Dane-se O Impossível

Dane-se O Impossível André Machado De Azevedo




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Fernnanda.Stumbo 24/01/2024

"Boa parte das lições são aprendidas depois de ... vividas."
Está sendo complicado para mim, escrever sobre Dane-se o Impossível, conheci esse livro pelo Instagram, onde é postado frases que me tocaram, todas saídas da obra.
Criei uma simpatia tremenda por André, um cara que faz o estilo carioca simpático, que reage a uma menção que você faça em seu story, que interage. Daqueles autores que dá vontade de ser amiga sem nem conhecê-lo.

Mas ao iniciar a leitura, não me deparei muito com o esperado! O livro apresenta diversos textos dos mais variados assuntos.
De início, tive um pouco de dificuldade em não ver muito do autor ali, a que me refiro é que cada texto traz um narrador diferente (muitos deles, em 1? pessoa), ou seja, identificamos narradores-personagens em vez de narrador-autor como em caso de crônicas (que por uma falta de atenção minha, pensei que seria).
Ao ler os quotes, imaginei um livro de lições de moral, autoconhecimento e talvez "um quê romântico", porém encontrei muita realidade, cotidiano, devaneios, desespero, incompreensão, e então, eu pude entender exatamente o que quiseram dizer com "o ordinário contado sob o prisma da poesia" como escrito na orelha do livro, pois é o que ele nos traz!

A realidade não só carioca, mas brasileira conhecida por todos, aqui nos faz sentir de uma maneira muito mais empática do que os telejornais. Houve um texto específico que me angustiou de uma forma que precisei fechar o livro por um momento para me recompor: um brusco reencontro de uma mãe com o espírito de sua filha em um terreiro, quando reconhecemos a busca do perdão por um assédio cometido mas em troca recebe apenas o desdém.

Em suma, considerei textos breves porém pesados demais! Muitos como o citado, senti necessidade de dar uma pausa para abstrair e então retornar ao próximo. É triste e cru em sua realidade verdadeira que muito nos emociona, e devo parabenizar a escrita envolvente e poética, que achei amenizar a brutalidade dos temas retratados, por mais sincero que seja.
Escolhi focar nos poucos que me identifiquei, acredito como nele dito "são sentimentos que medem a gente" e também concordo que "abraços viram pontes para alguém, cafunés guiam noites tranquilas, e a dor, quando perceber, vira coisa antiga."
Então, tentemos melhorar a vida daqueles que nos dão a chance, aliviar suas dores e acima de tudo, respeitar as diferenças. Sem sabermos, conseguimos reduzir o preconceito ao aceitar a diferença. E ainda, muitas vezes, palavras ditas com delicadeza e com o coração, podem salvar a vida do outro, ou no mínimo, melhorar seu dia.
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