Águas do Norte

Águas do Norte Ian McGuire




Resenhas - Águas do norte


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Cris.Aguiar 20/02/2022

Surpreendeu
Um estilo de escrita e história diferente do que costumo ler e gostei bastante.
O autor não só consegue nos manter conectados com a história como também constrói excelentes personagens.
A história tem como plano de fundo a caça às baleias no sec. XIX, guerra, traumas, desumanidade, cultura polar e pitadas de suspense.

Recomendo
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Túlio 12/07/2021

Investigação sobre a alma humana
Começo dizendo que gostei muito do livro. Acabei de ler, e gosto de deixar minha primeira impressão antes que as ideias se percam. Gostei. Li em dois dias. Leitura fluída, mas com uma escrita de qualidade, afiada e bem conduzida.

Pela sinópse esperava alguma coisa parecida com "O lobo do mar" de Jack London, e até certo ponto existem algumas semelhanças. Mas este não é apenas mais um livro sobre aventuras no mar. Não. Na verdade é uma investigação sobre a alma humana, e sendo ainda mais específico sobre a maldade.

Patrick Sumner, médico e ex-combatente no conflito inglês em Déli na Índia, embarca em uma viagem na Inglaterra a bordo de um navio baleeiro ao final do que parece ser o século 19 à procura de exorcizar um evento catastrófico da guerra. Em síntese, esse é o enredo mais simples do livro. Vou poupar os leitores de mais detalhes para não estragar as surpresas.

Em minha humilde opinião, o que de melhor têm nesse livro, é que não ficou restrito apenas ao óbvio. Uma daquelas narrativas intermináveis sobre a vida no mar. O livro vai além disso.

Com relação a escrita, é pesada, crua e visceral, mas com um ritmo bom. Os dois capítulos iniciais possuem descrições brutais de violência e absurdo em que o autor propositalmente parece não querer poupar o leitor, ao mesmo tempo em que nos insere nessa atmosfera de homens rudes, cruéis. Algumas descrições são tão fortes e pungentes, ao ponto de nos causar arrepio e repulsa (isso tbm é um artifício literário!) que acredito provavelmente incomodará alguns leitores. Lembra muito Comarc McCarthy. Em contrapartida, é através desse gume afiado que a narrativa cresce para algo mais além do óbvio. Ian Mcguire não poupa o leitor de encarar com franqueza o que há de pior no ser humano através de seus personagens malignos, e ao mesmo tempo reserva uma pontinha de esperança para alguma limitada redenção.

Super recomendo! Uma das melhores leituras do ano. Visceral.
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