Na casa dos sonhos

Na casa dos sonhos Carmen Maria Machado
Carmen Maria Machado




Resenhas - Na casa dos sonhos


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monica pottratz 22/03/2024

Casa dos Sonhos
Eu achei incrível a forma como o livro foi escrito, a história de prende de uma forma única e te mostra dados de outros casos semelhantes. A história da Carmen e toda sua trajetória até ocorrer o desfecho com a mulher da casa dos sonhos é muito triste, a forma como ela era tratada, ninguém merece passar por isso (muitos menos ouvir tal coisas da pessoa que você mais ama).
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lendocombeatrizz 15/03/2024

A casa dos sonhos de quem?
?Você desconfiava do sentimento deles porque não tinha nenhum motivo para se amar - nem seu corpo, nem seu intelecto. Você rejeitou tanta delicadeza. O que você estava procurando??

Tem alguns meses que terminei esse livro, mas sinto que ainda não superei ele. E tudo dói mais ainda quando você descobre que é a narração do real, de um relacionamento extremamente abusivo. Violento. Doentio.

A escrita é totalmente fluida, o formato do livro acaba ajudando já que os capítulos são no máximo 3 páginas (lembra muito o estilo da Carla Madeira). É a casa dos sonhos por completo e todas as camadas que compõe ela.

Eu nunca vivi um relacionamento abusivo, mas tiveram pessoas ao meu redor que viveram, e posso dizer que, quem está de fora só quer gritar, salvar a pessoa, colocá-la em um pote para proteger?Mas, sabe, a gente não pode fazer isso e muito menos em um livro. E a escritora nos dá um recado breve: ?Toda essa m3rda já aconteceu, e você não pode impedir que aconteça, independente do que fizer.?

É duro assistir a violênc1a revestida de amor, a manipulação e a mudança de humor repentina. Carmen, a vítima e narradora, diz com todas as palavras que se houvesse uma arm4 concreta ela já estaria m0rt4 pela sua companheira.

A autora também nos chama atenção para o relacionamento queer que são e podem ser abusivos. É frequente vermos isso em relacionamentos heterossexuais, no entanto, o mesmo acontece com relacionamentos LGBTQIAPN+ diariamente. Confirma tudo com pesquisas extremamente preocupantes do quanto isso acomete a comunidade e nos traz depoimento de algumas vítimas. O livro acaba sendo bem simultâneo com a história e com os dados apresentados, o que acaba sendo literalmente um choque de realidade.
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taypyx 08/03/2024

"mas a natureza do silêncio do arquivo pressupõe que as narrativas de determinadas pessoas, e suas nuances, sejam engolidas pela história; só vemos as narrativas que se destacam porque são obscenas o suficiente para conquistar a atenção da maioria."
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fslemoss 02/03/2024

Se um soco no estômago fosse um livro seria esse, qual não foi minha surpresa em já começar a soluçar com 10% dessa brincadeira.
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samuelxgr 29/02/2024

Comecei a ler esse totalmente às cegas e realmente não me sinto no direito de fazer uma resenha, já que trata de pontos que jamais irei entender. porém, alguns eu pude sentir de alguma forma. a leitura é bem fluida e me senti um amigo da autora. provavelmente não irei ler novamente tão cedo pela densidade emocional, mas só tenho que agradecer por ter encontrado essa obra do absoluto nada.
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Catarina314 28/02/2024

Inovador, poético, avassalador. Uma escrita que me surpreendeu muito, um formato diferente que nunca tinha lido antes. O fato dos "capítulos" serem escritos do jeito que são tornou a leitura envolvente e fluida, apesar do peso do tema. Genial a maneira que a autora nos coloca no lugar de personagem. Demorei uns anos pra finalmente conseguir ler esse livro e toda a espera valeu a pena!
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olivia.tomazela 18/02/2024

Uma autobiografia alternada entre primeira e segunda pessoa muito corajosa e rara (pelo que a própria autora narra) sobre relacionamentos abusivos entre casais queer.
Em determinado trecho, Carmen diz que ?foi horrível descobrir que eu era normal (?) que meu amor era raro e minha dor era rara?? e é triste mesmo saber que violência doméstica não se restringe a um gênero específico que estamos cansados de ver por aí. E o quanto é importante lembrar que a violência psicológica deixa marcas invisíveis que podem doer muito mais que a física, mas são muito mais difíceis de comprovar para punir os culpados (e culpadas).
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Gabi® 17/02/2024

Recomendo a todas as mulheres que amam mulheres
Que livro!

Eu amei como a autora dividiu os capítulos e até mesmo como colocou uma espécie de jogo no meio da leitura.

Além da excelente escrita da autora, há muitas informações relevantes e menção a livros, filmes e artigos que, em algum momento, devemos ir atrás para ler e assistir.

Essa leitura é essencial para mulheres que amam mulheres e a recomendaria especialmente para as adolescentes que estão prestes a entrar na vida adulta.

Fiz muitas marcações nele e pretendo relê-lo em algum momento.

?Você aceita ir ao museu porque a arte sempre ajudou você a se equilibrar; a arte é um lembrete de que você é mais do que um corpo e sua respectiva magoa?.
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annikav.a 10/02/2024

El que me nombra, me rompe
Pelo impacto da linguagem sem perder a complexidade narrativa (em tão poucas páginas, ainda!), a pertinência do tema da violência doméstica (mais especificamente dentro da comunidade lgbtqiap+) e a coragem do relato, a experiência de leitura desse livro não se compara à nenhuma outra. Em seus breves capítulos, Carmen reconta e interpreta o trauma de um relacionamento abusivo de diversas formas, coisa que a própria vítima faz interna, ansiosa e compulsivamente a todo momento, tentando erraticamente recolher e juntar os pedaços de uma mente fragmentada pelo estresse e instabilidade constantes. Mas ela não para na metalinguagem: talvez uma das melhores sacadas do livro é a de usar a função apelativa para colocar o leitor numa situação comum aos relacionamentos abusivos, fazendo-o escolher, tomar um papel ativo na narrativa, só para ser forçado a perceber, ultimamente, que não há possibilidade alguma que seja viável num relacionamento com uma pessoa tão tóxica quanto a mulher na casa dos sonhos (el que me nombra, me rompe, daí o duplo sentido do anonimato). Além disso, Carmen nunca deixa a desejar no quesito responsabilidade das mensagens passadas, ou mesmo na análise mais profunda das questões interseccionais de raça, classe, gênero e sexualidade que envolvem a violência doméstica. Ela mostra um domínio teórico muito grande, tanto do ofício da escrita quanto do estudo crítico da sociedade e das artes.
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Stella 04/02/2024

Uma leitura diferente!
Uma história que transita entre os passados: da autora, do seu relacionamento abusivo e de tantas outras personagens que sofreram violência psicológica.
Difícil não se perceber/identificar dentre os seus relatos.
Sem dúvidas, uma leitura tocante.
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Anna 26/01/2024

A casa dos sonhos como aprendizagem
Nunca pensei que aprenderia tanto lendo sobre um relacionamento sáfico abusivo e todas as perspectivas dentro da comunidade queer.
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Marita13 17/01/2024

Forte
De fato eu nunca havia lido um livro que falasse sobre abuso psicológico em relacionamentos LGBTQIAPN+ e como isso é um fator que deixa essa comunidade vulnerável! Achei uma leitura muito forte que mexe e como se assemelha a realidade, em alguns momentos fiquei "ai, que chato tudo msm enredo, pq a Carmen não acaba logo com isso?" e foi o mesmo sentimento que senti quando vivenciei isso em relação a uma amiga q estava passando por um relacionamento abusivo. Então sair de um relacionamento abusivo não é fácil e nunca vai ser, e tbm não é culpa da vítima está embebida nessa relação, a maneira que uma pessoa abusiva manipula é muito refinada, pagando na fragilidade da outra pessoa. Quem está de fora como amiga (o) é ser rede de apoio, de empoderar aquela pessoa, até que ela tenha autonomia de sair da relação tóxica.
A escrita da Carmen é muito profunda e não só pessoal, como também traz referências bibliográfica para o tema do livro. enfim muito bom, 4.5/ 5
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Anna 14/01/2024

Fantástico
Carmen nos faz explorar un emaranhado de memórias e dores, trazendo, ao final, o conforto e a beleza de suas palavras.
Uma leitura surpreende sobre um relacionamento queer abusivo.
Deixo aqui um trecho que talvez tenha sido o meu favorito:

"(Nostalgia) Só porque e agudez da tristeza arrefeceu, nao significa que essa mesma tristeza não foi insuportável. Significa apenas que o tempo e o espaço, criaturas de proporções e generosidade infinitas, se interpuseram entre vocês e hoje te protegem como no passado não puderam."
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