Marta

Marta Breno Melo




Resenhas - Marta


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anaterrra 07/03/2012


Sinceramente, não sei como começar essa resenha. A história é fantástica, e o Breno me surpreendeu com esse livro. Porque todas as pessoas que ficam sabendo que o livro é "romance" já espera coisas clichês e etc. Mas é totalmente diferente. A história é toda narrada em 3º pessoa e eu achei ótimo, porque o narrador consegue nos transmitir todos os sentimentos de Marta e não apenas isso, ele dá uma volta na história passando por vários assuntos "diferentes" como mitologia, filosofia e etc. Aliás, alguns pontos do livro, o narrador parece que "conversa" com leitor e a leitura flui rapidamente. Quando você menos espera... o livro acaba :(

Logo no começo do livro, o autor nos informa que podemos ler Marta através de diferentes modos: a popular, a médica, a filosófica e a pessoal. Bem, já dá para imaginar de que modo eu li, não? risos.

Marta é uma garota argentina e bipolar que é apaixonada por seu antigo colega de escola, João. Que também se tornou seu ex-namorado. Os dois viveram uma linda história até que Marta descobriu que ele a traia. Terminaram e a partir desse dia, ela não conseguia pensar em nada sem ser João. Com suas duas melhores amigas, Naila e Sílvia, ela se muda para uma cidade bem perto de sua cida natal, a La Falda. E lá, elas passam a dividir um apartamento e Marta começa a cursar o primeiro ano de Jornalismo. Porém, a personagem principal não conseguia viver normalmente porque, como tantas garotas apaixonas, ela deixara seu coração com seu amado. Ele praticamente ignora ela até o dia em que, dá um bilhete para Marta com o seu número de telefone. Como de se esperar, ela fica bastante alegre e cheia de esperanças. Mas, isso não resulta em nada. E ela recomeça a chorar, chorar e chorar...

"De fato Marta vinha tendo mais esperanças do que suportava perdê-las e, agora que as tinha perdido, restavam lhe as desilusões e aquele sabor amargo, não na boca, mas na alma, e a sensação de que fazia papel de boba por desejar alguém que já não a desejava."
Página 79, Marta.

O segundo ponto mais alto do livro, é quando Marta narra toda a sua história com João para uma amiga, a Rosana. E assim, o leitor fica sabendo como tudo começou e como teve um trágico fim. No meio da história, Marta adoece e volta para a casa dos pais. Depois de alguns meses vivendo em La Falda, Marta vive o ponto mais alto de todo o livro, o final. E posso garantir que ele é surpreendente. Acho que leitor nenhum, imaginaria o que aconteceria e etc.

Uma coisa que não gostei no livro foi a Marta, chorando por causa de João em quase todas as páginas. Mas, isso não se torna nada, contando a maneira como Breno narra toda a história. É uma leitura supreendente que eu indico para todas as pessoas que desejam livros bons, porém não se pode esperar um livro leve porque essa leitura é daquelas que não paramos de pensar até mesmo quando terminamos o livro. E o melhor: o autor é brasileiro. Isso serve para mostrar que a Literatura Brasileira está crescendo muito e possui livros ótimos.

Breno foi cuidadoso com a escolha da capa do livro. Ela não é aleatória, como eu pensava. Pois possui uma "pista" do conteúdo e desfecho do livro. Mas, para entendê-la, é preciso fazer uma pesquisa sobre a história de seu artista e recomendo que faça isso após a leitura ter sido finalizada, para evitar algum spoiler.

Enfim, acho que a minha resenha não foi muito boa, pelo fato de eu ter amado a leitura e não conseguir expressar ao certo o que achei e detalhar sem spoiler o livro, risos. Porque esse é o problema, quando adoro a leitura, fico empolgada e conto vários spoilers. Então resolvi compartilhar algumas citações que eu separei do livro:

" Talvez de fato a felicidade seja o que as pessoas normais podem ter de mais parecido coma loucura, porque, quanto mais felizes, mais loucas elas parecem. Só por felicidade dança-se sob a chuva, desperta-se a namorada de madrugada para lhe fazer uma serenata, e só por felicidade grita-se de alegria e não de dor.
Talvez os loucos sejam mais felizes do que pensamos,e nós mais tristes do que eles parecem ser. Eles nos enganam quanto a isso? Quem sabe eles o façam muito bem e não o notemos. Temos limitações para nossas vontades e atos, por que não podemos fazer tudo o que desejamos, nem todos os anseios são confessáveis seundo os limites da sociedade ou conforme aquilo que nos ensinaram como certo ou errado. Os loucos, pelo contrário, passam tais limites e é provável que transponham também as fronteiras da felicidade em sua loucura."
Página 49, Marta.


"Repare, ainda, que nem sempe amamos os rapazes mais bonitos, o que mostra que não amamos exatamente a beleza ou um corpo físico, nem é a beleza, exatamente, o que nos causa amor. Há algo mais, e não há amor sem esse alguinho mais."
Página 84, Marta

veja mais em: http://doceescrita.blogspot.com/ x
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Vanessa Meiser 15/03/2012

http://balaiodelivros.blogspot.com/

"Talvez de fato a felicidade seja o que as pessoas normais podem ter de mais parecido com a loucura, porque, quanto mais felizes, mais loucas elas parecem. Só por felicidade dança-se sob a chuva, desperta-se a namorada para lhe fazer uma serenata, e só por felicidade grita-se de alegria e não de dor.
Talvez os loucos sejam mais felizes do que pensamos, e nós mais tristes do que eles parecem ser. Eles nos enganam quanto a isso? Quem sabe eles o façam muito bem e não o notemos." Pág 49.

Recebi este livro através do book tour organizado pela Priscila do Livrificando, e a princípio não esperava muito dele, já que infelizmente sou uma pessoa facilmente conquistada por uma capa bonita e a capa de Marta não é exatamente bonita, apesar de ter muito a ver com a história (mas só fui descobrir isto depois...).
Marta tem uma história completamente inesperada, comecei a leitura esperando uma historinha adolescente boa e normal como muitas que venho lendo nos últimos tempos, mas qual não foi a minha surpresa ao me deparar com uma trama ambientada na bela e charmosa Argentina, aqui o livro já me ganhou, adoro a Argentina (não, nunca fui, mas vou um dia tá!).
A linguagem utilizada é quase uma linguagem poética, escrita de uma forma bem sutil e agradável, mas que acima de tudo não cansa o leitor e prende a sua atenção.
Bom, mas deixa eu contar um pouquinho da história já que a sinopse não fala quase nada dela:
Marta é uma adolescente que acabou de terminar o ensino médio e sonha em ser jornalista. Ela e suas duas melhores amigas, Naila e Silvia mudam-se para Córdoba para cursarem suas faculdades porém, Marta deixa para trás seu grande amor João. Ela e João tiveram um namoro de alguns meses que acabou, deixando Marta perdida e cada vez mais cega e apaixonada, mas infelizmente o sentimento não parecia ser recíproco da parte de João que seguiu sua vida como se nunca tivesse existido nada entre os dois.
O livro todo é uma espécie de análise deste sentimento arrebatador que a acometeu. Por causa dele Marta toma decisões erradas e precipitadas que podem lhe render muito arrependimento, mas ao mesmo tempo a pureza deste amor está sempre ali presente e vai se tornando cada vez mais sofrida e paciente.
Um outro ponto positivo desta história e que acredito que ninguém vá abordar, é o fato mesmo sendo um livro contemporâneo e com uma trama adolescente, não encontramos relação com internet, facebook, msn...estas coisas, poucas vezes foi abordado na história o "telefone celular", gostei disto, já estava com saudades destes livros puros e focados apenas no tema central, ou seja, no sofrimento de Marta.
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Amanda Carneiro 26/07/2011

www.primeiro-livro.com
“Talvez de fato a felicidade seja o que as pessoas normais podem ter de mais parecido com a loucura, porque, quanto mais felizes, mais loucas elas parecem. (...) Talvez os loucos sejam mais felizes do que pensamos, e nós mais tristes do que eles parecem ser”.
Após várias doses de álcool, Marta tem sua primeira vez com um cara que nem sabe o nome.
Ela é bipolar e ama João, um rapaz que fora seu namorado anos antes. Um dia, João dá um papel a Marta com seu novo telefone. Os dois marcam um encontro, mas no último segundo João liga para ela, desmarcando-o. Então Marta e suas amigas: Naila e Sílvia vão numa casa noturna e lá encontram João com outra garota. O romance de Marta e João continua com seus altos e baixos, até que ela adoece, tranca a faculdade de jornalismo e volta para a casa de seus pais em La Falda. Lá o pai e a mãe da menina, a fim de acabarem com o sofrimento dela por conta deste amor não correspondente, chamam Vasco, seu primo, apaixonado por Marta, para tentarem se relacionar.
Os dois tem um caso, mas ela ainda não esqueceu João.
Eles marcaram um encontro numa colina que foram uma vez, mas naquele dia, havia caído muita neve. Marta sai de casa, com febre altíssima e confunde o caminho. Então, uma coisa surpreendente acontece.

Um livro maravilhoso! O final é maravilhoso e em momento algum pensamos que aquilo aconteceria. Quando terminei de lê-lo pensei: "Puxa! Isso deveria virar filme!" O livro é narrado com tamanha intensidade que nos faz prender a respiração! Muito, muito bonito. E o melhor: é de um autor brasileiro! ;)


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Rose 17/10/2011

aqui conhecemos a história de Marta, uma adolescente bipolar que como tantas (não só adolescente) está tentando viver uma história de amor. Eu não sei dizer se ela é mesmo bipolar, o pouco que conheço sobre o assunto não me permite afirmar isso. Eu pessoalmente vi apenas uma adolescente apaixonada sem saber ao certo como agir, aliás como várias adolescentes comuns. Ela namorava um rapaz, mas pegou ele no pulo e ela terminou. Mesmo com a traição ela continua gostando dele e não tira ele da cabeça. Suas duas amigas inseparáveis dão força, mas não podem fazer muita coisa. Mesmo quando ela sai da cidadezinha onde mora (La Falda), para fazer faculdade em Córdoba, o rapaz continua povoando seus sonhos. Tentando esquecer seu grande amor, ela se envolve com seu primo, mas quando ela tem que decidir se casa ou não, uma carta repentina aparace para mudar sua vida, e realmente ela muda para sempre.
Achei que algumas partes foram mal exploradas, não gostei muito do livro, acho que porque eu esperava alguma coisa diferente, não consigo explicar bem o quê.
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Aione 28/10/2011

Marta é uma garota no primeiro ano de faculdade que sofre pelo amor de João desde os anos do Ensino Médio. Mesmo com sua mudança de vida, indo morar em uma cidade maior com suas duas melhores amigas, seu sentimento permanece imutável. Mas Marta não é como qualquer garota de sua idade; Marta é bipolar.



Imagine um livro onde os fatos acontecidos não são os mais relevantes na obra, mas sim a exploração do mundo interno das personagens, de seus sentimentos e pensamentos mais íntimos. É o que ocorre em Marta, primeiro romance de Breno Melo, publicado pela Editora Schoba.
A narrativa do autor me prendeu desde as primeiras páginas. É direta e mostra as cenas de maneira, muitas vezes, fria, principalmente ao se tratar das personagens secundárias. Os diálogos são escritos formalmente e não correspondem ao coloquialismo. Isso, entretanto não os tornam artificiais em momento algum, principalmente porque a história se passa na Argentina e as falas trazem algumas expressões e construções próprias da língua espanhola. Além disso, lembrou-me, diversas vezes, a de Machado de Assis, pela interação ocorrida entre narrador e leitor, e pelas várias referências do primeiro ao livro.

"Sim, sim; o leitor tem razão. Toda razão. Talvez soe estranho (...)"
página 12


"Mas voltemos àquela garota. É ela quem me leva a escrever esse romance."
página 13


Logo no prefácio, Breno especifica quatro tipos de leitura possíveis do livro: a primeira, popular, feita por leigos, pode ser realizada por qualquer pessoa; a segunda, a médica, é feita por profissionais a fim de analisar os sintomas e as características que possibilitam o diagnóstico de Marta como bipolar de grau I; a terceira, filosófica, é feita por profissionais e estudantes; e, por fim, a pessoal, é feita por bipolares que podem se identificar com a personagem .
Ao ver a sinopse, acreditei que a bipolaridade de Marta seria citada e explorada. Entretanto, Breno nos conta o fato na sinopse e prefácio e só. Por ser leiga no assunto, caso não fosse avisada da doença, jamais a teria percebido. E esse foi um de seus melhores recursos: o leitor deve buscar as características bipolares na personalidade da protagonista, elas não são entregues de bandeja.
Um dos possíveis tipos de leitura é a pessoal, a fim de buscar identificação entre os bipolares, como explicado acima. Entretanto, como a obra é interna demais à Marta, a aproximação entre alguns de seus sentimentos e pensamentos é possível a qualquer um que já sofreu por amor. Inclusive, identifiquei um hábito comum entre eu e Marta: a busca pela compreensão do que está sendo sentido, a procura do porquê da manifestação de certos sentimentos. O que torna Marta diferente, portanto, é a intensificação da maneira de sentir da protagonista e a forma pela qual tal exacerbação afeta sua vida e atitudes. Seu amor, aqui, beira a obsessão.
Uma característica que me agradou enormemente na obra foi a sua fundamentação teórica a fim de analisar os sentimentos de Marta. Diversas vezes, a narração da história é interrompida para que seja fornecido algum conto mitológico ou um fato histórico ou a teoria de algum filósofo sobre o assunto em questão. Não só isso, são fornecidos dados de obras de arte, inclusive da literatura, e dos artistas que a fizeram, tudo se conectando ao mundo interior de Marta. Há, também, a transcrição de algumas poesias durante a história.
Em dado momento, o narrador classifica elementos da obra como pertencentes ao Realismo, o que fez sentido para mim, já que a escrita havia me lembrado Machado de Assis, maior representante brasileiro desse movimento literário. Porém, também identifiquei elementos do Romantismo, movimento que precedeu o Realismo: a exacerbação dos sentimentos de Marta, o amor idealizado e inatingível, a aproximação entre o estado de humor da garota com elementos da natureza, como mostram os trechos abaixo:

"Para Marta, porém, o céu tornou-se mais azul e o sol mais quente do que ela havia podido perceber uns minutos antes, andando pela Avenida Éden.
Diante do café, sentiu que se abriam novamente para ela os potões do Paraíso, cuja chave inesperada era aquele pedaço amassado de papel, introduzido às presssas no bolso de sua calça."
páginas 46 e 47

"Enquanto isso, lá fora, caía a primeira neve do inverno em Córdova, como não costumava acontecer.
Era um belo dia, ainda que incomum ou melancólico."
página 155

Breno foi cuidadoso e sutil inclusive com a escolha da capa do livro. Ela não é aleatória, ao contrário, fornece uma pista do conteúdo e desfecho da obra. Mas, para entender, é preciso fazer uma pesquisa sobre a história de seu artista e somente a recomendo após a leitura ter sido finalizada, a fim de evitar algum spoiler. Confesso que minha curiosidade foi maior e fiz a pesquisa antes de ler o livro, portanto, não me surpreendi com o desfecho. Mas isso não modificou em nada meu agrado pela leitura, li as páginas finais como aquela tensão frenética no virar de páginas para concluí-la e descobrir sua finalização. Outra sutileza é dada pela incorporação do nome de bipolares famosos pela obra.
Somente um ponto, para mim, ficou um pouco em aberto na história. Em alguns fatos surgidos, mais especificamente dois, senti falta de uma maior exploração. Um é uma preocupação de Marta originada quase ao final da história e que não é concluída, o leitor fica sem a resposta para ela, pelo menos de forma direta. Como na questão da bipolaridade, acredito que Breno tenha deixado as pistas nas entrelinhas para que o leitor identificasse as respostas. A outra questão foi a que leva ao desfecho. Seu desenvolvimento, para mim, foi rápido e repentino e não consegui identificar sua origem, já que os fatos anteriores são contraditórios a ela. Porém, deve-se levar em consideração que toda a história é contada sob o ponto de vista de Marta, ainda que essa só seja responsável pela narrativa em alguns trechos. Assim, tudo o que sabemos sobre a questão é o que Marta sabe, e só podemos supor algo a partir do que ela vê e sente.
De um modo geral, o enredo é simples e sem grandes acontecimentos. Vista superficialmente, e analisada sob a ótica popular, conta apenas uma parte da história de uma garota apaixonada, mesclada com características habituais das atitudes e do quotidiano de uma jovem adulta. O que enriquece a obra e a diferencia, além de ser seu foco, é a exploração do mundo interno da protagonista e a sua fundamentação teórica, além dos sutis recursos utilizados por Breno a fim de conduzir a identificação de alguns elementos e o próprio desenvolvimento da história.
Fiquei interessada pela leitura desde que vi o livro pela primeira vez e não me decepcionei em nada, mesmo com minha expectativa do que encontraria na história ter sido diferente do que ela realmente é. Só tenho a agradecer ao autor pela parceria e pela oportunidade de leitura. Alguns livros me conquistam pelos sentimentos despertados em mim enquanto os leio. Outros, como Marta, me ganham pelas análises possibilitadas pelo autor. O livro, apesar de explorar os sentimentos da protagonista, é um romance estritamente racional, como os romances Realistas o são, e mexe diretamente com essa parte do leitor.
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Andressa 10/11/2011

Marta - Breno Melo
Marta não é um romance qualquer. A sinopse talvez pareça um tanto clichê para muitos, mas ao longo da leitura percebe-se que se trata de algo um pouco diferente.

Vamos conhecendo Marta ao longo do livro e cada vez mais sabendo de toda sua história. Está agora cursando a faculdade, no primeiro ano de Jornalismo e muda-se de cidade, mas deixa seu coração nas mãos de um ex-colega da antiga escola, na cidade de La Falda, João.

Trata-se de um amor puro e verdadeiro, que no decorrer do livro vamos entendendo melhor. Seu amor por João não tem medidas, e cada vez mais, estando longe ou perto, se sente mais apaixonada: o que ela só quer, na verdade, é fazer parte de uma bonita história de amor, mas infelizmente não parece ser correspondida.

‘’Mas parece que fugir de João ou tentar esquecê-lo não o tirou da minha mente, tampouco do meu coração, e esse amor já me dói mais e mais. ’’ – pág. 75

O livro é narrado em terceira pessoa por um psiquiatra que estudou o caso da garota e agora quer relatá-lo, mas isso só se torna claro mais ao fim do livro, onde o mesmo fala um pouco sobre Psiquiatria. Mesmo assim, sempre entre uma parte e outra da história contam-se algumas curiosidades interessantes, como parte de Filosofia, mas sem o tornar monótono por isso e sim agradável.

Outro fato interessante do livro, é que toda sua história não se passa no Brasil, mas sim na Argentina, e em algumas partes do texto, são introduzidas algumas frases no idioma local do país. Com a tradução do lado, fica fácil para o leitor assimilar uma frase a outra, e conhecer, mesmo que pouco o tal idioma.

Existem diversos tipos de personalidades no livro: Martinha é uma garota bipolar, enquanto sua amiga Naila é bastante egocêntrica, Sílvia sempre proposta a ensinar e aconselhar e até a mãe de Marta, que ao final se revela protetora o bastante para não enxergar que a filha pretende se casar por amor e não por dinheiro ou falta de melhor opção.

Porém, certas vezes o livro se torna um pouco repetitivo, pelo fato da garota, principalmente no começo da história, sempre falar do amado da mesma maneira. Isso ocorre justamente devido a bipolaridade dela, mas não deixa de às vezes se tornar um pouco cansativo. Ao decorrer da mesma, muda-se um pouco isso, e diferente de outros romances que conheço, sua emoções são exemplificadas através de um poema ou outro.

O ponto mais alto da história é com certeza, seu final. Surpreendente, diferente e bonito, mostra que quando o amor é verdadeiro, tudo vale a pena por ele. E Martinha, acima de tudo, sempre quis sua felicidade ao lado de João. O fato da personagem também ter um problema de bipolaridade,ajuda a explicar o porquê dela ter tomado as atitudes que tomou, principalmente nessa parte.

Agradeço ao Breno por ter me enviado um exemplar do livro, e por isso ter tido o prazer de conhecer essa história. Recomendo a leitura!
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Lis 18/02/2012

Este livro foi totalmente diferente do que eu esperava, não me decepcionei, apenas não imaginava que o livro tomaria o rumo que tomou e que a narrativa iria me surpreender tanto.


"Que alguém espere apaixonado é a maior das torturas, ainda que possa sorrir a cada instante, a cada segundo, a cada hora, pedindo sempre que o carrasco do Tempo nunca deixe de agir..." página 203


Como visto na sinopse, o livro retrata o cotidiano de Marta, uma jovem que mora em uma pequena cidade na Argentina, e que sofreu uma desilusão amorosa, uma desilusão que mexeu muito com ela, e que causou muitas mudanças em sua vida. Agora ela está em uma nova fase, indo estudar em uma cidade maior e morando com suas amigas, porém essas mudanças não garante que seu estado emocional irá mudar e nem implica em dizer que será fácil esquecer o rapaz.

O que mais me agradou no livro foi a narrativa, temos capítulos intercalados, em que em algumas vezes vemos a narração do cotidiano de Marta com suas amigas, em outros capítulos temos uma visão de um observador analisando sua conduta, nos explicando o seu comportamento.

Assim o livro não tem apenas como foco principal a vida de Marta, mas sim a análise de seu comportamento. E engana-se quem acha que desse modo o livro perde o foco, ou deixa de ser um romance para ser um estudo sobre a bipolaridade pois o autor soube trabalhar muito bem as duas narrativas, sem uma interferir uma narrativa na outra, mas sim complementando.

Quando vi sobre o que tratava o livro achei que seria uma leitura complicada, mas não tem nada disso, já no prefácio o autor faz uma ótima explicação sobre o que o leitor encontrará na narrativa, bem como orientando a leitura.

A narrativa quando feita em relação ao cotidiano de Marta é feita em terceira pessoa, o que é bom, pois creio eu que estar lendo um livro narrado por uma personagem bipolar seria um pouco confuso para o leitor. Já nas partes em que o autor explica o comportamento de Marta temos a impressão de uma conversa, percebemos que além do tema, a narrativa muda também, sem contar que temos ótimas citações.

Bom, para quem não conhecia o livro fica aqui minha super indicação, quem leu a sinopse ou viu que o tema é sobre bipolaridade e não agradou, dê a chance, tenho certeza que assim como eu será surpreendido.
Ah! E não pulem o prefácio ;)
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Laiara Dias 26/12/2011

Indefinível
Sinceramente eu não faço ideia de como começar essa resenha... Simplesmente porque eu não tenho palavras para definir o livro, eu não encontro palavras pra expressar dignamente o que o livro realmente é! Mas vou tentar mesmo assim... Desculpe Breno e todos os leitores se eu não conseguir...
Marta é uma adolescente como muitas outras espalhadas pelo mundo. Vive em uma pequena cidade da Argentina, está passando por uma fase importante da vida, que é partir para a cidade grande morar sozinha ou melhor, com as duas melhores amigas pra fazer faculdade... E é claro, tentando viver um grande amor...
Qual a diferença de Marta para as outras personagens que conhecemos em vários livros? Marta é bipolar, mas não sabe disso...

Desde que firmei a parceria com o Breno Melo já sabia qual era a proposta do livro, pois já tinha lido uma resenha dele no Felizvros da @maripmelo...
O Breno se propôs a um feito inédito na literatura leiga, que é apresentar um romance com enfoque no Transtorno Bipolar (TAB-IA)... No próprio site do autor ele divulga o prefácio da obra, onde ele indica quais as possíveis leituras do livro...

A história de Marta é simples e cativante... É muito fácil se identificar com ela e com seus sentimentos por mais confusos que sejam...
O livro já começa em um momento muito forte (que eu não vou contar, sou totalmente contra spoilers), que parece ser muito marcante pra Marta, e o seria pra qualquer um que passasse pelo que ela passou...
Logo somos apresentados a João, o objeto do amor de Marta e ás suas amigas, que sempre estarão presentes.

Se você já está pensando "Mas nossa, isso deve ser uma leitura complicada e aflitiva já que trata de Transtorno Bipolar" está redondamente enganado(a)... Lembre-se que a personagem não foi diagnosticada ainda, e em nenhum momento a 'bipolaridade' é martelada na nossa cabeça e nem nos deixa aflitos... Também esqueça o ar de Documentário do Discovery Channel ! Marta nos mostra não o Transtorno Bipolar, mas sim a pessoa por trás dele, pois quem nunca teve o menor contato com o TAB estigmatiza muito quem é bipolar e com "Marta" é muito fácil enxergar a adolescente que não quer nada além do que todos querem: Ser Feliz...

Durante toda a narrativa vemos o sofrimento que Marta passa por causa de João, sabemos que eles estiveram juntos, não estão mais mas somente no final é que sabemos o por quê dessa separação e a razão disso ter machucado tanto Marta...
Em meio a tudo isso temos as amigas de Marta, a família dela e outras surpresas pelo caminho... Como Vasco, por exemplo, o primo de Marta por quem eu realmente torcia, eu nunca gostei muito do João, humpf....

No final das contas tenho certeza que você vai se identificar e se emocionar com Marta como eu...

Quanto a escrita, o livro é muito bem escrito, em alguns pontos exige um pouco de bagagem literária, mas se você não a tem não creio que isso atrapalhe a leitura... Senti uns traços machadianos na forma de escrever de Breno, e amei! E não, não é pesado como Machado, pelo contrário, a leitura é bem fluida apesar de toda a carga emocional...

Simplesmente indefinível!

Bem, sei que minha resenha nem chegou perto do que o livro merece, mas se tentasse além disso ia ter que contar a história, nananinanão...
Super recomendo! E recomendo também que dê uma passada no site do autor, você vai aprender muito com ele!
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Mari 19/05/2012

Marta conta a história da personagem que dá nome ao título, uma jovem linda e meiga que sofre do transtorno Bipolar do tipo I. A protagonista e mais duas amigas provenientes da cidade de La Falda, decidem morar em Córdova para continuar os estudos e assim que chegam já aproveitam para conhecer o que há de melhor na cidade com sua vida noturna bastante agitada.

Marta sempre foi apaixonada por João, mas alguns fatores contribuíram para que ambos não estivessem mais juntos e o leitor passa a acompanhar a obsessão dela pelo jovem, o que para mim não caracteriza a bipolaridade outrora mencionada na história, como algo que justificasse suas atitudes durante a adolescência. Muito pelo contrário, a personalidade dela em nada parece com a de alguém que seja diagnosticada com esse distúrbio. Não sou psicóloga, mas pesquisando um pouco a respeito cheguei a conclusão de que uma pessoa bipolar apresenta oscilações de humor, ora deixando-a comunicativa e alegre, ora apresentando melancolia e retraimento. Acredito que Marta se comporta como uma jovem muito apaixonada e sonhadora, que passa a tomar certas atitudes, que a meu ver só lhe causariam mais sofrimento e dor.

As amigas de Marta preferem curti a vida se envolvendo com alguns homens de forma descompromissada e um tanto quanto libidinosa, não têm amor próprio, apenas se desvalorizam diante dos homens sem se importar com as consequências. A amizade entre elas é forte e verdadeira, ao mesmo tempo em que passa uma impressão politicamente incorreta e ambígua na relação das três personagens. Acho estranho algumas atitudes entre elas, ou você considera normal beijar na boca de suas amigas de vez em quando?Eu pelo menos posso ser taxada de careta e tudo o mais pelas pessoas, mas não permitiria certos tipos de intimidades como essa, arghhhh. Comigo não violão! rs

O livro passa por uma reviravolta quando Marta compartilha toda a sua história com João para uma amiga, a Rosana. Desta forma, o leitor ficou sabendo como eles se conheceram e tiveram um rápido envolvimento durante a adolescência. Eu curti muito essa parte, pude perceber o quanto João era merecedor dessa sublime sentimento que ela nutria por ele e que antes imaginava que era uma completa perda de tempo. O fato é que aos poucos eu passei a torcer muito pela união dos dois, para mim formavam um bonito casal. Entretanto, Marta acabou adoecendo e teve que voltar para a casa dos pais em La Falda. Isso proporcionou uma aproximação entre ela e seu primo Vasco, que sempre foi apaixonado por ela e tinha a aprovação da família. Logo, fui surpreendida com um desfecho inesperado e um tanto quanto forçado que me deixou bastante frustrada. O final pode ser interpretado como confuso ou despropositado. Essa é a minha opinião pessoal, mas cada um interpreta à sua maneira ao tirar as suas próprias conclusões no final da leitura.

Não curti a narrativa escolhida pelo autor, é em terceira pessoa sob a visão de um velho psiquiatra que queria propor uma Literatura leiga que fugisse das teses para o meio acadêmico. Entretanto, muitas passagens do livro são explicadas de forma excessivamente didática como se estivéssemos numa sala de aula. Não gosto quando a capacidade de discernimento do leitor é subestimada na história. Senti que o narrador queria nos confundir ao fugir do foco com suas teorias e reflexões sobre psicanálise, filosofia e mitologia e isso contribuiu para tornar a leitura mais cansativa e enfadonha.

Os personagens não me cativaram, talvez se a narrativa fosse em primeira pessoa possibilitasse mais dinamismo e profundidade na história, pelo menos eu teria uma percepção diferente com relação aos sentimentos conflitantes de Marta. O desfecho final não foi como eu esperava, e deixou lacunas desnecessárias na história, como por exemplo a misteriosa doença de Marta, que me fez ter várias conjecturas por causa do seu descuido com o próprio corpo.

Enfim, se prefere um livro mais complexo e denso certamente vale a pena conferir de perto a história de Marta. O livro possui alguns deslizes de revisão, mas nada que interfira durante a leitura.

http://confissoesliterarias.blogspot.com/2012/02/resenha-marta-por-breno-melo.html
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Gilcianym 20/06/2012

Minha impressão sobre Marta
Quando me inscrevi para o book tour de Marta, em primeira instância foi com a intenção de apreciar mais um autor nacional e, também apreciar uma "aparente" história de amor. No entanto, quando finalmente estava com o livro em mãos, vi que a história englobava vários pontos que deixei passar despercebido, quando li a sinopse.

O primeiro e mais relevante deles, é o fato de que o livro conta a história de uma garota analisada como "Bipolar - tipo I", este termo inserido logo na sinopse e nas primeiras páginas do livro me deixou um tanto apreensiva, já que eu não tinha conhecimento do que se tratava a bipolaridade, quanto mais de seus respectivos tipos. Claro que tive que recorrer a uma pesquisa para me inteirar mais com o termo para iniciar a leitura um pouco mais informada, a fim de não me perder e entender melhor a história.

Se a pesquisa me ajudou? Não sei dizer ao certo, pois até agora me sinto como uma completa "leiga" no assunto, afinal, não consegui captar a tal bipolaridade da personagem, mas como o autor mesmo caracteriza seu livro em quatro possíveis leituras: a popular, a médica, a filosófica e a pessoal; fiquei mais tranquila, acreditando que entrei e permaneci na leitura popular. Ou melhor, aquela leitura mais descompromissada, que não requer análises profundas e que tem como foco principal apenas o entretenimento.

Fiquei contente de ter conhecido uma obra tão singular, em termos de escrita e tão bem pensada, em termos de enredo. E apesar da leitura ser rápida e leve, devo ressaltar que em muitas passagens lembrei-me das obras clássicas que li no colegial e na faculdade, em que os escritores utilizavam uma linguarem mais detalhada e notável, diferente da escrita popular usada pelos autores de Best Sellers.

Este detalhe foi muito importante para criar a personalidade da obra e determinante para consolidar o estilo do autor, mas senti falta de maiores aprofundamentos em relação ao passado da personagem principal, ou seja, vi muitos detalhes sobre o local onde Marta morava, a cidade de La Falda, situada na Argentina, mas os detalhes sobre a vida da personagem, que muito provavelmente ajudariam o leitor a concluir melhor a personalidade dela, foram poucos.

Ainda estou curiosa para saber como era a vida de Marta antes dela se apaixonar por João, como se firmou a amizade com as amigas Sívia e Naila, e principalmente, qual era a profundidade do relacionamento delas, pois nota-se que o autor até deu algumas pinceladas nestes detalhes cruciais, mas não os aprofundou, deixando uma incógnita na minha cabeça.

Acredito que se o autor tivesse reservado mais páginas para descrever estes detalhes a obra teria ganhado muito e também teria ajudado a nós, leigos, a compreender melhor esse mundo bipolar no qual a personagem estava imersa.

Outra coisa que me deixou bem incomodada, foi o fim de Marta, afinal, na minha opinião, eu esperava mais para ela e de fato este "mais" não veio a se concretizar. Fiquei assim, meio decepcionada, por que é inevitável a torcida pela personagem, quando esta consegue nos cativar e Marta consequentemente me cativou.

Mesmo com algumas ressalvas, a obra de Breno Melo tem um grande potencial, principalmente pela escrita exímia do autor, que soube prender o leitor até a última página. As passagens bem criadas e a notável pesquisa que ele fez para compor seu texto, consolida este livro e com certeza merece nosso apreço.

Leitura super indicada para quem quer mergulhar numa história com cara de convencional, mas que tenha um final chocante.
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Jenny 11/09/2012

Marta, de Breno Melo, é um livro perturbador. A jovem protagonista sofre de transtorno bipolar, e está apaixonada por um rapaz que não parece se importar muito com ela. Cheguei a me perguntar se eu também não fui uma adolescente bipolar sem saber: naquele tempo todas as minhas emoções eram extremas, tudo que acontecia era muito bom ou muito ruim. Mas fazer tempestade em copo d'água é normal nessa idade; o que foge à normalidade é uma garota gostar tanto de alguém e tão pouco de si mesma, a ponto de ser feliz ou infeliz exclusivamente em função dos atos de outra pessoa.
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Milla 18/12/2012

Se acha o Machado de Assis, tá longe.
Decepção. Não encontrei melhor palavra para expressar o que senti lendo Marta desde o começo. Devo esclarecer que realizei a leitura do tipo leiga.

Primeiro porque na sinopse somos preparados para encontrar uma menina bipolar. E insisto ao lado de todos aqueles que não encontraram bipolaridade nenhuma em Marta: ela é só uma adolescente comum, numa vida comum. Ora, eu sou adolescente, estou numa fase transitória da vida saindo da infância e chegando à fase adulta, tenho minhas mudanças de humor e nem por isso podem dizer que sou bipolar.

Acho que a adolescência é uma fase de descoberta da personalidade, e é nesse momento que conhecemos Marta.Uma menina que não sabendo lidar com o fim do relacionamento com João, passa o livro todo remoendo esse sentimento.

Logo no começo do livro, identifiquei uma pegada Machado de Assis – conversa com o leitor, abertura de parênteses para explicar algumas coisas etc – e pensei que poderia ser um resgate da boa escrita (não, não estou dizendo que a atual escrita é má!), mas o Breno Melo não foi tão bem aventurado. A narrativa do livro é lenta e cansativa, ele abre parênteses desnecessários para falar sobre coisas desnecessárias que ele incluiu no texto (só para dar ênfase) sem necessidade nenhuma.

Como disse a Nay, em muitos momentos respirei fundo e me perguntei “sim, cadê a história da Marta?”.Marta é uma personagem chata, embora deva admitir que ela foi bem construída em questão de adolescência – irresponsável, inconsequente, fútil e neurótica.

A princípio a conhecemos fazendo sexo – perdendo a virgindade, aliás – com um estranho porque estava muito bêbada.

Outra coisa que quero ressaltar é o seguinte, na adolescência vem a descoberta da sexualidade, a curiosidade pelo novo, mas as meninas só falam em sexo e desejam ser objeto de desejo dos garotos. Eu não gostei disso, não sei se é porque eu sou do interior, mas não vejo o mundo desta forma nem as pessoas que me cercam são assim. Elas não se preocupam com amor, sentimento, arrumar um companheiro. É como se o autor tivesse reduzido as meninas jovens a corpos que precisam ser desejados pelos garotos, como se a autoestima delas estivesse intrinsecamente ligada a isso.

Sobre Marta, é o seguinte: ela namorou com João durante o ensino médio, mas foi traída e o namoro terminou, mas ela insiste em voltar enquanto ele já está em outro relacionamento. Ela muda de cidade com suas duas amigas, Naila e Silvia, para cursar jornalismo na universidade. Enfim, o livro todo é preso à obsessão que ela tem de voltar para João.

Claro, não só de pontos negativos é constituído o livro, podemos reconhecer que o autor tem uma riqueza literária ímpar e que, como todas as pessoas apaixonadas, Marta vê chifres em cabeça de cavalo. Acha que todas as atitudes do seu amado são algum sinal de que ele pretende voltar o relacionamento.

A suposta bipolaridade consiste no fato de ela ter passado um longo tempo depressiva e depois tornar-se feliz porque... spoiler ..., mas ela ficou feliz por justa causa. Qualquer pessoa polar ficaria.
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Ale 28/12/2012

Blog Introducing you a Book
Olá pessoal, tudo bem com vocês?!

Hoje a resenha é do livro “Marta” que está viajando o Brasil pelo booktour do qual participamos a convite da Aione (Mi) – Minha Vida Literária. Primeiramente, temos que agradecer a fofa da Mi! Ficamos muito felizes em fazer parte dessa “brincadeira” literária.

Mas vamos ao que interessa! “Marta” certamente foi um livro muito interessante de se ler. Breno Melo tem um estilo de escrita que há muito tempo não víamos em livros com protagonistas juvenis. Breno mantém certa formalidade com as palavras, a mesma que encontramos facilmente em autores ilustres do passado da literatura brasileira, abordando porém temas atuais, como juventude e os seus dilemas. Breno não se mantém numa abordagem superficial, pelo contrário, todas as situações e personagens são analisados profundamente, o que facilmente cria uma verossimilhança. Com certeza, essa é uma característica que apreciamos, ou seja, quando nos deparamos com personagens que parecem existir realmente, que não parecem ter sido criados apenas para uma história.

Em sua obra, Breno Melo conta a história de Marta, protagonista que dá nome ao livro, e que tem o diagnóstico da bipolaridade tipo I. Ao contrário do que pensávamos, em nenhum momento a doença é abordada no livro e nem sabemos se Marta possui de fato esse diagnóstico enquanto a história se desenrola. A abordagem que o autor faz está na vida da personagem, no seu dia a dia e nas suas ações. Marta é uma jovem argentina e, junto com Naila e Sílvia, deixa La Falda, uma pequena cidade do interior, com destino à Córdova onde passa a frequentar a faculdade. Morando as três sós e deslumbradas com o que a cidade grande oferece, elas querem descobrir tudo e aproveitar todos os momentos. Marta, porém, mantém a cabeça em La Falda, lugar em que está João, garoto com quem namorou na época de escola, mas que só após o término do relacionamento percebeu o quanto gostava dele.

“Pior que não ter a quem amamos, é tê-lo na mente todos os dias, sabendo que jamais o teremos em nossos braços, a fim de que soframos mais. Nada pior que lembrar-se do tempo alegre em dias tristes.” (pg. 126)

As amigas obviamente tentam ajudar Marta com relação a João, cada uma de sua forma, uma vez que elas possuem personalidades bem diferentes.

“Para tudo sua medida de esforço costumava ser menor que a de Sílvia, inteligentíssima e prática, e menor ainda que a de Naila, impulsiva e atrevida.” (pg. 123)

Leia mais: http://www.introducingyouabook.com/2012/09/marta-de-breno-melo.html
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Lidiane Andrade 08/01/2017

Marta - Breno Melo
Marta é um livro com uma sinopse muito interessante, um livro diferente e realista, pois narra a história de uma adolescente bipolar, caso que não é muito incomum nos dias de hoje. Estou com este livro na estante desde 2013, e demorei 3 anos para lê-lo, mas sempre tive curiosidade.

Conta a história dessa adolescente bipolar, que mora em uma cidadezinha em La Falda, bem distante de tudo e todos. Já no ínício ela sofre com uma situação muito complicada, que nos surpreende, logo depois, Marta se muda para Córdova com suas duas amigas Silvia e Naila, que são como irmãs para ela. O foco principal do livro é sobre o amor incondicional que a personagem principal sente pelo João, é um amor possessivo, que nos deixa em dúvida se realmente é amor ou um apego, uma vontade de tê-lo como seu.

O livro é bom, mas acho que o autor deveria ter explorado mais o cenário ao redor, a cidade, os personagens, a familia, os amigos, não ficar apenas narrando sobre o sentimento de Marta por João. Fiquei indginada em como ela não tem amor próprio e em como ela tem chance de mudar de vida, mas não muda, prefere ficar nessa encruzilhada sem fim.

O narrador do livro é um psiquiatra, que narra os sentimentos intensos de Marta, fazendo com que percebermos sua bipolaridade. O que não gostei foi a interação entre narrador/leitor, levando-nos a épocas históricas e muita filosofia envolvida, acabava tirando a concentração do que era realmente o foco principal.

O sentimento que tive em relação ao final foi surpreendente, fiquei minutos parada olhando para a última página, pensando "sério que acabou assim?". Faz muito sentido o final, tem toda uma reflexão por trás, onde a loucura leva as pessoas, mas sinceramente, eu esperava por um final totalmente diferente, um final feliz, mas o Breno nos traz a realidade, que nem sempre o que queremos acontece, e que nem toda história há um final feliz.

site: LEIA MAIS RESENHAS NO BLOG: WWW.PAGINADALEITURA.BLOGSPOT.COM.BR
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