A saga de Gösta Berling

A saga de Gösta Berling Selma Lagerlöf




Resenhas - A saga de Gösta Berling


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"Aonde você vai Sam?" 29/01/2024

Realismo fantástico sueco
Não fosse o moralismo e os surtos de religiose das personagens talvez fosse necessário menos fôlego pra essa leitura, mas aí, muito provavelmente, se perderia toda a beleza bizarra dela.

Um paradoxo como convém a uma história que transita da fantasia para o realismo como quem atravessa um lago congelado num trenó puxado por ursos domesticados perseguido por lobos vorazes para salvar e/ou raptar uma donzela andarilha de pés congelados e coração valente!
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Wellington 19/09/2023

A Saga de Gösta Berling – 2,5
Existem livros com história ruim, há aqueles com personagens horríveis e temos os simplesmente mal contados. Esse faz parte de todos os grupos.

Selma Lagerlöf, escritora sueca, recebeu o Nobel de Literatura em 1909. Há muitos cantando suas glórias, como a autora do posfácio e as propagandas de venda, mas a verdade é que você é puxado para uma saga extremamente desagradável. Uma escrita ébria, com devaneios aleatórios e arrebatamentos poéticos que nada têm a ver com a história; personagens irrelevantes entram em cena, roubam sua atenção e nunca mais aparecem; moralidade altamente questionável, tendo como herói um bêbado egoísta e hipomaníaco que estraga a vida de todos que encontra. Sim, no fim há alguma redenção, mas é patética perto dos males que ele causa. Gösta mente, rouba, mata, expulsa, é ingrato, faz pacto com um humano-diabo e depois fica chorando pitangas para as pobres, pobres mulheres seduzidas por sua estonteante beleza. Revoltante.

Queria parar já nas primeiras páginas; teimei até o fim, tanto para alegria quanto desgosto. Alegria porque os cenários nórdicos são bonitos; lagos, florestas, montanhas. Ignore os “ó isso!, ó aquilo!” e dá para aproveitar. Desgosto porque você é forçado a ler uma verborragia afetada condizente com a psique do protagonista. O desfecho é até que razoável, mas as poucas páginas finais são incapazes de diluir as toxinas anteriores.

Pior livro que li nos últimos anos.

site: https://www.instagram.com/escritosdeicaro/
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Pedro do Contra 03/12/2022

Um clássico com jeito de clássico, digno e instigante.
"A saga de Gösta Berling", de Selma Lagerlöf, é uma daquelas obras instigantes para aqueles que são persistentes. A narrativa é tão envolvente quanto as pesadas descrições do ambiente, há de fato um realismo em cada descrição, aliado a um enredo fantástico de fundo que não se esconde em nenhum instante do leitor mais ou menos atento. Como costumo dizer a amigos, um texto clássico se parece com um texto clássico, principalmente no que concerne a profundidade da narrativa, a construção intrincada dos personagens e a sutil filosofia que atravessa o texto sem macula-lo com políticas de momento ou protestos ideológicos quaisquer.

A autora mistura uma escrita por vezes diretas em determinadas estorias, com construções capitulares extensas demais em momentos que parecem de pouca relevância. Aliás, as estórias se entrecruzam livremente dentro do livro, nem sempre trata-se de uma ascendente cronológica, por isso estar atento aos personagens e seus contextos é mais do que necessário, e condição.

A chave de leitura, por sua via, é entender que desde a primeira até a última frase a saga do livro é de fato sobre Gösta Berling. O romance mostra como redenções e glórias compõem a vida de um homem comum, homem esse que pode ser plenamente herói ou covarde, dependendo da situação e do sentimento envolvido. No fim, o enredo me fez lembrar do conto dinamarquês "A Festa de Babette" de Karen Blixen; talvez a tradição protestante que forma a mentalidade tanto da Suécia quanto da Dinamarca - apesar do primeiro ser de matriz luterana e a segunda calvinista - seja a explicação do constante pessimismo aliado à redenção pela piedade laboriosa que abarcam tanto o livro de Blixen quanto o de Selma Lagerlöf

Por fim, um livro que merece a glória que tem. Lindo tanto na edição da Carambaia quanto na composição da autora, com certeza é uma obra a ser lida o quanto antes por aqueles que amam a literatura Ocidental, esse sim um exemplar genuíno do que melhor se produziu nesses cantos nos dois últimos séculos.
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Fernando 31/10/2021

Essa leitura também é uma Saga
Leitura difícil, não fluiu para mim, muitos personagens com desfechos confusos. Mas a experiência de conhecer a história, a escritora e uma região rural da Suécia foi incrível, a saga de ler esse livro, é proveitosa!
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Bruna 08/08/2021

Desapontada
Fui enganada pela sinopse da Carambaia.

De fantastico so a mitologia cristã nesse livro que é uma grande pregação.

O livro é um compilado de personagens fanaticos depressivos e que escolhem sempre o caminho da tristeza e da penitencia perante a escolha da felicidade, tudo devido à uma temeridade a deus.

Nao recomendo se vc nao gosta de tematicas gospel. Achei um porre.
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Fabio Di Pietro 08/06/2021

Épico - Sobre o amor heróico
Um dos melhores livros que li nos últimos anos. Dificilmente dou nota 5/5. A autora, primeira mulher a ganhar o Nobel de Literatura, consegue fazer uma narrativa que mistura o fantástico, a fantasia e o cenário nórdico, de vilas que se situam na margem de um lago. Apesar de haver uma linearidade da história, cada capítulo apresentará um conto a parte, dotado de extremo conhecimento dos sofrimentos e do altruísmo humano. Cada capítulo nos traz uma lição de vida.
É um livro de um heroísmo do cotidiano, sem feitos épicos, mas feitos dotados de uma sensibilidade e de uma profundeza que somente aqueles que conhecem os segredos da alma humana conseguem reproduzir em palavras. É uma ode ao amor ao próximo.
Um livro que realmente me tocou e que me seguirá para o resto da vida.
Para os amantes da fantasia, das fábulas, das narrativas épicas, dos contos que nos tocam, esse livro certamente é para você.
A edição é linda, com tradução direto do sueco. Conta com um brilhante posfácio.
A leitura é leve, mas emocionante. Não diria que é para iniciantes na literatura, mas não traz grandes dificuldades. É para ser apreciado como um boa bebida.
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Julia 14/05/2021

Uma leitura muito difícil, posto que além de uma narrativa complexa e tão detalhada, a autora mistura realidade e fantasia em longos períodos e devaneios. Esse livro conta muitas histórias, e também conta uma só. É um compilado de mitos, folclore, misticismo e drama, mas colocados de um jeito denso, profundo, por isso demorei muito pra conseguir finalizar (não é o tipo de livro ao qual estou habituada).

Deixo minha passagem preferida, quando o livro começa lentamente a tomar um rumo diferente do que parecia no início: "É simples fazer com que lábios tristes sorriam, mas lábios felizes não podem chorar."
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