A Palavra que Resta (eBook)

A Palavra que Resta (eBook) Stênio Gardel




Resenhas - A palavra que resta


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petramariaa 15/04/2024

Faltam palavras
A palavra que resta é um romance nada romântico, mas que dentro dele me senti friamente lá, imersa naquele universo de medo, e pavor, e príncipe a vergonha absurda que sentimos antes de nós amarmos, antes de nós aceitarmos.

Não existem ainda pessoas que não merecem ler isso, sentir a escrita do Stênio e todo o conceito do mundo por trás de uma esperança.

O final não exatamente como o esperado, mas o livro em si, é muito muito bom. Leitura rápida e gostosa. Sem engasgos devorei TUDO, cada palavra!
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Viviane.Sette 15/04/2024

Muito sofrido!! Retrata essa vida dos excluídos e de como o preconceito pode mudar tanto a vida das pessoas!!
Livro perfeito
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Geise 15/04/2024

Triste e bonito
É uma leitura um pouco difícil pra quem não está acostumado com esse tipo de escrita, mas dá pra ir acostumando. Algumas coisas não têm uma explicação detalhada. É isso, tem que só receber a informação e tentar compreender ao máximo. Mas, mesmo assim, consegui captar muito bem o sentimento do Raimundo. É uma estória muito tocante. E um livro rápido. Recomendo.
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Josana.Bispo 15/04/2024

Simples e sensível. Uma história de amor como muitas mas marcada pelo preconceito que ainda assola a vida de tantos homossexuais.
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Emanuele.Lucas 14/04/2024

"O bom da vida é teimar"
Livro com uma escrita diferente que no começo pode ter deixar confuso mas depois você vai pegando o jeito
Devorei o livro em menos de dois dias pois precisava conhecer a trajetória de Raimundo e, claro, saber o que dizia a carta.
O final é surpreendente (pra não dizer outro coisa e dar spoiler) e não sei se gostei, mas isso não reduz a grandeza do livro.

Enfim, recomendo!!
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Willsp 14/04/2024

O bom da vida é teimar
No começo, a leitura estava um pouco confusa, mas depois que entendi a dinâmica, se tornou uma uva. Sou apaixonado pela literatura nacional, tem meu coração e isso não nego. E quando ela vem esborrando com os dialetos nordestinos, é ainda mais especial para mim. Sinto-me completamente imerso no livro, mesmo não sendo fã de café, de repente dá vontade de preparar uma xícara só para acompanhar a leitura, porque me sinto como se estivesse em uma conversa. Consigo visualizar bem direitinho cada cena descrita, é como se estivesse assistindo a um filme. Acredito que essa conexão se deve ao autor ter criado personagens tão autênticos e humanos.

O livro me deixou sem fôlego em vários momentos, principalmente durante uma cena entre Raimundo e Suzzanný. É irônico, mas os momentos de respiro foram justamente as interações entre os dois.

Terminei o livro em silêncio, desejando um desfecho diferente, acho que até o próprio Raimundo também desejava. Stênio Gardel mereceu o prêmio literário que recebeu. Recomendo muito este livro, é uma obra violentamente linda.
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dearmilla 14/04/2024

Em minha bolha de amigos literários, este livro foi o que mais foi comentado no ano passado, seja de maneira positiva ou negativa, ou por iniciar discussões até mesmo polêmicas. Eu, por outro lado, acredito que tenha ficado sentada no muro desta discussão, entretanto com os pés virados para o lado do muro que achou essa obra essencial. Por causa disto, iniciei a leitura de “A Palavra Que Resta” com muitas expectativas do que fosse ler, mas acabei tendo uma visão bem diferente.

A obra de Stênio Gardel, hoje muito bem premiada e posicionada no mercado literário, plantou na minha cabeça diversos questionamentos sobre nossas raízes, nossos privilégios, os caminhos que tomamos e o preconceito. Em um enredo que alternar entre o presente o passado de Raimundo, personagem analfabeto gay, que vindo de uma família humilde sofreu abruptamente com um romance interrompido durante a adolescência e agora adulto, com a carta em mãos de seu romance da época, decide alfabetizar-se para em fim ler as últimas palavras não ditas.

Estruturalmente falando o livro me traz uma sensação de que não foi feito para ser lido, mas sim falado e ouvido. Stênio escreve de maneira ilustrativa para que através das conjunções, termos e erros de escrita/fala percebamos que Raimundo e os demais personagens estão falando conosco ao mesmo tempo que estão sendo alfabetizados, assim percebemos a sua progressão. Achei riquíssimo como não só o texto diz, mas as palavras demonstram.

Ao decorrer da leitura, tentei entender quais seriam os motivos que levaram tantas pessoas a desgostarem da obra e percebi que o preconceito e a hipocrisia fossem talvez os motivos. Além da grosseria e crueldade que Raimundo recebe de seu pai por ser gay e vir uma realidade brutal, o personagem como maneira de proteção reproduz o que viveu na pele com seus pares, visto que diferente das comunidade LGBTQUIAP+ que tem grupos de apoio, familiares e amigos que os apoiam e espaços que os aceitam, não é o mesmo para ele e tantos outros brasileiros.

Por fim, este livro me fez perceber que a empatia é a chave para que entendamos o outro e que nem sempre o outro precisa ser entendido para ser aceito.

Agradeço a Companhia das Letras por disponibilizar esse livro em versão e-book para análise.
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MelPaiva 14/04/2024

A história que não pode ser vivida
Um livro que percorre dilemas de sexualidade, preconceito, solidão.
A triste história de amor que não pode ser plenamente vivida, e foi marcada ao final por uma carta de Cícero para Raimundo (analfabeto).
Os caminhos que Raimundo percorre após a separação, a felicidade não realizada.
A carta que não pode ser lida até Raimundo completar 71 anos.
Uma vida de marcas e lutas.
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Tálitta 14/04/2024

Pelo livro ser escrito na perspectiva de um senhor de 71 anos de idade, várias partes da história se tornaram confusas, me perdi em vários momentos. Mas de qualquer forma, amei conhecer um pouquinho da história dos dois e ver como o mundo era naquela época e como ainda hoje não evoluiu. E sim, foi frustrante terminar a historia e não saber o que estava escrito na carta.
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Rodolfo Vilar 13/04/2024

???A palavra que resta? de Stênio Gardel é um retrato dilacerante de muitas vidas que deixam de brilhar e são apagadas pela brutalidade da ignorância. Numa cidade do interior do interior, um relato se assemelha ao de muitos outros numa perspectiva do silenciamento, e aqui duplo, de uma história de amor e de identidade que ultrapassa o tempo.

??Numa oficina literária oferecida por Socorro Aciolli, Stênio Gardel, Cearense, escreve seu primeiro romance, hoje ganhador do Book Prize por melhor tradução. Nessa historial Gardel conta o enredo de Raimundo, onde numa narrativa polifônica e cheia de variações temporais relata os dois tipos de silenciamento que sofreu: primeiro do pai, que junto com a mãe expulsa seu filho de sua casa ao descobrirem que ele é gay e está apaixonado pelo amor de sua vida, Cícero; e o segundo com seu analfabetismo que não lhe permite ler a carta que Cícero deixou ao sair de casa.

??Cinquenta anos depois Raimundo ainda carrega essa carta consigo e realiza sua vontade de saber ler e escrever para que enfim consiga entender a relíquia que guarda com carinho e medo, como um fantasma pelas coisas que sofreu, que foi reprimido e construiu para sua identidade. Agora com 71 anos, Raimundo enxerga a si e peso que carrega na construção da vida como é hoje, junto de Suzanny, sua amiga trans, Raimundo nos mostra o mundo do preconceito, do submundo e das pessoas que vivem à margem por apenas serem o que querem ser.

??Numa narrativa que constrói seu passado, acompanhamos a vida no campo, a ignorância que se constrói e o amor que não vence, assim como o sentido da verdadeira família como aquela que acolhe. Não é à toa que o livro está sendo reconhecido como uma das literaturas contemporâneas mais favoritas pelos leitores, abraçando a comunidade LGBTQI+, mostrando o papel da alfabetização como libertadora e o amor como asas que ultrapassa o tempo, as estradas e o ódio.
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Barbara 13/04/2024

Esse livro tem uma narrativa que te deixa sem fôlego, o fluxo de pensamentos do personagem é intenso e a forma como é escrito te dá essa sensação que falta o ar.

O tema retratado me fez refletir sobre a dor da exclusão que Raimundo passou quando sua mãe pediu que ele partisse, e o quão cruel seus pais foram porque a violência causada por eles foi profunda, deixando marcas no corpo e na alma.

Essa é uma história de um amor interrompido, uma vida inteira imaginando como poderia ter sido e uma carta que poderia ter respostas, mas que jamais foi lida.

Viver à margem da sociedade por si só é violência, e estar em uma situação onde você mesmo não consegue enxergar que é merecedor de coisas boas é terrivelmente solitário e triste.

Raimundo aprendeu a ler e a escrever, encontrando assim o seu caminho. A imensidão da escrita e da leitura é incalculável.

"Era o possível mais certo, o encontro mais interessante, esse, a mão, o lápis e a folha de papel."
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Gabriel Perez Torres 13/04/2024

"A Palavra que Resta": Competente, Mas Longe de Revolucionário
"A Palavra que Resta", de Stênio Gardel, é um romance que transita entre a beleza e a tristeza, narrando as complexidades da vida, identidade e amor incondicional. É uma obra competente, com personagens bem desenvolvidos e uma atmosfera palpável, permeada de emoção e realidade social. No entanto, apesar dessas qualidades, não posso deixar de sentir que o livro é, de certa forma, superestimado.

O romance conta uma história bonita e profundamente humana, explorando temas universais como a aceitação, o isolamento e a busca por compreensão. Gardel tece uma narrativa que é acessível e tocante, mas há um certo ar de familiaridade em todo o desenvolvimento que me deixa com a sensação de déjà vu. As interações dos personagens, os conflitos internos e a resolução dos problemas seguem um padrão que já vimos em muitas outras obras literárias.

A escrita do autor é fluída e há momentos de brilho genuíno no texto, especialmente nas descrições do cenário nordestino e no diálogo autêntico entre os personagens. No entanto, o livro não oferece novas perspectivas ou inovações em termos de estrutura narrativa ou estilo. A história, apesar de contada com competência, não sai do comum e não desafia o leitor de maneiras inesperadas.

O mérito de Gardel está em capturar a essência da vida rural brasileira e os desafios enfrentados pelos personagens em suas jornadas pessoais. Mas, ao fechar o livro, a sensação é de que a história poderia ter sido contada de uma maneira que trouxesse algo mais novo ou provocativo.

Em resumo, "A Palavra que Resta" é um livro que se sustenta por sua competência em contar uma história bonita e triste, mas que, em última análise, acaba sendo um pouco genérico e ordinário. É um daqueles livros que são agradáveis de ler, mas que podem não permanecer com você por muito tempo após a última página.
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Marcel 13/04/2024

Sensível, delicado e difícil de ler
Conheci o livro no podcast 451 MHz (inclusive recomendo) e o que mais me chamou atenção, foi a frase "Um livro escrito por uma pessoa que lê". Fiquei muito curioso com o significado dessas palavras. Afinal, o que seria um livro escrito por tal? A resposta é simples: Repertório.Durante a leitura é nitido que o autor possui repertório. Vide a forma que o livro é escrito.

Quanto a trama, como uma pessoa LGBTQI+, fico muito feliz por encontrar um livro, escrito por alguém da comunidade, que trata o assundo de uma maneira madura e sem a eterna sindrome de Peter Pan que, pelo menos os livros que li, possuem. Me vi e vi muitos dos meus amigos, no Raimundo diversas vezes. Suas angustias e apreenções me pareceram tão próximas que podia toca-las, assim como seus arrependimentos, que a certo ponto do livro, pareciam meus.

E a carta? Vale cada página lida.

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