laiscunhaf 14/02/2024
Imortalidade a quem merece
"A perda destas cinco vidas é claramente uma tragédia. Você pode ver com certa aversão o estilo de vida das envolvidas. Quaisquer que sejam as drogas que elas usaram, qualquer que seja o trabalho que elas faziam, ninguém tinha o direito de fazer mal àquelas mulheres, muitos menos de matá-las."
Este livro é um trabalho jornalístico muito bem elaborado, as informações são passadas com embasamento, com comprovações. E quando não temos essas comprovações, Rubenhold deixa claro que o que está sendo dito são suposições.
Além disso, foi cumprida a premissa do título e da introdução, não dando foco algum ao assassino. Afinal, ele foi um criminoso horrível, não deveria ter atenção, muito menos fãs, como vemos por aí.
A maior conclusão que tirei deste livro é como era o próprio inferno ser mulher nessa época, as opções de conseguir dinheiro, a vulnerabilidade sofrida, os abusos e desrespeitos. Todas elas sofreram tanto, para no final terem seus nomes associados a "apenas prostitutas", no intuito claro de invalidar a vida delas, visto que estamos falando de 1888.
Pensando por esse viés, deixo aqui minha reflexão: será que os investigadores e policiais fizeram isso para tentar minimizar os crimes, e assim diminuir a incompetência deles mesmos por não conseguirem descobrir a identidade do assassino?
[2024]