@tigloko 06/04/2024
A censura nos quadrinhos e a criação de um ícone
Um breve resumo de duas figuras com visões diferentes sobre as histórias em quadrinhos. O primeiro é William Marston, psicólogo que tentava emplacar o polígrafo em casos policiais. Além disso, é o criador da Mulher Maravilha, sendo co-criada por sua esposa Elizabeth. O outro é o psiquiatra Fredric Wertham, que durante um período da sua vida trabalhou com o estudo de assassinos em série e foi um opositor das histórias em quadrinhos, sendo a favor da censura delas.
Essa HQ se propõe a explorar vários assuntos, mas nenhum de forma marcante, achei bem superficial. Já imaginava que não ia falar tanto sobre a história de criação da Mulher Maravilha, mas nem sobre as duas figuras retratadas tem um grande aprofundamento. São muitos saltos temporais entre as páginas, ficando difícil se situar na visão deles.
Como uma linha cronológica dos eventos, pode-se dizer que funciona, justamente pelo paralelo que é feito entre os dois, lutando em campos opostos. Marston era um defensor do poder dos quadrinhos na educação das crianças. Enquanto Wertham era contra, alegando o fator prejudicial que essas histórias tinham na formação das crianças. É um ponto interessante da HQ, mas como disse, é feito de forma rasa.
Sobre a arte, achei bem travada, com os traços dos personagens não demonstrando tanta emoção. É engraçado falar isso de uma imagem estática, mas na maioria das HQs você consegue sentir o movimento. Aqui não senti a fluidez narrativa através dos desenhos. As partes mais interessantes nesse aspecto é quando o artista usa o vermelho e o azul para destacar a emoção dos personagens.