No útero não existe gravidade

No útero não existe gravidade Dia Nobre




Resenhas - No útero não existe gravidade


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Mary Manzolli 10/07/2021

Somos sobreviventes.
"Marina, somos sobreviventes! Com afeto e coragem, ..." e é com essa dedicatória que inicio a resenha de uma das menores e mais intensas obras lidas neste ano.

Mesclando histórias reais e fictícias que podem ser interpretadas tanto como contos independentes quanto como um romance contínuo, Dia expõe de forma visceral, impactante e ao mesmo tempo lírica, as dores de se nascer mulher numa realidade repleta de protocolos pré estabelecidos e nos cobrados, diariamente, por uma sociedade machista e autoritária.

O livro aborda a vida de uma mulher procurando compreender as razões da fuga da mãe, expondo os efeitos colaterais e as dores vindas deste abandono e, conforme o desenvolvimento da narrativa, somos levadas a refletir sobre as opressões sofridas por nós e seus impactos em outras vidas num efeito dominó sem fim, moldando relações tóxicas no âmbito familiar, inclusive  nas relações entre mães e filhas. 

São histórias de avós, mães, filhas, irmãs, representando todas nós, mulheres, que tentamos cicatrizar as feridas causadas pelas exposições precoces às imposições sociais por modelos  comportamentais "femininos"  e que nos levam a aceitarmos assédios, exigências por aparências físicas inatingíveis e pressões para o exercício da maternidade. São mulheres construindo outros caminhos num exercício de auto conhecimento, sujeitando-se aos erros e acertos naturais e humanos.

Enfim, uma estória sobre a história de todas nós mulheres que passamos a vida tentando nos encaixar nos modelos sociais, reprimindo o que somos verdadeiramente, escondendo nossos anseios e nossos desejos mais reais e quase sempre nos transformando em figuras infelizes, ansiosas, depressivas e tantas vezes suicidas.

Dia, somos sobreviventes, sim! E continuaremos sobrevivendo enquanto não nos for dada a oportunidade de viver, porque resistir é fundamental!


site: Intagram @marymanzolli
DiaNobre 01/08/2021minha estante
Querida, seguimos! Obrigada pelo carinho!




jade 29/01/2022

escrita claramente mais desenvolvida que o primeiro "todos os meus humores". conta com muitas experiências profundamente pessoais. um olhar de dentro, para dentro, a respeito de transtornos mentais. gostei mucho
DiaNobre 04/02/2022minha estante
Obrigada por acompanhar meu trabalho!




Aelita Lear 18/04/2023

Profundo
Sabe aquele tipo de livro que faz a gente ficar imerso na leitura, como se estivéssemos vivendo aquilo? No útero não existe gravidade é esse tipo de livro. Não consigo nem fazer uma resenha capaz de traduzir o que ele foi para mim. Eu amei. Me peguei fissurada pelas páginas e recomendo demais a leitura. Provavelmente entrará no meu top 10 do ano!
@niqueliv 28/04/2023minha estante
Bem que você se arrependeu dessa avaliação kkkkk


skuser02844 27/02/2024minha estante
Se arrependeu pq??? Conta o babado




Lilian 02/03/2022

Curto e potente
O livro tem poucas páginas, dá pra ler em uma hora. Mas traz muitas questões pra reflexão, com uma linguagem poética
DiaNobre 05/05/2022minha estante
Olá, obrigada pela leitura!




arqueofarias 01/11/2022

Li por acaso em decorrência do titulo impactante ter me chamado atenção e tive uma feliz surpresa. Livro lindo, potente, verdadeiro, triste e genuíno.
Um sopro de poesia?.
DiaNobre 20/01/2023minha estante
Obrigada pela leitura!




Angela 02/08/2021

"No útero não existe gravidade", livro que pode ser lido como um romance ou contos, Dia Nobre, em uma narrativa feita em versos, explora as relações conflitantes entre mães e filhas - a avó, a mãe e a filha.
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O livro é dividido em três capítulos, narrado em primeira pessoa, e traz uma personagem feminina que é acompanhada da infância, período em que foi abandonada pela mãe, até à vida adulta, fase em que decide remontar memórias antigas de sua mãe, tentando lidar com as cicatrizes geradas pelo desamparo e percebendo que não possui contorno.

Desde criança, a personagem se vê sozinha descobrindo, em meio aos traumas que marcam o universo feminino, acontecimentos envolvendo às mulheres; o assédio, abuso sexual, automutilação, depressão, a violência. Enquanto sofre com as lembranças dolorosas do abandono, em momento algum se sabe o porquê da mãe ter deixado a filha; e a partir desses pontos, a autora escreveu um dos livros mais tocantes sobre a mulher.

Através da narradora, o livro discute os efeitos desses episódios no psicológico da personagem, abordando o peso do que é se tornar mulher muito cedo, a pressão social sobre a mulher que não deseja ser mãe e o impulso da morte na mulher que tenta se encaixar (nos padrões sociais) num mundo que a oprime diariamente.
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“No útero não existe gravidade” é um dos livros mais sensíveis que eu já li. Você vê tantas mulheres na narrativa que, independentemente da sua história, você se identifica com alguma passagem. É o primeiro livro da Dia Nobre que eu leio, amei a experiência da leitura nesse formato em versos, e já quero revisitá-lo outras vezes.
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“família pode ser âncora ou vento.
pode te arrastar por um mar de vergonha e obrigações ou te levar longe.
família pode ser de sangue ou de alma. pode ser feita de dois, três ou mais.
pode ser nó de marinheiro que não desata em turbulência ou nó corrediço que ao menor deslize te engana.
família é aquilo que te assombra a genética ou te acolhe no meio da noite.
família deveria ser pra sempre.
mas quase sempre
não é”.
DiaNobre 03/08/2021minha estante
Obrigada pelo feedback!
Feliz que tenha gostado!




Lurdes 30/06/2022

Poesia? Sim
Prosa? Também
Prosa poética, talvez? Sim
Fluxo de consciência? Sim

Um pequeno livro com múltiplas facetas, múltiplas leituras e abordagens.

Dia Nobre nos conta muito mais do que os pensamentos de sua personagem.
Temos um fluxo de consciência e de sentimentos em forma de prosa poética, tocante, sofrido e bonito, muito bonito.

Uma menina/mulher e o que uma família acha que cabe ou não a uma menina.
Quantos nãos e desamores é possível suportar sem colocar sua sanidade e autoestima em risco?
Muitas vezes nossa protagonista titubeou e flertou com auto mutilação e pensamentos suicid@s.

Uma narrativa
Em que apenas os fatos marcantes têm vez.
Preenchemos as lacunas com o que imaginamos, nos sentimos parceiras da autora na construção da estória.

Gostei muito de conhecer Dia Nobre e sua escrita sucinta e poética, numa narrativa que reafirma o quanto é difícil ser mulher e mais difícil ainda ser uma mulher lésbica.

Recomendo a leitura.

Apenas alerto para possíveis gatilhos no que diz respeito a suicídio.
DiaNobre 27/07/2022minha estante
Valeu, querida!




Yara Fers 26/06/2021

Gravidade
O segundo livro de Dia Nobre traz uma prosa curta e lancinante, em textos que podem ser contos ou capítulos de uma só história.

Engana-se quem olha sua espessura e acha que poderá lê-lo de uma tacada só. Pois, curto como a lâmina afiada de uma navalha, ele nos fere um pouco em cada parte. Exige algumas pausas.

Trata-se de gravidade, pois ilustra a queda, essa queda infinita com a qual às vezes sonhamos, mas que é a vida real diária. A queda é também a imagem da morte que ronda os espaços do livro de forma constante.

Há momentos em que imaginação (ou loucura?) adentra o real, e novamente não sabemos onde (ou se) estamos pisando.

Mas talvez a obra seja de fato sobre sobreviver à queda, um reerguer-se sutil e contínuo.

Permita-se a queda livro adentro.
DiaNobre 01/08/2021minha estante
Obrigada pelo comentário, querida!




Emanuela 10/08/2022

Passeio pela prosa poética
Desde que uma mulher nasce ela passa a lidar com diversos pesos, perdas, dificuldades, fardos que marcam suas vidas. Daí o nome da obra da escritora cearense, Dia Nobre, ?No útero não existe gravidade?.

O livro trata da trajetória de uma personagem, uma menina, que abandonada pela mãe, teve que se descobrir sozinha em meio a diferentes acontecimentos que são comuns às mulheres, como abuso sexual, assédio, automutilação, depressão, entre outras.

A narrativa que passeia pela prosa poética deixa a leitura fluída. O livro é pesado, mas poético. A potência das palavras nos arrasta do início ao fim.
DiaNobre 16/08/2022minha estante
Obrigada pela leitura, querida! ?




vicqs 05/09/2021

Um acontecimento
Este livro é um acontecimento, não são apenas palavras, ou histórias, mas um acontecimento! Repletos gatilhos e isso me destruiu, pela dificuldade de lidar com estes, mas a sensibilidade com que foi escrito só me faz ver o quanto precisamos lidar com as nossas dores.
DiaNobre 14/09/2021minha estante
Olá, muito obrigada pelo seu feedback! Feliz que gostou!




miia 01/01/2024

é um bom livro e aborda temas bem pesados e necessários, o livro retrata bem como é nascer mulher em uma sociedade machista e cheia de esteriótipos, em que a mínima recusa de uma mulher já é vista como errôneo e desnecessário, como se as mulheres fossem obrigadas a simplesmente aceitar as ações de um homem, mesmo que sejam apenas crianças, o livro também explora a dor da perda de alguém para a morte, e realça que até as pessoas que mais gostamos erram e que com o passar do tempo temos que nos atualizar com o mundo, e como ele evolui, quebrando pensamentos atrasados.
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Mary Stein 14/04/2023

Na média
O começo foi bem interessante, estava gostando mas senti que tudo foi ficando embaralhado no decorrer da leitura até chegar ao fim. Os temas abordados me tocaram bastante pessoalmente e, se não tivesse ficado tão confuso em algumas partes poderia ter dado mais estrelas.
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Viviane Braga 07/09/2022

Não sei se entendi direito a complexidade dessa obra kk é muito profunda e confusa, a gente entende do que se trata mas não entende todas as metáforas que a autora usa. Enfim, não é uma leitura fácil.
DiaNobre 20/01/2023minha estante
Obrigada pela leitura!




Thammy 06/02/2022

Totalmente diferente do que eu imaginava.
Esse livro traz textos curtos, impactantes, de uma mulher e o peso de suas vivências.

Alguns textos me deixaram com uma sensação incômoda. São perturbadores porque a gente se entrega para eles, se atira nos medos, nos sentimentos, nos desejos, nas tristezas profundas, nas saudades relatadas.

Os textos da autora nesse livro são sonhos e pesadelos que vivenciamos acordadas ao ler. Mergulhamos no realismo fantástico que busca, no fundo da alma, as lembranças de uma mente e de um coração marcados por alegrias, dores, paixões, fracassos...

Eu, que imaginava encontrar um livro sobre feminismo, me deparei com outro tipo de leitura que surpreendeu, ao final de tudo.

Gatilhos: depressão, suicídio, automutilação.
DiaNobre 11/02/2022minha estante
Obrigada pelo comentário!


Thammy 15/02/2022minha estante
Eu que agradeço por essa potência!




Grace.Souza 28/12/2021

Tristeza e delicadeza em poesia
Traumas, memórias, pensamentos, sonhos, abandono e outras estigmas descritas com delicadas e melancólicas palavras.
DiaNobre 05/01/2022minha estante
Obrigada pela leitura!




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