Resenhas -

annacsfraccaro 13/04/2023

Mais um do George Orwell
Confesso que não senti muita animação pra ler esse livro, não foi uma história que me prendeu muito, só continuei a leitura porque peguei de graça na Amazon, mas não é um livro que eu iria atrás.

giovanna 16/07/2021

esse livro me deixou com uma raiva imensa do protagonista, mas creio que seja esse o jeito não tão sutil de Orwell nos fazer perceber que a própria abstenção do dinheiro acaba por se tornar uma obsessão pelo mesmo.
não é um dos melhores livros que eu já li, mas com certeza ele traz uma questão que vale a pena refletir sobre.

Lelouch_ph 24/06/2022

O que aconteceria se alguém declarasse guerra ao dinheiro?
Acredito que o que mais choca o leitor, durante esta leitura, seja o fato do protagonista ter decidido de forma tão abrupta não seguir as regras que o dinheiro impõe a você.
Nossa história fala de Gordon Comstock, um homem inglês pobre que vive sua vida sem permitir que o dinheiro, ou a falta dele, o force a nada. Sua decisão é somente trabalhar com o que deseja independente de quão bem pago será por isso. É interessante ver como em diversas situações, caso ele quebrasse seu orgulho, ele seria muito feliz. Orwell nos faz ter raiva de Gordon por suas péssimas decisões e incapacidade de ouvir sua namorada e seu melhor amigo, que aliás é rico, em relação ao seu emprego como vendedor de livros em uma pequena livraria por não aceitar viver como "designer", em uma empresa que o garantiu que se precisasse ele poderia voltar. Seu maior sonho é conseguir viver somente de sua escrita, e embora ele seja um ótimo poeta ele não é tão valorizado e quando o é, o mesmo consegue perder quase toda sua verba com futilidades ao invés de se planejar. A namorada de Gordon apesar de discordar veemente de sua decisão alegando que isso só vai prejudicá-lo, o dá apoio em seu sonho.
Ao longo da obra se percebe que a única que o faz ao menos pensar em desistir desta guerra que ele declarou ao sistema é sua namorada, e sinceramente ela é uma personagem extremamente interessante e que me cativou. É revoltante em diversas partes ver aquele imbecil se recusando a escutar ela.
Uma outra a quem Gordon afirma dever muito e que ele, apesar de errar muito com a mesma, a respeita demais é sua irmã mais velha que permitiu que seus pais estragassem sua vida a forçando a sobreviver para que o irmão vivesse. E apesar de tudo ela ama seu irmão e deseja o melhor para ele, embora não compreenda este sonho que ela considera ridículo se só vai trazer miséria. O resto da família de Gordon praticamente está morta, quase todos por doença. Mas é interessante que eles tenham tido participação, mesmo que em poucas linhas, no desenvolvimento dos irmãos.
Vários questionamentos podem ser tirados daqui sobre orgulho, dever, família e insistência. É bem interessante como Orwell conseguiu equilibrar o caráter reflexivo de sua obra com o romance do casal que considerei bem construído mesmo com poucas páginas. Não é o melhor livro que já li, mas conseguiu ficar entre meus favoritos.

pietrafiorio 10/07/2021

INCRÍVEL!!!
Oláaa gente!!
Bom, a história do livro e o enredo do mesmo, são extremamente excelentes!!
Confesso que em alguns momentos eu fiquei com raiva do Gordon. Na percepção dele, tudo se resolve quando se tem dinheiro, e não é bem assim...
O único motivo que me fez dar 4 estrelas, foi a questão da edição que deixou a desejar em relação à qualidade do produto e a tradução. O livro possuí algumas orações não traduzidas ao português :/

Melry.Carla 19/11/2022

A Planta de Ferro
Olha, achei que não terminaria. Capítulo extremamente longos e o personagem principal é mega chato.
Mas, a ideia central baseia-se na resistência do protagonista ao "deus do dinheiro", lutando contra o sistema capitalista, fazendo da sua vida um instrumento de miséria. No decorrer da narrativa, as ações de Gordon o levam ao marco zero!


Das obras que já li do autor, este foi o que tive mais dificuldade em terminar.

Matheus Wichinieski 28/12/2022

Um dos personagens mais teimosos que já vi
Esse é o terceiro livro do George que li. Como sempre muito bem escrito. Facilmente me colocou nas locações em que eram descritas. O protagonista de bota num misto de raiva pela sua teimosia e ao mesmo tempo te deixa com pena dele. Recomendo demais a leitura.

JP_Felix 10/02/2023

Nunca vou aprender o nome dessa planta
Livro interessante, mas vou confessar que pouco tive animação pra ler. Peguei de graça na amazon, mas não é algo de que eu iria atrás.

Está submerso em críticas e alegorias sociais, pelo que pude ver. Não me pareceu a velha e clássica critica ao capitalismo diretamente, já que o problema do protagonista não era exatamente o sistema capitalista em si, e se for, não tem um viés socialista, já que temos até um socialista rico tentando convencer um pobre do socialista, como todo bom socialista da vida real.

Sinceramente não me interessei o bastante pela leitura para tentar interpretar as coisas aqui, acho que não exatamente puxa pra um dos dois lados pelo decorrer dos acontecimentos, mas no fim não me interessa muito saber, já que o principal pra mim, a história, não foi nada demais.

Rosemary talvez tenha sido a personagem que mais gostei. Por um tempo fiquei pensando porque ela estava insistindo em permanecer nessa situação, e por um momento até cogitei a ideia de que era uma representação de uma mulher fraca, mas concluí que é justamente o contrário: é uma mulher forte o bastante para lidar com as coisas que passa, e não apenas mais uma representação da fragilidade feminina. Considerando a época do livro, acho bem corajoso e bem construído.

Não é uma história muito conclusiva ou objetiva, então talvez eu esteja perdendo muito por não ir atrás da mensagem, mas prefiro ficar por isso mesmo. Não acho que o livro é ruim em um geral, então estou satisfeito com isso, já que achei interessante a forma como as coisas são representadas.

Gordon tem uma convicção tão absurdamente forte que às vezes da nos nervos, mas nos convence a acreditar que ele é, dentro de sua ficção, uma pessoa real e que todos ao redor o reconhecem como tal. Todos entendem suas intenções, não se ofendendo com suas falas, mesmo que não entendam o porquê de ele continuar assim.

Enfim, é um livro que parece mais longo que de fato é, mas não é ruim. Vale a leitura se você tiver bastante tempo livre e quiser apreciar uma obra diferente.

Nona Nascimento 01/08/2022

Muito bom
Passei um pouco de raiva, não suporto drama e vitimismo ?? mais o livro é interessante...
A senhor George Orwell o senhor tem um clássico jeito único de terminar os seus livros, de forma que me deixa perturbada, ???ele deixa o final com a gente, você que seja criativo e preveja o que acontecerá..e fim?

Lendo no mato 22/08/2021

Dinheiro, dinheiro, dinheiro
Terminei esse livro tem umas semanas e demorei um pouco a escrever sobre ele. Isso porque acho que é muito complicado falar dele, é tanta coisa que ele traz, tantas formas de aborda-lo. Caberia facilmente quase que uma resenha por capítulo, mas?. como não tenho paciência para isso, vou tentar esboçar um panorama do que ele busca tratar.

A planta de ferro é do mesmo autor dos famosos 1984 e A revolução dos bichos. E para quem se pergunta (como eu me perguntei) que diacho é essa planta de ferro?! Essa tal planta de ferro que ele fala é a aspidistra, uma planta tida pelo personagem principal, Gordon Comstock, como símbolo da falida classe média inglesa dos anos 30. Isso porque essa planta simplesmente é praticamente ?imorrivel? e presente em todas as casas dessa tal classe média. (Se quiser saber mais é só ir no @plantahistoria que lá tem um post sensacional sobre ela)

Esse cara, o tal do Gordon Comstock, filho dessa classe média em ruína, decide entrar numa guerra contra o dinheiro! Pois é, ele pensa: ?Não quero viver dependendo de dinheiro, não quero isso pra mim, não quero ter que ter um bom emprego e um bom salário, não quero estar preso a isso.?

Com certeza você já passou por isso na sua vida, várias e várias vezes ouvimos que devemos arrumar um bom emprego e ter um bom salário. As coisas fundamentais para se tornar um cidadão respeitável. E é exatamente contra esse pensamento que Gordon que agir. Em A planta de ferro vamos conhecendo os percalços desse ser peculiar em sua saga fadada ao fracasso contra o dinheiro, contra o que preza a sociedade capitalista em que vivemos. Não que ele ataque o capitalismo diretamente, ele não faz isso. Ele não o faz porque para ele o socialismo também não trás a resolução para seus problemas.

Nesse processo, seu ódio contra a aspidistra só cresce. Afinal, na cabeça dele, ela é a maior representante desse mundo ao qual ele não quer fazer parte.

Você vai lendo e vai aumentando a sensação de estar dentro daquele mundo só que muito piorado. Para tudo na vida dependemos de dinheiro sim. A falta do dinheiro afeta nossa convívio social, afeta nossas amizades, afeta como amamos. E num período tão conturbado como o que vivemos, é difícil ler essas coisas e não ser afetado de alguma forma.

Agata.KAssler 27/08/2023

O livro traz clareza quanto aos sentimentos do personagem, você se envolve na história; há um misto de sentimentos entre compreensão e julgamento.

Henri 04/09/2021

Você é um escravo do dinheiro?
A planta de ferro, flor da Inglaterra ou aspidistra, que George Orwell define como a classe média por ser uma planta que se adapta às adversidades, vivendo sem água, sem luz e com desprezo dos próprios donos. Essa planta é a classe média, para Orwell.

George Comstock é um homem com menos de 30 anos, que renuncia ao dinheiro ? ou como ele diz, deus-dinheiro. 

É muito duro ver a jornada de Gordon, pois sentimos raiva quando ele larga seu "BOM emprego", e posteriormente, sentimos agonia do modo como Orwell detalha a miséria em seus mínimos detalhes, com a fome, sujeira e tédio da miséria sendo descritos de uma forma que, somente quem já viveu tal situação deplorável, poderia fazer.

A obra com o declínio linear de Gordon, vai nos demonstrando como o dinheiro comanda absolutamente tudo, sem o deus-dinheiro você não conversa, nem tem amigos e muito menos faz sexo. O sexo inclusive, é muito presente nessa obra, que é a mais "picante" de George Orwell, mas vale lembra, quando digo a palavra "picante", estamos falando de um livro de quase 90 anos.

As reflexões deste livro são profundas e verdadeiras, pois afinal de contas, o tempo todo a obra nos questiona, você é um escravo do dinheiro? E para Orwell, a resposta é que sim, todos somos escravos e súditos do deus-dinheiro, pois, você não aguentaria nem uma semana sem dinheiro, e jamais ousaria se desvincular dele, sua devoção, admiração e servidão à esse deus é muito grande. Sem o dinheiro, é impossível ser feliz, e você adora esses pingos de felicidade que ele trás.

O livro tem uma personagem, chamada Rosemary Waterlow, que é a voz mais presente na vida de Gordon. Rosemary é uma mulher, pobre e que ama Gordon, e ao que parece, é a única no livro que, em algum momento, respeita a decisão dele de abdicar do dinheiro ? ela RESPEITA a decisão dele, mas não ENTENDE. A função dela no livro é muito clara, ser a voz de razão de Gordon, pois ele leva em consideração apenas as ponderações de sua namorada. Sem Rosemary, o protagonista teria se afundado na lama sem ter como voltar, a guerra contra o dinheiro foi perdida, mas ele conseguiu voltar dela, graças a Rosemary.

Devo admitir que o final do livro é previsível, Rosemary fica grávida de Gordon, e quando ela anuncia isso, a guerra santa contra o dinheiro chega ao fim, pois agora ele precisa sustentar sua namorada? ou melhor dizendo, sua nova esposa. Gordon volta ao "BOM emprego", cria uma família em uma casa, tem um filho e fica feliz. Feliz de maneira hipócrita, traindo seus princípios e baseado no deus-dinheiro, ele é como todos de classe média, chegando ao ponto dele comprar uma aspidistra, e assinar sua derrota com essa planta decadente em sua sacada. Ele sucumbiu a planta de ferro.

Candil 22/12/2023

Homens, dinheiro e aspidistras
Eu me identifiquei com o protagonista desse livro de uma forma que não me lembro de ter me identificado com outro antes, em muitas partes eu fiquei com sentimentos negativos em relação a ele e isso me fez refletir sobre alguns dos meus próprios erros.
Não fazia ideia do que se tratava o livro ao começar a ler, ao final percebi que é uma história de homens, dinheiro e aspidistras.

Felibalex 06/02/2022

Um grande escritor
Esse livro de Orwell é exatamente um reflexo da própria experiência de vida do autor, sem por nem tirar. Quem acompanha ele sabe de seus períodos morando a margem da pobreza para poder entender um pouco sobre como é ser pobre. Nesse livro, Orwell consegue trazer esse tema não presente em sua obra em sintonia com suas críticas ao sistema capitalista e aos socialistas privilegiados que ele tanto se opõe. O livro é bom, muito bom, mas pada quem espera um Orwell que vague entre revolução dos bichos e 1984 irá se decepcionar. O livro traz um Orwell mais revoltado, com uma dor maior, e é assim que ele encanta. A história te deixa agoniado e em sofrimento com todas as pessoas que estão a volta do personagem principal, e é assim que ela te ganha. Super recomendo, afinal Orwell é sempre Orwell.

Tice 28/08/2022

A planta de ferro
A narrativa desenvolve a ideia romântica de Gordon Comstock de desafiar a adoração ao deus do dinheiro e do status. A planta de ferro referência à aspidistra - não é tão agressivamente político quanto as obras mais famosas de Orwell. O romance está mais preocupado com as relações interpessoais, mas ainda assim, aborda as maiores questões

do capitalismo, do socialismo e da divisão de

classes de forma sombriamente humorística.

Acredite, não foi uma leitura fácil de desenrolar, mas que vale a pena o esforço para compreender o que está exposto.