Deus em Pessoa

Deus em Pessoa Marc-antoine Mathieu




Resenhas - Deus em pessoa


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Carol 01/04/2024

Deus é a solidão do homem
É uma história em quadrinhos muito gostosa de ler, já que os enquadramentos dos capítulos da história são curtos.

Já o conteúdo, obviamente, é mais denso e nos faz refletir sobre o comportamento humano perante o desconhecido. Essa história me lembra muito um trecho de uma música do Emicida que diz "se a sociedade vende Jesus, por que não ia vender rap."

Traz conceitos filosóficos interessantes e é uma boa distração reflexiva.
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Emerz 10/03/2024

O poder de uma boa narrativa. O autor usa do formato clássico de documentários sensacionalistas para contar sua história sobre Deus.

E se Deus fosse um personagem? Aqui essa entidade, o senhor, Deus ganha forma e conteúdo. Uma narrativa simples, mas muito bem construída, o autor consegue estabelecer ótimos ganchos para que a narrativa não caia numa narrativa massiva, consegue segurar bem os leitores durante a breve convivência de Deus em pessoa.
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darthzinho_ 01/02/2024

Quem é você?
Bem, recentemente eu li os três volumes de O Prisioneiro dos Sonhos Marc-Antoine Mathieu, obras que estão num nível de qualidade acima das melhores expectativas esperadas. E Deus em Pessoa é uma obra que inclusive fui publicada no Brasil primeiro, é esgotadissima e enfim atiçou a curiosidade pelo nome principalmente. Vamos a história, um certo senhor chega ao Senso Demográfico e ao ser questionado sobre documentos e cadastros em órgãos públicos, ele alega na ter. Todos acham estranho e questionam o motivo e o bom senhor explica ser Deus. Após inúmeros exames e entrevista, a sociedade chega a conclusão de tratar se de Deus mesmo. Então uma montanha de acontecimentos acontecem, uns glorificam a presença do ser superior, outros correm para questiona-lo sobre inúmeras demandas da mente humana, e entre eles estão aqueles que se sentirem abandonados por Deus de alguma forma e que vêem neste momento a chance de cobrar. Deus acaba nos tribunais, tendo de se explicar sobre coisas que a mente humana não consegue entender bem, sobre a criação, sobre nós deixar o livre arbítrio Neste ponto ao lermos a história, vemos que tudo que envolve Deus acaba sendo extrema gigatescos, é quase irreal, a ele são atribuídos milhares de advogados e profissionais que além de tudo, objetiricam Deus, e o transforma em um produto rentável. Acabamos em uma situação que Deus é mais um preso a questão da boa imagem e do vorax capitalismo. Dentro desta premissa está no que a obra se baseia, a busca de responder respostas metafísicas e vemos cada vez mais Deus se transformando em algo menor e sendo esmagado pela sociedade. Até por fim... Enfim. É um texto que achei extremamente cansativo, a arte é belíssima, porém tem muitas camadas, e não aconhelho que seja uma leitura feita quanto estiver cansado e sem foco na leitura. Mas Marc-Antoine Mathieu mais uma vez produz uma belíssima obra de arte em quadrinhos.
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Aline Araujo 24/01/2024

AMEI!
?Vamos ser honestos: Deus, em termos comerciais, é altamente rentável.?

?Deus em pessoa? é uma hq muito inteligente que transita entre a sátira e a crítica, escrachando absurdos e fazendo o leitor refletir.

Se Deus descesse à Terra, seria alvo de descrença, fascinação e um processo judicial combinado com plano de marketing.

De todas as críticas e sátiras da hq, a melhor, na minha opinião, é a abordagem da religiosidade capitalista, onde a fé é um produto e a propaganda transforma Deus num personagem da cultura pop.

Adorei e recomendo!
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Marcooo 09/12/2023

Vale ou não vale a pena ler?
A premissa da história é que Deus aparece em pessoa para todos da Terra, e o que fazemos?

Um julgamento de Deus, sim a proposta é curiosa e te deixa intrigado, faz você pensar na ordem das coisas e no mundo, mas sinceramente eu esperava uma conclusão mais assertiva do que a que este quadrinho tomou no final.

Vale a leitura? Sim claro! Mas não espere algo mirabolante ou grandioso.
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Leonardo1263 23/09/2023

Deus em pessoa... coitado!
Que HQ fantástica, que prazer conhecer uma obra como essa. Parabéns @editoracomixzone pela edição de DEUS EM PESSOA, de MARC-ANTOINE MATHIEU

O que aconteceria se Deus descesse a terra (não em forma de Jesus, mas na figura do velho barbudo de sempre)? Teriam os incrédulos que acharia uma grande farsa, teriam os temerosos, os arrependidos, os felizes de alma, os aproveitadores, os acusadores, os cínicos e os mal intencionados.

Deus chegou!!! Na era digital, no capitalismo selvagem, dos tempos de trends e #... Na era de "Midas" Sociais onde tudo que é impulsionado vira ouro. Tudo que favoreça o consumo desenfreado ganha uma importância ímpar.

Nietzsche aprovaria essa edição com certeza.

Tentando aqui não dar spoilers pois quero que se surpreenda com essa edição profunda e pulsante de tudo que transcende a existência, o moral, o imoral, o pecado, o paraíso e os deveres.

Leia, mas não leia sem vontade não, leia com afinco, leia com força. Tenho certeza que irá gostar!
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Mateus 11/08/2023

Cômico, trágico e bizarro
Deus em pessoa é uma HQ fantástica!! O autor é muito inteligente em retirar o absurdo da situação e inserir tal personagem em nossos dias e em nossas loucuras cotidianas. Tenho pouco a dizer no momento porque é só lendo que se pode ter a dimensão dessa incrível história.
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Felipe 05/06/2023

Uma HQ provocante
Uma leitura inesperada, mas que valeu cada momento. Recebi o empréstimo de um aluno e a li sem conhecer previamente nada sobre ela ou o autor. Fui com a "mente aberta" e gostei bastante do que vi.

Apesar de ter o nome "Deus" na capa, essa é uma obra que fala sobre o ser humano e tudo o que lhe envolve. Quesões econômicas, sociais, políticas, filosóficas, tecnológicas etc. são adicionadas nos quadros das páginas enquanto tentamos assimilar a presença do Criador entre nós. É curioso perceber que, apesar de não ser possível afirmar que os comportamentos representados no livro seriam de fato aqueles que executaríamos, é bem provável que seriam eles amplamente adotados por nossa humanidade (ressalto que não é possível afirmar, portanto isto não passa de minha opinião).
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alexramos 20/03/2023

Muito bom.
Já é uma das leituras mais difíceis do ano. Um texto que emerge de um permeio filosófico impressionante de como o homem, a sociedade e os mecanismos sociais de comércio e comunicação se emaranham no conceito de Deus. E temos a personificação dessa ideia em interface com tudo isso. Para os atentos, vários conceitos filosóficos, matemáticos, físicos e psiquiátricos são apresentados no enredo.
Chamo atenção ao capítulo "Um Sonho", que, além de ser graficamente um deleite, faz do diálogo numa sessão de psicanálise um momento reflexivo ao leitor.
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Rafa 07/03/2023

LEITURA PODEROSA, CRÍTICA E RRFLEXIVA
Um material lindíssimo, muito bem curado e produzido pela Comix Zone.

Um quadrinho francês, de autor renomado que tece críticas, ora sutis e ora contundentes, sobre nosso comportamento sensacionalista massivo e ganância exagerado em faturar através de tudo.

Tudo isso, sobre o viés religioso, de uma entidade máxima que se personifica e causa espanto em todo mundo. Em meio à ondas de ceticismo e adoração, Deus arrasta multidões e se torna uma figura pop.


Mas se Deus realmente existe, quem o cripu? Existe libre arbítrio? Estamos voando ao acaso sobre uma esfera giganteca ao redor de uma bola de fogo (ainda maior)?

Conceitos físicos e filosóficos, são inteligentemente utilizados como artifícios narrativos para prender o leitor e instigar ainda mais sua curiosidade.


Com uma arte belíssima, esta HQ é madura, sóbria, mas provocativa e com certas doses de humor. QUE LEITURA INTERESSANTE!
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Guilherme Duarte 26/02/2023

Uma discussão muito divertida e inteligente sobre a nossa relação com Deus e a fé.

Embora a obra trate de Deus como entendido pelo Cristianismo, podemos estender a discussão para qualquer entidade, de maneira que Deus em Pessoa não seja uma leitura de nicho ou excludente. Muito pelo contrário, é uma leitura que questiona os nossos valores e postura diante de Deus, ou, de maneira figurada, diante do próximo.

O absurdo se tornou normal. O que deveria nos chocar, tornou-se banal pelas atrocidades que vemos no dia a dia pelos noticiários. O cotidiano se tornou tão cheio de absurdos, que questionar Deus é só mais um deles.

Uma obra genial com questionamentos de alto nível que requerem a mesma qualidade de tempo para serem ponderadas. Uma aula de filosofia sobre moral e a condição humana.
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NatiGobbi 25/02/2023

Leve e inteligente
Uma boa forma de explorar uma crítica já conhecida: o quanto a mídia e a publicidade influenciam a opinião pública sobre qualquer assunto. É um texto sarcástico, mostrando que a existência ou não de Deus ainda é um assunto que rende e, acreditando ou não, as pessoas sempre possuem uma opinião a respeito. Além disso, é interessante como o autor explora a relação das pessoas com Deus, culpando-o pelas mazelas do mundo e agradecendo-o pelas dádivas da vida. Como toda a existência da humanidade, um tanto complexa quanto incoerente.
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Dani 18/02/2023

Um livro que você termina e te deixa reflexivo por alguns minutos. Fazendo algumas perguntas para si mesmo não como leitor, mas como alguém que também estaria na multidão se perguntando "eu acreditaria?!"
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euliipeb 15/02/2023

Ótimo quadrinho que vai crescendo em ti quando mais se pensa sobre.
Com uma premissa simples e, por isso mesmo, genial, Marc-Antoine Mathieu nos apresenta um quadrinho que mostra o que aconteceria se Deus encarnasse aqui na Terra. O resultado é humorado, reflexivo e crítico em iguais medidas.

O que gostei da obra foi que ela se trata de explorar Deus em dois pontos: primeiro na parte filosófica, da possibilidade de um ser perfeito. Nisto temos especialmente o processo discutindo o que é Deus, se ele existe, como ele seria e tudo o mais (na presença do próprio, que sempre dá contribuições enigmáticas que mais embolam do que esclarecem). É Deus como divindade, ainda que se abdique fortemente da parte religiosa e teológica (ainda que evidentemente seja o Deus do monoteísmo judaico-cristão, não há uma preocupação em explorar o que a vinda de Deus significaria para estas religiões e seus bilhões de adeptos). O outro ponto é da parte midiática e marqueteira: Deus se torna um produto absoluto, uma marca onipresente e com apelo onipotente, o que permite críticas do papel da mídia em nosso mundo, do monopólio de temas e produtos, do reducionismo das culturas e outros tantos aspectos importantes, abordados sempre de forma humorada pelo autor. É Deus como popstar. Há uma prevalência desse segundo aspecto, vide o final da obra. O quadrinho se desenrola nestes dois pontos e encontrando interseções entre eles, o que faz com que ele inteiro seja interessante.

O mundo apresentado é o nosso, mas não é. Digo, há muitas evidências de nacionalidades, religiões, etnias, países, empresas e todas as outras instituições, mas nenhuma em específico é citada. O próprio início, com o Censo, já cria esse ambiente de realismo mágico, de mundo kafkiano, por aí vai. Isso se casa perfeitamente com a linda arte de Mathieu, que sabe dar ritmo, utilizar o espaço vazio, explorar a grandeza e simplicidade, de dar distinção estilizada para os personagens e manter a vagueza deles, de mostrar Deus sem nunca mostrá-lo, de explorar outras artes (como a tipografia, arquitetura, o quadrinho dentro do quadrinho, o teatro, entre outras) e usar os contrastes entre preto e branco, especialmente no uso abundante de cinza (sério, esse é um dos quadrinhos mais cinzas que já li, em muitos sentidos).

A edição da Comix Zone segue seu padrão e alta qualidade. Se já tem um quadrinho da editora então sabe o que esperar. Não é diferente do que costuma ser seus outros quadrinhos, e isso é ótimo pois o nível é alto.
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Mariinaisabel 11/02/2023

Imagine que você tem a oportunidade de processar deus.
Você o faria?

Deus está sendo processado por  todas as tragédias ocorridas no mundo e por tudo que deu errado na vida dos seus "fiéis". A perda de um emprego, a morte de um ente querido, o fim de um casamento.

Agora, imagina a publicidade e o quanto poderia se ganhar com deus  estando aqui, se tornando  um astro da cultura pop: livros, filmes, documentários, parque de diversões. É de se esperer que a economia torne estável.

As pessoas se questionariam sobre sua impopulares opiniões que contrariam os pensamentos da mídia. Não é um quadrinho sobre religião. Não ofende  desafia a fé de ninguém.

Mas obriga todos que leem a refletir sobre o que acreditamos e porque acreditamos, acima de tudo.
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