Pinturas de guerra

Pinturas de guerra Ángel de la Calle




Resenhas - Pinturas de guerra


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Debora 20/11/2021

Para entender um pouco da arte latinoamericana na déc. De 70
Pinturas de Guerra traz histórias da história da arte e artistas exilados da América Latina. "Algumas histórias totalmente desconhecidas que constroem o panorama de uma terrível tragédia ... E a epopéia de uma geração de pintores que cruza as nações da América Latina. Os anos 1960, 1970, os anos da revolução e dos sangrentos golpes militares..." (Prólogo)
E o autor concluiu, com algumas explicações, que "a honestidade é uma forma de justiça com a geração de latino-americanos, protagonistas desta história, que tentaram libertar o continente pela segunda vez (na época das ditaduras). Com pouco sucesso, aparentemente, e com um custo pessoal e humano absurdo."
No entanto, ... para os historiadores pode ser que tenham sido derrotados, mas, humanamente, ganharam.
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LaAs183 09/04/2022

"Sempre seremos estranho em um país estranho. Perdidos na saudade de algo que, se ainda existisse, jamais recuperaríamos." Acho que essa frase representa muito bem a essencial do livro, e os horrores que muitas pessoas sofreram lutando contra as ditaduras latino americanas.
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Thiago Rossoni 22/02/2022

Uma das melhores HQs que li nos últimos anos. De la Calle narra, com um traço expressionista e reverencial, o destino de artistas que se mobilizaram contra as ditaduras de seus países. Uma história sobre histórias e sobre a força latina.
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Emerz 27/07/2022

Com certeza umas das melhores coisas que li esse ano.

Um quadrinho forte com uma história forte e muitas discussões ao longo dele. Difícil de terminar e não voltar em algumas partes e continuar pensando sobre ele.

Uma obra enorme e mais um grande acerto da veneta.

O que parece um enredo simples se transforma em quadrinho político e avassalador.

Por vezes é preciso parar e respirar, para absorver tudo aquilo que a página lhe apresenta. Uma obra completa e um quadrinho essencial.
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Ludmila 16/05/2022

Totalmente impactada por esse HQ!
Um grupo de pintores latino-americanos exilados em Paris nos anos 70. O autor, além de trazer o contexto ditatorial de países da região e o pq do envolvimento de civis as guerrilhas, traz a angústia do exílio de pessoas que embora tenham conseguido sobreviver ao horror, são verdadeiras almas perambulantes desprovidas de sentido de continuar a existir!!
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Maria Júlia 09/06/2022

Um dos melhores quadrinhos que li esté ano, sem dúvidas. A história gira em torno de um escritor espanhol que vai a París escrever um livro sobre Jean Seberg. Acaba conhecendo vários pintores latinoamericanos que estão exilados ali por conta das ditaduras em nosso continente.

É triste, mas um trabalho primoroso. Só não gostei muito da forma como o autor retrata as mulheres nos momentos de violência mais explícita, pois as expõe demais - e os homens não são expostos da mesma maneira. Fora que nos poucos momentos que aparecem mulheres nuas, elas tem os peitos de uma boneca inflável. De roupas, não.

Mas tirando isso, é um quadrinho maravilhoso e merece ser lido.
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Beatriz3345 09/04/2023

Não é uma leitura simples ou fácil
"Ao menos sei que nós matamos e morremos por um mundo melhor. Eles vivem e matam por este mundo."

Mesmo com as notas com referências oferecendo contexto histórico, político e social para esse quadrinho, eu não o indicaria como uma leitura introdutória sobre o tema dos artistas latino-americanos exilados durante a repressão política da metade do século XIX em seus países de origem.

Com relatos dolorosos sobre a violência e tortura, sobre as injustiças sociais que perduram e as contradições e anseios entre arte, política e mercado, essa é uma excelente hq, honesta em sua verdade e em sua parte ficcional, utilizando essa linguagem para expor o absurdo que a realidade é e a luta que existe para muda-la constantemente.
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Pri_Gejao 23/06/2023

Estarrecedor
Nunca havia lido nenhuma HQ que não fosse Turma da Mônica.
O livro é estarrecedor, na escrita e nas imagens.
Escrito numa linguagem/imagem que causam náusea, mal estar, revolta, mas que também comovem.
Parei em vários momentos.
A crueldade exposta como ela foi, e é ainda em tantos outros contextos, choca.
Evoca*, no sentido literal da palavra, a vida de tantos torturados e exilados nas ditaduras do Cone Sul financiadas pela CIA de forma crua e impactante.
Uma HQ que não basta ser lida, tem que ser sentida.

*evocar
transitivo direto
tornar (algo) presente pelo exercício da memória e/ou da imaginação; lembrar.
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woocisco 22/12/2022

Arte contra o fascismo
Em "Pinturas de Guerra", Ángel de la Calle conta através de quadrinhos a história de diversos personagens, em especial a de um jornalista espanhol que recebe muito dinheiro após a morte de um familiar e vai para Paris com o intuito de fazer uma biografia sofre a tão misteriosa vida da atriz Jean Seberg.
Chegando na cidade, o jornalista se encontra envolvido em um esquema de corrupção policial, falsificação de pinturas e a perseguição de três artistas refugiados das ditaduras latinoamericanas, os Autorrealistas, um pequeno e breve movimento artístico nas ruas de Paris.
Ao ler o livro, você fica aflito com as cenas explícitas de tortura e acontecimentos marcantes nos países do Cone Sul, é realmente uma leitura difícil. A arte é muito bonita, de verdade, e você sai de lá parecendo uma enciclopédia da política da América Latina no séc. XX, descobre um tanto de artistas novos e organizações paralelas, como a Escola das Américas, um lugar no qual a CIA treinava os torturadores das ditaduras.
É um livro MUITO bom mesmo, era um desejo meu ler ele nesse ano, e com certeza vale muito a pena. Todos os amores impossíveis e relações estranhas te consomem.
Recomendo muito.
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Paulo.Vitor 03/09/2023

"Vimos que não podíamos pintar como antes. Abandonamos as instituições e buscamos o povo."
Não conhecia esta HQ, acabei comprando por me interessar pela sinopse, aproveitei a ótima promoção da Americanas.
Ao chegar, vi o calhamaçinho que era, e decidi por fazer esta furar a fila de leituras.
Conta, no seus 5 capítulos, sobre histórias diferentes, porém, que de certa forma, por motivos diferentes, se encontram. É uma interseção perfeita entre a arte (no sentindo de pinturas e movimentos artísticos), a literatura, a história e a política.
Ao falar sobre as ditaduras das décadas de 60 nos países sul americanos, mostra que, nessas nações, não foi só a democracia que morreu, como também, os movimentos/escolas artísticos (que hoje são poucos conhecidos) seja por pressões externas de outros mercados, seja pela necessidade dos artistas de convergir para uma arte mais política, engajada e revolucionária.
Algumas dessas histórias, nos contam, inclusive como alguns artistas, exilados ou refugiados em outros países acabam por ter dificuldades gigantescas para sobreviver, recorrendo até para a falsificação de artes.
Um dos capítulos, também bastante interessante conta sobre a vida de uma atriz, que acabou por ser mais lembrada por ter mais de um companheiro durante a vida do que de fato pela sua carreira e por suas boas ações. Ainda sofreu uma perseguição por seu posicionamento político.
A HQ não é de fácil entendimento, até porque, precisa conhecer bastante as vanguardas artísticas (eu até conheço as mais mainstream, mas essas aqui são bem específicas) também são citados políticos de cada país. A HQ, ao final, possui incríveis 17 páginas de notas, que nos torna um pouco mais possível de entender os inúmeros nomes citados. Também apresenta uma linha do tempo de certa forma confusa, que se assemelha ao conto mais conhecido do Cortazar, "O Jogo da Amarelinha". Na minha opinião leiga, essa forma de enredo em uma HQ acabou por dificultar o entendimento. Mas ainda sim, creio que valha a pena, ainda mais pelo preço que paguei. Quanto ao preço da Amazon, caso exista interesse pelas escolas artísticas, também vale a pena.
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Manfred 05/01/2024

Pesadelo latino-americano
Leitura fortíssima que expõe toda solidão e desilusão dos artistas exilados da várias ditaduras latino-americanas, a angústia de não conseguir mais ver sentido num fazer artístico que é incapaz de confrontar o horror político
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