crixtine 22/01/2024
Esse livro tá me fazendo ter a certeza de que eu odeio livros sobre navegação porque eu não consigo de jeito nenhum me localizar num barco. Muito disso se deve ao fato de que eu tenho péssimo senso de direção e muita dificuldade pra imaginar cenários. Então, num livro que conta com descrições de partes de um barco (que eu não sei quais são) e uma travessia no oceano para conduzir boa parte da narrativa, já era de se esperar que seria um desafio pra mim.
No entanto, um fator agravante que quase me fez desistir é a escrita confusa. Não sei se é um problema meu, do autor ou da tradução, mas o texto parece ter problemas de coesão. Algumas frases são escritas de forma que eu tinha que desenhar setas na página para saber sobre o que, ou quem, o texto se referia.
Não achei que as personagens sejam gostáveis ou tenham algo de especial, já que o restante do enredo não estava sendo interessante para mim. Pendrick me irritou bastante e o livro só se tornou mais agradável quando ele finalmente entendeu as dinâmicas da ilha e do trabalho de Moreau.
A partir daí até surgem questões interessantes sobre a natureza humana, uma sátira (que não sei se foi intencional) sobre religião e o lado aventureiro passa a chamar mais atenção.
Eu que sou medrosa, também achei que as partes de terror e suspense foram boas, na medida perfeita pra ficar mexida, mas brando o suficiente pra não quere virar a cara da página.
Enfim, se tivesse seguido no mesmo ritmo da primeira metade teria levado uma estrela no seco, mas o último terço realmente salvou.