Sherlock Time

Sherlock Time Hector G. Oesterheld
Breccia




Resenhas - Sherlock Time


9 encontrados | exibindo 1 a 9


Gisele 13/12/2023

Queria mais!
Quadrinho muito bom! São histórias curtas, com o foco na ficção científica, são auto contidas onde os protagonistas ?resolvem? o monstro ou mistério da vez. Mesmo sendo curtas, são histórias extremamente bem escritas e desenhadas, de fato dois mestres fazendo um excelente trabalho. Os protagonistas Sherlock Time e seu companheiro Julio Luna tem uma química muito boa, é um deleite acompanha-los. O ruim é que acaba e fica aquele gostinho de quero mais. Estava lendo num ritmo mais acelerado, mas lá pra metade do álbum dei uma reduzida pra ler as histórias com um intervalo maior, pra demorar mais, rsrs.
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Gabriel 29/08/2022

Ficção Hermana
Muito interessante as histórias, nos convidando a refletir, sutilmente, do que estamos fazendo com a terra. Ótima experiência. Espetacular Breccia e oesterheld.
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Henry 05/08/2021

It's Time to Sherlock Time
Para os fãs de quadrinhos não há novidades em dizer que a dupla Oesterheld e Breccia é uma das mais brilhantes da história. Mas só lendo "Sherlock Time" para conhecer onde a dupla se encontrou pela primeira vez. E QUE TRABALHO!

O encadernado compila as histórias que saíram na revista argentina "Hora Cero". A HQ gira em torno de Júlio Luna, um senhor que compra uma casa misteriosa e antiga por um preço duvidoso, e Sherlock Time, um homem peculiar que trabalha investigando eventos sobrenaturais e espaciais.

A história tem uma dose cavalar de ficção científica e suspense. Apesar deu particularmente não gostar tanto do gênero de ficção, o roteiro é extremamente bem escrito e amarrado. Sem contar com o belíssimo preto e branco de Alberto Breccia, que dispensa comentários.

Claro, por se tratar de 11 histórias, uma acaba se destacando mais do que a outra. Mas surpreendentemente, todas são bem balanceadas e com níveis similares.
Oesterheld também brilhou ao apresentar inúmeras reflexões fortes sobre a humanidade ao final dos capítulos.

Recomendadíssimo! Quanto mais leio obras desta dupla, mais quero conhecer. E o bom de tudo isso? Sei que há muito a desbravar e o mercado argentino honra a memória desta dupla lendária.
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André Hausmann 25/05/2021

Lembrando um pouco as histórias de literaturas pulp e policiais, os enredos nos apresentam aventuras de mistérios e ficção científica criadas pelos autores no final dos anos 1950 que se tornaram um marco dos quadrinhos argentinos.
Com roteiros curtos e bem diretos, temos um relacionamento entre os personagens que nos remete a Sherlock Holmes e Dr. Watson - por exemplo, o narrador é sempre o amigo de Sherlock Time, o que acontece com Watson, além de claro as explicações finais do detetive no mesmo estilo dos contos criados por Conan Doyle.
As ilustrações de Alberto Breccia todas em preto e branco são muito bonitas, e seu trabalho com as sombras ajuda a aumentar o ar de mistério dos contos, criando uma atmosfera gótica de terror.
Nem todos os contos funcionam bem, mas o resultado final dessa coletânea é maravilhoso.
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forbidden404 31/01/2021

Outro bom trabalho da dupla Oesterheld e Breccia
Assim como outra obra posterior da dupla, Mort Cinder, aqui temos uma pessoa normal que acaba se envolvendo com um peculiar visitante, tornando-se companheiros de aventuras.

Cada capítulo segue uma aventura em particular, sem muita ligação entre os capítulos anteriores, então não entrarei em detalhes sobre o que é abordado na história, mas é interessante ver a diferença de narrativa entre a dupla publicando isso em 1958, e histórias em quadrinhos sendo publicadas nos Estados Unidos nessa mesma época. Por mais que a narrativa seja simples, e tenha clichês de sci-fi da época, como soluções mirabolantes que tornam-se óbvias para os personagens, ainda consegue ser uma obra muito boa comparada com outras obras dos anos 50 feitas por Wally Wood, Steve Ditko e afins.
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David 14/12/2020

Ficção científica roots
Comprei a HQ sem muita pretensão e fui presenteado com um excelente apanhado de histórias de ficção científica flertando com horror Lovecraftiano. O Sherlock faz jus ao nome: é arrogante PACETA! Mas diverte. :)
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ramonbacelar 17/08/2020

Recomendado
SHERLOCK TIME – BRECCIA - OESTERHELD

O artista Alberto Breccia é um ótimo exemplo daquela “sede” por crescimento e aprimoramento constante, sua extensa obra é rica e variada, e suas experimentações com estilo, forma e conteúdo dizem muito sobre sua vasta cultura. Assim como o genial David Bowie, Breccia é um camaleão mutante (uma metamorfose ambulante) onde várias artes e escolas se interconectam e entrelaçam.
Outro exemplo fora das HQ’s é do extraordinário e saudoso baterista Neil Peart que após mais de trinta anos de carreira decidiu reaprender suas técnicas, mas eu estou divagando.
No frigir dos ovos Sherlock Time não funciona apenas como um maravilhoso entretenimento, mas também como um excelente exemplo da evolução de um artista outsider, e o melhor ainda estava por vir.
No cardápio temos, a parafernália gótica, o ingênuo sense of wonder da pulp fiction e ingenuidades típicas da época. Também temos; casas sombrias, espaços estranhos, mistérios e nostalgia a dar com pau.
Um breve resumo das histórias:
1 – A Gota:
Neste conto introdutório, uma gota misteriosa atormenta o protagonista. O modo como os autores constroem o suspense pelo bater e “som” da gota é um primor de construção, não muito distante do que o cultuado cineasta italiano Mário Bava fez na sua coletânea Black Sabbath. 9,0
2 – O Ídolo:
Um velho esteta adquire uma estatueta misteriosa e coisas estranhas começam a ocorrer.
Oesterheld tem a capacidade de sintetizar ideias e conceitos em poucas linhas. Algumas breves observações sobre natureza do belo dão um tempero especial. 8,8
3 – Superaranha:
Nesta divertida aventura, o personagem ”aprende” a operar a cosmonave e ruma ao espaço. A ideia central (sem spoiler) é ótima e poderia ser melhor desenvolvida com mais espaço. 6,8
4 – O Uko:
Outro episódio curto, mas desta vez com narrativa e arte fluída. O maravilhoso texto introdutório já vale a leitura: Era um entardecer tranquilo. Sherlock Time fumava seu cachimbo, o olhar perdido na fumaça azulada.
Eu lia “os que passavam”, um velho livro de Paul Groussac. Com os nomes de Avellaneda, de Estrada, de Pellegrini, eu sentia...
...A atmosfera dourada de Buenos Aires no fim do século, de Buenos Aires com carruagens nas ruas, com iluminação a gás, com veleiros enchendo o Porto de Mastros. 8,8
5 – O Viúva:
Um traço menos sombreado e contornos definidos; roteiro menos inspirado. O conto mais fraco da coleção. 5,0
6 – A Armadilha:
Neste conto, o traço dá saltos gigantescos e encontra algumas soluções visuais que ele utilizaria em Morth Cindet; seu domínio do claro escuro e manipulação das atmosferas atingem outro patamar. 10
7 – Um Conto:
Interessante notar que a cada conto a dupla experimentava com estilo, forma e conteúdo; nesta releitura futurista de Robson Crusoé o resultado é apenas mediano. 6,3
8 – O Bonde:
Sherlock pede ao colega para ir a uma parte erma da cidade por motivos desconhecidos. Um conto alegórico, misterioso e fascinante.
A incrível capacidade do Breccia em adequar o estilo ao tipo de história a ser contada beira a insanidade!
A abordagem literária do Oesterheld sempre guarda nuances e sutileza que enriquecem ainda mais a experiência. 10
9 – Um crime
Nesta investigação sobrenatural, um homem planeja matar a esposa de modo inusitado. A conclusão é inesperada e criativa. 6,0
10 – Três Olhos
O conto mais longo da coleção; um tanto genérico e previsível, mas com alguns bons momentos. 7,5
11 – O Sacrifício
Arte e roteiro extraordinários: um fechamento digno da genialidade da dupla. 8,5
Uma coletânea desigual, mas os acertos (algumas pequenas obras primas) valem o investimento.

Outras resenhas: http://vnresenhas.blogspot.com/
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T.N.T.Rock 03/07/2020

Finalmente publicada no Brasil!!!
Finalmente publicado no Brasil Sherlock Time primeiro trabalho da dupla argentina Oesterheld e Breccia, esse lançamento tão tardio é uma amostra do quanto demoramos para conhecer obras tão importantes no contexto mundial mesmo morando tão perto desses artistas, trabalhos como O Eternauta, Mort Cinder, Che uma revolução, só foram aportar em nosso país nos últimos anos, mas como diria o filósofo: antes tarde do que nunca.

O nome Sherlock é obviamente uma referência ao clássico detetive inglês Sherlock Homes da obra de Arthur Conan Doyle do final do século XIX, Sherlock Time não utilizava apenas o nome do detetive ele também é uma espécie de investigador mas ligado a questões eu diria no mínimo estranhas, incomuns, coisas do nosso planeta ou de mundos e tempos distantes, não à toa a referência “Time” em seu sobrenome.

O trabalho de Oesterheld como sempre é fantástico, seu domínio sobre narrativas ficcionais dão um tom sombrio e misterioso a cada capítulo, suas obras utilizam da ficção futurista de uma forma impressionante, além de representar muito bem os conflitos humanos que estão sempre à procura de fazer o correto sem cair no maniqueísmo. A arte de Breccia dá prazer de explorar em cada detalhe, seus quadros de máquinas futuristas são fantásticos no melhor estilo sci-fi, seu domínio sobre o nanquim evoluiu em cada obra (ver Mort Cinder).

A edição da editora Comix Zone é uma compilação de todas as histórias publicadas nas revistas Hora Cero Extra e Hora Cero Semanal entre os anos de 1958 e 1959, tem formato capa dura, com uma linda arte feita por Enrique Breccia primogênito de Alberto, felizmente aos poucos o público brasileiro vem tendo a chance de conhecer um pouco mais da rica obra de bandas desenhadas de nossos hermanos argentinos.
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