Resenhas - Eu conheço Uzomi

Isa 22/09/2023

A ideia de livros afrofuturístico é incrível, mas não gostei tanto dessa história em específico. Achei muito raso e rápido

Roberto 03/09/2023

Crítica ao estado liberal
Único problema da obra é ter sido tão curta. O universo é bem estruturado no primeiro capítulo, mas quando chega nos capítulos seguintes senti que todos os eventos passavam mais rápido do que precisavam. A trama continuou ótima, mas o enredo podia facilmente render mais umas 50 páginas envolvendo o mistério principal e a crítica ao estado liberal e as elites. Mais uma vez, o capitalismo falhou, falha e falhará.

Iris 16/12/2022

Leitura rápida que deixou com gostinho de quero mais, o estranho da distopia é como sempre parece que pode acontecer, realmente, a qualquer momento e passei toda a leitura com essa sensação engasgando.

thaiis 10/07/2022

Futuro distópico no Ceará, tecnologia, desigualdade, pobreza, racismo científico, ação e romance. tudo isso pode ser encontrado em Eu Conheço Uzomi, e é incrível como toda a história se amarra de uma forma muito envolvente. Agora, falando um pouco do romance rs Durante um curto espaço de tempo eu shipei Hadassa com o Duane, mas a história dela com Uzomi e a esperança de um reencontro entre eles falou mais alto. Terminei esperando por uma continuação.
Eu amei o jeito que a Kinaya escreve, é tão instigante que mesmo quando eu não estava lendo eu ficava pensando nos possíveis desfechos para o final da história. Estou cada vez mais apaixonada por contos afrofuturistas graças a escritoras como a Kinaya.

Radmilla 01/02/2022

Eu conheço Uzomi
Uma leitura afrofuturista bem curtinha, mas com um enredo de grande potencial e, melhor ainda, de uma escritora nacional e cearense. Uma ótima leitura, indico para todos, você não vai se arrepender.

A história se passa em uma realidade em que a sociedade foi dividida, onde apenas aqueles com grandes poderes aquisitivos são capazes de manter um padrão de vida digno, enquanto aqueles que não fazem parte desse grupo seleto veem todos os seus direitos básicos, suas dignidades e as suas vidas serem arruinadas em prol de formar mão de obra não especializada e barata (não tão distante assim da nossa realidade, se pararmos pra pensar).

A personagem principal, Hadassa precisa encontrar meios de sustentar sua família já que a escola onde trabalhava foi fechada, assim como as outras, e o leitor é convidado a acompanhar todas as suas descobertas e indignações durante esse processo tentando sobreviver. No meio do caminho ela conheçe Uzomi e a partir desse momento tudo fica bem mais complexo e intenso. Ao terminá-lo fiquei sedenta por uma continuação.

haritinha 12/04/2021

Incrivel!!
Foi o meu primeiro contato com a temática de afrofuturismo e posso dizer que amei, a história é envolvente e te prende do começo ao fim, conclui a leitura sonhando com uma continuação.

Lais Porto (@umaleitoranegra) 15/03/2021

Eu conheço Uzomi
Primeiro livro que leio da escritora Kinaya, e comecei muito bem, seu livro afrofuturista foi uma leitura deliciosa e me encantou. Assim como Lu Ain-Zala, Kinaya torna-se um nome de peso dentre as escritoras negras afrofuturistas.

A obra acontece em um tempo futuro, mas ficamos com aquela sensação de que a qualquer momento podemos realmente estar nesse tempo de tanta escassez e incertezas. Além dessa sensação, a escrita de Kinaya também nos proporciona um suspense, incita uma curiosidade enorme pelo que pode acontecer na história, inclusive o final só nos deixa doidos para ler o próximo volume.

Apesar de se passar no futuro, a questão do sucateamento da educação pública e não valorização do professor é um problema antigo e estrutural, a nossa protagonista Hadassa é professora, assim como a escritora, seria coincidência isso!? Bom, acompanhamos as mudanças que ocorre na sua vida e vamos descobrindo junto com ela as armadilhas do novo emprego.

Kinaya nos apresenta uma protagonista forte, mas não é aquele perfil estereotipado da mulher negra forte, pelo contrário, Hadassa é a força ressignificada, a força que a mulher negra tem e que sabe usá-la, não tem nada a ver com a força brutalizada e animalesca que a branquitude insiste em instituir sobre corpos negros e em especial das mulheres negras.

Um exemplo dessa falsa força vemos no serviço de saúde pública onde mulheres negras não recebem anestesia quando estão em trabalho de parto, pois a equipe médica acha que um corpo negro é mais forte e por isso nega os cuidados necessários. A literatura negra se mostra essencial por desconstruir essa visão eurocêntrica sobre nossos corpos, assim nos empoderamos e descobrimos a nossa real força ancestral e passamos a reivindicar os nossos direitos, como em casos do exemplo a cima.

Outra questão abordada com maestria na obra é o lugar que se passa a história, Kinaya apresenta visivelmente o local onde passa a história, apresenta o modo de falar, sotaque e as variações linguísticas, apresenta também a cultura local, pois caros leitores eu aqui na Bahia e Kinaya no Ceará temos vivências de nordestinas completamente diferentes e isso ocorre principalmente pelos locais onde moramos, isso quer dizer que mais uma vez a literatura desmistifica o racismo e xenofobia de achar que o nordeste é todo igual, um único lugar, nós nordestinos somos múltiplos, assim como nós negros somos diversos.

Bom, e além disso tudo surge na história um bonito romance entre Hadassa e Uzomi, confesso que fiquei pensando que seria entre Hadassa e Duane. Então aqui nesse ponto acontece o sequestro de Uzomi e Kinaya aborda uma questão importantíssima. Mostra como a branquitude usa literalmente corpos negros para produzir medicamentos e armas que possam beneficiar a própria branquitude e deixar ainda mais oprimido o povo negro.

Por fim só pergunto quando vai ter o próximo volume??? Muitas perguntas não foram respondidas e acho que foi de propósito para nos deixar com esse gostinho de quero mais rsrs

Recomendo o livro Eu conheço Uzomi para quem quer conhecer mais sobre afrofuturismo, quem quer conhecer mais uma escritora negras e também para quem quer presentear algum adolescente, pois essa leitura é pura magia para os nossos jovens negros.

site: https://leitoranegra.blogspot.com/

Gabriela Costa | @leia_preta 07/03/2021

Eu conheço Kinaya
O nome dessa resenha é um brincadeira com o título do livro, não só por conhecer de fato Kinaya, mas por me reconhecer em sua história. Em 100 páginas, ficamos presos na narrativa que é muito bem fechadinha, com elementos do afrofuturismo, sertão punk e o horror negro a autora nos apresenta a vida no sertão cearense.

Hadassa e sua família em muito poderiam ser famílias espalhadas por todo Brasil, travando suas lutas e vivendo cenário apocalípticos juntamente pelo racismo e a violencia colonial. Senti na história que a vida negra é plural e cada cantinho vai nos propiciar experiências distintas.

Adorei todos elementos da história, as ilustrações que são muito expressivas e a narrativa que possui três narradores em primeira pessoa. Ambos se revezam, dão o seu ponto de vista sobre a história e ainda, possibilitam que juntemos todas as informações para entender o que está acontecendo naquele mundo.

Obrigada Kinaya por essa história, por Hadassa, Uzomi e todos que ali resistiram. Ela foi um grande respiro, em meio a pandemia.

Ryanne 03/03/2021

Viciante!
Não consegui soltar enquanto não terminei de ler. Uma história intrigante, cheia de mistérios e que deixou um gosto de quero mais!!

Marjorie.Barticiotto 26/02/2021

Umas das melhores leituras que já fiz!?
Livro incrível!!! Conheci a pouco o gênero afrofuturismo e já amo demais! Uma história ótima, profunda nas questões sociais, uma escrita tão leve, eu nem senti o tempo passar, li voando, numa fluidez só. A história prende de um jeito que vc quer ler cada vez mais! Maravilhoso!! Recomendo muiitoooo!