O Anel dos Löwensköld

O Anel dos Löwensköld Selma Lagerlöf
Selma Lagerlöf




Resenhas -


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de Paula 09/06/2023

Ganhadora do Nobel de Literatura de 1909
Estou num projeto de ler ganhadores do prêmio Nobel de Literatura durante o ano de 2023, para entender melhor as nuances e diferenças entre os autores que tiveram essa honra. Sabemos que entre inúmeros homens, poucas mulheres foram reconhecidas e por isso, decidi ler a primeira ganhadora, a sueca Selma Lagerlöf. Confesso que não esperei me envolver tanto e simplesmente amei a leitura.

A história é de fantasma, provavelmente a influência da época para falar sobre o caráter das pessoas e organizações sociais, como já faziam escola Oscar Wilde e Bram Stocker. Eu não esperava que fosse tão bom, porque me decepcionei bastante com Henry James e A Outra volta do parafuso, que é uma história confusa e pouco envolvente, parecendo que o objetivo é assustar e não trazer uma ideia concreta a própria história. Selma não segue a linha de nenhum desses autores citados, parece mais com a sua contemporânea Agatha, embora, sua obra não foque em um brilhante detetive, mas em como as pessoas são envolvidas num ciclo de morte por conta de um anel.

A cada capítulo você fica mais submerso na obra, querendo saber mais ainda onde o ciclo do anel maligno vai levar, o quão mal os fantasmas podem ser, principalmente aqueles que tem no semblante a fome por dinheiro e ganancia dos vivos. É uma narrativa muito impactante e envolvente, sem recursos de deus ex machina, mas, delimitando onde a história vai dar. Há injustiça, roubo, pessoas honestas cometendo loucuras, ódio, a menor possibilidade de perdão, mortes e corações partidos. Tudo o que uma boa história de suspense envolve.

Foi uma ótima jornada e uma honra conhecer a obra eternizada da autora sueca, principalmente pela editora Wish ter trazido essa tradução inédita ao Brasil, onde em mais de século depois da premiação, nós podemos ler e apreciar esta obra. Uma ótima leitura e uma grande oportunidade de conhecer a primeira vencedora do Nobel de Literatura da história.
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Natalia.Eiras 02/05/2021

O anel de lowensköld: Um passeio pela Suécia, com protagonistas fortes e um espírito vingativo.
Histórias de pessoas que são tão apegadas a bens materiais em vida, e que quando morrem, passam a assombrar objetos e lugares são recorrentes na literatura mundial e em todas as culturas.

Em "O Anel dos Löwensköld", nós vamos acompanhar mais uma história nesse sentido, envolvendo o anel do general Löwensköld, que fora um presente dado ao general pelo próprio rei da Suécia, e que fora enterrado junto com o militar.

Porém, a cripta acaba sendo aberta depois de alguns anos, o anel é roubado, e o infortúnio começa a cair sobre todos aqueles que colocam as mãos no objeto, que percorrerá uma longa jornada.



Se o fato da narrativa abordar costumes e lugares da Suécia, uma região que é muito pouco explorada na literatura mundial, não for motivo suficiente para fazer você ler este livro, talvez o fato de ser uma história com uma pitada de humor e diversas ambiguidades seja.

Mas o ponto alto da narrativa são as mulheres que são apresentadas ao longo da história.

A cada mão que o anel passa, existe uma personagem feminina forte associada ao personagem que esta de posse do anel ou ao objeto em si.



Seja como a mulher que segue o marido até a tumba do general para ajuda-lo a "proteger a tumba de invasores e que acabam achando que o anel estará mais seguro com eles"; ou a mulher que tem seus familiares condenados pelo roubo do anel e que acaba por se tornar a guardiã do mesmo, sem saber. Ou a pessoa que irá resolver todo o mistério do livro.

Em todo momento chave da história, existe uma mulher com papel de destaque.



O livro foi escrito em 1925, por Selma Lagerlöf, que foi a primeira mulher a receber o prêmio Nobel de Literatura, e apesar de ter um desfecho já previsível com o retorno do anel ao seu dono original, ele também traz um desfecho pouco usual para quem esta acostumado a uma narrativa estilo Disney, com a protagonista conseguindo um happy end.
Na verdade, a mensagem final é bem clara.

Todos precisamos saber o nosso lugar no mundo.

site: https://www.perdidanabiblioteca.com.br/2021/05/o-anel-dos-lowenskold-de-selma-lagerlof.html
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c a r o l 31/10/2022

Que mal faz tirar de um morto uma coisa que ele não precisa?
Esse livro é bem curtinho, mas faz a gente passar por uma montanha-russa de emoções. Eu mesma comecei rindo à beça e terminei emocionada, e, ao mesmo tempo, chocada a com descrição do espírito do General Löwensköld.

Acompanhamos a mudança dos personagens por causa da cobiça (aqui a autora nos mostra que não conhecemos NINGUÉM de verdade), e as diversas desgraças que o roubo desse anel causou na vida daqueles que tiveram contato com ele.

"Ele tinha um coração tão generoso que se desfez de tudo que possuía. Como poderia um homem assim decair a ponto de roubar e matar?"

O fantasma desse general é um espírito vingativo, maaaaaas é bem seletivo quando o assunto é ser cruel com os seus. Bem parecido com muita gente da internet kk'

Esse livro faz parte de uma trilogia, mas o seu final é tão redondinho que não precisa das continuações para a conclusão da história. Mas se você gostar desse livro, tanto quanto eu, vai querer ler os outros livros imediatamente. A Selma Lagerlöf não só me surpreendeu com o rumo que a história seguiu, mas também com sua escrita envolvente e viciante.
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Giu :) 29/07/2022

Me surpreendeu
Eu não esperava que fosse gostar tanto desse livro, comecei ele despretensiosamente e tive uma ótima surpresa, a narrativa é muito boa, o enredo e a escrita, me apeguei demais aos personagens (a Marit e a srta. Spaak simplesmente tudo) e fiquei completamente inserida na leitura (passei muita raiva, tristeza e alegria, e tudo isso em pouquíssimas páginas). Amei e quero sair lendo tudo da autora.
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romulorocha 04/05/2022

O anel de Löwensköld, de Selma Lagerlöf - 10/10
Além da dificuldade em pronunciar o nome do livro e da autora corretamente, só tenho coisas formidáveis para contar desta obra da autora sueca, primeira mulher a receber o prêmio Nobel de literatura.

O Anel de Löwensköld é um clássico da literatura sueca e conta a história do General Löwensköld, que após lutar bravamente pelo reino, é galardoado com um anel pelo próprio rei. Este presente se torna o maior apego da vida de Löwensköld, tanto que quando morre, leva o anel consigo ao túmulo. Sabendo da fortuna enterrada, um pequeno fazendeiro, Bård, resolve roubar o anel do defunto para vender na cidade, e mal saberia ele que ali se iniciaria uma saga trágica, pela qual algumas gerações seriam atormentadas e lembradas sobre o valor do respeito aos mortos.


O livro é muito gostoso de ler, não à toa, a autora ganhou o Nobel, ele muito bem escrito. Algumas coisas que achei interessantes, são algumas referências culturais sobre o paganismo e rituais religiosos colocados de formas sutis na obra e também sobre referências da própria culinária também, como os famosos Semlas. Essa, inclusive, é uma das coisas que mais acho legais em ler obras de outros países, descobrir novos sabores e tentar prepará-los por conta própria.

#resenhasdoromulo #literaturasueca #oaneldelöwensköld #selmalagerlöf
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Barbara Diniz 05/04/2021

Uma curiosa história trágica e divertida
O que aprendemos com esse livro? Não roubem objetos de cadáveres pois seus donos podem desgraçar suas vidas. Cômico e trágico, o conto nos apresenta as gerações de pessoas amaldiçoadas pelo anel de Lowenskold e de como que tudo foi resolvido depois de muitas mortes desnecessárias.
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regifreitas 19/04/2022

O ANEL DOS LÖWENSKÖLD (Löwensköldska ringen, 1925), de Selma Lagerlöf; tradução Carlos Rabelo.

Selma Lagerlöf (1858-1940) foi a primeira mulher a ser agraciada com o Nobel de Literatura, em 1909. Segundo a Academia Sueca, a premiação se deu "em apreciação pelo idealismo sublime, imaginação vívida e percepção espiritual que caracterizam seus escritos".

Em O ANEL DOS LÖWENSKÖLD (1925), Lagerlöf nos apresenta uma história de maldições e vinganças. Em vida, o General Löwensköld, em razão dos seus feitos e lealdade para com seu soberano, é distinguido pelo imperador Carlos XII com um preciosíssimo anel. Quando vem a falecer, em março de 1741, já em idade avançada, é desejo do General ser enterrado com o anel, muito embora a família e todos na região lamentem tal fim para um objeto tão valioso. Alguns meses depois, morre a netinha do General, vítima de rubéola, sendo ela também enterrada no jazigo da família, ao lado do avô. Por um descuido da família, o jazigo permanece aberto após a cerimônia de sepultamento, e sem nenhum tipo de proteção durante a noite. Aproveitando-se da oportunidade, um casal de fazendeiros da região invade o cemitério à noite e acaba roubando o anel. Movidos por uma momentânea ganância, eles não imaginam que tal ato trará uma série de catástrofes para suas vidas bem como para seus descendentes. O fantasma do próprio General assombrará a vida dessas pessoas, e a de todos que estiverem de posse do seu precioso anel, até que a joia seja restituída ao seu proprietário de direito.

Atravessando várias gerações, Lagerlöf consegue amarrar de forma cuidadosa as pontas que ligam as diversas pessoas envolvidas nessa história, mesmo em uma narrativa tão curta. Quem curte histórias de mistério e horror certamente se deleitará com o livro, que lembra bastante as obras de Edgar Allan Poe.

Fiquei com vontade de conhecer mais da produção da autora, algo de maior fôlego. Infelizmente, pouquíssimos dos seus textos acabaram sendo traduzidos para o português.
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leiturasdaursula 21/11/2022

Lendas egípcias
Eu indiquei esse livro no vídeo "15 livros para ler em um dia" link: https://youtu.be/h9zBzjI9n88
É um livro com atmosfera sombria, mas sem muitas descrições gráficas. Envolve um artefato egípcio que guarda segredos sombrios.

Também aborda brigas familiares e é bem fluído. Só não tem muita profundidade e o final é aberto, mas recomendo.
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Bia 25/09/2022

O começo do livro me prendeu bastante, mas depois o desenvolvimento não foi bom na minha opinião, o que tornou a leitura arrastada.
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Pandora 22/04/2023

A primeira vez que ouvi falar sobre Selma Lagerlöf foi por causa de seu romance A saga de Gösta Berling. Isso faz uns dez anos e desde então eu torcia para fosse lançado por aqui, o que aconteceu em 2021, pela Carambaia. No mesmo ano a Wish lançou este O anel dos Löwensköld [1] e até agora eu não tinha lido nenhum dos dois.

Contado como se fosse um conto de fadas sombrio, narra a história de um general e seu anel, este último objeto de cobiça durante meio século. É também uma história de fantasma, mas contada com ironia e crítica social.

Bengt Löwensköld era um camponês pobre quando foi para a guerra, mas destacou-se tanto que recebeu do rei Carlos XII o título de general, uma grande propriedade e um valioso anel, que ele ostentava mais do que tudo porque era um símbolo de sua fidelidade ao rei. Quando morreu, foi enterrado com o anel no dedo, como era sua vontade. Porém, na mesma noite, o anel foi roubado, o que gerou uma sucessão de infortúnios a quem dele se apossava.

Além de tratar do tema da ganância, sempre presente na vida da humanidade, temos também a questão da opinião pública, que com a mesma facilidade condena ou absolve alguém, em bases nada concretas, o que pode resultar na aceitação ou na ruína social de um indivíduo. Também trata de amor e renúncia, diferença de classes, do apego aos bens materiais, da (in)justiça dos homens e de vingança, é claro; e a forma como esses temas são tratados tem uma pitada de ironia e até de humor, como no diálogo de um casal de fazendeiros após a morte do general.

Como trata-se de uma novela, os assuntos não são aprofundados, mas a história é tão bem escrita, que dá o seu recado. Mérito também do tradutor, que manteve um texto fluido e agradável. Enfim, uma narrativa simples e agradável de ler.

Adorei este primeiro contato com a autora, só fiquei um pouco apreensiva quando, no posfácio, Helena Forsås-Scott, que em 2011 trabalhou em nova edição da obra de Lagerlöf em inglês, afirmou que a trilogia Löwensköld é bem diferente dos outros livros escritos pela autora, pois é divertida e séria ao mesmo tempo. E foi justamente esta combinação que tanto me encantou.

Nota:
[1] A trilogia Löwensköld é composta por O anel dos Löwensköld (1925), Charlotte Löwensköld (1925) e Anna Svärd (1928).

Sobre a autora:
Selma Lagerlöf nasceu na Suécia em 1858 e morreu em 1940. Foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, em 1909. Também foi a primeira mulher a fazer parte da Svenska Akademien, a academia literária da Suécia, em 1914.

Foi educada em casa, na propriedade chamada Mårbacka, em Värmland. Era uma criança quieta e séria que adorava ler e estudou inglês e francês. Decidiu ser escritora aos sete anos, após ler Osceola, de Thomas Mayne.

Quando Selma tinha 26 anos, a propriedade da família teve que ser vendida e isto causou um grande impacto nela. Com o dinheiro que ganhou com o Nobel, ela recomprou a casa e viveu nela até morrer.

Lagerlöf foi professora numa escola de moças por dez anos, num período em que morava com a tia; era uma atividade da qual gostava muito. Nesta época começou a escrever seu primeiro romance, A saga de Gösta Berling, que foi publicado em 1891.

Sua primeira chance como escritora veio ao ganhar um concurso literário da revista Idun, e após uma resenha muito positiva do famoso crítico dinamarquês Georg Brandes, sua popularidade disparou. A filantropa feminista Fredrika Limnell apoiou financeiramente seu trabalho, para que Selma pudesse se concentrar em sua escrita.

Um de seus trabalhos aclamados, além de Gösta Berling, é Jerusalém, publicado em 1901, que escreveu após uma visita à colônia americana dos Spafford, em Jerusalém. Mas curiosamente, a obra que foi traduzida para mais de 30 idiomas foi A maravilhosa viagem de Nils Holgersson, um livro de geografia para crianças que foi encomendado por uma associação de professores para ser usado nas escolas da Suécia. Nele, um garoto sobrevoa o país montado num ganso.

Selma Lagerlöf era ativa no movimento sufragista feminino e o fato de ser uma personalidade respeitada em seu país beneficiava as causas que ela apoiava.

Pouco antes de sua morte, ela interveio junto à família real sueca para garantir a libertação da escritora judia alemã Nelly Sachs e sua mãe idosa. O salvo-conduto chegou ao mesmo tempo que a ordem de deportação para um campo de concentração nazista, mas mãe e filha conseguiram pegar o último avião de Berlim para Estocolmo. Selma nunca soube do sucesso de sua intervenção, pois morreu antes. Nelly também viria a ganhar o Nobel, em 1966.

=> Em 1919, autora vendeu todos os direitos para o cinema de todas as suas obras até então publicadas ao Svenska Biografteatern (Cinema Sueco), tendo vários de seus textos adaptados para o cinema mudo. A saga de Gösta Berling, de 1924, filme dirigido pelo sueco Mauritz Stiller teve Greta Garbo no elenco.

A adaptação de Jerusalém para o cinema foi dirigida pelo premiado diretor dinamarquês Billie August em 1996.

A ópera I cavalieri di Ekebú de Riccardo Zandonai foi baseada em A saga de Gösta Berling.
Fontes: Wikipédia, Infopédia, Wikibooks.
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Eduarda.Doumid 24/10/2022

Muito bom!!!!
Gente que delicia de conto, a linguagem é super acessivel e o final é muitoooo bom, um misto de sensaçoes. Se você ta procurando uma leitura curtinha mas mto significativa e BOA vai com tudo que é sucesso
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-Beatriz- 16/06/2021

Bem bem razoável
Como a escritora ganhou um Nobel de literatura eu fui com expectativas que não foram atingidas, talvez esse livro não "combine" mais com os -tempos de hoje- sem desmerecer o trabalho dela mas a leitura foi bem cansativa para um livro tão pequeno, foi pra mim uma leitura bem repetitiva e sem grandes surpresas. A sinopse é literalmente o conteúdo do livro. É um conteúdo sem grandes reviravoltas e sem plot surpreendente mas toda leitura é válida só que essa pra mim não funcionou muito bem ?
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pimet800 25/04/2021

O amor dessa juventude pela guerra é lamentável
O Anel de Lowenskold é leitura rápida e fluida, dividida em 11 capítulos curtos. Tudo tem início depois que o velho general Lowenskold morre. Enquanto ainda vivo, este exigia ser enterrado junto do anel (que dá nome ao livro), que era "uma coisinha feia e desajeitada, que quase ninguém hoje gostaria de usar no dedo". O valor que o anel possuía, no entanto, era mais sentimental do que material, embora pudesse ser vendido por grande quantia, afinal o general o havia recebido das próprias mãos do rei Carlos XII, na época da guerra, e este "havia sido um homem que o mundo não vira igual, e quem quer que tivesse vivido perto dele tivera a oportunidade de perceber que havia algo mais belo e elevado pelo que lutar do que glórias e riquezas mundanas". Lowenskold tinha profundo apreço e lealdade ao monarca. O anel era um símbolo de sua gratidão:

"Do mesmo modo que Bengt Lowenskold quis portar o anel no retrato, ele quis levá-lo ao túmulo. Quanto a isso também não havia nenhuma vaidade em jogo. Não era sua intenção se gabar de um grande anel real no dedo ao se apresentar diante de Nosso Senhor e dos arcanjos, mas talvez tivesse a esperança de que, quando entrasse no salão onde Carlos XII estaria cercado por suas mais afiadas espadas, o anel pudesse servir como um sinal de reconhecimento, para que mesmo depois da morte pudesse permanecer na presença daquele homem, a quem tinha servido e adorado por toda vida."

Durante o funeral, os habitantes da província de Bro se sentiram seduzidos pelo anel, mas acalmaram seus ímpetos, exceto Bard Bardsson. O ganancioso fazendeiro, com auxílio de sua esposa, saqueou o túmulo do general e, assim, despertou sua ira. A partir daí é que a história se desenrola, partindo do princípio de que não se deve perturbar o descanso dos mortos e, muito menos, levar seus pertences!

O livro é divertido e a leitura recomendada. Entretanto, há alguns poréns sobre a escrita de Selma Lagerlof. Apesar de o livro ter sido escrito um século atrás, alguns temas são, e já eram na ocasião, caros a nossa sociedade, e mesmo à época da escrita já se conheciam autores livres de alguns preconceitos que encontramos nesta obra. Duas coisas me incomodaram durante a leitura e, aliás, somente por isso, não coloquei cinco estrelas. A primeira é a fala machista e descabida do personagem reverendo: "Marta se portou tão bem quanto um rapaz", ao referir-se ao fato de uma mulher ter ido recebê-lo quando este se aproximou da propriedade. A outra passagem é com relação aos russos. Em diversos momentos notamos um preconceito xenófobo, como por exemplo "A despeito disso, era de quem mais se podia suspeitar devido ao fato de ter nascido russo, e acerca dos russos sabia-se que eles não consideram pecado o ato de roubar".

Exceto por estes dois pontos, a história é bem envolvente. A edição das Relíquias Literárias é fantástica!
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