Nossa Parte de Noite

Nossa Parte de Noite Mariana Enríquez




Resenhas - Nossa parte da noite


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luiza lima 03/08/2021

mistura perfeita de crítica ao poder, terror e sobrenatural
Esse livro foi uma surpresa muito boa, gostei muito!

Ele é relativamente longo, a história é bem pesada, mas achei a escrita incrível e envolvente, eu não conseguia parar de ler. O livro é dividido em partes/capítulos bem grandes, mas eles todos possuem várias quebras, pequenos espaços de respiro na história, e, para mim, funcionaram muito bem para as pausas da leitura, não me senti cansada lendo.

Amei como a autora criou essa mistura entre realidade e sobrenatural e como ela escreveu o horror e terror tão bem. Li poucos livros do gênero, mas sempre achei meio bobo o fator terror, mas definitivamente esse não foi o caso aqui. Como disse, o livro requer um pouco de estômago porque é bem pesado e a moralidade dos personagens é muito questionável e os levam a fazer coisas terríveis. Acredito que seja uma referência ao próprio cenário da história, a ditadura argentina. A autora mostra todo esse lado cruel e desumano das pessoas que estão no poder, e o fazem simplesmente porque podem e querem. É uma grande crítica sobre a realidade contada através de uma ótima ficção.

Além disso, achei muito refrescante ler algo latino. É algo que às vezes passa despercebido mas que quando me deparo, percebo o quão bom é consumir algo com um contexto mais próximo da minha realidade. Enfim, adorei demais!



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Mia 07/01/2024

Não pensa no diabo que ele aparece
Nossa parte de noite é um livro grande, tem quase 600 páginas e não tem divisão de capítulos, no entanto a autora conseguiu distribuir bem os acontecimentos e dar a devida profundidade a eles. Tenha em mente que, se o livro fosse menor ele não seria nem de longe tão bom quanto é.

O que mais me chamou atenção foi como a autora conseguiu amarrar muito bem tudo que acontece ao decorrer da história, lembra daquele personagem lá do começo que apareceu em 5 páginas? Meu bem, ele vai voltar... ah e como vai. São coisas assim que tornam a experiência tão proveitosa.

Gostei de como ela foi trabalhando a mitologia aos poucos, sem ficar sobrecarregando o leitor com termos que são facilmente esquecidos, além disso, a construção mais lenta faz com que a curiosidade seja ainda mais atiçada.

Nossa parte de noite não é um livro para leitores que só querem chegar ao fim a todo custo. Aqui, todos os personagens tem uma vida, seus próprios problemas e desafios, os lugares também tem história e cada momento é importante, então tenha calma.

Uma dica para quem quer comprar esse livro, a edição do Intrínsecos tem alguns erros de revisão, mas nada que atrapalhe muito.

Como fã de um bom horror eu amei esse livro, fica a indicação e não esquece ein.. não pensa no diabo que ele aparece.
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@orionterrificus 03/11/2021

Perfeito
Terror talvez seja o gênero mais cheio de clichês e lugares comuns, não vou dizer que esses lugares não aparecem nesse livro, mas mesmo quando aparecem são bem colocados e apresentados de modo inovador. A mudança de narrador ao longo da obra é um recurso maravilhoso e muito bem usado. Ajuda o leitor a construir a história sem que esse processo seja cansativo, pelo contrário, é instigante juntar as peças pra tentar entender a história. E que história, pela sinopse eu esperava um romance estradeiro, umas perseguições, uns cemitérios, porém me vi diante de todo um universo, de uma mitologia muito singular e uma forma linda de contar uma história MUITO sombria. Ansioso para ler alguma outra coisa da autora, virei fã.
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luan_dal 10/12/2021

spoiler: só vou fazer elogios, haters caiam fora
Eu já tinha sido conquistado pela autora quando li o livro de contos dela há alguns anos, "As coisas que perdemos no fogo", que achei incrível. Desde então, quis ler mais coisas da Mariana Enriquez e, depois de muito desejo e espera, li "Nossa parte de noite".

Se eu falar que ele foi o que eu esperava, eu estaria mentindo. Mas ele também não foi o oposto do que eu esperava. Eu sabia que ele seria um livro lento, demorado para ler, confuso, nojento... E ele foi isso e muito mais.

Dividido em cinco partes, o livro começa nos anos 1980, com Juan e seu filho Gaspar fugindo. Não sabemos direito por quais motivos, nem quem os está perseguindo, mas já temos vislumbres do que vem mais para frente no livro: a relação complicada entre pai e filho, a doença de Juan, culto a divindades, cemitérios, espíritos, aparições, sangue e violência.

Na segunda parte, a mais breve do livro, conhecemos um pouco mais sobre a Escuridão, sobre o passado de Juan e de quem o persegue.

Na terceira, alguns anos após, vemos um grupo de amigos: Gaspar, Vicky, Adela e Pablo. No maior estilo "It, a Coisa" de Stephen King, eles brincam e se divertem, mas também se relacionam com a morte e com o sobrenatural.
O que começa com a procura por uma cadela desaparecida logo se transforma em uma aventura permeada por medo, desejos, violência, amizade e os horrores da ditadura; isso tudo presente no livro inteiro, em menor ou maior grau, de forma explícita ou implícita.

A quarta parte serve para explicar muito do que estava confuso. Aqui é revelado mais sobre o passado e as relações de Juan com outras pessoas; o que é a Ordem e como foi formada; quais as habilidades, objetos e lugares que existem neste mundo fictício.

A parte seguinte imita uma reportagem. Assim como a segunda parte, não tem muita coisa muito importante pra história; serve mais para mostrar algumas coisas ou para mostrar algo que será usado no futuro. As consequências da ditadura estão muito presentes aqui, pois fala de desaparecimentos, exércitos, lutas, militantes, ossos (des)enterrados.
Trazendo para uma perspectiva mais brasileira e tomando a liberdade para fantasiar um pouco (e ser aquelas pessoas que procuram mensagens subliminares em filmes da disney), penso que os arquivos perdidos de um caso, o silêncio das famílias e uma casa que não pode ser encontrada, mencionadas nessa parte, podem ser uma alusão ao encobrimento de acontecimentos da ditadura, que vão desde a destruição de arquivos até o esquecimento e negacioanismo atuais.

E por fim, a última parte junta tudo o que foi apresentado. Aqui tem de tudo: tem traição, tem feitiçaria, tem gays, morte, coisa nojenta (a cena do hospital e do braço!!!!!!!!!), e muito mais.
Se até então algum subgênero do terror tinha ficado de fora, aqui ele aparece: no livro inteiro tem terror psicológico, terror corporal, social, gótico, gore, slasher, sobrenatural, found footage (na verdade é quase um found footage); tem o terror do medo, da morte, da doença, do poder, da vida... Tem terror de tudo.
E isso feito de maneira espetacular.

Com a missão de amarrar tudo e de finalizar o livro de uma maneira satisfatória, Mariana Enriquez usa de (quase) tudo o que mostrado nas mais de 500 páginas. E faz uso de maneira convincente, confiante. Tirando uma ou outra coisinha que é negligenciada, nada fica de fora dos momentos finais. Tudo apresentado desde as páginas iniciais voltam para fazer um final que não é frenético nem impressionante, mas sim condizente com o universo criado para essa história e muito adequado.

Misturando tudo o que é possível, desde a estrutura de escrita até os gêneros de terror, as crenças e religiões das sociedades e os estilos literários, "Nossa parte de noite" é um livro grandioso que não merece nada menos que aplausos e todos os prêmios que ganhou.
Fica aqui a minha admiração a Mariana Enriquez, uma das melhores escritora da atualidade e uma de minhas maiores inspirações. E também fica o convite para tomarmos café em um cemitério, caso você esteja lendo isso, Marininha.
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Gabs 11/09/2021

Tive muita dificuldade para ler esse livro...
Não considero que seja um livro que apenas pessoas muito cultas conseguirá ler, ele foi difícil para mim devido a agressividade com que os fatos foram narrados. Muitas cenas fortes (principalmente envolvendo crianças) são narradas de maneira muito descritiva, que te faz imaginar de modo muito detalhado e, confesso que me causou alguns pesadelos por ter a estrutura fraca pra essas coisas kkkkk

Não abandonei o livro porque a curiosidade falou mais alto e eu queria saber o que iria acontecer com o Gaspar, então respirei fundo e fui.

A agressividade com que é mostrado o amor de Juan por Gaspar me incomodou muito, os feitiços envolvendo crianças então, nem se fala.

É um livro com passagens muito densas, as vezes o raciocínio é quebrado para se mostrar um outro ponto de vista da história, um passado. Tudo fica muito conectado no fim, mas o fim me decepcionou muito.
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Rafa 02/06/2021

Desenvolvimento SENSACIONAL, só pecou no fim
De longe, um dos que vai ficar na minha estante de favoritos.

A história prende, a autora sabe fazer ligações de detalhes aparentemente sem importância com acontecimentos SUPER importantes coisa de 200 páginas pra frente.

O estilo de leitura que combina narração com fala também é bem legal, traz movimento pra trama (a tradutora, inclusive, falou disso pela Intrínsecos digital).

A revistinha que veio com a edição da intrínsecos também trouxe muitos detalhes que dão vida para os detalhes e faz tudo ser mais realista ainda. A história teria me pegado mesmo sem a revista, mas ela foi um ótimo complemento para explicar as ditaduras.

Os vaaaarios detalhes de sexualidades não normativas foram muito bem construídos. Bissexualidade é extremamente natural dentro da ordem, e em vários momentos a autora faz questão de definir "um casal, homem e mulher" ou "fulano e seu namorado" ou "elas eram namoradas", trazendo um equilíbrio bastante necessário na linguagem para normalizar casais não normativos.

A autora também é incrível quando o HIV atravessa a história com um dos personagens principais.

Só acho que pecou um pouco no fim. O acontecimento final é BASTANTE corrido, se comparado com outros com menos importância.

Sinceramente, recomendo pela combinação de terror real (urbano, ditadura) com sobrenatural (e até meio gore)!
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Valentyne.Strozzia 30/12/2023

Nossa Parte de Noite
Esse livro mistura uma narrativa sombria, macabra carregada do sobrenatural do oculto, de morte, tem culto a escuridão, rituais eróticos e entre outros enquanto mistura elementos históricos (ditadura argentina, epidemia da aids, etc) para criar uma história em que muitas coisas acontecem mesmo quando não esta acontecendo "nada", esses momentos de nada que eu falo eram momentos do cotidiano em que pequenas situação de tensão de acumulavam até que finalmente explodiam, a autora fez um trabalho muito bom em criar essa atmosfera de tensão na história.
A história é dividada por grandes capítulos que eu considero blocos em que há mudanças tanto do tipo de narrador tanto quanto foco narrativo e por mais confuso que isso possa deixar a história também adiciona algo muito interessante a ela porque nos vamos descobrindo enquanto lemos, as coisas não são óbvias e as vezes fatos soltos tem sua explicação mais pra frente, um ponto muito positivo na minha opinião já que permitiu coesão a história, eu adorei quando o foco narrativo passou de um personagem pro outro e a gente compartilhou de certa forma a mesma angústia do personagem com a falta de informação, cenas confusas e coisas estranhas (como eu disse que são explicadas em algum momento). Pra mim a autora fez um trabalho muito bom em construir a narração desse livro, eu achei bem fluída e nada carregada apesar de ser um livro extenso, não ter capítulos pareceu um problema mas não foi tanto pra mim pois em muitas partes do livro haviam pausas entre cenas que permitiam que eu me sentisse confortável para interromper a leitura.
É um livro diferente do que estou acostumada, comprei ele sem nem saber do que se tratava mas me surpreendi positivamente com ele já que não é o estilo que eu costumo gostar. É o tipo de livro que eu recomendaria pra algumas pessoas e pra outras não e particularmente não me vejo lendo novamente mas com certeza cogitaria em procurar mais leituras nesse estilo.
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bibliotec.comunitaria 17/07/2021

Uma leitura não muito fácil em muitos aspectos mas um Trevoso de respeito!
O livro da autora argentina que veio no mês de Maio do Clube Intrinsecos demorou mas me envolveu e aqui estou eu com saudades de Juan, Gaspar e cIa... Uma leitura tensa e intensa era o que eu dizia o tempo inteiro em que lia, quase dois meses creio eu.

A escrita de Mariana Enriquez é aquela que chamam 'fluxo de pensamento?' em que o narrador e os dialogos e os pensamentos dos personagens se misturam e exigem de quem lê uma concentração e um mergulho mais instenso na história. Eu no corre diário leio em qualquer tempo livre que surja e muitas vezes fazendo outras coisas ao mesmo tempo e pra quem tem esse costume esse tipo de escrita pode demorar a engatar.

Uma vez que me envolvi com a história o clima dark me tomou e a descrição do livro me fazia visualizar os cenarios dos filmes e séries trevosos que já assisti. Mas o clima era tão tenso que certos momentos tinha que dar uma parada pra ler outra coisa e depois voltar a leitura.

De inicio entendi algumas criticas que li sobre a escolha da autora de dividir a história em longos capitulos mas acho q o livro perderia a intenção da autora de com sua história nos consumir e 'alimentar a fome da escuridão', rsrs. Entendi a que escrita intensa combina com a história contada e não poderia ser diferente. Além disso a divisão em partes faz quase essas funcionarem independentes. O tempo inteiro a autora consegue descrever bem os personagens e nos faz conhece-los profundamente.

Ah, e sim poderia ter um final espetacular e blablabla cair no cliche mas entendo que o final dado e meio aberto é bem aceitável. Gostei muito de mergulhar na escuridão e conhecer esses personagens e seus panos de fundo diversos como lutas sociais na ditadura, a diversidade sexual bem abordada, a cultura trevosa das ceitas ocultas, a epidemia de HIV, etc.

Minhas 5 estrelas para Nossa Parte de Noite.
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Mari 30/06/2021

Confesso que foi uma leitura muito difícil. O livro não tem capítulos (e quando tem são de 100 páginas), o que torna a leitura mais cansativa. Muitas vezes eu tive que parar no meio de um parágrafo porque ele era muito.. grande.
A história é muito interessante, misteriosa e mística, e ao longo do livro eu fiquei com muita dó do gaspar e muita raiva de outras pessoas (nao posso dar spoiler).
No final as peças vao se juntando e vc entende tudo.
Mas eu não gostei do final kkkkkkk, podia ser diferente.
A marcação do tempo podia ser diferente também, muitas vezes eu não sabia em que ano alguma parte estava passando...
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eueduardalima 01/07/2022

Bom.
Acho que a história toda poderia ter 200 páginas.
A o livro é muito interessante, mas em alguns momentos é extremamente lento e cansativo.
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Maitê 09/06/2021

No começo achei que seria de fato uma coletânea de contos sobre o sobrenatural, mas para a minha surpresa é algo totalmente diferente. É um livro único, uma única história, divida em capítulos, que poderiam ser chamados de contos. Pois cada parte tem sua particularidade, sua própria narrativa, mas no construir da obra, vemos uma unidade nessa divisão única.
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tyribeiro 09/09/2021

Um livro de tirar o fôlego. Forte e envolvente. Uma mistura de realidade e fantasia mística. Fui pesquisando tudo sobre a cidade o de se passa a história, os santos, as crenças. Me surpreendi com as crenças/rituais tão reais.
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Cibele 13/09/2022

Gosto muito da escrita de Mariana Enriquéz.
Tive muitos pesadelos lendo esse livro. Mexeu demais comigo, já fazia tempo que não me envolvia tanto com um livro como com esse
Marilucia 28/06/2023minha estante
O único livro até hoje que me fez realmente sentir medo. Adorei!




@biaentreleituras 10/06/2021

Quando eu vi a premissa de Nossa Parte de Noite eu fiquei muito interessada na leitura, a história macabra que o livro traz me deixou intrigada e logo comecei a ler. A leitura me provocou sentimentos diferentes, ao mesmo tempo em que eu estava curiosa para ler e descobrir mais sobre A Ordem e o Culto das Sombras eu ficava horrorizada, escandalizada com tanta crueldade e isso me fez admirar a autora pela facilidade com que ela nos choca e ao mesmo tempo nos instiga.

*Resenha completa no blog

site: http://vocedebemcomaleitura.blogspot.com.br/
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