Pequena coreografia do adeus

Pequena coreografia do adeus Aline Bei




Resenhas - Pequena coreografia do adeus


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Paulo.Ratz 13/10/2022

Minha nossa?
Eu realmente não imaginei que fosse gostar tanto dessa história, ainda mais ela sendo tão curta. Facilmente você consegue ler em 1 dia!

E que livro curto e cruel ao mesmo tempo! Muito foda pra quem curte dramas familiares e deve ser mais incrível ainda quem teve pais como o que a personagem tem.

Sensacional, que delícia conhecer a escrita da Aline! Um dos favoritos do ano!
madu 13/10/2022minha estante
to tao feliz que vc leu! impossivel nao amar.


Debs 14/10/2022minha estante
Que bom que gostaste! Faz tempo que espero por essa tua leitura. Aproveita o embalo do nacional e lê Se deus me chamar não vou, da Mariana Salomão Carrara. Dá pra ler em um dia também e tenho certeza que vais amar/chorar/rir bastante ?


JAQUEAMOLIVROS0 15/10/2022minha estante
Essa escritora é foda!Li o peso do pássaro morto e fiquei destruída, mas amei !??


Jéssica Rodovalho 24/10/2022minha estante
Mas e o final?


danimyls 30/10/2022minha estante
Pra quem cresceu numa família desestruturada esse livro é brutal! Senti cada pedacinho do abandono e terminei a leitura com os olhos inchados de tanto chorar... Uma obra-prima da literatura nacional com certeza!


Danielle.Araujo 12/01/2023minha estante
Esse livro me faz dançar nas emoções, todos deveriam ler e principalmente quem faz psicologia


Gian.Malheiros 24/04/2023minha estante
Também achei perfeito! A escrita e a forma da Aline escrever é maravilhosa.. já havia gostado com o peso do pássaro morto! E agora mais ainda.. Só fiquei esperando mais no final e não aconteceu, mas conseguiu passar o que queria.


Rebeca 30/04/2023minha estante
Curto, rítmico e, ainda assim, longo. Cada página vai tão fundo no leitor que demanda pausas digestivas. Amo a escrita, amo o estilo, amo que as palavras têm vida, amo um pouco menos o fim abrupto e, definitivamente, não amo que doa tanto.


agata52 19/07/2023minha estante
O peso do pássaro morte consegue ser ainda mais cruel, pesa alma, a mente e os ombros, me deixou mal por dias


liviatae 29/10/2023minha estante
Paulo, saiba que eu li por sua causa e amei


Sabrina.Dourado 22/01/2024minha estante
Esse livro matou minha sanidade mental


Nikise 05/02/2024minha estante
Incrível como eu realmente me senti uma criança no começo da leitura, isso me faz ter empatia completa pela personagem. Tudo que eu falaria depois disso seria spoiler..




Lucas 02/08/2022

"porque será que os estranhos sempre nos pesam menos?
talvez por serem terra desconhecida, é o que abre espaço para nossa imaginação.
fulano deve ser ótimo, pensamos
e as respostas ficam em suspenso
amamos a possibilidade
de a pessoa ser exatamente aquilo que projetamos nela.
os estranhos não nos doem porque ainda não nos decepcionaram
e se mantivermos tudo a uma boa distância: seguirão sendo
essa doce incógnita."
OâBrien 05/08/2022minha estante
incrível, aline sempre acerta


Bruna 11/08/2022minha estante
Eu acho essa capa repulsiva de feia e tava sem vontade de ler ...ate agora. Vlw licas


dudicaswift 23/09/2022minha estante
que livro incrível meu deus


Lu 27/04/2023minha estante
apenas ?


@mirmcastro 25/08/2023minha estante
noooossa, esse trecho me pegou muito também!! que livro dolorido e belo




Alane.Sthefany 18/03/2022

Pequena Coreografia do Adeus - Aline Bei
Primeiramente, quero dizer que eu li o livro O Peso do Pássaro Morto, que cheguei a dá 5 estrelas, gostei bastante do livro, e pelo fato de ter gostado tanto, já coloquei na minha meta o próximo da autora, e sinceramente, eu me decepcionei bastante com essa leitura.
Não me cativou, por menor que seja, foi uma leitura muito arrastada para mim.

Quotes ????

E eu?
Como recolheria meus cacos se eles são invisíveis?

.
Um belo dia, as pessoas morrem, ninguém precisa estar doente ou velho pra
que isso aconteça, a Morte se instala muitas vezes sem aviso,
pois
eu acho que seria mais educado
se a Senhora pudesse
Avisar
Nos fazer uma festa, quem sabe?
passar um filme com os melhores momentos da nossa
existência.
Não sei se a Senhora sabe, mas
não tem sido fácil ficar aqui, nesta terra, por isso eu acho que
merecemos alguma consideração.
Por que as regras nunca mudam?
Por que a vida tem que ser sempre assim: finita e irreversível pelos séculos?
Olha, Senhora, eu
não sou a única que estou descontente
com os seus Métodos.
Queremos reivindicar
isto: o ciclo infinito da finitude
Com quem falamos?
Há de ter Pessoa (ou Coisa) que mude as regras do
imutável também.
Senhora, por favor, não me vire as costas.
Me responda, ao menos isto: na janela de quem devemos fazer a Revolução?

.
"Não quero que você tenha nenhum problema em casa." Sério?
Em que mundo ele vive, esse meu novo pai?
Será que esqueceu do lugar de onde viemos?
Ou só está se fazendo de tonto pra não ter que lidar com nada
além de si?

.
E nessa hora eu tive que segurar a boca
pra não rir no rosto dela que não merecia, mas deu vontade
de dizer que: uma conversa em família
nunca foi possível, não na minha casa,
lá somos três solitários
irreversíveis gravemente feridos da guerra que travamos contra nós.

.
Já tentei indicar uns livros pra ele, mas o Vegas me diz que é um
homem de ação.

Respondo que ler é viver muitas vidas além da
sua.

.
Amamos a possibilidade
de a pessoa ser exatamente aquilo que projetamos nela.
Os estranhos não nos doem porque ainda não nos decepcionaram
e se mantivermos tudo a uma boa distância: seguirão sendo
essa doce incógnita.

.
A gente pensa que conhece as pessoas, a gente se apega ao que imaginamos que conhecemos delas, mas no fim, o que cada um constrói com o outro quando não
estamos no recinto,
é um Mistério.

.
Dá vontade de
abrir
o zíper da pele, derramar meus cacos, veja: esta sou eu.

.
Levante o rosto de suas dúvidas (e dores!) e comece a
caminhar em direção a seus sonhos. A estrada será tenebrosa,
dificílima, amarga e até impossível em muitos momentos, não
vou mentir. Mas é importante dar um passo, ainda que seja
mínimo, em direção à sua arte, diariamente.

(...)

Daqui a uns anos, quando
olhar para trás, vai perceber, orgulhosamente, que está cada dia
mais perto do seu coração selvagem.
Alê | @alexandrejjr 18/03/2022minha estante
O que te decepcionou tanto, Alane, de um livro pro outro?


@loop.literario 18/03/2022minha estante
Jesus! Estou com altas expectativas pra ele. Arrasada


Alane.Sthefany 19/03/2022minha estante
Loop,
Pode ler.
Eu vi as avaliações de outras pessoas, e percebi que ele é muito bem avaliado, acho que não funcionou para mim, mas não significa que não vá funcionar para você ?
Espero que goste, mas recomendo ler primeiro o Peso do Pássaro Morto.


Alane.Sthefany 19/03/2022minha estante
Alê,

Na verdade eu não sei.
O primeiro, que eu li (O Peso do Pássaro Morto), conta a história da menina desde os seus 8 anos até os 52, eu gostei bastante, a história me prendeu (li em um dia só, em menos de 2h), eu me senti cativada pelos personagens, me coloquei no lugar de cada um, me senti mais empática depois de lê-lo.

Mas não funcionou nesse aqui, já cheguei com grandes expectativas, depois de ler o anterior, mas esse além do enredo, que não gostei muito (só achei umas frases interessantes), os personagens também não me cativaram, principalmente quando a Júlia cresce, porque ela sendo criança não me cativou, quando adulta, muito menos.

A história pode ser boa para alguns, e espero que goste, mas como eu disse no outro comentário, recomendo que você leia primeiro o livro "O Peso do Pássaro Morto, e se gostar, tente esse, quem sabe você goste também.
Mas realmente não funcionou para mim, a leitura foi um sufoco para terminar, mesmo sendo um livro curtindo, e olha que eu leio 100 pág em uma sentada só.

Só que o enredo estava tão chato e entediante, que eu conseguia ler somente 50 pág.

Quem sabe, eu pego ele novamente, para ler em outro momento.
No entanto, não creio que mudarei de opinião.

Todavia, leia. E claro, comece pelo outro dela. E tire suas próprias conclusões ?


Anelise Cristine 19/03/2022minha estante
Também não funcionou pra mim, infelizmente. Eu estava justamente pensando em reler para ver se ia "funcionar", porque é um livro muito bem avaliado. Enfim, estamos juntas na opinião Allanny.


Alane.Sthefany 20/03/2022minha estante
Anelise,
E não é a escrita, muito mesmo a forma peculiar como se escreve, até porque eu li o primeiro e amei, mas esse ... Realmente não funcionou.

Que bom que não foi somente eu.
Achei que estava com algum problema na hora ?




Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 12/08/2021

Pequena coreografia do adeus, de Aline Bei
“Pequena coreografia do adeus”, livro de Aline Bei, vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura com O peso do pássaro morto – constrói um retrato tão sensível quanto brutal sobre família, amor e abandono

Dividia em três partes, a protagonista Júlia Terra narra sua trajetória desde a infância difícil à fase adulta. Dividida, tal como um pêndulo entre sua mãe, Dona Vera, mulher feroz e controladora, e o pai, Sérgio, dócil, porém, distante.

A obra que tem em sua característica, romance de formação, marcado pela oralidade, traz a narrativa em primeira pessoa, um formato híbrido que permeia entre prosa e poesia. Ora somos apresentados em uma narrativa linear, ora fragmentada por versos tradicionais em poemas, até mesmo, com formato que consiste em abaixar o tom de voz da narração.

Um livro que narra a vida de Júlia através das lembranças que insiste em lhe perseguir por conta de sua conturbada infância, o leitor é levado a conhecer o comportamento violento em que sofria pelas dores da mãe que, por conta das frustrações, descontava na filha, acarretando assim uma infância traumática e isolada até a adolescência onde segue a trajetória amarga e conturbada.

“no fundo minha mãe era uma flor
que sangrou por ser idealista
por isso se fechou
em aço
se abria apenas quando o Sono era quem comandava o seu espírito.”

Quando adulta, toma decisões que a faz se libertar das grades no qual a vida toda a aprisionou através de sua família disfuncional, contudo, os traumas de uma vida aterrorizada, a mantém no mesmo local de desprestígio ante as oportunidades que a vida lhe oferece.

“Pequena coreografia do adeus” é um livro delicado, de difícil digestão inicial, porém, durante a narrativa, impossível não se envolver com a personagem Júlia Terra que se distancia das adversidades mantendo-se determinada a passar pelas dificuldades que a vida lhe impôs.

Inegavelmente, o desfecho mexe com as lágrimas do leitor pela forma que Júlia se vê diante de sua mãe opressora, Dona Vera, e os acontecimentos que ocorrem com seu pai, Sérgio. Um livro reflexivo; necessário.

site: https://bit.ly/3xFkym2
Julia 13/08/2021minha estante
Ainda tô digerindo esse livro! Aline Bei sempre certeira


Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 17/08/2021minha estante
Livraço! =)
Gostei demais da proposta da Aline Bei.


Kelle Patricia 15/11/2021minha estante
Eu ainda estou na metade, lendo de pouquinho. Não sei se vocês sentiram na leitura como se estivessem ouvindo uma música trágica e movimentasse com ela. É esse sentimento que fica.


Tice 02/01/2022minha estante
Comecei a leitura ontem e já estou gostando bastante.


Rita.Beatriz 17/01/2022minha estante
Magnífico!!!




barbs 26/02/2024

Aline Bei você é perfeita
Livro lindissimo e muito sensível, tinha lido umas 50 paginas e já tinha chorado kkkkk. Um dos melhores livros brasileiros que já li, mas esse final???? Coloquei o primeiro livro dela ?o peso do pássaro morto? na minha lista de próximas compras hehehe
Giovanna1920 26/02/2024minha estante
Quero muito ler esse, li o peso do pássaro morto e ele foi um dos únicos livros que me fez chorar.


Marco Oliveira 26/02/2024minha estante
Estou ansioso pra ler este também ? Aline Bei é sensacional


littlecats 26/02/2024minha estante
Eu tbm não entendi o final KKKKKKKKKKKK


Gabriela 26/02/2024minha estante
?o peso do pássaro morto? é maravilhoso, mt forte


barbs 26/02/2024minha estante
@Giovanna1920 vale a pena a leituraa! quero já comprar pra ser minha próxima leitura


barbs 26/02/2024minha estante
@littlecats cara KKKKKK eu fiquei????? até achei que o livro tinha vindo bugado


Izadora 26/02/2024minha estante
Se nesse você chorou, em O peso vai desidratar. Amei.


barbs 26/02/2024minha estante
@Gabriela já tô ansiosa pra ler esse!!


barbs 26/02/2024minha estante
@Izadora meu deuss, já vou me preparar psicologicamente kkkkk




-Koraline 11/05/2022

Pequena Coreografia do Adeus é um livro impactante e emocionante por conta da escrita da autora. Ela consegue perfeitamente transmitir as emoções através de pausas, espeçamentos e ao dar ênfase em certas palavras usando apenas letras maiúsculas. O enredo em si não tem nada de impressionante, e até acho que a autora poderia ter trabalhado um pouco a relação da protagonista com a mãe na fase adulta, já que isso parece ser a grande questão que moldou sua personalidade, mas é incrível como a autora conseguiu transformar um drama cotidiano em uma história tão cativante usando apenas a escrita criativa. Estou ansiosa para mais livros da autora.
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arthur 07/03/2024

"ler é viver muitas vidas além da sua"
Realmente Júlia, ler é viver muitas vidas além da minha, e foi isso que senti lendo esse livro. Acompanhando uma vida nessas páginas.

Que escrita maravilhosa e gosto de como a autora usa os 'espaçamento' entre a história para descrever o vazio que ali existia.

Com certeza um dos favoritos desse ano!!!
V_______ 07/03/2024minha estante
Li mês passado, gostei muito também.


arthur 09/03/2024minha estante
muito bom mesmo ^^




Rosangela Max 09/08/2022

Revelador.
Ela soube demonstrar com muita sensibilidade como as brigas dos pais podem afetar uma criança e o quanto o relacionamento com algum deles (ou com ambos) pode ser tóxico. Mesmo que não acabe em divórcio, toda a raiva, a tristeza e o sofrimento presenciado a e vividos pela criança ficarão enraizados nela e a acompanharão por toda a vida.
Esta é uma história que todos os pais deveriam ler.
Recomendo a leitura.
Janaina 10/08/2022minha estante
Os livros da Aline são muito fortes. Eu fiquei muito tocada pela tristeza que emana desse livro, aliás do ?Peso do pássaro morto? tbm


Rosangela Max 10/08/2022minha estante
A escrita dela é maravilhosa!! ?




Jenni 25/03/2024

"Compreendi o óbvio, que podemos morrer a qualquer instante"
"Pequena Coreografia do Adeus", de Aline Bei, mergulha nas profundezas da alma de Julia, uma jovem escritora em busca de sua própria voz em meio ao caos de uma família fragmentada. A narrativa, entrelaçada com memórias de infância e adolescência, revela as marcas inapagáveis deixadas pelos relacionamentos disfuncionais de seus pais separados.
Ao passar por cada página, me vi imersa na intensidade das emoções de Julia, cuja jornada de autodescoberta é inspiradora. Aline Bei tece uma prosa original e poética, que, ao mesmo tempo, é profundamente acessível, permitindo uma conexão imediata com os sentimentos mais profundos da protagonista.
O romance captura magistralmente a essência da solidão e do desamparo que Julia enfrenta, enquanto tenta reconciliar o passado com suas esperanças para o futuro. Cada personagem é uma peça vital nessa coreografia da vida de Julia, refletindo suas lutas internas e suas aspirações mais profundas.
Uma das partes que mais me tocou foi a representação honesta do trauma e suas repercussões duradouras na psique de Julia. A autora não apenas descreve o sofrimento da personagem, mas também explora as camadas de sua dor, revelando uma complexidade emocional que ressoou profundamente em mim.
"Pequena Coreografia do Adeus" é mais do que uma simples história; é um espelho das emoções humanas mais profundas, uma obra que ecoa com uma verdade universal sobre amor, perda e a busca pela própria identidade. Recomendo este livro a todos que buscam uma leitura que os toque no âmago e os deixe refletindo sobre as nuances da experiência humana.
?"Como recolheria meus cacos se eles são invisíveis?"
Luå 25/03/2024minha estante
Que lindo, amei sua resenha. Vou adicionar esse à minha listinha, fiquei curiosa.


Jenni 25/03/2024minha estante
@Lua Obrigada ?? Põem sim


edilsonjoaquim 25/03/2024minha estante
amg, eu fico em choque com a rapidez com que você lê, juroo


Jenni 25/03/2024minha estante
@edilsonjoaquim Tipo uma obsessão amg kkkkkkk


Diego 25/03/2024minha estante
é tão bonito como ela escreveu essa história de uma forma tão poética


Jenni 25/03/2024minha estante
@Diego Demais, acrescenta mais carga emocional na obra


mirianbezerra 26/03/2024minha estante
Esse livro é incrível!!


Jenni 26/03/2024minha estante
@mirianbezerra Demais ?


Guinhoace 26/03/2024minha estante
Tô com medo de ler esse livro e acabar molhando ele todo de lágrimas


Jenni 26/03/2024minha estante
@Guinhoace Deixa o lencinho preparado ?




Gustavo 21/01/2024

Aline Aline..
O peso do passaro morto é um LIVRO que atordoa, recicla e intriga. Nesse sentimento, fui ler a pequena coreografia do adeus e me senti um tanto quando desnorteado por achar que os temas de um seriam parecidos com outro, porém, isso é que faz a magia deste livro! Totalmente diferente e totalmente igual, nos toca e emociona. Reflexão é algo que irei levar depois dessa leitura
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Carla Maria 23/08/2023

É mais do que uma simples leitura
Quando iniciei a leitura de Pequena Coreografia do Adeus, eu não fazia a menor ideia do que eu poderia encontrar nessa mais recente obra da Aline Bei. Eu simplesmente peguei o livro confiando na experiência que tive com sua obra anterior, O Peso do Pássaro Morto. Mas creio que fui um pouco ingênua, já que o livro anterior havia massacrado minha alma. Portanto, já no início de Pequena Coreografia do Adeus eu percebi mais uma vez, que eu estaria diante de mais um daqueles dramas difíceis de digerir. E foi diante desse cenário, que eu desbravei as 271 páginas. Não foi fácil. Finalizei a história com a alma totalmente dilacerada. E com a certeza de que Aline Bei arrasou mais um vez.
Pequena Coreografia do Adeus vai nos arremessar, sem dó e nem piedade, para uma zona altamente desconfortante, aquela em que somos capazes de sentir todo o sofrimento e toda a dor da personagem principal. E é nesse exato momento que as reflexões surgem, e que não muito distante, alguém pode estar vivendo algo parecido. Julia é a chave para uma imensa viagem e para grandes descobertas.
Se você está atrás de uma leitura profunda, daquelas de sacudir a alma, essa é para você. Pequena Coreografia do Adeus é mais do que uma simples leitura, é o despertar para uma realidade que muitos desconhecem.
Leia e descubra a magia da autora.
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Aione 10/11/2021

Pequena Coreografia do Adeus é o segundo romance de Aline Bei, conhecida por O Peso do Pássaro Morto, e seu primeiro pela Companhia das Letras. Foi também meu primeiro contato com sua escrita — e pude compreender os tantos comentários mais do que positivos ao redor de suas obras.

Aqui, acompanhamos a vida de Júlia Terra em diferentes fases, da infância à vida adulta. O livro é dividido em três blocos temporais, conectados às faixas etárias da protagonista, em uma prosa constituída em versos. O romance de Aline Bei é poético, senão por sua estrutura experimental, por sua linguagem tão rítmica e simbólica. Cada palavra é usada com cuidado para transmitir não só seu significado específico, mas abraçar outros tantos — e os significados são ressignificados a cada página a depender de sua formatação na página. Nessa experiência de leitura, não lemos apenas os vocábulos, mas também seu contexto de aplicação.

Pequena Coreografia do Adeus traz como centro narrativo a busca de identidade de Júlia, entremeada a sua relação familiar, uma vez que quem Júlia é está diretamente ligado ao que ela vive. Temas como violência e abandono saltam a cada página e impressionam pela força com que são recebidos, especialmente na voz da narradora criança. É de se admirar, também, como as emoções e traumas que pouco a pouco vão constituindo a protagonista são somatizadas e trabalhadas por meio de seu corpo, seja pelas transformações que nele ocorrem durante a puberdade, seja pela forma de como Júlia procura uma forma de expressar os sentimentos em algo concreto, em seus odores, fluídos, pele, contornos.

Entre sonhos, traumas, dores e anseios, Pequena Coreografia do Adeus é um relato cru, doloroso, belo e poético da vida de uma mulher marcada, em iguais proporções, pela dor e pelo amor — senão o que efetivamente recebe, o que deseja em quase desespero. E é esse desespero que nos faz transitar pelas páginas, como se em busca de ar, na expectativa do alívio — que não se concretiza como almejado. Mas, se não desistimos da espera, é porque Júlia também não desiste: de compreender, de sonhar, de encontrar o que talvez ela nem tenha consciência. Assim, a poesia de Aline Bei se faz na tentativa de dar forma e significado ao que há de mais profundo em termos de sentimentos, e de incompreensível, em termos de ações.

Foi uma leitura extremamente sensível e impactante, que me deixou ainda mais curiosa por conhecer mais do trabalho da autora. Li quase que de uma só vez, incapaz de interromper a fluidez que se dá quase que em uma triste coreografia, mas é também o tipo de livro que pode pedir para ser lido aos poucos, exigindo pausas para se recuperar o fôlego.

site: https://www.minhavidaliteraria.com.br/2021/11/09/resenha-pequena-coreografia-do-adeus-aline-bei/
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Wendy 26/02/2023

"por dentro eu era toda silêncio."
Esse livro traz uma escrita poética tão fluída e envolvente, nos sentimos conectados com a Júlia e com todos os seus temores, medos, pelos problemas familiares que ela passava em tenra idade, com a separação dos pais e os constantes abusos sofridos e a forma como ela os encarava no dia a dia dia.

Vamos passeando pelas fases da vida de Júlia e em todas elas sentimos o quanto sua infância a marcou, trazendo esses traumas a vida adulta, mesmo assim ela não desiste da sua constante procura, seus sonhos, mesmo em meio as dores e decepções, é na escrita que ela se refugia e leva consigo esperança.

Um relato sensível, real, e doloroso sobre a busca por algo que se sente falta ou pouco/nunca teve na vida.

"continuar tentando
e continuar
tentando
já que o exercício
da Busca
me proporcionava o lugar mais acolhedor que eu tinha
habitado até ali."
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Rebecasz 07/09/2023

Pequena coreografia do adeus
Senti na alma cada palavra escrita.

?Para todos aqueles que procuram uma casa dentro de casa, em especial aos que procuram desesperadamente.?
Amadeu.Rebouças 08/09/2023minha estante
Pretendo ler esse livro ainda esse ano.


Rebecasz 08/09/2023minha estante
Leia! É ótimooo


Su Silva 05/12/2023minha estante
É muito dramático?


Rebecasz 05/12/2023minha estante
Não muito




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