A polícia da memória

A polícia da memória Yoko Ogawa




Resenhas - A polícia da memória


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mresio 11/04/2024

Nossas memórias de pessoas e objetos?
Amados contém as sementes do nosso verdadeiro eu e dos nossos valores.

Uma leitura fácil, reflexiva e intrigante. Ao longo das páginas você sente cada tensão, alegria e emoção dos personagens e da ilha. Recomendo.
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BiblioMahnia 31/03/2024

Tão esquisitinho... adorei
No início você acha lento e curioso. Na metade você acha fofo e subversivo. No final você acha bizarro e sem sentido.

A narrativa é lenta e sem grandes eventos. A personagem principal é uma mulher simples e contida, até que sente medo e paixão. Daí em diante a trama se desenrola, mas não do jeito que você espera.

Eu adorei, mesmo sem as explicações que eu acho que a história merecia pra torná-la mais envolvente. Quem é a polícia da memória? Por que as coisas desaparecem? É no país todo que o fenômeno ocorre?? Sei lá!!!!!!!!!!!!!!!! Mas seria legal saber!!!!!!!!!! E tantas outras perguntas??????

Ao mesmo tempo acho que ter respostas faria desse livro algo completamente diferente. Especialmente em livros japoneses eu me pego pensando assim. Nem sempre a gente precisa de explicações pra gostar de um livro. Às vezes só a vibe e a contemplação das bizarrices da vida já são suficientes, né? Mas eu, com minhas enormes expectativas, esperava mais... de qualquer forma foi uma leitura com final surpreendente e bizarro, o que eu sempre aprecio muito.
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Izabella.BaldoAno 29/02/2024

"e se as palavras desaparecerem, o que será de nós?"

em A polícia da memória acompanhamos, através da perspectiva de uma protagonista não nomeada, o cotidiano numa ilha onde as coisas, a princípio, parecem simplesmente desaparecer. com o desaparecimento, os moradores da ilha perdem as memórias relacionadas às coisas não mais existentes - e, para garantir que tudo será de fato esquecido, entra em ação a polícia secreta, apagando todos os vestígios que seriam capazes de levar a população a fazer associações com aqueles objetos.

ao longo da história vamos entendendo como se dá esse desaparecimento e todas as suas implicações. é curioso perceber como a relação das pessoas com as coisas e umas com as outras vai mudando e como a vida na ilha vai se transformando a partir de cada um dos sumiços. há sempre uma menção a um vazio inexplicável que cresce no coração daqueles moradores, um oco que, curiosamente, também é sempre relacionado à ausência de dor.

paralela à história da ilha, há aquela que a própria protagonista, que é romancista, está escrevendo. essa é outra história que cresce e cresce até que compreendamos sua conexão com a narrativa principal, um encontro marcado também pela perda e pelo vazio.

uma vez li que ficções distópicas são a aplicação imaginária da realidade de grupos minoritários a grupos hegemônicos. quantas pessoas não têm direito à memória? quantas nascem, crescem e morrem com um oco que só aumenta, um vazio inexplicável? quantas, por falta de história sobre si, sequer têm direito à dor?

há na história alguns furos narrativos que me incomodaram, mas fico pensando se não são complexidades da tradução do japonês para o português invés de simplesmente erros. mais do que a esses furos, fiquei muito apegada à narrativa de Yoko Ogawa, tão fluida e tão diferente daquilo que estou acostumada a ler. é sempre incrível ter acesso, mesmo que por meio da ficção, a realidades culturais tão diferentes e a tão diferentes jeitos de contar.

há nessa história significados simbólicos construídos através de elementos palpáveis e de outros abstratos que certamente carregarei por muito tempo.
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Caliope 15/02/2024

O que somos nós sem nossas memórias?
Acabamos nos tornando um vazio. É disso que este livro se trata, pessoas envoltas pelo vazia de sua própria existência.
Um livro simples, mas impactante, e apesar de ser um pouco enrolado em algumas partes, passa a sua mensagem muito bem.
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Gregory.Faguaga 14/02/2024

Literatura japonesa com certeza é uma das minhas favoritas
"Dormi. Mas não fui para o mundo do sono. Só vi uma escuridão infinita. Não, não estou descrevendo direito. Não havia escuridão. Não havia nada. Nem ar, nem som, nem gravidade. Não havia eu. Era um nada avassalador."
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hafronita 13/02/2024

Muitas metáforas, pouco desenrolar da história
Passando-se em uma ilha onde tudo, um dia, some e é levado pelo vento de uma colina, recebemos a informação de que não dá para ficar querendo se lembrar das coisas que sumiram. Aqui que vem, um dia vai. Não se pode agarrar em momentos passageiros, em pessoas passageiras, em objetos ilusórios. A ilha flutua sobre uma imensa lacuna no mar, que invade os corações desde o alto patamar, como a da polícia da memória, quanto aos indefesos animais daquela ilha, como os pássaros ? que também sumiram.

Grande parte das coisas que pensamos não passam disso: meras preocupações. Preocupações são criadas a todo o momento, para refletir, para criar cenários ilusórios, para causar sofrimento. A escrita do livro é carregada de emoções e sentimentos, os quais te acompanham na busca de algum significado mental que os personagens estão vivenciando naquela ilha. Uma análise interessante é notar como apenas duas famílias possuem nome, a família R e a família Inui, marcando a simplicidade dos sujeitos que ali viviam em uma ilha desgovernada, em uma escuridão infinita. Sem ar, sem som, sem nada.

A jornada proposta pela autora é como um mergulho em águas desconhecidas, onde as palavras se transformam em enigmas pitagóricos, desafiando-nos a decifrar significados ocultos. Nesse universo de metáforas e paralelismos, cada desvio do esperado nos lembra da imprevisibilidade da vida e da importância de não nos perdermos em expectativas negativas que nos afastam de nossa própria essência. As coisas existem porque você existe primeiro. As coisas desaparecem porque todos projetaram esse esquecimento. O vazio que alguns personagens sentem, e outros não, apenas reforça essa convicção.

A história não é feita para você pensar junto dos personagens, e sim para você pensar na sua própria vida. Te ensina a viver no agora, não presa em memórias. Por mais que seja muito retratado como uma forma harmoniosa de sobrevivência, não quer dizer que o tolerável seja o natural ? nem mesmo o necessário. Extraio dessa trama que o necessário é você viver, viver bem, aproveitar bem, pois tudo que tem início há um fim.

?: Não gostei da forma que a história não trouxe um desfecho, uma explicação.
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Edilinda 11/02/2024

Uma obra encantadora, simples de ler e difícil de entender, com personagens desconhecidos e sem nome.
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KillingMoon 21/01/2024

Temos nosso próprio tempo...
No começo tive um pouco de dificuldade em entender porque a narrativa tinha uma linguagem tão simples, nada rebuscada, mas conforme me aprofundava nela, fui entendendo que isso casa perfeitamente com o que a autora deseja nos passar. Na verdade não sei se é esse o estilo da autora para outras obras além dessa, mas aqui combinou perfeitamente. Nessa história, a protagonista sem nome e de vida simples e cotidiana, conseguiu me absorver de tal forma que eu me pegava diariamente pensando "preciso voltar para minha leitura". É simples, mas me cativou e me fez ficar pensativa sobre nossas memórias, a vida atrelada a essas memórias, o conformismo com o que o tempo nos impõe: deveria eu lutar contra ele se estivesse no lugar dela? O que eu poderia fazer para recuperar o que foi perdido?
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