Resenhas - Humanidade

Bruna.Bandeira 25/08/2021

Uma história esperançosa do homem
A primeira coisa que acho importante dizer é que é um livro que vale a pena ser lido.
A escrita é fluída e a intenção do autor é das melhores. Porém, como acontece com todo livro que se propõe uma análise de muitos pontos e uma mudança de paradigma muito forte é simplista.
Incomoda um pouco a dinâmica que ele usa como fórmula para ir te convencendo do ponto de vista dele a cada capítulo, mas ao mesmo tempo ela atualiza o leitor sobre a atual posição da ciência sobre estudos e pesquisas cujas conclusões viraram e permanecem senso comum apesar de descredibilizadas...

O título da resenha remete a uma fala do autor que fez questão de diferenciar esperança, conceito que ele entende levar à ação e o otimismo que ele vê como fator de aceitação das coisas como são. Daí que a nossa tradução do subtítulo não foi muito feliz.

De todo modo, leiam, só de ter alguém tentando trazer dados estatísticos e pesquisas científicas para provar que o ser humano tende à bondade já dá um calorzinho no coração.

Karla 02/04/2021

Um livro para todos
O autor é bom em escrever para públicos amplos, obrigando o leitor a sair do conforto de dicotomias e se aventurar em novas abordagens, como fez em Utopia para Realistas e em Humanidade.

Título e subtítulo entregam o tema e a abordagem.
O autor deixa claro sua proposta otimista, baseada em dados e estudos, com excelente e extensa referência bibliográfica.
Por isso, o livro deve agradar tanto o leitor ?otimista? como o ?pessimista?: a pesquisa está compilada e a intenção do livro é expressa do prólogo ao epílogo, proporcionando a cada leitor um posicionamento esclarecido ao fim da leitura.

Lilly 27/07/2021

Leiam! Leiam!
Estou panfletando esse livro, porque deveria ser leitura básica para a formação de todo ser humano.

Nossa visão de nós mesmos como humanidade é distorcida.

O livro é de leitura bem fácil! Traz casos reais interessantíssimos de se ler, e também desmascara algumas das mais famosas pesquisas de psicologia.

Na minha opinião, o livro fica cada vez melhor conforme as páginas passam, até chegar no último capítulo que fecha com chave de ouro. O livro mexe com as convicções e leva o leitor a muitas reflexões.

Não quero contar maiores detalhes aqui para não estragar as agradáveis surpresas que as páginas guardam.

Recomendo muito. Boa leitura!

Vinicius 14/07/2022

Para pessimistas, otimistas e todos no intervalo
São tantos os atrativos desta leitura que não sei por onde começar a convencer você a colocá-la na sua lista agora!

Bregman escreve de tal forma que nos faz esquecer que se trata de uma não ficção. Muitas vezes me emocionei e restaurei minha fé na humanidade com suas histórias, tipo os vídeos do The Dodo ?.

Mas longe de ser um ensaio otimista utópico, o autor traz longas discussões sobre experimentos sobre psicologia social e alimenta o debate sobre a natureza humana: nascemos bons e somos corrompidos ou é da nossa índole o egoísmo?

Além disso, discute o que nos leva a agir de forma violenta, defendendo nosso grupo e aquilo em que acreditamos. Aprendi sobre ignorância pluralística, o efeito das notícias e a manipulação de dados e o quanto nós humanos somos apáticos com coisas boas e adoramos uma catastrofezinha.

Isso me deu um escopo maior da complexidade da vida em sociedade que temos e ao mesmo tempo me encheu de esperança de que podemos fazer melhor se decidirmos deixar nossa ignorância de lado, se percebermos que os líderes geralmente tem um caráter corrompido diferente da maioria e se tratarmos os outros com um pouco mais de confiança e empatia.

E nem precisamos seguir os caminhos búdicos ou virarmos hippies. Precisamos apenas ouvir o que a ciência tem descoberto sobre nós.

Maria Amélia 12/09/2021

Bregman é historiador e autor de cinco livros sobre história, filosofia e economia. Mora na Holanda e é considerado um dos mais proeminentes pensadores europeus.
Gostei muito da sua escrita clara e cheia de referências.

Tiekon 29/04/2021

A humanidade é boa
Um livro extremamente necessário que nos traz fatos e argumentos comprovando a evolução da humanidade, não porque somos mais fortes, ou nos adaptamos melhor, nem porque somos mais inteligente. Chegamos até aqui porque somos mais colaborativos e sociáveis. O livro ressalta o bom do ser humano descrevendo esses resultados em estudos clínicos e experimentos científicos. As guerras e os noticiários diários não nos traduzem, são apenas um olhar superficial e preconceituoso para nos convencer que somos inimigos de nós mesmos. Quando na realidade, nossa intuição nos leva a escuta e compaixão. E é nela que temos que prestar atenção.

Felipe.Camargo 04/07/2021

78°Livro do ano: Humanidade, Rutger Bregman

Está aí um livro que eu não dava nada e mudou totalmente aquilo que eu pensava.

Após terminar o livro do historiador holandês, senti a necessidade de expor para o maior número de pessoas sobre seu precioso conteúdo: o ser humano é bom. Logo eu, sempre pessimista e misantropo em relação a minha espécie, estava concordando com um autor tão good vibes?

Bregman é cativante do início ao fim, trazendo diversos argumentos que nos possibilitam um outra olhar tanto sobre a história quanto a concepção filosófica do ser humano.

Um livro revolucionário, que já valeria um Nobel da paz para o autor, somente por trazer a tona uma perspectiva tão interessante... Enfim, leiam! Aposto que será uma experiência singular!!!

Ellieandbooks 26/03/2021

Um dos melhores livros que já li na vida. Confesso que comprei pelo comentário do
Yuval Harari, não conhecia o autor, mas já irei comprar as outras obras.
Em um momento tão difícil quanto esse que estamos vivenciando enquanto humanidade, esse livro foi iluminador. Não tenho palavras para descrevê-lo e indico à todos a leitura.

Livinha 30/05/2022

Mudou minha vida de verdade
Esse livro - literalmente - mudou minha vida e a forma como via a sociedade (e o mundo). Em capítulos densos (mas, ao mesmo tempo, super didáticos), o autor traz reflexões acerca do quanto colocamos a ?senhora Sociedade? (como se ela fosse uma pessoa) como algo ruim, cruel, ausente de empatia e compaixão pelo outro. Eu comecei bem cética sobre a reflexão que traz acerca do quanto as pessoas nascem sendo boas - sim, mesmo àquelas cheias de crimes hediondos no currículo. Rutger, você mudou minha vida, me mostrou o quanto podemos ver a sociedade em um outro viés e, assim, se perceber melhor frente ao que acreditamos. Sensacional.

Ebenézer 22/08/2021

Indispensável
"Humanidade - uma história otimista do homem", de Rutherford Bregman, possui cerca de 460 páginas das quais 70 são de farta bibliografia e notas compulsadas pelo autor. Somente esse aspecto por si só qualifica o laborioso trabalho de pesquisa realizado.
Entretanto, a verdade é que iniciei a leitura um tanto cético por considerar que a abordagem do autor seria mais uma de tantas sob a categoria de auto-ajuda existentes no mercado livresco, e cuja temática tenho pouca afeição.
O capítulo inaugural do livro azedou um pouco mais a minha pre(in)disposição uma vez que, de cara, o autor Bregman já defenestra o livro Senhor das Moscas que eu havia lido recentemente, e cuja narrativa dialogava bem com a minha percepção da vida.
Não satisfeito com o estrago inicial...o autor continuou martelando dura e asperamente num panteão de gigantes tanto da antiguidade quanto da contemporaneidade como Tucídides, Agostinho, Thomas Hobbes, Denis Diderot, Nicolau Maquiavel, Voltaire, Lutero, Calvino, Burke, Nietzsche, Freud, Dawkins, entre outros.
Exatamente esse fragor de ideias a que fui exposto me desafiou no decorrer a concordar com a percepção do historiador Yuval Noah Harari, sobre o livro Humanidade: "Este livro está me fazendo enxergar a humanidade sob uma nova perspectiva."
Ou seja,
A grande sacada do autor de Humanidade é fazer o que se propõe contando-nos "uma história otimista do homem", sem esquecer da existência dos campos sombrios que permeiam nossa caminhada humana.
A virtude de Humanidade de Bregman reside na desconstrução da narrativa histórica e hegemônica que se escora na amplificação das notícias negativas divulgadas diariamente, e às quais somos expostos sob o manto de verdade absoluta.
A tônica de Humanidade de Bregman é de otimismo da natureza humana; da identificação dos valores positivos que dão sustentação a sua tese de que a nossa essência humana é naturalmente benfazeja, e muito distante, e até oposto, ao belicismo contínuo e constante que sempre nos fizeram acreditar como promotores e perpetrados do mal.
Bregman trabalha com inúmeros exemplos de ações e eventos que corroboram sua perspectiva otimista e nos encorajam, tanto mais, a acreditar em nossas imensas possibilidades humanas para tornar a Humanidade cada vez mais fraterna.
Enfim, Humanidade de Bregman, um livro absolutamente de alta importância, e de auto-conhecimento.

Vanessa Hentges 29/08/2021

Muito interessante
A leitura desse livro, para mim, foi interessantíssima. A forma do autor trazer dados científicos para basear suas opiniões é muito importante. Apesar de achar, em alguns assuntos, otimista demais, em outros realmente mudou minha perspectiva pra melhor. Concluo a leitura reforçando o meu pensamento de que as pessoas agem baseadas em suas próprias histórias de vida, e que há muita chance de que agiríamos da mesma forma que elas se tivéssemos passado pelas mesmas situações e tivéssemos sido criados com as mesmas regras. É fato que é muito mais fácil julgar o outro do que se colocar na situação do mesmo. Recomendo a leitura a todos, principalmente aos pessimistas. ?

Fer 20/09/2021

Abre a mente
Leitura recomendada pelo Clube do Livro da Prioli e do Karnal. Algumas vezes apela para a bondade humana, sendo acrítico. Porém trás várias pesquisas atualizadas sobre a bondade humana. Realmente mudou alguns conceitos que eu tinha.

Bru 05/08/2021

Um livro que mostra o quanto errada é a visão da natureza humana que temos. Muito válida a leitura e aprendizado. Acreditar na bondade do outro não é ser ingênuo, mas realista.
"Chegou o momento de um novo realismo. Chegou o momento de uma nova visão da humanidade".

Paulo Henrique 03/06/2022

Amontoado de Histórias para provar que não somos tão maus.
Se formos agora abrir um site de notícias, com certeza haverá alguma tragédia e principalmente alguma atitude desumana em destaque. Na época dessa resenha, o assunto era a câmera de gás improvisada por policiais da PRF, que levaram a óbito um suspeito. Vem logo a pergunta: Por que somos tão cruéis?
O livro “Humanidade” vai no sentido contrário, ele tenta demonstrar que não somos assim tão “maldosos”, mas que sim, cometemos coisas que nos assustam. Mas por que as cometemos? E para tentar explicar sobre o porquê fazemos isso, o autor vai contando histórias que ficaram famosas nos meios acadêmicos de psicologia e até mesmo na imprensa. Eu particularmente já havia lido sobre todas essas histórias em livros (best-sellers) de famosos como Malcom Gladwell; o que não havia lido era que as histórias eram contadas pela metade, e essa parte faltante é quem dava o enredo da total indiferença humana com o próximo.
Se eu concordo com o autor? Em parte sim e em parte não. Ele tenta desmitificar a ideologia, usando o caso dos nazistas e homens bombas, e para isso usa a explicação de fazer o mal achando que é para um bem maior e que em sua grande maioria o fazem por amizade; isso mesmo, por amizade matamos. Terroristas que se matam em geral são amigos. Pode ser verdade, mas isso para mim também é loucura ou falta de empatia.
Claro que autor trouxe empatia para discussão e concluiu que ela é tão boa quanto ruim. A mesma empatia que te impede de cometer algo ruim, cega você para quem não está no seu “campo de empatia”. Portanto a empatia pode fazer você ser xenófobo. É por isso que quando você vê alguém de seu círculo mais próximo ser morto, você quer matar o outro também. É por isso que o ocidente caça terroristas e eles não desaparecem, pois querem por empatia vingar seus “semelhantes” em um loop interminável.
Em resumo é um amontoado de histórias que vão desde os cães selvagens que ficam bonzinhos, passando por testes psicológicos forçados, nazistas, orçamento participativo (aqui fala do Brasil e aí fica a desconfiança com o livro), cadeias na Noruega, etc. Portanto você terá muita história para contar, mas no final a melhor recomendação é leia menos notícia e tenha mais compaixão, além de pesquisar mais sobre se o que você está lendo é relmente válido.

Ramalho 11/08/2021

Esse livro cai para gente como um simples best-seller. Fiquei receoso para ler, mas como aconteceu quando eu tinha 16 anos e me admirei lendo Sapiens ao ponto de ingressar na faculdade de História por influencia do livro, Humanidade caiu na minha mão com esse peso de mudar totalmente meu paradigma de pensamento. Não que todos os conceitos do livro sejam verdadeiros ou certos, mas que existem muitos mais fatores que comprovam a bondade do homem que sua desgraça, isso de fato é verdadeiro.
O livro flui muito bem; as partes que ele desmembra os experimentos comportamentais são interessantíssimos e eu notei o quanto o autor se esforçou para apresentar um trabalho completo. É um bom livro para se ler em crise, ele vai te deixar mais otimista. E por conta da Pandemia ele veio a calhar para a preservação da sanidade.