeiros, oito no total, como grandes ameaças a civilização ocidental, mas a luta com cada um deles não chega nem a ser intensa. A ex sacerdotisa é mais poderosa do que os agentes do mal, mas não somos informados sobre a origem deste poder, que a faz passar por cima de cada um dos feiticeiros.

Chega a ser engraçado a associação que o autor faz entre o bolchevismo, o anarquismo e outras formas revolucionárias como as forças do mal que tentam destruir a boa civilização construída nos Estados Unidos. Como um escrito de uma determinada época, sua leitura é bastante interessante. Mesmo precursora das grandes produções hollywoodianas. Vale a pena conhecer.

Di Sanctis 17/04/2021

Trama política, magia, romance... Tem tudo aqui!
?Uma instigante trama política, envolta em magia, com uma protagonista extremamente inteligente, feiticeiros malignos e a luta para impedir um ataque planejado à mente e à alma da América. ?
Essa é a premissa do livro ?O destruidor de almas? de Robert W. Chambers, publicado pelo clube de assinatura @escotilhans?
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Na trama, Tressa Norne, uma jovem de 21 anos, escapa de um cativeiro em Yian, na China, onde foi colocada no templo de um deus-satã conhecido como Erlik. No local, ela aprendeu a dominar a magia para enfrentar forças opressivas, mas acredita que isso a fez perder sua alma.?
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Ao regressar aos Estados Unidos na tentativa de esquecer esse passado, Tressa passa a ser perseguida por uma seita de assassinos conhecidos como Iazidis, adoradores de Erlik, que também ameaçam a segurança do país.?
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O serviço secreto americano já investigava tal ameaça e não tinha ideia de como enfrentar os poderes sobrenaturais dos feiticeiros, até que a jovem aceita ajudá-los nessa batalha.?
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E assim começa toda uma caçada e diversos embates psíquicos extremamente bem descritos, tendo a personagem feminina como um ponto forte da obra.?
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Essa foi uma leitura bem interessante, com muitos aspectos sobrenaturais oriundos da mitologia chinesa. Demora um pouquinho até você se situar nisso e entender todo o contexto, mas na base da repetição que sempre acontece nos capítulos, tudo fica bem explicado.?
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Minha única ressalva, é que apesar de entendê-lo como um produto de sua época, sempre me incomoda muito as referências negativas em relação a China.
Até porque esse é um tipo de preconceito que persiste até hoje.?
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No mais, é uma história bem fechada, com poucas passagens mais lentas e sempre num misto de suspense, fantasia, horror e até romance. ?
Perfeito para quem curte esses gêneros e busca uma leitura diferenciada.?
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#TheRedVulcan?

Dany 06/07/2021

O Destruidor de Almas
Eu estava com altas expectativas. E acabei me decepcionando um pouco.

O livro não é ruim, mais é bastante confuso no começo. Tem muitos termos e uma trama de fantasia chinesa muito singular e interessante. Porém são vários personagens que vão aparecendo e saindo sem serem muito aprofundados, isso acabou deixando a história rasa. Não consegui me conectar ou ter aquela volúpia em acompanhar um personagem em particular.

O livro sendo publicado originalmente em 1920 tem como protagonista uma mulher, que apesar de ser forte também carrega o estereótipo da heroína que precisa de proteção dos homens.

Mesmo assim foi uma leitura muito diferente de tudo que eu já li. Fiquei com vontade de ler outros livros do autor.