Vista Chinesa

Vista Chinesa Tatiana Salém Levy




Resenhas - Vista chinesa


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tavim 30/03/2024

Vista Chinesa, de Tatiana Salem Levy
Mata fechada numa única visão: é o fim, e de certa forma é; de tantas maneiras numa só, como o estilhaçar da vista do chão ao céu, um azul q u e b r a d i ç o pelas folhas. mas alguns fins têm continuações e persistem como peso, sendo necessário carregá-los até encontrar uma forma de recomeçar. e nesse início há tantos, tantos braços em apoio que acabam se embaralhando, viram troncos de árvores e novamente dificultam a vista do céu, um azul q u e b r a d i ç o pelos dedos. tudo leva pra mata, tudo lembra e te arrasta pra mata. esse é um fim que nunca acaba.

um livro que é incômodo, onde as palavras param na garganta, não descem. vista chinesa, da tatiana salem levy, é baseado numa história real, e que se repete a cada dois minutos no brasil. são 822 mil livros desses por ano no país, uma alexandria de crimes contra a mulher, uma alexandria de mesmo fim, queimada, porque milhares são os casos sem resolução.
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Michelle391 29/02/2024

Impactante
O tanto que esse livro mexeu comigo... me coloquei diversas vezes no lugar de Julia e espero imensamente que ela tenha conseguido seguir. Quanto sofrimento meu Deus.

Trata se de uma historia real de uma mulher que foi estuprada, contada por sua amiga.

Em cada página mto sofrimento, muito chocante e impactante.
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Esdras 21/02/2024

Romance construído a partir de um caso real de estupro. Causa agonia, perturba, mas é grandioso. As palavras de Tatiana vão demorar a sair da cabeça.
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zzzeeeh 18/02/2024

Potente - Doloroso - Angustiante
De leve por aqui só o número de páginas. Tatiana não nos poupa, é visceral, e nos coloca no lugar de tantas Julias?s. Desabei logo nas primeira páginas. Apesar de curto é um livro denso de se ler, precisei de um tempo em algumas partes.
O tema é inspirado em um caso que ocorreu com uma amiga da autora, que foi estuprada enquanto corria na Vista Chinesa no RJ, (tema que pode gerar gatilhos), e que decide relatar o estupro em forma de carta para os filhos.
Tatiana é direta e sem rodeios, o que nos aproxima diretamente de Júlia, nos transportando para a dor e angústia da personagem.
Apesar da dor uma grande leitura!
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Zeka.Sixx 15/02/2024

Excelente e - infelizmente - muito realista
O romance é narrado na forma de uma longa carta que a narradora, Júlia, está escrevendo para seus filhos gêmeos, 5 anos depois de um fato horrível que mudou sua vida: o estupro sofrido por ela, em 2014, quando saiu para correr na Vista Chinesa (um mirante e ponto turístico do Rio de Janeiro, localizado na Floresta da Tijuca).

Ao longo das páginas, Júlia vai e volta no tempo, partindo do dia do crime e passando pelos meses/anos que se seguiram, tentando explicar o impacto permanente da violência por ela sofrida. Na época do fato, 2014, o Brasil - e o Rio, em especial - viviam ainda uma fase de certa euforia, com a iminência da Copa do Mundo e a perspectiva das Olimpíadas, dois anos depois. Júlia, inclusive, estava envolvida, como arquiteta, na construção do campo de golfe para os Jogos Olímpicos. O crime abjeto sofrido pela narradora - e a incapacidade da polícia em resolver o caso - servem, também, como um lembrete da ilusão experimentada pelos brasileiros, que em pouco tempo perceberiam que nada realmente mudaria em nosso país.

Com uma escrita muito direta e sem rodeios, a autora consegue, de forma muito convincente, transportar o leitor para a dor e a angústia vivenciados por alguém que sofre - e sobrevive - a uma experiência tão traumática. É um livro pesado, que inclusive narra o estupro em riqueza de detalhes, mas sem nunca se tornar apelativo. A história é inspirada em um caso real ocorrido com uma amiga próxima da autora, que realmente foi estuprada quando saiu para correr na Vista Chinesa. Grande leitura!
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Chris Botosso 14/02/2024

Leitura obrigatória...para homens
Li algumas resenhas sobre o livro e todas comentavam como foi difícil terminá-lo. Eu mesma, que sou rápida nas leituras, levei meses para conseguir dar cabo desse livro com poucas páginas. Isso porque a leitura é difícil. Ler sobre um estupro na visão da vítima, narrado com os detalhes mais escabrosos de fato não é para os fracos (no caso, fracas). Por isso mesmo acho fundamental que a leitura seja recomendada para os homens. Será que eles conseguem imaginar a humilhação e a dor de passar pela violência do estupro? Minha sugestão: vamos presentear nossos maridos, pais, filhos e amigos com um exemplar de "Vista chinesa"!
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gi.mmelo 26/01/2024

Vista Chinesa" emerge como uma narrativa impactante sobre a violência contra a mulher, meticulosamente construída com sensibilidade e cuidado. Este relato revela uma realidade triste, muitas vezes encoberta, destacando corajosamente que sobreviver à violência não é vergonha, mas sim uma vitória.
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Lasco_ 25/01/2024

Vista chinesa foi sem sombra de dúvidas o livro mais pesado que li ate hoje e por isso levei mais de dois meses para terminá-lo, mas foi uma leitura incrível e antes de ler o livro neuropsicologia assisti a peça no Sesc então já sabia a história.
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Bia 19/01/2024

Um livro pesado demais, mas doce ao mesmo tempo
Demorei muito para ler este livro, pois ele é pesado. Lia um pouco e precisava parar. A autora relata e dá os detalhes do acontecido e parece que foi com nós.

Apesar de ser pesado, a forma como a personagem divaga em seus pensamentos e suas lembranças é muito doce. E final, nossa! Foi o contrário do livro todo e super surpreendente: foi leve.
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Lisi 11/01/2024

Eu não sei nem o que comentar sobre esse livro. Senti um nó na garganta durante toda a leitura, todos os detalhes em que a história é contada, os sentimentos, pensamentos e agonias da personagem são desesperadores... principalmente para nós mulheres.

Recomendo muito a leitura.
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Bárbara 09/01/2024

Nossa
Como um único episódio da vida muda tudo. Mas? e que episódio. Qnta riqueza de detalhes, e que pessoa monstruosas.
Pensar de tem mtos monstros por aí.
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Elga 06/01/2024

Estou em dúvida?
Fiquei em dúvida se gostei ou não. Refletindo ainda, pois há um enredo que, ao final, descubro ser concreto e gosto dessa parte da autora contar como foi o processo de escrita, mas não me conectei com a personagem, apesar de ter sofrido com ela as cenas de violência pela qual passou.
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Mouraci 04/01/2024

Temos que falar...
Júlia escreve uma carta aos filhos gêmeos de 3 anos relatando o estupro sofrido há 5 anos.

Como é possível continuar a viver depois de uma violência tão grande?

O estupro é um câncer em uma sociedade misógina, que objetifica a mulher. Eles ocorrem em todas as classes sociais e em todos os lugares, mas as estatísticas mostram que a maior parte dos estupros ocorrem dentro de casa, cometido por maridos, familiares ou pessoas próximas e, em sua maioria, entre as classes mais baixas. No caso do livro, a protagonista é uma arquiteta que vive no Jardim Botânico, zona sul do Rio.

O romance é uma ficção baseada em fatos reais. A escritora entrevistou uma amiga que sofreu um estupro em uma terça-feira à tarde na Vista Chinesa, uma réplica de um pagode chinês que fica há 3 kms da entrada do Parque Nacional da Tijuca, a maior floresta em área urbana do mundo. Diferentemente das estatísticas, ele ocorreu numa mata fechada. (Deste mirante, vê-se o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Arpoador. Quanta beleza e miséria!!)

O pano de fundo é um Rio de Janeiro que, enfim, daria certo. Local que sediaria a Copa do Mundo e em dois anos, as Olimpíadas, mas que em pouco tempo entraria em decadência.

Escrita em 1ª pessoa, a escritora traduziu os relatos traumáticos e doloridos em linguagem literária. E como é bem escrito!! Vários momentos da vida de Júlia são relatados de forma não linear. A memória fragmentada pode ser sequela do trauma sofrido ou da dislexia que a personagem sofre.

Além de espiar a culpa (por que ela corria em um lugar ermo daqueles? Por que à tarde, momento em que o local fica deserto?), outras motivações estavam por trás desta carta:
- O medo que os filhos conhecessem a história por outras pessoas.
- O medo que os filhos, gerados naquele útero violentado, herdassem a dor que ela sentia diariamente.
- O medo que os filhos se defrontassem com o mal.

A palavra purifica!!

Não sabemos se a carta será lida pelos filhos algum dia, mas a escrita é uma forma de, se não diminuir a dor, pelo menos lidar com ela.

Apesar do relato crú e chocante (em respeito à entrevistada, que relatou o estupro com muitos detalhes, a escritora resolveu não ignorá-los e levou-os para o livro), vemos vários momentos de renascimento: a gravidez, a redescoberta do sexo com o marido, a terapia de cura no México, herança cultural herdada da avó.

Livro dolorido, mas necessário. Temos que falar!

Toda minha admiração e respeito por Joana Jabace, que teve a coragem de contar a sua história.
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