Debora 21/10/2021A linguagem falada nem sempre cai bem num livroO livro acompanha Francisca e sua família disfuncional numa mudança drástica da Colombia para Miami. A família é composta por ela, que é a narradora da história, sua mãe, que decide mudar após ser abandonada pelo marido (a situação nunca é esclarecida),sua avó, que passa o dia bebendo rum em latas de Sprite, e sua irmã.
A mãe, contadora na Colombia, vai fazer o que der pra sobreviver em Miami - e quase nunca vai dar. ela entra para uma Igreja evangélica cujo nome não lembro mais e "cresce" nas graças dos pastores - a ponto de eles pagarem o aluguel em muitos meses.
E é com a filha desses pastores, Carmen, líder dos jovens da Igreja, que Francisca vai se dar conta dos seus sentimentos. Francisca resistiu até onde pôde à Igreja, mas, no momento em que "aceitou Jesus" (ai que preguiça desta nomenclatura...), descobriu seu amor.
Vi e li resenhas dizendo que este seria um romance de formação, com Francisca se descobrindo lésbica. Pode ser. Mas acho que um romance de formação teria de acompanhar um período mais longo. Enfim...
A história poderia ser até interessante, não fosse a forma de narrá-la: é como se Francisca contasse a história para você, sentada a seu lado. O que poderia ser bom, né??
Sei que algumas pessoas gostaram. Eu só fiquei com preguiça mesmo de ler gírias sobre gírias, de alguém o tempo todo me interpelando (como uma quebra da 4a parece do teatro), de uma narrativa verborrágica e muitas vezes repetitiva.