Am'oonchild 24/02/2024
A única mentira seria dizer que esse livro é ruim
Eu não sei nem por onde começar a resenha de tão boa que foi a leitura. Para mim alcançou o mesmo patamar do primeiro livro e, olha, que o romance de Henry e Irene me rendeu um surto tremendo, mas, sim, Jonathan e Marjorie susteram e entregaram um amor igualmente potente e que encerra a série de forma incrível.
Marjorie é muito cativante. A primeira vista, você julga que ela pode ser chatinha e mimada, você quer fazer pouco caso dos sonhos dela de querer ser apresentada a sociedade, casar e ter filhos, mas rapidamente ela mostra que seus objetivos merecem respeito, mostra que é uma mulher que está indo atrás do que quer e que vai conseguir. Eu, em particular, adorei acompanhar ela batendo o pé para ser ouvida, porque ela é determinada, mas também ainda é ingênua com muito a aprender e foi incrível vê-la descobrir que nem sempre está certa, porém absorvendo as novas lições, amadurecendo, se redescobrindo e também tendo, até o último segundo, que lutar contra suas inseguranças para abraçar a felicidade e o amor que surgiu de onde ela não esperava.
Jonathan, do outro lado, não fica nem um pouco atrás no quesito personagem bem estruturado. Ele é fácil de gostar, você logo ver seu senso de responsabilidade, seu bom caráter, bom humor, seus medos e traumas passados sendo que ao longo do livro todos esses pontos são desenvolvidos de forma maravilhosa, é impossível não se apaixonar por ele.
E a autora os entrelaça divinamente!
Sério, existem diálogos dos dois que nem sentada eu conseguia ficar de tão empolgada. A troca de confidências pessoais entre eles é fluída, natural, linda de presenciar, você sente que os dois são bons um para o outro. Dou, de exemplo, o momento que Marjorie fala sobre o pai ter sido péssimo a abandonando, que ela não tem sentimentos forte pelo velho, pois nunca teve a chance de ser próxima a ele, Jonathan não tenta justificar os atos do amigo que era seu parceiro, por mais que para ele Billy tenha sido uma pessoa incrível, porque ao conviver com Marjorie ele compreende que para ela foi uma perspectiva totalmente diferente. E, em igual, ela lhe oferece empatia quando ele fala sobre ter medo de enfrentar as irmãs, sobre os problemas que teve com o pai.
Com isso, eu declaro com tranquilidade que foi um dos romances de época mais prazerosos de ler. Cada capítulo, palavra e letra.