Resenhas - Guerra Cultural

Gigio 01/06/2023

Guerra ideológica
O livro contém muita teoria universitária e requer uma base teórica prévia para compreensão. Fornece ótimos argumentos para combater a retórica esquerdista e explica como a esquerda transmutou seu discurso se adaptando aos seus fracassos ao longo do tempo.

Rogerio.Flores 08/11/2021

Guerra Cultural
Stephen Hicks navega pela história da filosofia e da arte para apontar como o pos-modernismo foi criado, quais as inspirações e caminhos adotados. Trata-se de uma psicanálise social, em que explica sua visão histórica das transformações.
Muito enriquecidor.
Recomendo

Marcelo Duarte 31/05/2022

Desconstrução, tudo é descontração!
Livro muito instrutivo. Certamente que há um juízo de valor do autor sobre o assunto. Mas ele sustenta com bases factuais, e não se agarra em falácias, todo seu argumento.

Ele parece um professor ligando ponto a ponto o traçado solto da história filosófica que desemboca no pós-modernismo.

Achei que Gramsci apareceria mais destacado em certo capítulo, mas encontrei apenas algumas pinceladas. Ficou mais entre Derrida, Foucault, Rorty e Loytard.

Livro muito denso, embora curto. Possue dois apêndices bem interessantes e instrutivos.

Letícia 24/04/2022

Premissa interessante, mas...
O livro tem uma ÓTIMA premissa: como a esquerda passou de materialista, revolucionária e em defesa da classe trabalhadora, para uma esquerda pós-moderna, que fragmenta grupos em "identitários", rivalizando entre si, e se preocupa mais com pronome neutro do que com fome e desemprego...? Como foi esse processo de uma esquerda radical para uma esquerda rasa, politicamente correta e mais preocupada em lacrar do que em qualquer outra coisa?
Porém, me incomodou o autor ter sido tão maniqueísta e tendencioso, apontando o capitalismo como maravilhoso e o comunismo malvadão. Já que ele está criticando essa nova esquerda que preza mais por "subjetividades" do que pela realidade material, o mesmo acaba apresentando argumentos sofistas que ele tanto critica.
Ninguém ignora o fato de ter havido uma verdadeira revolução industrial, das tecnologias terem beneficiado a vida de muitas pessoas, de termos muito mais recursos que antes etc... Mas o autor ignora completamente a brutalidade do capitalismo, afirmando que o mesmo "promove oportunidades para todos" graças ao "livre mercado". Aham, senta lá Cláudia. Ou é muita ingenuidade ou muita desonestidade.
Entendo que a premissa do livro seja questionar e criticar essa esquerda contemporânea (e existem muitos motivos para tal!), porém colocando o lado dele como perfeito e o outro como malvadão só transparece o sofismo que ele tanto critica.
Poderia ter sido mais honesto e menos tendencioso nos argumentos, visto que a premissa é muito boa.
Muitos centristas e/ou direitistas vivem achando que são imparciais e que não possuem ideologias, quando na realidade seus argumentos são movidos mais por emoção do que por racionalidade. É fato que neutralidade não existe e que o autor tem o ponto dele e ok, mas não precisa distorcer argumentos propositalmente, ignorando toda a brutalidade, pobreza e desemprego que fazem parte da lógica de acumulação capitalista. Ele deve viver numa bolha, só pode... O livro tinha tudo pra ser bom, mas o viés apaixonado e apelativo do autor cagou tudo... Típica Tabata Amaral da vida que estudou em Harvard e acha que a democracia liberal e o capitalismo são sinônimos de liberdade e meritocracia. Liberdade e democracia pra quem? É fácil falar de dentro da bolha!
E não que eu defenda essa esquerda pós-moderna, muito pelo contrário. É realmente interessante tentarmos entender por que ela tomou esse caminho. Só vale a leitura se a pessoa ignorar o sensacionalismo do autor. Certamente procurarei outros textos ou livros que discorram sobre o assunto sem todo esse sofismo.

Vinícius 20/05/2022

A destruição cultural
O caminho traçado pelo modernismo e pós-modernismo até chegar as pautas que perverteram a sociedade transformando os ideais comunistas na guerra cultural que contaminou as mentes principalmente dos jovens no pós-guerra. O primeiro terço do livro dá as bases filosóficas com Hegel, Heidegger, Nietzsche, Kant, Foucault, Derrida, Rorty, Wittgenstein e Karl Marx inserindo seus pensamentos na doutrina comunista e transformando a dicotomia de classes em pautas identitárias que levam a novas dicotomias, como Antonio Gramsci preconizava fazendo a disseminação Marxista longe da luta armada e sim no meio acadêmico dos países ocidentais. Finaliza o livro descrevendo a arte pós-moderna e suas obras cada vez mais distorcidas e perturbadoras.

Marcella.Pimenta 17/05/2022

A corrupção da razão na sociedade pós-moderna
Acredito que o título em português tenha sido escolhido pra ficar mais atrativo, porque o original é "explicando o pós-modernismo", o que é mais condizente com o conteúdo.

Nos 3 primeiros capítulos, a leitura saiu arrastada, porque o autor faz um resumo sobre as bases filosóficas da razão, e com ela, da subjetividade e da verdade, de teor denso.

Da metade pro final, a conexão da filosofia dos séculos XVIII e XIX com a realidade dos séculos XX e XXI fica mais evidente e as ideias do autor fazem mais sentido.

Flaubert.Echnaton 04/08/2021

Razoável
O livro demorou para engrenar, muito filosófico até a metade do livro, depois dá uma engrenada e no final deriva novamente.

Graciano 18/08/2021

Ótima leitura pra compreender o atual modismo-filosofico
Magnifico! Sim o começo é um pouco difícil, sim Kant é difícil, mas vale a pena.
No geral é muito bom, ele explica bem como as ideias que começaram com Kant questionando o iluminismo foram derivadas, distorcidas, e levadas a sério em alguns aspectos, até chegar nos irracionalismos que estão da moda hoje.
Penso que mais pro final ele tira algumas conclusões pouco embasadas e questionáveis.
Também senti falta de um capítulo especifico para Derrida e outro para Foucault.

Felipe770 25/09/2021

Tem algumas partes interessantes, em que relata o desenvolvimento do pensamento modernista, e como ele se inspira em filósofos contrailuministas. Mas é um pouco tedioso quando desata a reclamar sobre a esquerda (não sem razão em vários pontos; o tom é que parece um tanto ?raivoso?). Esperava mais, embora seja uma leitura em geral agradável e fácil.

Rodrigo 12/11/2022

O melhor livro sobre o assunto
Partindo da filosofia de Kant à Foucault. Do ressentimento do fracasso das ideias marxistas tradicionais. Stephen Hicks narra e explica a trajetória e as causas do pós-modernismo. Apesar de um assunto denso e complexo, ele conseguiu deixar a leitura leve e prazerosa. O que tornou a experiência ainda melhor. Juntou todas as peças de um quebra-cabeça que já conhecia, mas nunca fui capaz de montar completamente. Sou grato a ele! 6 estrelas se pudesse!

Valaleitor 21/08/2022

Discussão interessante, informações falaciosas
Apesar de gostar muito da temática do livro, sou de uma vertente política contrária à do autor. Sendo assim, em vários momentos vi que o autor distorcia fatos para se adequar aos seus argumentos.
São muitos, mas oq mais me incomodou é como o autor coloca o pós modernismo como uma corrente filosófica de esquerda, e ignora completamente a vertente da direita dele, por exemplo ignorando que o círculo de viena era sobretudo de direita, e ao meu ver é impossível entender pós verdade sem passar pelo círculo de Viena.
Mas vai além. O autor ignora completamente a teoria de Lyotard, citando o autor sem considerar sua filosofia, pois sabe q esta contradiz o argumento do livro. Traz falácias como dizer que o marxismo tradicional esperava uma revolução espontânea, contrariando a atuação política de Marx em vida, e dizendo que "ao contrário do que os marxistas pensavam", a renda absoluta da classe trabalhadora aumentou, enquanto a relativa diminuiu, quando na verdade Marx previu isso nos seus Manuscritos Econômicos.
Enfim, é um livro interessante, sobretudo os capítulos sobre epistemologia. Porém deve se ler com cuidado e atenção.

Walldir.Braz 06/07/2023

Até que é bom
Tirando que o autor é extremamente liberal (cruz credo) e fala umas besteiras sobre religião, o livro é bom e bem explicativo.

Vinicius.Ferreira 26/06/2022

Aumento de perspectiva política e social
O livro em seu começo é bem denso, pois traz diversos aspectos filosóficos, além de explicá-los e os posicionar num contexto histórico, basicamente tentando expor o Iluminismo e o contrailuminismo.
Após tal apresentação começa então o confronto de ideias, as consequências e variações nos dias de hoje, tanto na política quanto nas interações sociais, na arte, na mídia, dentre outros.
Ótima abordagem do pensamento coletivista, de direita e de esquerda, além da ideia de individualismo dos mais liberais; aspectos políticos e históricos muito desconhecidos pela grande população brasileira, que se resume a definições pobres de direita e esquerda, sem nenhuma base histórica, em conformidade apenas com achismos.

eudigoreviews 21/12/2023

Tá.
é bom, porque aumenta o odio a esquerdinha cirandinha, mas é tendencioso? principalmente pelo fato de que a direita também é pós-moderna

Alê Guimarães 24/12/2023

Explicando o Pós-modernismo
Stephen R Hicks faz uma abordagem ampla sobre o que é o pós-modernismo dentro de perspectivas filosóficas, políticas e culturais desde seu germe iluminista ao ser parasita pós-moderno. Excelente leitura para entender as convicções ideais do nosso tempo.