Rafa Lugão 19/04/2021
"Alguém me amarrota, pq eu tô passada!"
Que livro foi esse meu povo? Ainda estou sob o efeito da girada de 360° que aconteceu nesse livro. Choquei!!!
Desde o lançamento eu vejo defendendo Dário com todos os meus panos. Se isso mudou? Mudou nada! Eu sou incorrigível.
Dário é um cara quebrado, arrogante, prepotente e que está acostumado a ter tudo que quer, na hora que quer. Mas, de repente, um pequeno ser põe suas mãozinhas sobre ele e o homem, muito surpreso e encantado, acaba não a afastando.
Ele sentiu o impacto, né, mores? Uma pessoa que nem imagina quem é e o trata, simplesmente, como uma pessoa comum. (Coisa que ele está longe de ser)
Era para ser só um beijinho para ajudar a menina a ganhar uma aposta... porque, não?
Quando Livia embarca para trabalhar no Navio Manat, e se depara com cara mais gato e carrancudo que ela já viu bem ali, ao seu alcance, ela tenta se manter afastada, centrada, mas vamos combinar: impossível!
A relação dos dois acontece de forma muito natural. Simultaneamente, Dário continua vivendo a sua vida, seus martírios, só tem paz e um fragmento de felicidade quando está com ela, em suas mãozinhas. (Adorei isso!)
A pequena libélula, de olhos puxados, cheia de "nãos" e destruidora de vícios. Foi lindo ver nosso rabugento reencontrar o caminho para o próprio sorriso.
Tudo se complica quando as duas realidades dr Dário se chocam. Eu nunca pensei no que encontraria naquelas páginas. Eu vi um Dário que, lá no fundo, eu até sabia que existia, mas ele se revelou de uma forma tão bruta, que por um momento, eu fiquei sem rumo. E aí, sim... eu chorei!
Não condeno o Dário. No mundo em que ele vive e passando pelo que ele passou, achei a atitude dele, embora com a pessoa errada, até que bem natural.
O desfecho da história não me pegou de surpresa. Eu desconfiei desde o começo. Não pelos motivos que se revelaram, e isso foi outra coisa que me chocou bastante! Ali, eu amoleci... quase pedi para o Dário amocer tbm, mas no fim, "SANGUE FALA MAIS ALTO. ELE SEMPRE FALA!"