Sueli 17/05/2021
E, Mais Uma Vez Com Ternura...
Não é segredo para meus amigos leitores que sou apaixonada por Nora Roberts. E, com isso em mente você pode ter certeza de que tudo, mas absolutamente tudo que ela escreve eu sempre irei amar, mesmo que não goste. Ok?
E, já que esclarecemos esse ponto, reafirmo que a série Mortal é a série preferida da minha vida literária, mesmo que eu mais uma vez diga que não gosto muito do desenvolvimento da parte policial de seus livros. Na verdade, eu sou fascinada pelos personagens fixos e suas trajetórias ao longo desses trinta e três volumes, mais “Doce Relíquia Mortal”, um ponto fora da curva nessa coleção de livros policiais futurísticos.
Nesse volume, algumas gratas surpresas me esperavam e a principal delas é o conforto psicológico de Eve Dallas. Sempre foi muito sofrido ler sobre os pesadelos da nossa “tenente-docinho”, mas sempre podemos contar com a recompensa de Eve acordar de cada um deles nos braços de seu adorável marido – Roarke ;)
Algo que tem me deixado desconfortável é o fato de desconfiar que nós, leitores, temos configurações algorítmicas cerebrais embutidas. Por favor, me respondam se algo assim está acontecendo com vocês também. /\
Ultimamente, todos os livros que tenho lido, mesmo que escolhidos de forma aleatória giram em torno de violência e pedofilia. Autores diversos estão escrevendo, de forma muito realista, sobre esse tema. É importante salientar que eu não procuro por esse assunto, mas ando em uma fase em que thrillers me agradam mais, embora não necessariamente os tão violentos. Devo dizer que quando alguma leitura se torna muito desconfortável eu as abandono para voltar em algum outro momento, talvez. Contudo, é terrível notar como as mulheres são frágeis em relação à violência física, tanto na vida real, como na literatura. Se você não concorda, por favor, me faça mudar de ideia, eu adoraria mudar de ideia...
E, com todos esses questionamentos em mente, prossigo lendo “Viagem Mortal”, onde um assassino frio e em busca de vingança deve ser detido antes que consiga realizar o seu objetivo.
Eu sei que falo demais, mas é através dos meus comentários que eu posso conversar com você que ama livros, assim como eu! Mas, vou deixar de blá, blá, blá e ir direto ao ponto.
Eu gostei do livro? Eu amei o livro, mas acho que Nora enrola demais... Fica naquela coisa de mandar Roarke fazer pesquisas na DDE (Divisão de Detecção Eletrônica) a toda hora! Haja pesquisa! Eve roda e roda em torno daquele quadro com os avanços da investigação falando sozinha tudo que já sabemos... E, é um tal de reunião virtual, presencial e perde a pista e acha a pista, começa tudo de novo e assim temos um volume com mais de quatrocentas páginas, quando tudo ficaria mais interessante e emocionante caso algumas partes fossem suprimidas, mas imagino que seja exigência da editora.
A trama é muito interessante, então tudo compensa. Só senti muita falta dos personagens que não considero mais coadjuvantes, como por exemplo, Peabody, Summerset, Feeney e companhia.
Roarke é mag, mas quem rouba a cena dessa vez é Galahad.
Recomendo fortemente!